domingo, 13 de março de 2016

UM PRIMEIRO BALANÇO DO 13/03: APESAR DA COVARDE CUMPLICIDADE DO PT E SEU GOVERNO, MARCHAS "COXINHAS"  DA REAÇÃO ALIMENTADAS PELA GLOBO NÃO ATINGEM SEUS OBJETIVOS POLÍTICOS "MEGALOMANÍACOS"


Quem assistiu as declarações dos "cardeais" da oposição burguesa na noite de ontem, afirmando como certa a presença de "milhões e milhões" de manifestantes em todo o país nos protestos deste 13/03 "contra o PT", poderia supor que o governo Dilma não sobreviveria politicamente por mais algumas horas da segunda-feira. Apesar do grande afluxo esperado em São Paulo e Rio, os atos nacionais não superaram aos maiores ocorridos ao longo do ano passado nas principais cidades do Brasil. Somada a tradicional "ousadia" embusteira do comando da tucanalha, deve-se registrar o fato da presidenta Dilma ter exigido na noite anterior ao lado do governador neofascista Alckmin, que a militância da Frente Popular permanecesse inerte a ofensiva dos "coxinhas", exatamente quando visitava as cidades paulistas atingidas pela forte chuva do dia 11/03. O "apelo" do governo Dilma em respeito à democracia conservadora das elites parece que não teve o mesmo efeito quando se trata do aparato de repressão controlado pela oposição burguesa, a PM tucana cercou uma reunião da Frente Popular que acontecia na mesma noite na subsede do sindicato dos metalúrgicos do ABC em Diadema. Em Brasília, onde os corvos da direita esperavam um poderoso cerco ao Planalto, pouco mais de cinquenta mil coxinhas atenderam ao chamado do neonazista Bolsonaro e do "pastor" de drogados Malafaia. Mas o pior aconteceu em Belo Horizonte quando o "líder supremo" dos mauricinhos fascistas, Aécio Neves de Pó, constatou que seus "seguidores" não passavam de trinta mil "gatos cheirados". No Nordeste as manifestações a favor do justiceiro Moro e sua famigerada Lava Jato foram bastante reduzidas, em algumas capitais ficando bem aquém das realizadas no ano passado. Porto Alegre realizou um ato um pouco superior ao de 2015 e na "República de Curitiba", epicentro do "golpe", as estatísticas empataram com as do ano passado. No computo geral, apesar do enorme esforço da mídia "murdochiana", que anteriormente preencheu a "grade do espetáculo" com delações falsas de Delcídio, prisão de Lula pela PF e nova ameaça do Ministério Público pretoriano do "Opus Dei" Alckmim, podemos concluir que ainda "falta chão" para forçar uma prévia renúncia de Dilma com este 13/03. Este elemento da conjuntura não significa que o "emparedamento" de Dilma não avolume sua pressão, tanto sobre as manobras da oposição conservadora no TSE e Congresso, quanto dos rentistas para que a equipe econômica palaciana finalize as reformas neoliberais já em curso. A Frente Popular tentará responder a "avalanche" coxinha com atos "oficialescos " no próximo dia 18, onde o eixo político será o de sustentação do atual "modelo de ajuste", com toda certeza serão bem mais reduzidos do que os que estão ocorrendo hoje. Sem querer "tapar o sol com a peneira" podemos afirmar que o arco conservador e fascista avançou uma casa nesta domingueira da direita, a tendência da situação desfavorável ao governo aponta para uma capitulação ainda mais vergonhosa do PT e da CUT, ver a reunião de Lula com o verme Renan logo na sequência de sua prisão. O movimento de massas deve na medida do possível estabelece atividades de frente única antifascista, porém seu norte estratégico deve estar direcionado a construção de uma alternativa independente de poder do proletariado, lastreado em cada combate concreto contra o arrocho salarial e desemprego promovidos pelos governos que implementam a austeridade exigida pelo capital financeiro.