domingo, 6 de março de 2016

REPÚBLICA DE CURITIBA ACIMA ATÉ DA PRESIDENTA DILMA: AFINAL DE ONDE VEM O "PODER IMPERIAL" DO JUIZ "NACIONAL" MORO?


Cômico se não fosse trágico o pronunciamento da presidenta Dilma sobre a prisão temporária (sequestro inconstitucional) de Lula. A presidenta "lamenta" a "violência injustificável" e se "solidariza moralmente" com seu líder político, único responsável por suas duas eleições, porém o governo lava as mãos diante da escalada fascista do juiz "nacional" Sérgio Moro, o mais novo "imperador" do país. Para completar o atestado de impotência diante das ações ilegais da Lava Jato, Dilma visita Lula em São Bernardo/SP sem a presença de seus principais ministros e assessores. Moro não submete suas draconianas ordens nem ao "poder" da presidente e tampouco aos dos juízes do Supremo Tribunal Federal. Quanto ao Ministro da Justiça não passa de um mero rábula para Moro, por sinal o PT já está até com saudades do "soneca" Cardozo que pelo menos balbuciava que a PF atuava de "forma republicana", agora descobrimos que o novato Wellington César é "mudo de nascença", pelo menos diante da Lava Jato... Moro vestido sempre com o traje todo preto dos fascistas italianos não teme nenhum dos seus superiores hierárquicos, o TRF e o STJ são meros cartórios para "carimbar" suas prisões contra todos que julga terem estabelecido alguma relação, comercial ou política, com o PT. O "poderoso" STF, incluindo a totalidade de seus togados ministros, sequer ousa desfazer alguma das insanidades jurídicas de Moro, de fato estamos diante de um "imperador" que acaba de se autoproclamar "juiz nacional" para o conjunto das querelas de todo o território brasileiro, muito além de sua 13ª vara criminal de Curitiba. Não importa em que jurisdição se encontra geograficamente suas vítimas, Moro manda sua "PF pessoal" lhe prender aonde for (de forma temporária ou preventiva), apenas com alegação que também está envolvido na "corrupção existente na Petrobras". Em uma primeira mirada sobre o "jovem" Moro fica absolutamente cristalino que sua "missão" pouco tem a ver com o combate a corrupção no país, esteve a frente do escandaloso caso do "Banestado", inocentando os principais protagonistas da jogada que "lavou" bilhões de dólares do país. O neo "paladino da ética" também parece ser cego com os desvios de bilhões que ocorrem hoje em seu estado, há muito tempo controlado pela máfia tucana. A única obsessão de Moro é quebrar a Petrobras e prender os dirigentes do PT e seus parceiros "comerciais", principalmente as grandes empreiteiras que ainda detém a reserva de mercado nacional. É óbvio que em sua "cruzada" pseudo-moralista, Moro tem o suporte integral da famiglia Marinho e de toda cúpula do arqui-corrupto PSDB, paradoxalmente também conta com o pleno apoio institucional do governo Dilma. Entretanto não foi a mídia "murdochiana" e tampouco a tucanalha os autores intelectuais e impulsionadores políticos da operação Lava Jato. Elaborada em 2013, posta em prática no início do ano seguinte a Lava Jato tinha como pressuposto básico a derrota do PT em 2014, porém não atuou decisivamente neste ano eleitoral para influenciar seu resultado. Surpreendida com a vitória de Dilma, os planos da Lava Jato tiveram que seguir passando por cima de todas as autoridades de Brasília, mas porque? Simplesmente pelo fato de Moro e seu entorno oficial (MP e PF) estarem ancorados em uma determinação do Departamento de Estado, chefiado por John Kerry em Washington. O "USDS" traçou uma estratégia de "inteligência" em 2013 para todo o Cone Sul, onde operações no Brasil e Argentina seriam coordenadas por agentes públicos locais, o objetivo seria o de desgastar ao máximo os vínculos comerciais e políticos dos países do Mercosul com a Rússia e China. Debilitar os BRICS foi considerada uma missão da mais alta relevância para os planos internacionais dos "falcões" da Casa Branca. Moro é apenas uma "peão" à serviço da geopolítica mundial de Obama, que agora partiu com força no "desenho" de uma nova América Latina sem a presença de "governos de esquerda". A brusca queda artificial do preço do barril do petróleo cru é uma prova viva de que os EUA não estão medindo esforços para deterem a formação de um novo bloco hegemônico no planeta. No Brasil, a entrega do pré-sal (com o aval do Planalto), a paralisação das obras finais das novas refinarias e a Lava Jato estão intimamente interligadas. A Rede Globo e a oposição burguesa conservadora elegeram o justiceiro Moro como o "novo herói" que luta contra a corrupção petista, após o acovardamento precoce do ministro Joaquim Barbosa, já o governo neoliberal Dilma "morre de medo" por razões óbvias, porém o "poder imperial" da república de Curitiba (assim como a do Galeão na era Vargas) está bancado pelo "andar de cima", localizado no edifício Harry Truman... a noroeste da Casa Branca.