Em 2014, durante a realização da Copa da mafiosa FIFA no
Brasil, a LBI organizou um importante protesto exigindo a liberdade dos presos
políticos na Colômbia e no Brasil. Passados 04 anos, essa tarefa se mantém
plenamente vigente nos dois países. No Brasil, naquele momento nascia a
famigerada Operação “Lava Jato” em pleno governo Dilma, uma caçada
jurídico-policial reacionária que acabou por colocar Lula na prisão, além de
ter pavimentado o golpe parlamentar de 2016 contra a gestão da centro-esquerda
burguesa comandada pelo PT. Por sua vez na Colômbia o governo de Manoel Santos,
que assassinou e prendeu vários dirigentes das FARC, levou a frente com a
direção da guerrilha um “processo de paz” apoiado pelo imperialismo ianque que
desembocou na vergonhosa deposição das armas e na transformação da FARC em um
domesticado partido legal da ordem burguesa. Essa capitulação vergonhosa da
guerrilha não impediu que diversos de seus dirigentes fossem presos, como o
camarada Jesús Santrich, que foi encarcerado em abril de 2018. Para reforçar esse
combate nos dias atuais publicamos hoje o artigo elaborado pela LBI em 2014,
reforçando o chamado a todas as organizações políticas a somarem-se na campanha
internacionalista pela liberdade imediata dos presos políticos no Brasil e na
Colômbia!
LBI ORGANIZA COMBATIVO PROTESTO INTERNACIONALISTA CONTRA A
PRESENÇA DO GENOCIDA SANTOS EM FORTALEZA
(Artigo publicado pelo Blog da LBI, 04 de julho de 2014)
A militância da LBI organizou um pequeno, porém corajoso,
ato político contra a presença do presidente da Colômbia em Fortaleza, o recém
reeleito genocida Manuel Santos, antes da partida de futebol contra a seleção
do Brasil na Copa da FIFA realizada neste dia 04/07. Rompendo o ostensivo
bloqueio de segurança imposto pelo aparato de repressão montado pelo Estado
colombiano com o apoio da CIA na capital cearense, foi aberta uma faixa da LBI
em frente ao hotel onde se hospedaram os membros da comitiva oficial do governo
Santos. Diante da completa covardia das organizações de esquerda que se
reivindicam em oposição ao evento mundial da mafiosa FIFA (PSOL e PSTU), que
optaram por se concentrar a quilômetros de distância do facínora (no bairro
alencarino da Parangaba), o núcleo revolucionário chegou inclusive muito
próximo ao ônibus da seleção colombiana, gritando palavras de ordem para
denunciar as prisões políticas que ocorrem tanto na Colômbia como no Brasil. Em
meio à “ousadia” da LBI e ativistas independentes, logo foi acionado o imenso
aparato policial do governo Dilma (inclusive com tropas das FFAA) que
imediatamente chegou ao local com blindados e helicópteros para reprimir a
combativa atividade internacionalista.
Jesús Santrich, dirigente das FARC, preso em 2018 após os "Acordos de Paz" |
No outro campo desta “batalha” política estiveram os
reformistas da esquerda “chapa branca”, apologistas do suposto legado social da
Copa para a população pobre do país. Nesta barricada oficialista estiveram o
PT, PCdoB e surpreendentemente o PCO, juntos na defesa da falsa “neutralidade”
do megaevento mercantil da FIFA para a luta de classes. Este bloco não cansou
de afirmar que o futebol seria uma “paixão nacional”, ignorando cinicamente que
o grande “legado” da Copa foi na verdade o incremento da repressão policial e a
ofensiva neoliberal (maior concentração de renda e corrupção) dos governos
contra as condições de vida da população pobre e negra, totalmente alijada dos
“templos arenas” do torneio internacional.
Apesar da retração das mobilizações contra a Copa, a LBI
buscou participar com uma plataforma revolucionária, concentrando suas modestas
forças nas principais atividades que aconteceram no curso das capitais
brasileiras, inclusive com detenções de seus militantes por parte das polícias
controladas pelos governos estaduais. No jogo da seleção desta última
sexta-feira em Fortaleza, levantamos com nossas bandeiras a defesa de todos os
presos políticos vítimas da sanha reacionária do capital, seja na Colômbia,
Brasil ou no mundo!
Lula, preso político encarcerado pela Operação Lava Jato |