EI, CRIA REBELDE DO IMPERIALISMO IANQUE, TOMA RAMADI E SE
APROXIMA DE BAGDÁ: PELO DERROTISMO MILITAR DOS BANDOS ARMADOS PELA CIA E DO
GOVERNO FANTOCHE DA CASA BRANCA! ORGANIZAR A RESISTÊNCIA OPERÁRIA E POPULAR
CONTRA A OFENSIVA DA OTAN NA REGIÃO!
O Estado Islâmico (EI) acaba de controlar a cidade de
Ramadi, a capital da província de al-Anbar, uma das principais regiões do país,
localizada a apenas 100 km de Bagdá. Os jihadistas entraram em Ramadi em abril,
mas a ofensiva se intensificou na semana passada, quando o grupo tomou o
controle da parte central da cidade, onde estão instaladas as repartições da
administração regional. A bandeira do EI foi hasteada no centro de operações da
província que tem forte presença de muçulmanos sunitas perseguidos pelo governo
iraquiano de maioria xiita. No domingo (17), o porta-voz do governo, Mouhannad
Haimour, confirmou que a unidade militar estava nas mãos dos rebeldes. O EI já
controla a maior parte a região de al-Anbar, que vai das fronteiras com a
Síria, Jordânia e Arábia Saudita até as redondezas de Bagdá. Diante da
situação, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, ordenou que as forças
armadas “se mantenham em suas posições para impedir que o EI controle outros
setores do país” mas os soldados fugiram esperando a ajuda dos bombardeios ianques e de
milícias xiitas. Há exatamente um mês da tomada de Ramadi pelo EI, o premier
Haider al-Abadi se encontrou com o presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa
Branca. Em uma reunião de “alto nível” no Salão Oval ambos conversaram sobre o
combate aos jihadistas do EI e o premiê iraquiano solicitou mais armas e
equipamentos para enfrentar o inimigo comum. Abadi pediu meios militares
suplementares para combater o grupo islâmico, como helicópteros Apache, drones
e outras armas para aumentar a eficiência nos confrontos. Logo após o encontro,
o presidente ianque anunciou uma ajuda imediata de US$200 milhões. Barack Obama
declarou no final da reunião que já houve progressos importantes contra o grupo
EI, mas reconheceu que a vitória “não é para amanhã”. Ao contrário do que vende
o imperialismo ianque, o EI conquistou grandes áreas no norte e oeste do
Iraque, entre elas, a importante cidade de Mossul e agora al-Anbar. Os ataques
aéreos da coalizão internacional, dirigida pelos Estados Unidos (que somam mais
de 2200 incursões) permitiram só temporariamente a retomada de 25% a 30% do
território como Tikrit, segundo o departamento americano da Defesa. De Seul,
onde se encontra em visita oficial, o secretário norte-americano de Estado,
John Kerry, se mostrou otimista, apesar da tomada da capital da província de
al-Anbar. “Eu tenho uma confiança absoluta de que, nos próximos dias, a
situação vai se inverter”, disse o representante do imperialismo ianque
mostrando a firme unidade de ação com o governo fantoche de Bagdá para combater
o EI. Nesta segunda-feira, 18, o Departamento de Defesa ianque admitiu porém
que a queda de Ramadi foi um “revés”, mas garantiu que o governo iraquiano
apoiado por fogo aéreo norte-americano recuperará esta cidade do oeste do país:
“Reiteramos que iriam ocorrer avanços e contratempos. Este é um combate
sangrento, complexo e difícil e serão registradas vitórias e revezes, e este é
um revés”, disse o porta-voz do Pentágono, coronel Steven Warren, aos
jornalistas, acrescentando “Recuperaremos Ramadi”. A coalizão internacional
liderada pelos EUA anunciou ter lançado nas últimas 48 horas 15 ataques contra
posições do EI na região de Ramadi. Desesperado com a iminência da perda de sua
influência no Iraque, Obama ordenou novos ataques a estes grupos islâmicos que
foram inclusive treinados e financiados no passado pela CIA e o Mossad, mas que
agora ocupam de forma dispersa o papel de resistência militar as tropas da Casa
Branca. No momento em que o Pentágono não controla seu próprio “feitiço” e a
“hidra raivosa” se volta contra o amo imperialista, a LBI se coloca
pela derrota militar dos bandos pró-imperialistas, na medida que a vitória de nenhum dos lados em guerra favorece a luta estratégica do proletariado mundial. A tarefa urgente que se
coloca para o movimento de massas é organizar uma alternativa independente
tanto dos “bárbaros fundamentalistas” que foram armados pela CIA para combater
os governos nacionalistas de toda a região, como do governo fantoche de Bagdá
que continua submetendo país a espoliação do capital imperialista.
Após a desocupação militar ianque do Iraque, ocorrida em
2012, passados quase dez anos onde o principal esteio do estado capitalista
eram as próprias forças militares dos EUA, abriu-se um período de profunda
turbulência social e étnica e que agora se converteu em uma guerra civil no
país do tipo convencional. Entre centenas de organizações guerrilheiras, que
ocuparam de forma dispersa o papel de resistência militar as tropas da Casa
Branca, cada uma seguindo de certa forma uma orientação sectária (no sentido
religioso do termo) neste momento se destaca como vanguarda nacional tanto no
campo político e bélico o EI. Essa forte milícia “radical” que ameaça a
estabilidade do governo fantoche iraquiano é formada pela união de vários
grupos insurgentes iraquianos, mas também conta com combatentes experientes de
diversas nacionalidades, que já lutaram no Iraque e Afeganistão. Seu principal
apoio vem de organizações sunitas. O EI já controla quase todo norte do país e
marcha de forma acelerada para Bagdá. Parte de seu financiamento, que fornece
suporte a seu moderno arsenal, provém de doadores privados residentes em países
do Golfo Pérsico em campanhas dirigidas por pessoas como o Sheik kuwaitiano
Hajjaj al-Ajmi e pelo próprio enclave sionista de Israel, que deseja
enfraquecer o governo do Irã e da Síria. Setores da CIA alinhados aos
Republicanos e o Mossad fornecem apoio militar ao grupo islâmico.
O EI já foi considerado a ala mais “radical” da Al-Qaeda (especula-se que já teriam rompido com a organização), combatendo qualquer vestígio de nacionalismo como na Líbia e Síria quando foram fartamente armados pelos EUA. Desesperado com a iminência da perda de sua influência no Iraque, Obama analisa diversas opções de ajuda ao governo de Bagdá, imerso em uma contenda contrainsurgente onde está em perigo, segundo especialistas na área, a sobrevivência da já frágil unidade estatal dessa nação árabe e a ameaça de uma ampliação sem precedentes das milícias islâmicas em toda a região onde as companhias de petróleo ianques não param de exportar o óleo para a “metrópole”.
O EI já foi considerado a ala mais “radical” da Al-Qaeda (especula-se que já teriam rompido com a organização), combatendo qualquer vestígio de nacionalismo como na Líbia e Síria quando foram fartamente armados pelos EUA. Desesperado com a iminência da perda de sua influência no Iraque, Obama analisa diversas opções de ajuda ao governo de Bagdá, imerso em uma contenda contrainsurgente onde está em perigo, segundo especialistas na área, a sobrevivência da já frágil unidade estatal dessa nação árabe e a ameaça de uma ampliação sem precedentes das milícias islâmicas em toda a região onde as companhias de petróleo ianques não param de exportar o óleo para a “metrópole”.
O conflito militar no Iraque aponta que os EUA vão
aprofundar sua ofensiva bélica na região, abrindo mais uma perigosa frente de
batalha. Como pontuamos está em curso uma verdadeira “unidade de ação” entre o
governo do Iraque e o Pentágono, sob o aplauso dos revisionistas e reformistas
de plantão que apesar de todas as evidências mantém o cínico discurso que o EI
é aliado incondicional dos EUA no Iraque! A LBI tem demonstrado que sabe
diferenciar cada situação da luta de classes (como estar do lado oposto dos Mujahedins
na ocupação soviética do Afeganistão) e determinar a função concreta que as
forças políticas burguesas que se enfrentam com o imperialismo. Neste momento
no Iraque estamos pelo derrotismo militar dos bandos armados pela CIA e do
governo fantoche da Casa Branca! Neste sentido, é fundamental organizar a
resistência operária e popular contra a ofensiva da OTAN na região!