quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Resistência nacional líbia expulsa as milícias mercenárias da OTAN, retomando o controle da cidade de Bani Walid

Não se passaram muitos meses depois das forças militares da OTAN terem declarado sua vitória “final” na Líbia, com o covarde assassinato do líder Muamar Kadaffi em outubro, para que a verdadeira resistência nacional pudesse se reorganizar e retomar os heróicos combates para expulsar do país as milícias mercenárias pró-imperialistas do CNT. A importante cidade de Bani Walid, localizada no oeste da Líbia, foi libertada do controle do governo provisório do CNT no último dia 24 de Janeiro. Agora as tropas da resistência nacional, vinculada ao regime político dos coronéis Kadaffistas, marcham para Sirte e já anunciaram uma ofensiva geral para o mês de março, onde pretende chegar às “portas” de Trípoli.

Um porta-voz da força aérea do governo do CNT informou que as autoridades começaram a mobilizar aviões cedidos pela OTAN para ir até Bani Walid, embora não esteja claro que o CNT tenha capacidade para realizar um deslocamento militar destas características. A tomada desta cidade pela resistência coincide com o desembarque de 12 mil soldados dos EUA em território líbio. As tropas ianques instalaram-se na cidade de Brega, sob a suposta premissa de gerar “estabilidade” e “segurança” no país.

A situação política da Líbia aponta para um recomeço da guerra civil, só que desta vez com características bem mais complexas e totalmente fragmentada. As milícias “rebeldes” iniciaram uma luta intestina pelo saque do país, disputando a “preferência” da intermediação dos negócios com as metrópoles imperialistas. Nem mesmo a cidade de Benghazi escapou da disputa “fratricida” dos rebeldes, a própria sede do governo do CNT foi invadida por manifestantes que exigiam o cumprimento das inúmeras “promessas” feitas durante a empreitada para destruir as conquistas da revolução democrática que derrubou a monarquia corrupta.

As condições para uma vitória da resistência nacional expulsar as forças imperialistas começam a amadurecer após a Líbia ser transformada em uma partilha territorial de bandos mercenários. O desemprego a falta de habitação e a fome castigam severamente as massas, destituída de todas as suas conquistas sociais históricas após a ascensão do governo do CNT. Os amos imperiais dos bandos “rebeldes” só cobram a “fatura” da guerra e pouco se importam com a miséria do povo.

Neste contexto político onde todas as ilusões acerca das imensas “vantagens” de se livrar da “ditadura Kadaffi” caem por terra, a canalha revisionista da LIT e afins (LOI, CS, etc.) começa a praguejar por mais uma “ajudinha” do Pentágono para derrotar de uma vez por todas os “resistentes Kadaffistas”. Os vermes Morenistas silenciaram completamente sobre a chegada de mais de dez mil soldados norte-americanos na Líbia e ainda por cima “vendem o conto de fadas” acerca do caráter anti-imperialista das milícias que combateram sob a bandeira da monarquia e coordenadas pela OTAN. Somente correntes de “esquerda” muito degeneradas moral e ideologicamente podem admitir estabelecer uma  frente única militar com a Casa Branca para derrotar um regime nacionalista burguês, como era o de Kadaffi, por maior que fossem as divergências de classe com um caudilho deste calibre. O genuíno Trotsquismo não sairá enlameado pela conduta criminosa destes revisionistas a serviço de Washington, colocando-se incondicionalmente no campo militar da resistência nacional líbia para expulsar os invasores ianques.