NOVOS BOMBARDEIOS DOS EUA NA SÍRIA: NENHUM “CHEQUE EM
BRANCO” PARA OBAMA ATACAR O EI, SUA CRIA! FRENTE ÚNICA COM O REGIME DE ASSAD CONTRA O IMPERIALISMO IANQUE E SEUS ALIADOS DA OTAN!
Pelo menos 60 civis morreram neste final de semana em um
bombardeio de aviões da coalizão internacional liderada pelo imperialismo
ianque no norte da Síria, próximo a cidade de Kobani, na fronteira com a
Turquia e situada na província de Aleppo. O pretexto usado pelos EUA foi o
suposto combate as posições do Estado Islâmico (EI). Os ataques foram
apresentadas como parte do plano da Casa Branca para barrar o avanço do EI na
Síria e no Iraque, mas também estão voltadas para combater o governo Assad. O
EI foi anteriormente armado pela CIA para desestabilizar o governo sírio seguindo
o mesmo script macabro imposto na Líbia de Kadaffi. Entretanto, os “fanáticos”
jihadistas islâmicos foram derrotados em sua “missão” pelo exército nacional da
Síria, que conta com amplo apoio popular. Frente ao revés imposto na Síria, o
EI acabou recuando para o Iraque e voltando suas forças contra o debilitado e
impopular governo títere do imperialismo no Iraque. Trata-se de em um típico
exemplo de quando o “feitiço se volta contra o mestre” devido às contradições
vivas da luta de classes, que acabaram por colocar o EI em choque aberto com a
marionete imposta em Bagdá pelos EUA. Esta realidade criou um impasse na Casa
Branca. Obama perdeu o controle sobre o EI e ainda viu o fortalecimento do
governo Assad no último ano. Diante desta nova realidade, o Pentágono voltou a
bombardear o EI no Iraque no final de 2014 e agora em maio na Síria. Obama
também reafirmou que iria armar outros grupos “rebeldes moderados” para
fustigar o governo Assad e paralelamente deter o avanço dos jihadistas. Em
resposta, Assad também bombardeou dias depois a região e a mídia internacional
acusou o regime sírio de “assassinar crianças em ataque a Aleppo”. Está em
andamento o “plano de guerra contra o EI” anunciado por Obama nas celebrações
dos 13 anos do “11 de Setembro”. Diante da realidade de um conflito
multifacetário, a posição dos Marxistas-Revolucionários é rechaçar o bombardeio
imperialista ao território da Síria, não assinando nenhum “cheque em branco”
para Obama atacar o EI. Ao denunciar a agressão imperialista, no campo militar
os trotskistas reafirmam a frente única com o exército nacional comandado por
Bashar Al-Assad contra os “rebeldes” armados e financiados pela Casa Branca. Os
Comunistas Proletários militam nestas trincheiras de combate com total
independência política e militar das direções burguesas e nacionalistas para
forjar uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores, guiados por
um programa internacionalista!
Mais de 1,6 mil pessoas morreram em sete meses nos bombardeios da coalizão dirigida pelos EUA na Síria tendo como pretexto o combate as posições do EI. Por sua vez, um franco-atirador das forças leais ao presidente da Síria, Bashar al Assad, matou na noite de sexta-feira o líder da Brigada dos Mártires de Badr, Khaled Saraj, mais conhecido como Khaled Hayani, na cidade de Aleppo. A Brigada dos Mártires de Badr pela morte de 568 civis, entre eles 130 crianças, em bombardeios com morteiros e operações com uso de explosivos de fabricação caseira contra bairros residenciais em Aleppo controlados pelas autoridades sírias. Frente aos novos bombardeios a Síria, o vice-chanceler do país, Faisal Mekdad, reiterou que qualquer ataque em território sírio, sob o pretexto de combater o terrorismo, sem a aprovação do governo nacional, será considerado uma agressão à sua soberania. Al Mekdad informou que os mesmos países que agora participam da aliança criada contra o EI (Estados Unidos, seus aliados ocidentais e os países da região, como a Turquia, a Arábia Saudita e o Qatar), em várias ocasiões financiaram grupos armados que atuam na Síria. Como se observa, estamos diante de mais uma ofensiva militar para atacar tanto o governo Assad como o EI. Após a aprovação de mais apoio aos “rebeldes” sírios no Senado, o secretário de Estado ianque, John Kerry, reafirmou que Washington não tem planos de coordenar com Damasco possíveis ataques por ar (bombardeios) contra o EI na Síria: “Não haverá uma coordenação com a Síria”, ressaltou em entrevista à CBS, concluindo que “Nós não vamos coordenar, não há um esforço de cooperação. Se Assad nos atacar destruiremos suas baterias antiaéreas”. O facínora fez esta declaração porque o governo Assad tem realizado há semanas ataques aéreos contra posições dos “rebeldes” que incluem as bases do EI em território sírio. Este último proclamou um Califado sobre os territórios que controlam no Iraque e na Síria. Refletindo esta realidade de duas frentes de guerra, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Lukashevich declarou que “O presidente dos Estados Unidos falou diretamente sobre a possibilidade de ataques por parte das Forças Armadas americanas contra posições do EI na Síria sem o consentimento do governo legítimo. Essa medida, na ausência de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU, seria um ato de agressão, uma grave violação do direito internacional”. Desta forma reiterou a posição russa de buscar um acordo temporário no covil de bandidos das Nações Unidas como o alcançado em torno das armas químicas no ano passado. Como se observa, não há “unidade de ação” entre Assad e Obama como proclamam vários grupos revisionistas do trotskismo, com a LIT, CS e a UIT.
Mais de 1,6 mil pessoas morreram em sete meses nos bombardeios da coalizão dirigida pelos EUA na Síria tendo como pretexto o combate as posições do EI. Por sua vez, um franco-atirador das forças leais ao presidente da Síria, Bashar al Assad, matou na noite de sexta-feira o líder da Brigada dos Mártires de Badr, Khaled Saraj, mais conhecido como Khaled Hayani, na cidade de Aleppo. A Brigada dos Mártires de Badr pela morte de 568 civis, entre eles 130 crianças, em bombardeios com morteiros e operações com uso de explosivos de fabricação caseira contra bairros residenciais em Aleppo controlados pelas autoridades sírias. Frente aos novos bombardeios a Síria, o vice-chanceler do país, Faisal Mekdad, reiterou que qualquer ataque em território sírio, sob o pretexto de combater o terrorismo, sem a aprovação do governo nacional, será considerado uma agressão à sua soberania. Al Mekdad informou que os mesmos países que agora participam da aliança criada contra o EI (Estados Unidos, seus aliados ocidentais e os países da região, como a Turquia, a Arábia Saudita e o Qatar), em várias ocasiões financiaram grupos armados que atuam na Síria. Como se observa, estamos diante de mais uma ofensiva militar para atacar tanto o governo Assad como o EI. Após a aprovação de mais apoio aos “rebeldes” sírios no Senado, o secretário de Estado ianque, John Kerry, reafirmou que Washington não tem planos de coordenar com Damasco possíveis ataques por ar (bombardeios) contra o EI na Síria: “Não haverá uma coordenação com a Síria”, ressaltou em entrevista à CBS, concluindo que “Nós não vamos coordenar, não há um esforço de cooperação. Se Assad nos atacar destruiremos suas baterias antiaéreas”. O facínora fez esta declaração porque o governo Assad tem realizado há semanas ataques aéreos contra posições dos “rebeldes” que incluem as bases do EI em território sírio. Este último proclamou um Califado sobre os territórios que controlam no Iraque e na Síria. Refletindo esta realidade de duas frentes de guerra, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Lukashevich declarou que “O presidente dos Estados Unidos falou diretamente sobre a possibilidade de ataques por parte das Forças Armadas americanas contra posições do EI na Síria sem o consentimento do governo legítimo. Essa medida, na ausência de uma decisão do Conselho de Segurança da ONU, seria um ato de agressão, uma grave violação do direito internacional”. Desta forma reiterou a posição russa de buscar um acordo temporário no covil de bandidos das Nações Unidas como o alcançado em torno das armas químicas no ano passado. Como se observa, não há “unidade de ação” entre Assad e Obama como proclamam vários grupos revisionistas do trotskismo, com a LIT, CS e a UIT.
A LIT declara que “O EI, que há muito tempo atua na Síria como a
‘quinta coluna’ da ditadura, pois se dedica a combater os rebeldes e não
Al-Assad, agora também se transformou na ‘quinta coluna” do imperialismo. Não há
dúvida de que estamos diante de uma criatura contrarrevolucionária em todos os
sentidos. A LIT-QI, como manifestamos anteriormente, se opõe aos atuais ataques
aéreos no Iraque e, ao mesmo tempo, rechaça qualquer plano de intervenção
militar (seja qual for sua forma) na Síria”. No mesmo tom
esquizofrênico, a UIT afirma que “Agora, Obama anuncia que pretende avançar com
possíveis bombardeios sobre a Síria, inclusive com o aval do ditador Bashar Al
Assad, com o mesmo argumento de ‘luta contra o terrorismo’. Chamamos os povos
do mundo a repudiar esta nova intervenção imperialista. Com a intervenção e o
argumento da ‘luta contra o terrorismo’ o imperialismo pretende acabar com os
dois problemas centrais que tem na zona: a queda do regime de ocupação no Iraque
com um enorme rechaço popular e a existência de uma revolução em curso na
Síria. Para o imperialismo o problema não são as atrocidades do ISIS contra as
minorias. Enquanto o ISIS foi – e segue sendo – um instrumento a serviço do
regime de Bashar Al Assad, para enfrentar pela retaguarda a revolução, Obama
não só não disse nada sobre seus métodos como o alimentou através da Arábia
Saudita e Turquia. Os verdadeiros motivos dos bombardeios imperialistas nada
têm a ver com a luta contra o terrorismo ou a defesa dos povos iraquiano ou
sírio e suas minorias. A intervenção dos Estados Unidos acontece para tentar
evitar o declínio do regime de ocupação no Iraque e para reabilitar o regime
assassino sírio”. Em resumo, para estes canalhas o imperialismo
teria como objetivo ao bombardear a Síria atacar os “rebeldes” aos quais Obama
acaba de anunciar uma verba bilionária para armá-los e treiná-los! Piadas a
parte, a realidade demonstra justamente o contrário: os ataques ao EI e o
armamento aos “rebeldes” do ELS visam justamente incrementar a ofensiva de um
setor “rebelde” que a Casa Branca confia plenamente na luta contra Assad.
Obviamente o EI (que foi armado no passado pela CIA com este objetivo) não está
mais seguindo as ordens do Pentágono e atua segundo suas próprias necessidades
políticas, econômicas e militares.
Não foi a primeira vez e não será a última que tal mudança
de posição no tabuleiro político acontece na história. Somente bucéfalos
reformistas ignoram a possibilidade de em “circunstâncias excepcionais”
(pressão da luta de classes, espoliação nacional, guerra de ocupação,
inexistência da URSS), para usar as palavras de Trotsky, grupos anteriormente
financiados pelo imperialismo para combater a URSS na década de 80 e mais
recentemente governos nacionalistas burgueses (como Assad na Síria) se voltarem
circunstancialmente contra seus antigos patrocinadores. A pressão política das
massas e seu sentimento anti-imperialista obrigam as direções islâmicas a
adotarem uma postura “radical” contra alvos imperialistas, mas sem a
consequência de uma luta internacional proletária contra o capitalismo mundial.
Esta foi a trajetória do próprio Hamas na Palestina, criado pela CIA para
combater a OLP, mas que com o passar dos anos se tornou vanguarda da luta
contra o sionismo, enquanto Arafat foi cooptado pelo imperialismo via os
acordos de paz como o de Oslo. Por isso, essas direções nacionalistas burguesas
oscilam em momentos históricos, ora combatendo os interesses do proletariado,
como no caso da ocupação soviética em 79, ora combatendo o imperialismo, como
na Guerra do Golfo, ou no atual enfrentamento militar com os EUA. Esta
possibilidade teórica, que se transformou em realidade no “11 de Setembro” de
2001, com a guerra do Afeganistão e agora no Iraque. Estas mudanças exigem dos
revolucionários usar o “guia para ação” que é o Marxismo para adotar uma
posição de unidade de ação com estes grupos bárbaros e reacionários que são
nossos adversários políticos, mas que se chocam com as forças do imperialismo,
o principal inimigo dos povos como dizia Lênin.
Por seu turno, os stalinistas representados por vários PCs
pelo mundo afora e grupos revisionistas do trotskismo completamente
desorientados afirmam que o EI é pura e simplesmente uma “criação da CIA” para
combater o governo do Iraque (que seria ligado ao Irã) e Assad. Segundo o PCB,
“O ISIS é uma operação encoberta dos EUA. É uma operação nova e melhor
planejada do que o ataque do 11 de Setembro. É o resultado da estratégia do
‘caos criativo’... A aliança com o imperialismo contra forças reacionárias e a
aliança com forças reacionárias contra o imperialismo têm de ser severamente
condenadas”. Em resumo, deveríamos adotar o derrotismo em todos os dois
casos. Desta forma, estes reformistas rompem com o mais elementar do leninismo,
que defende a unidade de ação com forças não revolucionárias quando estas se
postam em confronto com o imperialismo. O PCB despreza o fato de Obama ter
ordenado o ataque a estes grupos islâmicos que foram inclusive treinados e
financiados no passado pela CIA e o Mossad, mas que agora ocupam de forma
dispersa o papel de resistência militar às tropas da Casa Branca. Não temos
dúvidas que os grupos que posteriormente se unificaram em torno do EI foram
financiados inicialmente pelo Pentágono para atuar na Síria como “rebeldes”
contra o governo Assad. Os mesmos que combatem Assad na Síria lutam
paralelamente contra o títere imperialista no Iraque. Na verdade, este
patrocínio vem desde que a CIA treinou e financiou os mujahedins (antecessora do
Talebã e da Al Qaeda) no Afeganistão para combater a frente popular apoiada
pela URSS na década de 80. Muitos anos depois, os mesmo protagonizaram os
ataques de 11 de setembro e hoje são considerados adversários do imperialismo
ianque! A dinâmica da mudança dos “papéis” do Taleban, da Al Qaeda e do próprio
EI no tabuleiro da política mundial e dos interesses do imperialismo é produto
direto da própria evolução da luta de classes, dos desdobramentos sociais do
fim da URSS e do tremendo retrocesso político das organizações frentepopulistas
e nacionalistas. Por isso, refutamos a tese de “colar” mecanicamente a figura
política dos talebans e do EI como uma simples “criação da CIA”. Outro exemplo
que podemos usar é o do Hamas. Este grupo fundamentalista islâmico foi uma
“criação da CIA” contra a influência da OLP na Palestina, que tinha uma
orientação política laica e simpática a URSS. No curso da história e pela
intensa polarização política no região do Oriente Médio, o Hamas, que foi
armado pelos EUA com a ajuda de Israel para se contrapor a Arafat na década de
80, tendo inclusive seu líder (Sheik Ahmed Yassin) libertado da prisão
sionista, acabou assumindo a vanguarda da luta contra o enclave assassino, a
máquina de guerra do imperialismo ianque na região. Por sua vez, a OLP foi
cooptada pela Casa Branca e hoje atua como polícia de seu próprio povo. Como se
observa, houve uma “inversão de papéis” que só os bucéfalos políticos são
incapazes de compreender!
Vale ressaltar que os ataques da coalizão ajudaram as forças
curdas a expulsar o EI da cidade de Kobani, na fronteira com a Turquia.
Trata-se da mesma política utilizada pelo imperialismo ianque no Iraque com
relação aos curdos, ou seja, um acordo para dar relativa autonomia para a
região desde que suas direções se aliem as iniciativas militares do Pentágono.
Essa região inclusive está sendo saldada acriticamente pelos revisionistas do trotskismo como
a CS argentina que combatem Assad como a “Kobani vermelha” pela influência do
PKK e de anarquistas na cidade. As
milícias da Unidades de Proteção do Povo (YPG, principal milícia curda na
Síria) receberam mais armas e terão reforços de combatentes curdos do Iraque,
ajudados pela Turquia e pelos Estados Unidos. O governo da Turquia adotou
medidas para ajudar os combatentes curdos do Iraque a chegar, através de seu
território, à Kobani, anunciou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevul
Cavusoglu: “Ajudamos as forças dos peshmergas [combatentes curdos do Iraque] a
atravessar a fronteira para seguir até Kobani”. Os EUA e seus aliados da OTAN
já lançaram mais de 135 ataques aéreos em Kobani e em volta da cidade. Nos
últimos meses, Assad praticamente liberou parcela dos território sírio para
eles terem uma autonomia na região fronteira com a Turquia. Nesse contexto, os
curdos na Síria incrementaram os contatos com o Curdistão iraquiano e com o
PKK, brutalmente reprimido pelo governo de Erdogan. O PKK está organizando
bases militantes no norte da Síria, o que impede as ações de sabotagem dos
mercenários nas fronteiras com a Síria e também o uso do território turco nesta
região do país para o lançamento de drones (aviões não-tripulados) com o
objetivo de bombardear as principais cidades sírias como já vem ocorrendo. O
centro da preocupação turca é que os curdos se fortaleçam ainda mais na região,
porque o estabelecimento do governo autônomo curdo no norte do Iraque e a posse
de cidades iraquianas de Mosul e Kirkut, após a ocupação, importantes centros
de reserva e extração petrolífera, deu grande impulso a um sentimento popular
que exige a constituição de um Estado independente. O ascenso do movimento
nacionalista curdo também desestabiliza internamente a própria Turquia, já que
em seu território existem mais de 12 milhões de curdos vivendo sob um férreo
regime de opressão nacional, cuja expressão mais conhecida é a prisão do líder
curdo nacionalista do PKK, Abdullah Ocalan. A consequente defesa do direito à
autodeterminação curda através de um programa marxista revolucionário passa,
neste momento, pelo chamado à unidade revolucionária dos trabalhadores turcos,
iraquianos, iranianos, sírios e curdos, conformando milícias multiétnicas para
derrotar o imperialismo ianque e seu agente Erdogan.
Frente a esta rica realidade da luta de classes, reafirmamos
que na Síria nos mantemos ao lado de Assad e contra o EI, repudiando qualquer
bombardeio imperialista ao país. Diante das ameaças de bombardeios a Síria,
reafirmamos a frente única em defesa do regime Assad assim como não assinamos
um “cheque em branco” para Obama atacar o EI, sendo esta tarefa do povo sírio
que até agora resistiu às investidas dos “rebeldes” financiados pelas potências
capitalistas e as próprias ameaças de bombardeios aéreos no ano passado. Para
derrotar a ofensiva política e militar das potências abutres e de seus aliados
internos é preciso que o proletariado sírio em aliança com seus irmãos de
classe do Oriente Médio se levante em luta contra a investida imperialista na
região, travestida pela retórica de defesa dos “direitos humanos e democracia”.
Neste momento é fundamental estabelecer uma clara frente única
anti-imperialista com as forças populares que apoiam o regime nacionalista
burguês sírio, assim como com o Hezbollah para derrotar a ofensiva sobre o
país. Combatendo nesta trincheira de luta comum, os revolucionários têm
autoridade política para rechaçar inclusive as concessões feitas pelo governo
de Bashar Al-Assad a esses organismos imperialistas que pretendem subjugar o
país, forjando no calor do combate as condições para a construção de uma
genuína alternativa revolucionária as atuais direções burguesas que via de
regra tendem a buscar acordos vergonhosos com a Casa Branca.