segunda-feira, 10 de abril de 2017

COMPLETO FIASCO DA ÚLTIMA AGRESSÃO MILITAR A SÍRIA OBRIGA IMPERIALISMO IANQUE A RECUAR EM SUA OFENSIVA AUMENTANDO A DESMORALIZAÇÃO DE SUAS TROPAS EM TODO MUNDO


O covarde ataque imperialista de mísseis balísticos desferidos contra uma base militar em Homs na Síria na madrugada do último dia 07/04, resultou em um rotundo fiasco tanto do ponto de vista militar como político. A base aérea de Ash Sha'irat, nas cercanias da cidade de Homs, teve danos mínimos, apesar da chuva de tomahawak (cerca de 60) disparados de um destróier norte-americano ancorado no mar Mediterrâneo, covardemente posicionado bem distante do foco do ataque. Acontece que dos 60 mísseis que partiram do Mediterrâneo (possivelmente da ilha de Creta) menos da metade conseguiu chegar ao objetivo final em Homs. O resultado não poderia ser outro a não ser um completo fiasco bélico da investida imperialista, apenas meia dúzia de caças sírios foram destruídos, todos antigos Migs-32 (a versão mais moderna é a 35 recentemente adquirida pelas forças sírias da Rússia) que estavam aterrizados fora dos abrigos subterrâneos antiaéreos construídos especialmente para evitar danos em possíveis bombardeios. O experiente comando militar sírio não poderia repetir os graves erros cometidos pelo então governo do coronel Kadafi na Líbia, que teve sua frota aérea militar totalmente destruída em solo aberto após bombardeios aéreos operados pela OTAN. O próprio presidente Bashar Al Assad definiu o fracasso da agressão imperialista a seu país: "Os EUA falharam em tentar alcançar seus objetivos através da agressão, visando elevar a moral combativa dos agrupamentos terroristas por eles apoiados, após as vitórias do Exército sírio e do seu povo que provaram estarem dispostos a aniquilar o terrorismo em cada canto do território sírio". Mas nem mesmo os terroristas do EI conseguiram tirar algum proveito do sórdido ataque imperialista que solapou a vida de cerca de dez militares sírios, logo depois os falsos "rebeldes" foram severamente bombardeados por caças russos (e pasmem) com a colaboração da força aérea ianque, forçada a deter o avanço do Daesh sobre seus aliados curdos na região fronteiriça do Iraque. De um ângulo político a ação atabalhoada do governo Trump contra o povo sírio conseguiu colher um amplo repúdio internacional e até mesmo em seu próprio território, rachando inclusive sua frágil base de apoio parlamentar. Desmoralizada com o fiasco na Síria, agora a frota naval ianque segue para a península coreana para ameaçar o governo de Pyongyang, revelando assim o desnorteamento do Pentágono no atual tabuleiro geopolítico mundial. Trump sem uma estratégia internacional definida, pois sofre pressão das duas alas republicanas, começa a "brincar com fogo" no terreno de uma nova guerra mundial. Desgraçadamente a esquerda revisionista (PTS, LIT, grupo MAIS e Alan Woods) se perfilou mais uma vez com a ação imperialista contra uma nação oprimida, confirmando a tese da LBI de que estes agrupamentos oportunistas já abandonaram formalmente as lições básicas do Trotskismo e as tarefas postas pelo Programa de Transição da IV Internacional.