TODO APOIO À GREVE DOS MOTORISTAS E COBRADORES DE SÃO PAULO
CONTRA A PRECARIZAÇÃO E INTRANSIGÊNCIA PATRONAL!
Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo
organizaram hoje (12.05) uma forte greve contra suas péssimas condições de
trabalho, fechando completamente todos os 29 terminais de ônibus administrados
pela SP Trans, espalhados pela cidade. Os trabalhadores resistem às condições
de trabalho completamente degradante, marcada em grande medida pelo criminoso
assédio moral praticado pelos fiscais, inspetores e chefes de trafego contra os
companheiros, a pressão psicológica insuportável com ameaças de imposição de
punições para o cumprimento de horários num transito completamente caótico como
o da cidade de São Paulo, o fim do abuso das demissões indiscriminadas por
justa causa, além de reivindicarem a reposição da inflação (em torno de 8%), 7%
de aumento real, reajuste no valor do ticket alimentação, convênio médico e
pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O sindicato patronal
por sua vez, de forma intransigente apresentou a proposta ridícula aos
trabalhadores do reajuste de 7,21%, uma verdadeira afronta, visto que não
repõem nem mesmo a inflação do período, numa conjuntura de alta absurda dos
preços de todos os produtos básicos de consumo dos trabalhadores como energia
elétrica, água, alimentos, aluguéis e etc, fato que pode caminhar para uma
inflação galopante de toda a economia, resultando inexoravelmente junto com os
ajustes de Dilma e Levy, num profundo arrocho do padrão de vida de toda massa
operária. Segundo os companheiros da oposição classista da categoria que nos
contataram, “a adesão dos trabalhadores à greve foi quase unanime e o espírito
de combatividade de cada trabalhador empurrou a burocracia do SINDMOTORISTAS
dirigido pela UGT à paralisação. (...) Ainda é muito pouco, mas já significa um
avanço da categoria, que pode repetir a poderosa greve organizada pela base do
ano passado, pondo pânico em toda burguesia da cidade que teve sua dinâmica de
circulação de mercadorias e exploração sobre nossa força de trabalho
temporariamente desestabilizada, fato que só não teve uma repercussão ainda
maior devido a vergonhosa traição da burocracia do PSTU-CONLUTAS, que não moveu
uma palha para organizar a greve nos metroviários que eles dirigem, apesar das
condições objetivas favoráveis, unificando nossas lutas o que colocaria a dupla
Alckmin-Haddad e a patronal contra a parede e permitiria um grande avanço na
consciência dos companheiros; (...) além de que pode haver a integração da luta
dos motoristas e cobradores ao dia 29 próximo, que pode ser o princípio da
preparação de uma greve geral no país contra os ajustes e a terceirização,
levado a cabo tanto por PT-PMDB, como pela oposição reacionária PSDB-DEM”. A
Oposição dos Rodoviários de Guarulhos, dirigida pela Tendência Revolucionária
Sindical (TRS), presta todo apoio e solidariedade aos combativos companheiros,
apontando que é indispensável a radicalização da luta, atropelando pela base a
tendência conciliatória e de capitulação da burocracia do SINDMOTORISTA-UGT,
diante da intransigência patronal, que neste momento articula um verdadeiro
pacto das elites e todos os partidos da ordem burguesa para caçar os direitos
operários e impor um verdadeiro arrocho contra as massas, diante da crise
estrutural do capital em todo o globo.
Além da greve dos trabalhadores das empresas de ônibus, os
motoristas e cobradores dos micro-ônibus do transporte alternativo
intermunicipal, que prestam serviço para a EMTU (Empresa Metropolitana de
Transportes Urbanos) controlada pelo facínora Geraldo Ackmin- PSDB, organizaram
uma combativa manifestação em frente a Secretária de Transportes
Metropolitanos. A manifestação foi contra a transferência dos trabalhadores
para linhas diferentes da que atuam e em outros municípios mais distantes da
região Metropolitana de SP, aumentando os custos operacionais dos
trabalhadores, abrindo caminho para o monopólio das máfias das empresas de
ônibus que faturam milhões às custas dos cofres públicos, apesar do péssimo
serviço prestado à população e da superexploração sobre os motoristas e
cobradores.
É necessário unificar todas as lutas e campanhas salariais
atuais da classe, organizar assembleias e plenárias democráticas pela base em todos
sindicatos e oposições, impulsionar as lutas nas universidades públicas, criar
os Comitês de Luta Contra o Ajuste e a terceirização a fim de preparar um
grande dia de lutas e paralisações no dia 29 de maio, pressionando a burocracia
das centrais sindicais em direção a greve geral contra a precarização. Esta deve
ser a tarefa central do proletariado no momento para barrar com nossos métodos
de luta direta, sem ilusão no parlamento burguês, os ataques capitalistas
contra a classe implementados por todos os partidos das classes dominantes!
OPOSIÇÃO DOS RODOVIÁRIOS DE GUARULHOS
TENDÊNCIA REVOLUCIONÁRIA SINDICAL