TODOS AOS ATOS NESTE 18/03 SEM AVALIZAR O PROGRAMA DE SUA
CONVOCATÓRIA: POR UMA FRENTE ÚNICA DE AÇÃO ANTIFASCISTA! QUE OS SINDICATOS
CONVOQUEM SUAS BASES OPERÁRIAS PARA DEFENESTRAR A OFENSIVA DA DIREITA “MADE IN
CIA”! QUE A JUVENTUDE COMBATENTE OCUPE AS RUAS CONTRA A REAÇÃO CONSERVADORA!
Nestes últimos dois dias houve uma escalada da movimentação
fascista em nosso país. Tão logo se anunciou a ida de Lula para a Casa Civil
deixando o ex-presidente de ser refém direto da mafiosa “República de
Curitiba”, o Juiz Sérgio Moro divulgou as gravações entre o dirigente petista e
a Presidente da República, com a escuta telefônica claramente monitorando as
ligações telefônicas do Palácio do Planalto. Estava fabricado mais um
“escândalo” para desestabilizar ainda mais o cambaleante governo do PT. A Rede
Globo não só divulgou em primeira mão as gravações ilegais feitas pela PF e
autorizadas por seu novo pupilo e futuro candidato a Presidente da República
como convocou manifestações exigindo a renúncia de Dilma. Em pleno horário
nobre da quarta-feira (16), os canalhas ventríloquos da Famiglia Marinho
insuflaram os coxinhas a irem as ruas para ladrar pela prisão de Lula e a saída
de Dilma. Logo, a Av. Paulista estava com várias hordas de fascistas e a sede
da FIESP em verde e amarelo estampava a exigência de “Renuncia Já!”. Pessoas
que se opunham a seu coro reacionário foram perseguidas e agredidas no meio da
rua sob os gritos de “Fora PT”. Noite adentro em todo país pipocaram
manifestações da direita, acompanhadas por generosos fleches na programação
global, cujos âncoras martelavam apoio a Operação Lava Jato e ao Juiz Sérgio
Moro, acusando Lula e Dilma de corruptos e desejarem “obstruir a justiça”. O
Palácio do Planalto chegou a ser cercado pela canalha da direita, sedes da CUT
e do PT foram atacadas. Já durante o dia 17, data da posse de Lula no
ministério, novas investidas dos fascistas em manifestações concentradas em
Brasília. Logo um juiz de primeira instância acionado pela oposição conservador
(PSDB-DEM-PPS), ardoroso e público defensor do “Fora Dilma”, suspendeu
judicialmente a ida de Lula para a Casa Civil, demostrado o grau de
desmoralização que chegou o governo do PT e mantendo um clima de suspense no
ar, enquanto novamente a direita ocupa as ruas neste momento. Até agora, o
Palácio do Planalto não reagiu aos grampos ilegais da PF e de Moro, não tomou
qualquer medida política ou mesmo jurídica para barrar a espiral fascista em
curso, demonstrando a completa impotência em enfrentar a ofensiva da direita.
Sequer o diretor-geral da PF foi demitido e o Juiz Moro preso por atos ilegais
e atentar contra a segurança da presidente da República, medidas elementares
para retomar o mínimo controle da situação por parte de um governo (mesmo
burguês) ameaçado. Toda esta movimentação golpista nos remete aos “protestos”
organizados pela CIA pelo redor do mundo nos últimos anos, desde a Venezuela,
passando pelo Paraguai, Honduras e mais recentemente a Ucrânia. Em nome do
combate a corrupção ou de suposto “desrespeito a lei”, invariavelmente
elementos de classe média e políticos da direita se unem contra governos
nacionalistas ou da centro-esquerda burguesa, sendo esse movimento amplamente
amparado pelos grandes meios de comunicação com o apoio velado ou aberto das
FFAA. Ainda que sejamos oposição
operária e revolucionária ao governo Dilma e ao PT não podemos nos calar diante
da escalada fascista em curso. Trata-se de um ataque ao PT que estrategicamente
visa golpear o conjunto da esquerda e criminalizar os movimentos socais.
Desgraçadamente até agora somente ocorreram manifestações pontuais (no TUCA em
SP e em Brasília na posse de Lula) contra a direita, isto porque a política de
ajuste neoliberal do governo Dilma fragilizou a base social do PT e seus
dirigentes estão buscando um grande “acordão nacional” com a burguesia com a
ida do ex-presidente para a Casa Civil a fim de manter o mandato de Dilma até
2018, queimando inclusive a possibilidade de Lula para uma nova disputa, já que
ele não conseguirá reverter o quadro de recessão econômica que está mergulhado
o país. Entretanto, a Rede Globo, o Juiz Moro e a setores recalcitrantes da
direita resistem a aceitar esse pacto intra-burguês. Diante desses graves
acontecimentos, a Direção Nacional da LBI deliberou por participar dos atos
desta sexta-feira, dia 18 de Março, não para defender a democracia burguesa e o
governo neoliberal de Dilma mas para derrotar a ofensiva da direita contra as
parcas liberdades democráticas existentes em nosso país e as conquistas sociais
arrancadas com muita luta pelo proletariado. Fica evidente que a direção do PT
e da CUT é incapaz de lutar consequentemente contra a movimentação fascista em
curso, na medida que é refém das instituições do regime político burguês e joga
todas as suas cartas em um acordo com a quadrilha corrupta do PMDB comandada por
Renan Calheiros para recompor sua base política no parlamento para derrotar o
processo de impeachment no Congresso Nacional. Por esta razão, não denunciam a
ação golpista da PF, do Ministério Público e de Moro, preferem negociar
passivamente sua derrota pela via eleitoral em 2018. Para os Marxistas
Revolucionários a luta não é para salvar o mandato de Dilma e garantir sua
governabilidade burguesa, ancorada inclusive na promessa de manter o ajuste
neoliberal e os ataques covardes aos trabalhadores, vide a Reforma da
Previdência. Nosso combate de classe é para estabelecer uma Frente Única de Ação Antifascista com o objetivo preciso de derrotar as hordas da direita
reacionária que segue os manuais da CIA de desestabilização de governos não
alinhados servilmente a Casa Branca.
Nesse sentido, fazemos um chamado público aos sindicatos filiados à CUT,
Intersindical e a Conlutas a convocar suas bases operárias para defenestrar a
ofensiva da direita “made in USA”. Do mesmo modo, chamamos o movimento
popular-camponês-estudantil, particularmente as bases do MTST e MST a ocupar as
ruas neste dia 18 para lutar por conquistas sociais e políticas, contra o
ajuste neoliberal e o fascismo. Por fim, é hora da juventude combatente tomar
as ruas para responder as provocações da direita! Como marxistas-leninistas
estaremos na linha de frente da luta contra o fascismo sem abrir mão de nossa
independência política diante do governo da Frente Popular, na medida que nessa
trincheira (atos, manifestações, greves) estaremos ombro a ombro com os
militantes de base da CUT, PT, PCdoB denunciando a completa capitulação de suas
direções e suas ilusões nas instituições capitalistas. Por fim, chamamos o PSTU
e a Conlutas a se somarem conosco nesta Frente Única de Ação Antifascista, porque esse
instrumento é parte do combate político-programático para forjar uma
alternativa de direção revolucionária dos trabalhadores para superar os dois
campos burgueses em conflito (PT e PSDB), não agir desta forma em nome de um
“terceiro campo” inexistente nesse momento tornará essa corrente política
cúmplice da reação fascista que ganha corpo no Brasil, como foi nas demais
“revoltas made in CIA” que estouraram no mundo nos últimos anos!