terça-feira, 31 de julho de 2018

PSTU “EMPATIZA” COM BOLSONARO NO RODA VIVA: COMO NA LÍBIA, SÍRIA E NICARÁGUA, PARA O MORENISMO A OFENSIVA FASCISTA REPRESENTA UM FENÔNEMO “PROGRESSIVO” 


Não para de pulular nas redes sociais “comentários” dos mais diversos no espectro da “esquerda” sobre o Roda Viva com o fascista Bolsonaro. No âmbito do PSTU, quem se pronunciou foi Diego Cruz, membro do conselho de redação do Jornal Opinião Socialista e um dos principais dirigentes do partido. Segundo ele “O que lhe confere força é a construção de sua imagem como alguém 'contra tudo o que está aí '. Ele capta o sentimento difuso antissistema, que pela lógica seria da esquerda. Mas onde está a esquerda? Fazendo greve de fome por Lula livre. Abraçada na alça do caixão do PT. Os 20% de Bolsonaro é reflexo disso. Esse fenômeno revela bem mais sobre a esquerda do que a consciência da população”. Vejam com seus próprios olhos, o porta-voz do PSTU caracteriza Bolsonaro como um candidato “antisistema”, ou seja, o representante do fascismo expressaria um fenômeno progressivo no espectro eleitoral, “contra tudo o que está aí”. Segundo ele, o eleitorado fascista de Bolsonaro seria uma base política a ser disputada pela “esquerda”, não haveria grandes problemas em sua “consciência”. Tanto que Diego Cruz lamenta que a “esquerda” se encontra presa, de mãos dadas, ao reformismo lulista e não se aproximando da base de Bolsonaro para capitalizar o “sentimento difuso” de rebeldia do eleitorado fascista! Por essa lógica absurda pode-se fazer inclusive unidade de ação com essa direita reacionária contra a esquerda socialdemocrata como o PT, principalmente quando esta última encontra-se no governo. Desta forma o PSTU apresenta Bolsonaro como um possível aliado no campo da ação contra a Frente Popular, seguindo a linha que a LIT adotou na Líbia, Síria e mais recentemente na Nicarágua, quando se aliou com os grupos patrocinados pelo imperialismo sob o pretexto de que o governo de Daniel Ortega era uma ditatura! A posição do PSTU diante de Bolsonaro revela que esse partido chegou ao cúmulo da adaptação a reação burguesa, só perde para seus aliados da Transição Socialista (ex-Negação da Negação) que já convocou até mesmo atos conjuntos com os fascistas do MBL para exigir a prisão de Lula, saudando a ação da PF e do Juiz Moro. Definitivamente é o PSTU que está segurando a mão do fascismo no Brasil e no mundo afora, já aos genuínos revolucionários trotskistas cabem lutar para enterrar, colocar no caixão da história, esse fenômeno político social contrarrevolucionário através da luta direta do proletariado!
BOLSONARO RELINCHANDO NA MÍDIA: ESQUERDA SOCIAL-DEMOCRATA CAI NO "CONTO ELEITORAL" DA SUPOSTA AMEAÇA DO NEOFASCISTA GANHAR A PRESIDÊNCIA PELAS URNAS


Transmitido ontem pela TV Cultura, a entrevista do neofascista Jair Bolsonaro no programa "Roda Viva" repercutiu multitudinariamente nas redes sociais, principalmente na blogosfera petista, mas também com a mesma intensidade no ativismo geral da esquerda reformista e social-democrata. A grande "preocupação" dispensada ao ex-capitão do exército e energúmeno mor das hordas reacionárias do país, por parte do nicho da Frente Popular e adjacências (PSOL), é que Bolsonaro venha a ganhar as eleições presidenciais de outubro próximo, já que se posta como segundo colocado nas pesquisas eleitorais, somente atrás de Lula, uma candidatura possível de impugnação pelo TSE. Desgraçadamente esta esquerda deformada e corrompida ideologicamente não entende absolutamente nada do fenômeno social da ascensão fascista, tampouco está interessada em agir fora dos estreitos marcos da democracia burguesa. Para este setor hegemônico da esquerda o "mundo" se resume a próxima corrida ao Planalto e qualquer ameaça que possa excluir a possibilidade da Frente Popular voltar a gerenciar os negócios do Estado capitalista deve ser "energicamente" combatida...nas urnas e redes sociais...Os revisionistas embarcaram acriticamente e de "corpo e alma" na campanha política "Lula Livre", uns por corrupção material (PCO) e outros por capitulação ideológica (Resistência/PSOL), deixando de lado a trincheira real de luta da ação direta das massas contra a ofensiva fascista. Defender a liberdade de Lula, nada tem a ver com chancelar a campanha petista do "Lula Livre" que sequer levanta consignas minimamente democráticas, como por exemplo a libertação dos outros dirigentes petistas e dos ativistas das "Jornadas de Junho" de 2013, recentemente condenados pela mesma máfia togada da justiça burguesa. O vasto arco social-democrata (PT, PCdoB e PSOL) não está em condições de derrotar Bolsonaro e suas milícias neofascistas simplesmente porque este fenômeno social não será derrotado nas urnas, para estes falangistas da direita as eleições são um fator extremamente secundário, seu objetivo histórico e estratégico é o poder estatal pela "porta"da violência armada e não da democracia parlamentar. Como demonstrou Trotsky, em seu magistral livro "Revolução e contra-revolução na Alemanha", o último estágio político do fascismo é exatamente as urnas, primeiro formam suas milícias armadas, que podem germinar inclusive no interior das Forças Militares regulares. Sem um programa para dotar os meios materiais e políticos para organizar as forças de resistência do proletariado, este será sempre uma "presa fácil" aos golpes e quarteladas fascistas, um dos últimos recursos da burguesia para uma etapa de crise estrutural do modo de produção capitalista. Se Bolsonaro ainda é uma pífia caricatura de uma iminente ameaça fascista, nada impede que seu "movimento" prepare o terreno para uma alternativa mais "competente" para o recrudescimento do regime político vigente. Para os Marxistas Revolucionários a trincheira de guerra contra a ofensiva fascista é o campo da luta de classes, fomentando organismos de poder da classe operária e nunca desperdiçando as energias do proletariado com o circo eleitoral viciado, montado pela burguesia para legitimar as instituições do seu Estado Capitalista.

sábado, 28 de julho de 2018

ACERCA DOS INCÊNDIOS DESASTROSOS NA GRÉCIA
Por KKE (Partido Comunista da Grécia)


Reproduzimos abaixo o artigo sobre os incêndios na Grécia elaborado pelo KKE (Partido Comunista da Grécia) que deixou dezenas de mortos. O KKE é um dos últimos partidos da anturragem stalinista que ainda se mantém fiel as tradições Marxistas-Leninistas, apesar da liquidação contrarrevolucionária da URSS, tanto que tem o apoio crítico da LBI em embates fundamentais da luta de classes na Grécia. No texto abaixo, se denuncia que os trabalhos de proteção contra os incêndios, assim como os projetos preventivos contra as inundações e os tremores de terra não foram executados porque eles representam um custo sem lucro para os capitalistas, o Estado burguês e o governo socialdemocrata do SYRIZA.

O KKE exprime suas condolências às famílias das vítimas dos incêndios na região de Nea Makri e Rafina. Ele apoia as dezenas de feridos e as milhares de pessoas que viram seus bens serem consumidos pelo fogo nos incêndios que atingiram a Ática Leste e a Ática Oeste. O KKE exige do governo que mobilize todas as forças necessárias do mecanismo estatal para apoiar os habitantes destas regiões. O governo deve tomar todas as medidas necessárias para este fim:

1. Registar imediatamente as pessoas desaparecidas e informar de maneira responsável suas famílias e todos aqueles que procuram os seus próximos.
2. Tomar medidas imediatas para apoiar as estruturas sanitárias locais com pessoal e serviços de cuidados para aqueles que necessitam.
3. Tomar medidas imediatas para garantir a segurança de alojamento, limpeza, higiene, vestuário e alimentação das famílias que foram afetadas pelos incêndios.
4. Proceder à reabilitação imediata do abastecimento de água e eletricidade nas zonas afectadas.
5. Registar de imediato os danos proceder à indemnização total das lojas, do equipamento, das mercadorias dos trabalhadores independentes e das pequenas empresas, assim como das propriedades das famílias de trabalhadores e das famílias populares.

As dezenas de mortos e feridos acrescentam-se às vítimas das inundações da Ática do Oeste há 8 meses. As destruições incalculáveis nas casas, lojas, empresas artesanais acrescentam-se as inumeráveis consequências devastadoras com que as camadas operárias e populares da Ática são confrontadas desde há numerosos anos após os tremores de terra, as inundações e os incêndios. Os bombeiros evitaram um acidente industrial maior com consequências imprevisíveis, pois as chamas atingiram a cerca de uma grande refinaria.

As catástrofes naturais encontram uma Ática sem proteção e as infraestruturas, que devem enfrentar as consequências destas catástrofes, em descalabro total. Apesar dos esforços heroicos dos bombeiros e das pessoas envolvidas na gestão das catástrofes naturais, é previsível que depois de tais fenómenos experimentaremos novas vítimas e novos desastres incalculáveis afetando bens do povo e riquezas naturais. Tudo isso porque não há verdadeira planificação para preveni-las e enfrentá-las.

O governo, os atores estatais responsáveis e a região da Ática conhecem em pormenor as penúrias de pessoal, de meios e de infraestruturas necessárias para prevenir e tratar de imediato tais fenómenos. O KKE, quando de um evento importante em 10 de Maio, havia alertado contra as principais lacunas identificadas no início do período de luta contra os incêndios e havia feito propostas substanciais sobre as questões da prevenção e da proteção da vida humana e do ambiente. Contudo, nenhuma questão de fundo foi resolvida.

Os anúncios feitos pelo primeiro-ministro em conferências sobre o desenvolvimento da Ática do Oeste e do Leste revelaram-se palavras vazias. Os trabalhos de proteção contra os incêndios, assim como os projetos de proteção contra as inundações e os tremores de terra não foram executados porque eles representam um custo sem lucro para os capitalistas e para o Estado burguês. As necessidades das famílias operárias e populares tornam-se literalmente um sacrifício em proveito do crescimento dos lucros das empresas.

O KKE apela aos seus membros e amigos, assim como aos membros da KNE, a tomar a iniciativa, pela ação junto dos sindicatos e das outras organizações de massa na Ática, de organizar a solidariedade junto às pessoas afetadas pelos incêndios. Organizar a assistência imediata daqueles que estão necessitados reunindo a ajuda material e organizando o trabalho benévolo. Conduzir a luta pela organização exigindo trabalhos e infraestruturas que respondem às suas necessidades.

27/Julho/2018

quinta-feira, 26 de julho de 2018

65 ANOS DO ASSALTO AO QUARTEL DE MONCADA: DO “26 DE JULHO” DE 1953 COM O FIM DAS ILUSÕES NA DEMOCRACIA BURGUESA PARA HOJE COM O AVANÇO DA RESTAURAÇÃO CAPITALISTA... CUBA NA ENCRUZILHADA


Justamente quando se comemora os 65 anos do fracassado ataque ao quartel de Moncada em 26 de julho de 1953, ação protagonizada por Fidel Castro e outros membros do Partido Ortodoxo, expressando a perda das esperanças da oposição pequeno-burguesa nacionalista em utilizar-se dos meios institucionais para restaurar a caricatura de democracia burguesa na Ilha e a adoção da luta armada como método para derrotar a ditadura de Fulgêncio Batista, Cuba vive um processo de reforma de sua Constituição que serve de base jurídica e política para o avanço do processo de restauração capitalista no Estado Operário Deformado. Apesar da maioria ter sido morta em combate e poucos sobreviventes presos, entre eles Fidel e Raul Castro, esse episódio se tornou uma referência para o movimento guerrilheiro que dirigiu a Revolução Cubana. Anos depois, em junho de 1955 Che Guevara se encontrou com Fidel Castro e os cubanos exilados do “Movimento 26 de Julho”. Fidel comandava a oposição ao regime ditatorial de Fulgêncio Batista e planejava o retorno a Cuba para derrubar o governo pró-imperialista ianque. No dia 25 de novembro de 1956, 82 homens partem a bordo do velho iate Granma. Era o início da Revolução Cubana. 65 anos após o simbólico 26 de Julho de 1953, para nós Trotskistas que criticamos duramente a “reforma” na Constituição cubana justamente porque abre o caminho para o reconhecimento da propriedade privada, além de dar garantia aos investimentos imperialista e introduzir mecanismos da democracia burguesa no regime político, ou seja, todo o aposto dos objetivos estratégicos da ditadura do proletária, defender o Estado Operário burocratizado cubano das investidas do imperialismo hoje e preparar a revolução política na Ilha para assegurar as conquistas sociais existentes no Estado operário, ameaçadas pelo bloqueio econômico e a pressão pela restauração capitalista, são a melhor forma de honrar os combatentes mortos em 26 de Julho. A LBI aproveita as comemorações do 26 de julho para reafirmar a defesa incondicional da ilha operária e de suas conquistas históricas rechaçando a ofensiva imperialista através do bloqueio econômico e da política de “reação democrática” levada acabo no último período ao mesmo tempo em que polemiza com a orientação programática adotada pela burocracia castrista, em que esta ataca uma série de direitos históricos dos trabalhadores com o objetivo de avançar o processo de restauração capitalista. A melhor forma de honrar os combatentes de La Moncada é responder as investidas do imperialismo ianque chamando a classe operária em nível mundial a derrotar o imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica” com a Casa Branca e a Igreja Católica. Essa data deve ser comemorada hoje à luz da inflexão política do imperialismo e da burocracia castrista, 65 anos do assalto ao quartel de La Moncada. Esse movimento de aproximação comemorado mundo afora e inclusive pela “esquerda” não possui nenhum caráter progressista, representa a outra face “democrática” da mesma ofensiva reacionária imperialista contra os povos. Na Ilha operária os planos do Pentágono de impulsionar uma “revolução popular” de milícias fascistas de direita, ao estilo Líbia, Síria, Ucrânia e Venezuela não conseguiu sucesso, forçando anteriormente Obama a utilizar a velha tática da “reação democrática”. Com Trump esse caminho sofre um pequeno sobressalto, mas não foi alterado seu rumo estratégico, tanto que o novo presidente cubano, Miguel Diaz Canel, vem dando andamento as “reformas”. O sucessor de Raul Castro (e do próprio Fidel apesar de sua ausência física) no comando do Estado Operário Cubano manterá o ritmo das reformas de mercado, iniciadas com o fim da URSS no início da década de 90, em direção a uma transição ordenada do regime de produção socializada para o modo de produção capitalista.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

HÁ TRÊS ANOS DO FALECIMENTO DE VITO GIANNOTTI: UMA VIDA INTEGRALMENTE DEDICADA À CAUSA DA EMANCIPAÇÃO DO PROLETARIADO


O Blog da LBI registra com muito respeito militante a lembrança do companheiro Vito Giannotti, cuja morte ocorria exatamente há três anos atrás, no dia 24/07/2015. Vito era um genuíno representante de uma geração de militantes socialistas que dedicou toda sua vida a causa da emancipação do proletariado, desde os primeiros combates na juventude até o seu último dia de vida, aos 72 anos de idade. Vito poderia tranquilamente ter se dedicado em sua última fase da vida a "fazer negócios" seguindo a trilha de uma camada de antigos dirigentes da esquerda que após a queda da URSS e na sequência da ascensão do governo petista a gerência estatal no Brasil abandonaram completamente os princípios da independência da classe operária. Nascido na Itália Vito chegou ao Brasil nos anos 60 com pouco mais de vinte anos de idade e logo abraçou a luta socialista em uma etapa de profunda ebulição política. Mas foi em meados da década de 70 que Vito desempenhou um papel fundamental na organização da resistência operária ao regime militar. Um dos fundadores do oposição metalúrgica de São Paulo, Vito soube organizar dentro das fábricas núcleos políticos sindicais para lutar contra o arrocho salarial da ditadura e ao mesmo tempo avançar na consciência da necessidade de resgatar os sindicatos das mãos dos pelegos que faziam o " jogo" dos patrões, como o lendário traidor Joaquinzão. O MOMSP (movimento de oposição dos metalúrgicos de São Paulo), integrado por Giannotti, fez história ao lançar a primeira chapa de esquerda, após a intensificação da repressão durante o governo Médici em 1972, no maior sindicato operário da América Latina. O corajoso exemplo do MOMSP, que sobreviveu até as eleições sindicais de 87 quando foi " fraturado" pela corrente Articulação (PT), estimulou o processo de criação da CUT em 83, da qual Vito participou ativamente. Na luta política no interior da CUT, o MOMSP logo se tornou uma referência da esquerda classista impulsionando a tendência "CUT pela Base", tendo a figura de Giannotti com um dos seus principais formuladores. Finalizada a experiência do MOMSP na década de 90, com a hegemonia da CUT no movimento sindical brasileiro, Vito se dedica mais a elaboração teórica sobre a comunicação operária, fundando com sua companheira Claudia Santiago o Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), focado na formação política de novas lideranças sindicais. O NPC se estabelece na cidade do Rio de Janeiro e logo ganha o respeito de todas as correntes da esquerda socialista pela seriedade e empenho de Giannotti, seus cursos de formações recebiam audiência de várias regiões do país. Vito agora travava uma dura batalha contra os oligopólios da mídia corporativa, ressaltando a importância da existência de uma imprensa operária independente. No centro do Rio, Vito organizou um espaço aberto exclusivamente para publicações da esquerda, era a livraria Antônio Gramsci (AG). Nesta livraria, a editora publicações LBI teve a honra de lançar em meio da anterior campanha eleitoral de 2014, seu livro sobre o embuste de Marina Silva e a operação política que levou à morte o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A editora da LBI estava planejando em conjunto com Vito e a livraria AG o lançamento de seu novo livro sobre a "Ofensiva imperial para destruir a PETROBRAS" quando foi surpreendida com a dolorida notícia do falecimento de Giannotti. Somos conscientes do tamanho da perda para o movimento social com a partida de Vito, um quadro orgânico que não se vendeu ao capital, lúcido da etapa de ofensiva reacionária do imperialismo contra as conquistas operárias. Vito apesar da crença no futuro socialista da humanidade sabia muito bem dos enormes retrocessos e dificuldades apresentados na atual etapa histórica da luta de classes. Em sua última postagem em uma rede social afirmou o seguinte: " Daqui trezentos anos mudaremos esta situação ". Companheiro Vito Giannotti não sabemos ao certo o tempo exato que levará para o triunfo revolucionário de nossos ideais de liberdade e igualdade social plena, sabemos sim que levaremos um longo tempo para que a ideologia marxista conflua para a reconstrução do partido leninista e que este possa ganhar a influência das amplas massas proletárias no caminho da demolição do capitalismo mundializado. Porém sua valorosa contribuição e exemplo de vida servirão como bússola para uma nova geração de operários socialistas, que como você saiu do "chão da fábrica para os livros" sem nunca perder a referência da luta de classes e do horizonte socialista.


segunda-feira, 23 de julho de 2018

RESPONDER AS AMEAÇAS DE TRUMP CONTRA O IRÃ COM A UNIDADE REVOLUCIONÁRIA ANTIIMPERIALISTA! FRENTE ÚNICA COM O REGIME DOS AIATOLÁS, ASSAD E O HEZBOLLAH PARA DERROTAR A AGRESSÃO DO MAIOR INIMIGO DOS POVOS!


Donald Trump provocou nesta segunda-feira (23) o presidente iraniano, Hassan Rohani, afirmando que "não volte nunca mais a ameaçar os EUA" se não quiser "sofrer consequências históricas". A declaração de Trump é uma ameaça diante do um discurso de Rohani que recomendou aos Estados Unidos "não brincar com fogo". "Ao presidente iraniano Rohani: Nunca mais volte a ameaçar os Estados Unidos ou sofrerá consequências como as que poucos sofreram antes na história", escreveu Trump na sua conta do Twitter. O presidente ianque acrescentou que "Já não somos um país que aguentará suas palavras de violência e morte. Seja cauteloso!'. Horas antes, o presidente iraniano tinha pedido a Washington "para não brincar com fogo", já que começar um conflito com Teerã representaria "a mãe de todas as guerras". "Negociar hoje com os EUA não significa mais que rendição e o fim das conquistas da nação do Irã. Se nos rendermos para um fanfarrão mentiroso como Trump, saqueiam o Irã", acrescentou Rohani. Em maio, Trump retirou os EUA do acordo nuclear multilateral de 2015 com o Irã e voltou a impor sanções a Teerã, que entrarão em vigor em agosto. Fica evidente que o imperialismo ianque se prepara para uma etapa de aberta ofensiva bélica mundial que tem como alvo inicialmente a Síria e o Irã e estrategicamente a Rússia (começando pelo fustigamento das repúblicas populares que romperam com a Ucrânia) e a China. Em 2015, quando a dupla Obama-Kerry anunciou o acordo nuclear com o Irã, a LBI analisou o acontecimento como um “recuo do imperialismo ianque para desarmar o regime do Aitatolás”. Naqueles dias pontuamos que “Com o ‘acordo’ com o Irã, que retardará por vários anos o programa nuclear persa, os EUA podem ganhar tempo para conseguir se fortalecer para uma saída militar futura”. Esse momento parece ter seu início agora também por pressão direta de Israel. Não por acaso, antes do anúncio da Casa Branca, o carniceiro Netanyahu fez publicamente supostas “revelações” sobe o “desrespeito” iraniano do “Acordo Nuclear” de 2015. Esse cenário se insere no patrocínio de golpes parlamentares em continentes como a América Latina e África ou de intervenções militares diretas no Oriente Médio. Não esqueçamos que a histeria social anti-Putin no interior dos EUA, contra a própria vontade de Trump, é apenas uma cortina de fumaça para deixar os falcões do imperialismo ianque de “mãos livres” (sem competidor bélico global) em sua escalada de ataques a povos e nações oprimidas. O império financeiro que derrotou a URSS não busca simplesmente a figura de um “showman” de extrema direita, necessita de uma liderança reacionária sólida com capacidade de refundar o regime político dos EUA. A ofensiva neoliberal imperialista contra os povos e nações do planeta passará em breve por cima de Trump como um trator desgovernado, deixando o terreno ianque preparado para um governo fascista que tenha pleno apoio político dos dois braços fundamentais da burguesia: a casta dominante financeira e os industriais da guerra. O rompimento do acordo nuclear com o Irã era uma condição básica para avanço dessa perspectiva funesta. Não esqueçamos que o objetivo central do Pentágono continua a ser desestabilizar a Síria para neutralizar o regime da oligarquia Assad, debilitar o Hezbollah e seguir sem maiores obstáculos em seu plano de atacar Irã. Tanto antes com Obama como agora com Trump sempre declaramos que os revolucionários não são partidários do Regime dos Aitolás no Irã, embora reconheçamos os avanços anti-imperialistas conquistados pelas massas em 1979. Sempre alertamos que a burguesia iraniana, diante de seu isolamento internacional e das sanções impostas pela ONU, estava buscando um acordo estratégico com o imperialismo ianque e europeu. Agora essa etapa se rompe. O imperialismo ianque e Israel exigem a rendição completa do Irã, perspectiva que sofre grande resistência interna, particularmente pelas massas iranianas que viram a barbárie imposta à Líbia e a destruição em curso na Síria. Frente a esta situação, defendemos integralmente o direito deste país oprimido a possuir todo arsenal militar atômico ao seu alcance. É absolutamente sórdido e cretino que o imperialismo ianque e seus satélites pretendam proibir o acesso à tecnologia atômica aos países que não se alinham com a Casa Branca, quando esta arma “até os dentes” Estados gendarmes como Israel com farta munição atômica. Como Marxistas Revolucionários não dissimulamos em um só momento o caráter burguês e obscurantista do regime nacionalista do Irã. Mas estes fatos em nada mudam a posição comunista diante de uma possível agressão imperialista contra uma nação oprimida. Não nos omitiremos de estabelecer uma unidade de ação com o Regime dos Aiatolás, diante de uma agressão imperialista. Por esta mesma razão, chamamos o proletariado persa a construir uma alternativa revolucionária dos trabalhadores que possa combater consequentemente o imperialismo e derrotar todas as alas do regime, denunciando desde já o papel servil do governo Rohani. É bom lembrar que os Marxistas já estabeleceram uma frente única com os aiatolás na derrubada do Xá Reza Pahlevi e seu regime pró-imperialista, apesar de conhecermos o caráter de classe da direção religiosa muçulmana. A perspectiva de agressão, mesmo com todas as concessões feitas pelo regime dos Aiatolás e o governo Rohani, embutem uma vingança contra a humilhação sofrida pelos EUA na desastrosa tentativa de intervenção militar no Irã, ainda sob o governo democrata de Jimmy Carter. Não temos nenhuma dúvida que o império pretende somar para suas empresas transnacionais as reservas de petróleo do Irã às da Líbia e do Iraque para, desta forma, deter a hegemonia absoluta do controle energético do planeta. Somente idiotas úteis à Casa Branca podem ignorar estes fatos e declarar “solidariedade” às ações militares da OTAN contra os “bárbaros ditadores” que se recusam a aceitar a “democracia made in USA”. Os marxistas revolucionários defendem integralmente o direito do Irã a possuir todo arsenal militar atômico ao seu alcance para se defender do imperialismo e do sionismo. Porém, compreendem que a tarefa de defender o Irã inclusive contra sua burguesia nativa está, antes de tudo, nas mãos do proletariado mundial e das massas árabes. Somente elas podem lutar consequentemente pela derrota do imperialismo em todo o Oriente Médio, abrindo caminho para sepultar a exploração capitalista interna que condena a miséria os explorados da região.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

CENTRÃO DESISTE DA "PARCERIA", COM A OLIGARQUIA CEARENSE, DEIXANDO CIRO DE VOLTA AO "PAPEL" DE CENTRO- ESQUERDA À PROCURA DO PSB E PCdoB. COM ATRASO, O TUCANO ALCKMIN ENFIM É UNGIDO A CANDIDATO PREFERENCIAL DA BURGUESIA RENTISTA...


Na peça shakespeariana "sonhos de uma noite de verão", o grande gênio da dramaturgia definia assim as ilusões deletérias de um tolo: "Tudo aquilo não passou de um sonho, um sonho... de uma noite de verão". Foi assim que no calor do sertão sobralense, Ciro Gomes sonhou em ter o apoio do chamado "Centrão" para sua ambiciosa empreitada eleitoral rumo ao Palácio do Planalto, porém tudo se desfez na noite de ontem (19/07) quando os dirigentes do Blocão que reúne a pior escória política do país, anunciaram o apoio ao tucano Geraldo Alckmin, consolidando assim o projeto de uma nova hegemonia nacional que pretende controlar além da Presidência da República, os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O papel do anti-Lula nas próximas eleições não recairá sobre os ombros do "coronel" Ciro Gomes, ficará a cargo de um tucano de "alta plumagem", representante legítimo da burguesia paulista e porta-voz do rentismo financeiro nacional, tendo como fiador "oculto" da nova aliança selada com o "Centrão", o próprio golpista mor: Michel Temer. Com um certo atraso, devido a profunda crise do regime, enfim as classes dominantes ungiram seu candidato preferencial à gerência geral do Estado burguês, o "picolé de chuchu" ocupará o vazio político deixado pela falência política de colaboração de classes Frente Popular e da impossibilidade momentânea (tarefa de manter Lula preso) do justiceiro Moro em se lançar já em 2018 ao Planalto. Mais que tempo na propaganda eleitoral na TV, Alckmin ganhou a chancela da burguesia para ter a missão de defender as antipáticas reformas neoliberais em plena campanha presidencial, o que seria muito difícil para Ciro do PDT, que se apresenta como a máscara política de "neodesenvolvimentista", embora não saiba muito bem o que isto representa. É certo que o anúncio do Centrão ainda carece do pleno aval da Casa Branca e por consequência da Famiglia Marinho, que se mantinha cética em relação a capacidade do "santo" da Opus Dei desempenhar o papel de protagonista no cenário da defenestração política do PT. As organizações Globo mantinham até o último minuto a esperança de ver o seu "produto", Sérgio Moro, "brilhar" nas urnas eletrônicas em outubro próximo, como o "Salvador da Pátria". Com Alckmin no governo central seguirá firme o "ajuste" ditado pelo mercado financeiro, interrompido parcialmente pela paralisia do bandido Temer, porém os planos de recrudescimento do regime político sofrerão um certo atraso em relação as grandes expectativas geradas pelo setor mais recalcitrante da burguesia imperialista. Ficará para ser resolvida em um segundo momento se o governo do PSDB/Centrão terá condições de finalizar sua "agenda de reformas", ou sofrerá um golpe bonapartista, desta vez orientado diretamente pela "República de Curitiba". Para o PT a eleição de uma nutrida bancada parlamentar em 2018 é a garantia que se manterá vivo como uma das alternativas da burguesia, para quem sabe um novo ciclo histórico de ampliação de novos mercados mundiais, como ocorreu a partir de 2002 e se interrompeu com o esgotamento da super valorização das comodities agro-minerais.
66 ANOS DO BNB E A FARSA DO “PAPEL SOCIAL” DOS BANCOS ESTATAIS "PÚBLICOS"


A história dos 66 anos de luta dos trabalhadores bancários do BNB não se confunde com a daqueles que se beneficiam do parasitismo estatal através dos favores, financiamentos e operações cujo objetivo é saquear os cofres públicos, promovendo o botim estatal entre as quadrilhas capitalistas e revelando a real natureza do suposto “papel social” do banco público que é beneficiar e financiar o grande capital, às custas dos interesses gerais da classe trabalhadora. A história dos trabalhadores do BNB é produto de muita luta e greves históricas em defesa de nossas reivindicações e contra os governos burgueses corruptos, a serviço do capital financeiro internacional. Nossa trincheira de luta é oposta a do governo golpista de Temer e de seus gestores de plantão. Afinal, as crises, os desmandos administrativos, os escândalos de corrupção, as perseguições políticas, o assédio moral, falta de isonomia, os subsídios e financiamentos ao capital, as negociatas de cargos apenas expressam a história podre do Banco do Nordeste e revelam o verdadeiro papel social dos bancos públicos. O MOB (Movimento de Oposição Bancária) defende a reivindicação histórica dos trabalhadores que a burocracia sindical pelega e traidora tratou de enterrar, mas tem se mostrado muito atual frente a ofensiva neoliberal de privatizações em curso: a defesa dos bancos públicos a partir da estatização sob controle dos trabalhadores.

MOB - Movimento de Oposição Bancária

quinta-feira, 19 de julho de 2018

100 ANOS DO NASCIMENTO DE NELSON MANDELA: A TRAJETÓRIA DO LÍDER NEGRO QUE ENCABEÇOU A LUTA DOS TRABALHADORES SULAFRICANOS CONTRA O APARTHEID CAPITALISTA MAS ACABOU COMO ARTÍFICE DA TRANSIÇÃO PACTUADA COM A BURGUESIA BRANCA E RACISTA


Exposições pelo mundo e comemorações na África do Sul rendem homenagem aos 100 anos de nascimento de Nelson Mandela, o líder negro que personificou a luta contra o apartheid durante décadas, ficando preso por 27 anos. Saiu da prisão em um acordo com a classe dominante e depois acabou assumindo a presidência do país em 1994 como fruto de uma transição pactuada com a burguesia branca e racista, sustentando assim um regime que mantém vigente as brutais desigualdades sociais no país, como vimos nos massacres recentes de mineiros negros pela polícia do governo do CNA a mando de multinacionais britânicas. Não por acaso, as correntes frentepopulistas em nível mundial, como o PT do Brasil a FSLN da Nicarágua declaram que Mandela sempre foi seu exemplo político! Nascido em 18 de julho de 1918, em uma aldeia do interior, Mandela estudou Direito em uma das primeiras universidades de seu país, onde conheceu Oliver Tambo. Juntos, entraram em contato com o Movimento de Libertação Nacional da África do Sul e se integraram ao Congresso Nacional Africano (CNA). O Partido Comunista Sul-Africano, fundado em 1921, caracterizou o então regime como um tipo específico de colonialismo, que oprimia e explorava os trabalhadores e a maioria negra. Em 1944, já formado advogado, Mandela participou da criação da Liga Juvenil do CNA, da qual foi eleito presidente em 1951. Nesse período, em 1949, o governo sul-africano aprova um novo regime “legal” segregacionista: o famigerado “apartheid”. Esta foi a política oficial imposta pelo imperialismo e a minoria branca desde o final da década de 1940, não por coincidência após as experiências de campos de concentração nazistas e no mesmo ano da imposição do Estado de Israel na Palestina, legalizou e otimizou este sistema de mão de obra barata. A população trabalhadora sul-africana foi balcanizada sem direitos políticos, trabalhistas, liberdade de movimento, de expressão ou associação. Nas “reservas” se originaram os famosos bantustões, “estados independentes bantos-tribais” sob o tacão do imperialismo britânico, de onde os negros não poderiam sair se não tivessem passe concedido pelo Estado capitalista racista. O governo dividiu o país para que 87% da terra ficassem com os brancos, mestiços, e indianos; e os 13% restantes dividido entre os “estados” negros (80% da população), aos quais era concedida uma cretina “independência” controlada pelo exército sul-africano. Para justificar a discriminação da população destes campos de concentração africanos, o governo fazia um paralelo entre o tratamento que dispensava aos habitantes dos bantustões e o que a União Europeia e os Estados Unidos davam aos imigrantes ilegais vindos da Europa Oriental e América Latina, respectivamente. Dezenas de massacres como o de Sharpeville (1960) e Soweto (1976) ocorreram para sufocar as greves e levantes da resistência popular ao apartheid. Em 1950 o PC foi formalmente proibido através da Lei de Supressão do Comunismo e em 1960 o CNA foi banido, passando à resistência armada. Em 1964, o principal líder do CNA, Nelson Mandela foi condenado à prisão perpétua. O apartheid provocou a formação de uma frente popular no país, a partir da unidade das fileiras da oposição nacionalista, sindicalista e stalinista negra.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

MÁFIA TOGADA: TIRE AS MÃOS DOS ATIVISTAS DAS “JORNADAS DE JUNHO”! LIBERDADE PARA SININHO E TODOS OS CONDENADOS PELA “JUSTIÇA” DE CABRAL E PEZÃO!


O representante da máfia togada da “Justiça” do canalha governador Pezão, cria política de Sérgio Cabral, o juiz Flávio Itabaiana da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, condenou nesta terça-feira (17) à prisão 23 ativistas das “Jornadas de Junho” de 2013 e dos protestos de 2014. A sentença determina a prisão em regime fechado. A pena da maioria dos presos é de 7 anos de prisão, acusados de forma absurda pelos crimes de associação criminosa e corrupção de menores. Entre os 23 condenados, estão a companheira Elisa Pinto Sanzi, a Sininho. Desde a LBI denunciamos a farsa montada contra os ativistas agora condenados e responsabilizamos os governos Cabral/Pezão pela prisão dos militantes que convocaram publicamente as manifestações com o objetivo de contestar os gastos bilionários com a farra da FIFA no Brasil. Nossa corrente, que já teve militantes presos durante os protestos contra a Copa, se coloca incondicionalmente ao lado da companheira Sininho, dos militantes do MEPR e demais ativistas políticos condenados, convocando as demais organizações políticas a se somarem a esta campanha! O ataque repressivo a Sininho e demais companheiros é um ataque ao conjunto da esquerda anticapitalista e revolucionária, que atenta diretamente contra as liberdades democráticas dos ativistas e organizações políticas que protagonizaram as “Jornadas de Junho”! Reproduzimos abaixo a entrevista exclusiva que a companheira Sininho deu ao BLOG da LBI em julho de 2014, no auge da perseguição aos ativistas e lutadores pelos protestos contra a Copa da mafiosa FIFA no Brasil.


terça-feira, 17 de julho de 2018

NOVA CONSTITUIÇÃO EM CUBA: MIGUEL DíAZ CANEL FORMALIZA MARCO POLÍTICO-JURÍDICO QUE RECONHECE A PROPRIEDADE PRIVADA E ASSEGURA O AVANÇO DAS “REFORMAS” DE MERCADO QUE SUFOCARÃO O ESTADO OPERÁRIO


O reconhecimento e a garantia jurídica da propriedade privada integram o anteprojeto de reforma da Constituição de Cuba elaborada originalmente em 1976, que será em breve aprovado pelo legislativo. O Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba (PCC), divulgou a proposta da nova Constituição que irá ser votada a partir de 21 de julho, na Assembleia Nacional. Parte do texto que propõe a modificação da carta magna do Estado Operário deformado foi publicado também no site Cubadebate, onde afirma-se textualmente “O sistema econômico que ele reflete mantém como princípios essenciais a propriedade socialista de todas as pessoas sobre os meios fundamentais de produção e planejamento como o principal componente da gestão, ao que se acrescenta o reconhecimento do papel do mercado e de novas formas de propriedade, entre os quais os privados, em correspondência com a conceituação do modelo de desenvolvimento socialista econômico e social cubano e as diretrizes da política econômica e social do partido e da revolução, como resultado da consulta a amplos setores da sociedade”. O documento tem o objetivo de consolidar as reformas pró-capitalistas que a burocracia castrista vem implementando na última década: “O Grupo de Trabalho, presidido pelo general do Exército Raul Castro Ruz e com a colaboração e assessoria de vários especialistas, elaborou as bases legislativas com vistas à reforma da Constituição aprovada pelo mais alto órgão do Partido em 29 de junho de 2014” (Idem). Os aspectos mostrados no anteprojeto da nova Constituição incorporam a figura de um primeiro-ministro que vai se encarregar do órgão executivo do país, o Conselho de Ministros. O texto traz ainda o reconhecimento da propriedade privada, de acordo com as medidas aprovadas por Raul Castro e que ampliaram o exercício do emprego fora da propriedade estatal em uma espécie de transição ordenada ao capitalismo, como ressalta o Granma “Vamos manter os princípios essenciais da propriedade socialista de todo o povo sobre os meios fundamentais de produção e a planificação como componente principal de direção, o que adiciona o reconhecimento do papel do mercado e de novas formas de propriedade, entre elas a privada”. A Constituição, como existe atualmente, apenas reconhece a propriedade estatal, além de cooperativas, agrícolas e empresas por sociedade. Além da propriedade privada passará também a ser reconhecido o mercado livre: “Também ratifica constitucionalmente a importância do investimento estrangeiro para o desenvolvimento econômico do país, com as devidas garantias” (Cubadebate). Em relação à propriedade privada da terra, mantém-se um regime especial, com limitações quanto à sua transmissão e ao direito preferencial do Estado à sua aquisição através de seu preço justo. Apesar de a Constituição referir que Cuba continuará a ter uma economia planificada, com o investimento público como motor das relações econômicas, estes reconhecimentos formais e constitucionais visam assegurar juridicamente os “investidores estrangeiros”, ou seja, aos monopólios capitalistas. Além disso se copia traços da democracia burguesa. Haverá limites de dois mandatos consecutivos (cada um de cinco anos) e passa a existir o cargo de primeiro-ministro. O anteprojeto da nova Constituição de Cuba irá limitar o tempo de mandato dos presidentes do país a cinco anos, permitindo uma única reeleição consecutiva, informou o jornal estatal. O rascunho também afirma que pretende “eliminar as assembleias provinciais e seu corpo administrativo” reduzindo o peso os instrumentos de democracia direta, ainda que deformados. Esses organismos serão substituídos por um Governo Provincial “composto por um governador e um Conselho” formado pelos presidentes das assembleias municipais do Poder Popular. Como alertamos anteriormente, o sucessor de Raul Castro (e do próprio Fidel apesar de sua ausência física) no comando do Estado Operário Cubano não acelerará os ritmos das reformas de mercado, iniciadas com o fim da URSS no início da década de 90, em direção a uma transição ordenada do regime de produção socializada para o modo de produção capitalista. Seguindo disciplinadamente a orientação programática dos irmãos Castro, Miguel Diaz não se oporá a dar continuidade na economia cubana a introdução de mecanismos mercantis de dependência financeira com países capitalistas (centrais e periféricos), tornado o Estado Operário cada vez mais refém do fluxo mundial de capitais (grandes investidores globais). A fidelidade "canina" de Diaz Canel as linhas estratégicas da burocracia castrista, decorre do simples fato de Miguel representar um setor mais tecnocrático e "sem luz própria" da própria burocracia cubana, diretamente vinculada aos "negócios de estado" e com pouca relação com a política mais geral socialista. Diaz se vincula a juventude comunista somente no final da década de 80, assume com 27 anos de idade um posto na direção do PCC na província Villa Clara na região central de Cuba. Neste mesmo período (87 até 89) participa das brigadas cubanas de solidariedade a Nicarágua, em uma etapa histórica onde o próprio Sandinismo estava tratando de "entregar" a revolução nas mãos da democracia burguesa, sem dúvida uma péssima "lição" para Diaz. Desde 2003, é membro do birô político do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, a máxima autoridade tanto no sentido ideológico quanto político do partido e do Estado Operário cubano. Portanto, Díaz Canel, é homem de total confiança de Raúl Castro, uma espécie de Comunista convertido tardiamente, no pior período ideológico do movimento operário mundial, ou seja, final dos anos oitenta e posto no staff do comando central do Estado após a retirada parcial de Fidel Castro. Desde 2013, quando foi eleito para o cargo de vice-presidente do Conselho de Estado da Assembleia Nacional, Díaz Canel recebeu a missão de ser o executor das políticas estabelecidas pelo comandante Raúl Castro para área da comunicação, que envolvia telefonia, ampliação do acesso à internet, modernização dos canais de televisão, informatização e automatização dos processos produtivos, um setor da economia cubana que cada vez mais estabelece vínculo com o imperialismo ianque, a partir da aproximação política do governo Obama com a "Ilha Socialista". Nesta perspectiva de "pacificação", Raul Castro preteriu para sucedê-lo outros quadros dirigentes do PCC com trajetória de enfrentamento ideológico com os EUA, como o veterano Ricardo Alarcón, ex-presidente da Assembleia Nacional. Miguel terá presente a figura de Raul no leme maior da direção do Partido Comunista Cubano, o que limitará qualquer iniciativa política "peculiar" de sua gestão, porém caso ocorra uma fatalidade com o "Velho" dirigente que participou com Fidel da grande revolução socialista de 1959, a "mediocridade" ideológica de Diaz Canel poderá levar Cuba a trilhar caminhos da restauração capitalista a passos bem largos. A tarefa revolucionária de construção de um verdadeiro Partido Marxista Leninista e da revolução política em Cuba se mantém mais vigente do que nunca na "Ilha Socialista". Como nos ensinou Lenin que pessoalmente em sua época celebrou vários acordos comerciais com o imperialismo europeu, é necessário aproveitar as fissuras da crise imperialista sem “baixar a guarda” de uma política que convoque permanentemente a mobilização do proletariado mundial contra a atual ofensiva neoliberal contra os povos. Nesta perspectiva revolucionária não podemos confiar na burocracia Castrista, que busca conservar o atual regime estatal cada vez mais sob as bases de concessões econômicas e políticas. Frente a esta disjuntiva histórica, está colocado a construção do genuíno Partido Operário Revolucionário na Ilha com o objetivo de avançar nas conquistas sociais e do chamado a expropriação da burguesia mundial, se opondo a política de colaboração de classes das direções reformistas, rompendo desta forma o isolamento de Cuba por meio da vitória da revolução proletária em outros recantos do planeta!

segunda-feira, 16 de julho de 2018

25 ANOS APÓS OS  “ACORDOS DE OSLO” TRUMP E O FACÍNORA "BIBI" MONTAM NOVA FARSA PARA IMPEDIR A RETOMADA DA LUTA REVOLUCIONÁRIA DO POVO PALESTINO, SOB A POLÍTICA DE "TERRA ARRASADA" EM GAZA


As fotos históricas em si são repugnantes. Na cerimônia de 25 anos atrás, Clinton, Arafat e Rabin celebravam os “Acordos de Oslo” que se mostraram como uma farsa completa para deter a luta revolucionária do povo palestino. Agora, na gestão do reacionário e tresloucado Trump, novamente a bandeira palestina está manchada de sangue pelos chacais ianques e sionistas. A maior ofensiva bélica do gendarme sionista contra o território palestino acaba de ocorrer, deixando milhares de mortos e feridos. A grande questão a decifrar no cenário atual é o que de fato está por trás das aparências, ataques e promessas de novas negociações, já que os atores sociais são praticamente os mesmos e as “negociações” giram em torno do tema do congelamento das colônias sionistas, já rejeitado por Israel. Sem dúvida, estamos vendo uma ação planejada por Trump no marco do esforço por estrangular a retomada da luta revolucionária do povo palestino. Não por acaso, um novo “diálogo”, após o banho de sangue ocorre sob pressão da Casa Branca para criar um “ambiente” mais propício para sua Ópera Bufa. Enquanto teatralizam negociações monitoradas pelos EUA, o sionismo e seu Estado terrorista ataca em todos os terrenos o povo palestino, vide os túneis que o “governo de transição” no Egito destruiu na fronteira com a Faixa de Gaza sob as ordens do Pentágono ou no cerco constante a Síria e ao Hezbollah como parte da guerra que o imperialismo prepara contra o Irã. O que estamos vendo é a tentativa de Trump costurar um acordo mínimo para continuar apresentando a desacreditada ANP como interlocutora legítima do povo palestino, enquanto o Pentágono caça junto com o enclave sionista os grupos da resistência que se opõem a participar da farsa montada pelo Departamento de Estado ianque.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

HÁ 39 ANOS OS SANDINISTAS TOMAVAM O PODER PELA VIA REVOLUCIONÁRIA... HOJE SÃO ACOSSADOS PELA DIREITA PRÓ-IMPERIALISTA, SUA ANTIGA PARCEIRA NA IMPLEMENTAÇÃO DO AJUSTE NEOLIBERAL 


Em meio a "Greve Geral" convocada pela organização de direita "Aliança Cívica para a Democracia e a Justiça", como parte de mais um dos protestos que vem ocorrendo na Nicarágua desde abril voltados a derrubar o governo da centro-esquerda burguesa de Daniel Ortega, lembramos que nesse mês, há exatos 39 anos, em julho de 1979, as colunas guerrilheiras da FSLN entraram em Manágua, consolidando a vitória da revolução popular sandinista sob o comando de Daniel Ortega, o movimento insurrecional responsável por quebrar a espinha dorsal do Estado burguês, derrotando e destruindo o exército nacional bancado pelos EUA. Dias antes, vendo que a derrota era inevitável, o ditador Somoza fugiu para Miami, tendo o abrigo do imperialismo ianque então sob a gestão “democrática” do presidente Cárter. Hoje a Casa Branca patrocina as manifestações reacionárias justamente para colocar no lugar do governo da centro-esquerda burguesa da FSLN um títere diretamente controlado pelo imperialismo ianque. Os Sandinistas estão sendo acossados pela direita pró-imperialista, sua antiga parceira na implementação do ajuste neoliberal. Nesse cenário, a Nicarágua, sob o governo de Daniel Ortega, é alvo de protestos orquestrados pela CIA. Sob o pretexto de combater mais um "ajuste" monetarista da FSLN, setores reacionários da classe média e juventude de direita (uma espécie de MBL brasileiro) estão nas ruas desde abril e agora exigem a sumária deposição dos antigos guerrilheiros, atualmente convertidos ao "Consenso de Washington". Os EUA querem ver fora do governo da Nicarágua, o mais rápido possível, a direção da FSLN. Os motivos são claros, Ortega tenta estabelecer um novo eixo econômico de seu país com a China e Venezuela, naturalmente em uma perspectiva capitalista de desenvolvimento, como tentou no Brasil os governos petistas com os BRIC's. O governo Trump não pode admitir esta "via de competição" no próprio "quintal" do império ianque, por isso impulsiona uma vigorosa campanha logística para derrubar o governo da FSLN, que ameaça se manter no poder central por um longo período histórico. Não nutrimos a menor simpatia política pelo atual governo burguês da FSLN, que "entregou e enterrou" a grande maioria das conquistas da grande revolução armada que derrubou o ditador Somoza em 1979. Desgraçadamente Ortega seguiu os conselhos contrarrevolucionários do Castrismo e negou-se a "transformar a Nicarágua em uma nova Cuba". De lá pra cá, a FSLN converteu-se em uma organização pequeno burguesa, alinhada ao "regime da Democracia dos Ricos", e compondo seu governo de "União Nacional" com setores capitalistas nativos. Porém uma questão é estabelecer a oposição da classe operária ao Sandinismo, outra completamente distinta é lutar contra o governo Ortega na mesma trincheira da reação local e do imperialismo ianque. A melhor forma de comemorar o triunfo revolucionário de julho de 1979 é combater vigorosamente o imperialismo sem abrir mão da ácida crítica programática marxista a esquerda reformista como a FSLN. Este arco político defensor da colaboração de classes ressalta a democracia como valor universal e apresenta o respeito às urnas como “sagrado”, utilizando inclusive esse móvel programático para defender o governo neoliberal de Evo Morales e aconselhar o PSUV de Maduro na Venezuela a seguir a mesma trajetória de capitulação da FSLN na Nicarágua. Como Marxistas sabemos que a profunda degradação política dos Sandinistas teve como "inspiração" os governos do PT, do qual foram diretamente aconselhados (inclusive com assessoria econômica) em mais de uma década de gestão estatal. Se é plena verdade que Daniel Ortega hoje não já não tem o menor traço do antigo guerrilheiro socialista, podemos afirmar o mesmo do "sindicalista combativo" Lula, ambas lideranças políticas corrompidas ideologicamente pelo poder do capital financeiro em suas "gerências" do Estado Burguês. Porém da mesma forma que a reação não poderia tolerar mais de uma década de gestões da Frente Popular no Brasil, com sua política de "compensação social" e conciliação de classes, bastou eclodir com força a crise econômica para que o imperialismo "pautasse" a derrocada do governo petista, impulsionando as "Jornadas de Junho" em 2013. Para entender esse rico processo vamos abordar desde a gênese do Sandinismo, seu ascenso e derrota até o atual retorno de Daniel Ortega a presidência do país, hoje alvo de protestos patrocinados pelo imperialismo.


Em comemoração a esta data histórica analisamos neste artigo minuciosamente tanto a vitória da revolução naqueles memoráveis dias como sua derrota pela via eleitoral quase duas décadas depois devido a política democratizante de sua direção pequeno-burguesa. A Revolução Sandinista foi a última insurreição popular armada vitoriosa a derrotar um governo títere do imperialismo, mas a política da direção reformista estrangulou todas as perspectivas de construir um Governo Operário e Camponês e tornar a Nicarágua um Estado operário em extensão para toda a América Central. Atualmente convertida a um partido da centro-esquerda burguesa e paladina do já falido “Socialismo do Século XXI”, a FSLN voltou a governar o país de pela via eleitoral e de forma completamente adaptada a democracia burguesa, sem grandes conflitos com o imperialismo ianque. Abstrair as lições programáticas dessa derrota em nossos dias é fundamental para a vanguarda militante combater a lógica reformista aplicada na Nicarágua já no final dos anos 80, onde o Sandinismo entregou a revolução em uma eleição burguesa em que previamente estava derrotado pela direita pró-ianque. Após vários anos dessa entrega sem luta, o Sandinismo retornou ao governo nacional pela via eleitoral, porém o regime da Nicarágua já não tem nenhum traço das conquistas revolucionárias de 1979. 

quinta-feira, 12 de julho de 2018

CIRO ACABA DE SER "RIFADO" PELO PSB: GOVERNADOR DE PERNAMBUCO DECLARA APOIO A LULA E OS FERREIRA GOMES SÓ PODEM CONTAR AGORA COM OS SEUS "PRIMOS" DO DEM E PP, A ANTIGA ARENA


O governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, declarou em uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, que apoiará incondicionalmente a candidatura do ex-presidente Lula, condenado e preso pela farsesca "Operação Lava Jato" chefiado pelo justiceiro Sérgio Moro, mesmo que o PT insista na candidatura própria ao governo do Estado nas eleições 2018, com o nome da neta de Miguel Arraes, a vereadora de Recife Marília Arraes. O apoio eleitoral ao líder máximo do PT foi declarado após um café da manhã de Câmara com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, no Palácio do Campo das Princesas sede do governo. Foi um duro golpe nas pretensões da candidatura de Ciro Gomes, inquilino do PDT nesta empreitada, que já contava como certa a aliança política com a oligarquia Campos, que controla o estado de Pernambuco há mais de uma década. Os Ferreira Gomes representam as forças mais atrasadas e retrógradas do nordeste brasileiro, uma oligarquia reacionária maquiada de "neodesenvolvimentista" para iludir incautos que não os conhecem. Porém Ciro é atualmente um dos melhores quadros da política burguesa do país, e diante do "vazio de poder" deixado pela rejeição da burguesia nacional ao projeto de colaboração de classes da Frente Popular, cacifa sua candidatura ao Planalto com os pés tanto no campo da reação como no da esquerda "progressista". Tanto é assim que no estado do Ceará, os Gomes que já habitaram até a velha ARENA do regime militar (Ciro e o seu pai Euclides), controlam o PT na figura de seu "mamulengo" político, o governador Camilo Santana. Por sinal, alem do PDT e PT, os Ferreira dominam cerca de dez siglas eleitorais de aluguel somente no Ceará, tudo com a devida aquiescência (muito bem remunerada é claro) das respectivas direções regionais das legendas partidárias. Ao mesmo tempo que tentava comprar o apoio do presidente nacional do PSB, o sicário Siqueira, Ciro "trabalhava" na direção da oligarquia demista(DEM), bastante forte na região e  historicamente aliada aos tucanos, o que teria contrariado os interesses da família Campos e do governador Câmara. Sem o PSB em sua chapa, fica um pouco mais difícil para Ciro convencer uma parte da esquerda social-democrata que sua candidatura tem algum conteúdo "progressista", apesar de uma excelente assessoria política exercida por Mangabeira Unger, um intelectual acadêmico sempre pronto para vender seus serviços a quem possa pagar muito bem. Ciro volta à carga neste momento para não perder a parceria com o PP e o DEM, partidos com que realmente tem grande afinidade ideológica, mas que estão na mira das pretensões do MDB e PSDB. Os Ferreira Gomes sabem muito bem que para viabilizar seu projeto nacional de poder, não basta "alugar" o velho PDT, posto à venda pelo patife Carlos Lupi, e tampouco contar com a simpatia do PT somente no estado do Ceará, graças a "generosidade" do deputado "fominha" José Guimaraes, é necessário demonstrar musculatura junto aos partidos mais tradicionais das classes dominantes e este é o atual desafio de Ciro para vencer. Como um novo "Collor", Ciro tem grandes chances de ser utilizado pela burguesia nacional para defenestrar o PT nesta etapa histórica mundial onde o imperialismo exige um ajuste neoliberal muito duro de todas suas semi-colônias, porém no papel de um "anti-Lula" um novo governo da oligarquia reacionária nordestina não terá muito fôlego, assim com se passou com Collor, logo seria descartado como lixo político, e quem sabe pela própria "Lava Jato", da qual se diz um grande admirador...

quarta-feira, 11 de julho de 2018

ESCÓRIA DE DIREITA TRAVESTIDA DE "ESQUERDA TROTSKISTA": GRUPO TRANSIÇÃO SOCIALISTA (ANTIGA NEGAÇÃO DA NEGAÇÃO) SEGUE FIRME NO FÃ CLUBE DO FASCISTA MORO, TAMBÉM APOIAM A CANDIDATA VERA DO PSTU À PRESIDENTE, PORQUE SERÁ MESMO?


Que o antigo grupo político "Negação da Negação", agora rebatizado de "Transição Socialista"', não passava de uma "maquiagem borrada" de uma verdadeira horda fascistizante de pequeno burgueses universitários, já não é mais novidade alguma. O grupo juvenil da esquerda revisionista, orientado por um professor da USP, foi excluído das fileiras internacionais do Trotskismo pela organização norte americana dirigida pelo legendário David North (CICI sigla em espanhol), da qual se reivindicava simpatizante. O atual "TS" se lançou desbragadamente na campanha pelo impeachment da presidente Dilma, participando das manifestações em harmonia de "unidade de ação" com organizações da extrema direita como o MBL entre outras similares. Até então seguia a orientação política dos Morenistas (PSTU, CST Etc..) do "Fora Todos", cujo eixo também chegou a ser flertado pela ex-LER (hoje MRT). Porém a direção do PSTU vetou a participação direta da organização nos chamados "atos coxinha", que inundaram a Av. Paulista em 2015 e meados de 2016. O "TS" resolveu seguir o curso da direita dobrando sua aposta: passaram a defender a prisão de todos os dirigentes do PT e incentivar a "República de Curitiba" a agir com "mão de ferro" contra a esquerda, utilizando ações fascistas da Polícia Federal como um bom exemplo a ser aplicado contra Lula. Nesta altura do campeonato, diante do grau de degeneração ideológica do tal "TS", nós da LBI defendemos neste período a exclusão desta horda fascistizante, travestida de "tendência Trotskista", de todos os fóruns do movimento de massas, particularmente da CONLUTAS, controlada a hegemonicamente pelo PSTU. Desgraçadamente a esquerda revisionista (não só os Morenistas) fez "ouvidos moucos" diante da gravíssima denúncia da LBI, e agora assistimos o nome do Trotskismo ser enxovalhado no Brasil por um grupo de vertente fascista como o "TS". Mas a cretinice do PSTU não parou por aí, agora aceitam silentes o apoio do "TS" a candidata do partido à presidência da república,Vera Lúcia, no desespero de ser o único grupo político (que sequer pode ser considerado de esquerda) do país a declinar apoio público a corrida morenista ao Palácio do Planalto. O tremendo isolamento do PSTU no movimento de massas, principalmente após a ruptura intestina de uma fração abertamente social-democrata, o obriga a granjear apoio de uma escória direitista como o "TS", um braço político do justiceiro Moro e sua "Força Tarefa" policial fascista.

terça-feira, 10 de julho de 2018

EM SEU 7º ANIVERSÁRIO BLOG DA LBI ALCANÇA 2,5 MILHÕES DE ACESSOS! VIDA LONGA A ESSA TRINCHEIRA VIVA E MILITANTE DE COMBATE POLÍTICO E IDEOLÓGICO DA IMPRENSA BOLCHEVIQUE TROTSKISTA!


A marca real de 2,5 milhões de acessos alcançada pelo BLOG da LBI ao completar 7 anos de luta política e ideológica é uma “pequena” conquista da imprensa Trotskista em um cenário de ofensiva ideológica antiLeninista. Por essa razão nossa imprensa Bolchevique reafirma as tradições comunistas ortodoxas enquanto a esquerda convertida a democracia burguesa adota até mesmo os símbolos do reformismo como expressão "modernosa" da negação da construção do Partido Leninista regido pelo centralismo democrático como nos ensinou a Internacional Comunista de Lenin e Trotsky. Para os Marxistas Revolucionários os símbolos do comunismo não são uma mera questão de "estética", representam o conteúdo programático de toda uma tradição histórica da classe operária mundial. Esses "neo" sociais-democratas são inimigos mortais do partido de quadros que trama para derrubar o Estado burguês de forma conspirativa e através da violência revolucionária da classe operária em luta direta contra a institucionalidade "democrática". É importante ressaltar que quando lançamos o primeiro artigo em defesa da liberdade dos cinco heróis cubanos presos nos EUA sabíamos que esta iniciativa não era apenas “testemunhal”, mas sim o início de uma série de elaborações programáticas diárias que vem refletindo também uma intervenção militante dos Trotskistas revolucionários na luta de classes. Debutamos encampando a campanha internacional em defesa da libertação dos cinco militantes cubanos encarcerados desde 1998 pelo governo Clinton que estavam defendendo o Estado operário cubano dentro do coração do monstro imperialista ianque. Acompanhamos “pari passu” a cobertura da guerra imperialista contra a Líbia demonstrando que se tratava de uma guerra de rapina para saquear as riquezas deste país semicolonial e eliminar qualquer resquício de oposição às garras do império, ocasião que o Blog da LBI demarcou profundamente posição com o revisionismo canalha que apoiou de modo vergonhoso as investidas genocidas das grandes potências capitalistas em nome da farsante “revolução árabe”. Demos essa mesma batalha na defesa da Síria contra a intervenção da OTAN. O BLOG da LBI vem sendo o principal porta-voz de ácidas polêmicas com outras correntes políticas de esquerda, muitas das quais se tornaram “papagaios” do imperialismo em sua ofensiva contra regimes nacionalistas burgueses, como ontem na Líbia, depois na Síria, Ucrânia e agora contra o Estado operário norte-coreano e a Venezuela de Maduro. No Brasil, o BLOG da LBI foi vanguarda em denunciar o Juiz Moro e a Lava Jato como uma operação montada pela CIA no Brasil para remover o governo da Frente Popular, criminalizar o PT e prender suas lideranças políticas, toda essa estratagema como parte de um plano mais global de criar as condições para o avanço do estado de exceção em nosso país. Fomos a primeira organização política a denunciar o caráter reacionário da chamada “Operação Lava Jato” ainda no final de 2014, quando toda a “esquerda” reformista, particularmente o PT e o revisionismo trotskista declaravam que a farsa levada a cabo pelo Juiz “nacional” Sérgio Moro era um “patrimônio do Brasil no combate a corrupção”. Travamos vivamente com lastro na intervenção concreta na luta de classes e não só no campo “virtual” o combate pela reafirmação da concepção Bolchevique na construção militante do Partido Operário, sendo essa uma tarefa cotidiana titânica que se impõe aos Marxistas Revolucionários nos dias atuais, em pleno Século XXI. A aguerrida equipe de redação do BLOG da LBI, que vem desde julho de 2011 cobrindo os principais fatos da luta do proletariado brasileiro e internacional, tem a honra de ser um fio de continuidade da luta pela Reconstrução da IV Internacional, seguindo dentro de nossas modestas forças os ensinamentos políticos e teóricos que nos deixaram Marx, Engels, Lenin e Trotsky. Em uma conjuntura onde as comunicações on-line (Face, Zap) controladas em última medida pelo imperialismo e seus órgãos de informação como a CIA e a NSA servem fundamentalmente para expor vaidades, superficialidades e o vazio artificialmente “glamoroso” da vida no capitalismo alimentando os valores contrarrevolucionários do individualismo e a cultura do consumo e alienação de massa, o BLOG da LBI vem pontuando de forma profunda mas concisa as principais posições Marxistas. Nesse aniversário de 7 anos, agradecemos todos nossos leitores por ano após ano garantir esta marca histórica, acessando os dois endereços eletrônicos do blog tanto através do http://www.lbiqi.org/ como do https://lbi-qi.blogspot.com/, fazendo que nossos artigos sejam uma referência programática e ideológica na luta pela Revolução Comunista, ajudando a forjar um pequeno porém sólido núcleo Leninista em nosso país que rema contra a maré da adaptação a democracia burguesa e a política de colaboração de classes da Frente Popular! Vida Longa ao BLOG da LBI! Viva os 2,5 Milhões de acessos!

segunda-feira, 9 de julho de 2018

MORO, SUA MÁSCARA CAIU, AGENTE DA CASA BRANCA E DA CIA: LBI FOI A PRIMEIRA ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA QUE DENUNCIOU A “LAVA JATO” COMO UMA FARSA JURÍDICO-POLICIAL PARA CRIMINALIZAR O PT E CONJUNTO DA ESQUERDA


Os últimos acontecimentos em torno da manutenção da prisão de Lula na sede da PF em Curitiba, onde as mais elementares formalidades jurídicas foram desrespeitadas para manter o dirigente petista na cadeia dão plena razão a LBI que foi a primeira organização da esquerda a denunciar o Juiz Moro e a Lava Jato como uma operação montada pela CIA no Brasil para remover o governo da Frente Popular, criminalizar o PT e prender suas lideranças políticas, toda essa estratagema como parte de um plano mais global de criar as condições para o avanço do estado de exceção em nosso país. A LBI foi a primeira organização política a denunciar o caráter reacionário da chamada “Operação Lava Jato” ainda no final de 2014, quando toda a “esquerda” reformista, particularmente o PT e o revisionismo trotskista declaravam que a farsa levada a cabo pelo Juiz “nacional” Sérgio Moro era um “patrimônio do Brasil no combate a corrupção”. Na época a presidente Dilma Rousseff chegou a declarar “Eu acho que as investigações da Lava Jato podem mudar, de fato, o Brasil para sempre. Em que sentido? No sentido de que vai se acabar com a impunidade. Mudará para sempre a relação entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e a empresa privada porque vai acabar com a impunidade. A questão da Petrobras é uma questão simbólica para o Brasil. É a primeira investigação efetiva sobre corrupção no Brasil que envolve segmentos privados e públicos. A primeira. E que vai a fundo” (11.2014). PSTU, MRT, setores do PSOL também saudavam os “feitos moralizadores” da “República de Curitiba”. Enquanto a cúpula petista, particularmente o staff dilmista, apoiava a operação jurídico-policial engendrada pelo imperialismo ianque para acabar com a Petrobras e as empreiteiras nacionais, nossa corrente política em voz solitária denunciava que o Moro havia sido formado pelo Departamento de Estado ianque e a CIA para inicialmente perseguir o PT e depois desmoralizar o conjunto do tecido político burguês do país para edificar um novo regime político, sendo a ponta de lança de um estado de exceção no Brasil com fortes traços Bonapartistas. Na verdade, esse combate político revolucionário esgrimido por nossa pequena corrente trotskista veio desde o julgamento do chamado “Mensalão”, quando o STF sentenciou a prisão dirigentes históricos do PT sob o silêncio cúmplice de Dilma e Lula. Dirceu, Delúbio e Genoino foram acusados de serem os “maiores corruptos do Brasil” quando é sabido que o sistema de “comissões” (propinas como é popularmente conhecido) rege as transações do Estado brasileiro desde o início da República burguesa, sendo o PT o partido que estipulou os menores percentuais nas negociadas com grandes empresas e empreiteiras que estabeleciam contratos com a União. Todos os principais textos elaborados pela direção nacional da LBI do final de 2014 até hoje, fazem parte dessa vigorosa denúncia hoje copiada amplamente pela esquerda depois de ficar claro que a Operação Lava Jato foi um movimento do imperialismo para desmoralizar o conjunto do tecido político burguês do país, combate inclusive que está registrado no livro publicado no final de 2016, com uma coletânea de artigos elaborados desde 2014.

Livro lançado pela LBI com artigos de denúncia da
"Operação Lava Jato" desde 2014

sábado, 7 de julho de 2018

07 DE JULHO DE 1912, 106 ANOS DO FLA X FLU: COMEMORANDO O MAIOR CLÁSSICO DO FUTEBOL BRASILEIRO EM TEMPOS DA MAFIOSA COPA DA FIFA


O artilheiro Doval, ídolo das duas torcidas,
o oposto do mercenário Neymar

O mais importante dramaturgo brasileiro nasceu em Recife, 23 de agosto de 1912, pouco depois do primeiro clássico entre Flamengo e Fluminense (7 de julho), que acabou de completar 106 anos. Estamos falando de ninguém mais do que Nelson Rodrigues, o “anjo pornográfico” como ele próprio se intitulava em razão de sua obra arrasadora, embora não-revolucionária, dos costumes da sociedade burguesa de sua época. Quando criança mudou-se para o Rio de Janeiro com a família. No bairro carioca de Aldeia Campista que Nelson Rodrigues começou a dar os primeiros passos em direção a consagração de suas geniais crônicas e peças teatrais que esmiuçavam acidamente a tradicional família de classe média das décadas iniciais do século XX. Como “escola” foi beber na fonte os dramas em seu bairro: as vizinhas alcoviteiras de janela, as solteironas ressentidas, as viúvas tristes, os ciúmes de seu pai com relação à sua mãe, as tragédias familiares, a vida nos prostíbulos, a morte etc., ou seja, versava por toda a “podridão” da classe média urbana. A paixão pelo futebol, o Fluminense, nasce já na infância. Escreveu textos memoráveis acerca da mística em torno do glorioso “Fla-Flu”, os quais foram a pedra de toque para popularizar a senda dos dois clubes rivais e a tensão do maior clássico do futebol brasileiro. Contudo, a obra deste grande personagem do século XX foi aquela que percorreu a crônica dos costumes e da moral vigente dentro da sociedade patriarcal-oligarca de tal forma que escandalizava todos os falsos moralistas de direita de plantão. Mas, quem foi este gênio conservador, em sua trajetória pessoal e familiar, que criticava os nacional-desenvolvimentistas e defendeu o golpe militar de 1964? Um reacionário como ele próprio se autodenominava!