LBI SOLIDARIZA-SE COM O PCB ANTE
AO COVARDE ATAQUE DA FAMIGLIA MARINHO QUE VINCULOU DE FORMA CALUNIOSA O PARTIDO
AS “DOAÇÕES” DA ODEBRECHT! ABAIXO A FARSA VIL MONTADA PELA REDE “GLOBESGOTO” E
A OPERAÇÃO LAVA JATO!
A Direção Nacional da LBI vem a
público se solidarizar com o PCB contra o ataque venal e calunioso que o
partido foi alvo por parte da Rede Globo e da mafiosa Famigilia Marinho.
Através do seu gigantesco aparato de alienação de massa e usando como porta-voz
o ventríloquo William Bonner no Jornal Nacional, a “GLOBESGOTO” acusou o PCB no
último dia 23 de março e em “horário nobre” de receber doações da Odebrecht por
um suposto militante do partido de Alagoas integrar a planilha da empreiteira
divulgada pela PF no âmbito da famigerada Operação Lava Jato, sendo o PCB
apresentado como “mais um” dos partidos do regime comprado pelos capitalistas.
A mentira repugnante foi reproduzida no portal G1. Não serão nossas
divergências políticas e programáticas públicas com o PCB que nos farão vacilar
em denunciar tal engodo montado pela Rede Globo, apoiadora confessa do golpe de
64, da genocida ditadura militar, da tortura aos militantes de esquerda e anticomunista
ferrenha, que agora mais uma vez redobra sua sanha em apoio descarado à
escalada fascista “verde-amarela” em curso no Brasil contra o governo
neoliberal do PT e para atingir as mais elementares liberdades democráticas em
nosso país. A mesma certeza, obviamente, não podemos ter do PSOL, já que este
partido aceita estatutariamente doações “legais” da burguesia, como fez Luciana
Genro em sua última campanha eleitoral com a Gerdau e o Grupo Zaffari, produto
de seu programa abertamente reformista. Imediatamente, a Comissão Política
Nacional do PCB esclareceu que o tal “Jorge VI” não é ou foi ligado ao partido,
trata-se sim de um carreirista político burguês filiado ao PSDB de Alagoas.
Como afirma a nota do PCB “No caso da ‘denúncia’ ligada ao nosso Partido,
depois de pesquisarmos todas as planilhas divulgadas, descobrimos que aparece
estranhamente a sigla PCB, como supostamente tendo recebido um determinado
valor. Pesquisando-se os nomes dos beneficiários das doações, identificado como
sendo do PCB encontra-se apenas o nome de um certo Jorge VI, de Maceió (Alagoas).
Consultando as redes sociais, os nossos registros e os registros eletrônicos da
Justiça Eleitoral, descobrimos o que pode ser um erro da planilha ou uma
grosseira farsa. O referido Jorge VI existe: como se vê em seu perfil no
facebook, se apresenta como ‘político’ do PSDB, um profissional eleitoral. De
dois em dois anos, é candidato a algum cargo: pelo PSDB (2000, 2002, 2004, 2012
e 2014) ou pelo PSC (2006, 2008 e 2010). Nunca pelo PCB!” (Nota Política:
Repudiamos a menção ao PCB no escândalo das “doações” eleitorais da Odebrecht!,
23.03). Sabemos que o PCB tem como princípio não receber doações de empresas,
mesmo que sejam “legais”. Nós da LBI divergimos inclusive do PCB, que deveria
se recusar até mesmo a aceitar as verbas do chamado Fundo Partidário, uma forma
estatal de cooptação dos partidos de esquerda por parte do Estado capitalista.
Os Marxistas Revolucionários reafirmam a impossibilidade programática de serem
financiados eleitoralmente (de forma institucional!) pelo Estado Burguês, considerando
um gravíssimo desvio ideológico na conduta do PSTU, PCB e PCO de aceitar as
verbas do Fundo Partidário. A cooptação do capital e seu Estado ocorre não
exclusivamente com os partidos burgueses que realizam “negócios” vultuosos
quando gerenciam a chamada “máquina pública”, também está presente nas pequenas
concessões legais como o Fundo Partidário e as “generosas” indenizações
estatais recebidas por militantes que lutaram contra o regime militar, uma
espécie de “ressarcimento” dos agentes do capital pelos anos passados de
militância revolucionária. Estes mecanismos embora “perfeitamente legais” não
passam de uma forma de integrar forças políticas de “esquerda” ao regime
burguês, com as verbas estatais produto da extração da mais valia do
proletariado. Portanto da ótica marxista não existe diferença alguma (apenas
nos volumes financeiros) dos “mimos” (legais ou ilegais) recebidos por Lula
diretamente oriundos de grandes empresas ou das verbas estatais contabilizadas
para o caixa partidário. Ambas são formas de corrupção do capital dirigidas ao
amortecimento da luta de classes e cooptação das lideranças operárias.
Compreendemos que o movimento operário e sua vanguarda classista devem combater
pelo mais amplo direito de organização política, o que logicamente inclui o
acesso publicitário a todos os meios de comunicação, sem que este fato possa
produzir um vínculo de dependência econômica entre uma organização
revolucionária e o regime burguês, seja ele por doações mesmo consideradas
“legais ou institucionais”. Os Marxistas Leninistas, extremamente minoritários,
mas íntegros em sua moral revolucionária, não podem admitir o recebimento de
nenhum financiamento eleitoral das classes dominantes, seja pela forma do
Estado burguês ou pela via das corporações capitalistas. Por fim, aproveitamos
para saudar o PCB no seu aniversário de 94 anos de vida militante e esperamos
que na Conferência Nacional que o partido realiza neste exato momento se aprove
um programa de luta revolucionária de combate às frações burguesas comandadas
pelo PT e PSDB, sem deixar de reafirmar a construção de uma Frente Única de
Ação Antifascista neste momento tão delicado de nossa conjuntura e que se
provou essencial na luta de classes mundial no passado (Alemanha contra Hitler)
e no presente, no caso da luta de governos nacionalistas burgueses contra os
“rebeldes terroristas made in CIA” na Líbia e na Síria. Acreditamos que
mantendo a independência política e material diante da burguesia e de seu
Estado capitalista estaremos forjando um instrumento partidário sólido e
leninista capaz para levar consequentemente a luta do proletariado brasileiro
rumo à vitória como parte do combate de classe pela Revolução mundial e o
Comunismo.
Direção Nacional da LBI
26 de Março