CIRO ACABA DE SER "RIFADO" PELO PSB: GOVERNADOR DE
PERNAMBUCO DECLARA APOIO A LULA E OS FERREIRA GOMES SÓ PODEM CONTAR AGORA COM
OS SEUS "PRIMOS" DO DEM E PP, A ANTIGA ARENA
O governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do
PSB, Paulo Câmara, declarou em uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira,
que apoiará incondicionalmente a candidatura do ex-presidente Lula, condenado e
preso pela farsesca "Operação Lava Jato" chefiado pelo justiceiro
Sérgio Moro, mesmo que o PT insista na candidatura própria ao governo do Estado
nas eleições 2018, com o nome da neta de Miguel Arraes, a vereadora de Recife
Marília Arraes. O apoio eleitoral ao líder máximo do PT foi declarado após um
café da manhã de Câmara com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, no
Palácio do Campo das Princesas sede do governo. Foi um duro golpe nas
pretensões da candidatura de Ciro Gomes, inquilino do PDT nesta empreitada, que
já contava como certa a aliança política com a oligarquia Campos, que controla
o estado de Pernambuco há mais de uma década. Os Ferreira Gomes representam as
forças mais atrasadas e retrógradas do nordeste brasileiro, uma oligarquia
reacionária maquiada de "neodesenvolvimentista" para iludir incautos
que não os conhecem. Porém Ciro é atualmente um dos melhores quadros da
política burguesa do país, e diante do "vazio de poder" deixado pela
rejeição da burguesia nacional ao projeto de colaboração de classes da Frente
Popular, cacifa sua candidatura ao Planalto com os pés tanto no campo da reação
como no da esquerda "progressista". Tanto é assim que no estado do
Ceará, os Gomes que já habitaram até a velha ARENA do regime militar (Ciro e o
seu pai Euclides), controlam o PT na figura de seu "mamulengo"
político, o governador Camilo Santana. Por sinal, alem do PDT e PT, os Ferreira
dominam cerca de dez siglas eleitorais de aluguel somente no Ceará, tudo com a
devida aquiescência (muito bem remunerada é claro) das respectivas direções
regionais das legendas partidárias. Ao mesmo tempo que tentava comprar o apoio
do presidente nacional do PSB, o sicário Siqueira, Ciro "trabalhava"
na direção da oligarquia demista(DEM), bastante forte na região e historicamente aliada aos tucanos, o que
teria contrariado os interesses da família Campos e do governador Câmara. Sem o
PSB em sua chapa, fica um pouco mais difícil para Ciro convencer uma parte da
esquerda social-democrata que sua candidatura tem algum conteúdo
"progressista", apesar de uma excelente assessoria política exercida
por Mangabeira Unger, um intelectual acadêmico sempre pronto para vender seus
serviços a quem possa pagar muito bem. Ciro volta à carga neste momento para
não perder a parceria com o PP e o DEM, partidos com que realmente tem grande
afinidade ideológica, mas que estão na mira das pretensões do MDB e PSDB. Os
Ferreira Gomes sabem muito bem que para viabilizar seu projeto nacional de
poder, não basta "alugar" o velho PDT, posto à venda pelo patife
Carlos Lupi, e tampouco contar com a simpatia do PT somente no estado do Ceará,
graças a "generosidade" do deputado "fominha" José
Guimaraes, é necessário demonstrar musculatura junto aos partidos mais
tradicionais das classes dominantes e este é o atual desafio de Ciro para
vencer. Como um novo "Collor", Ciro tem grandes chances de ser
utilizado pela burguesia nacional para defenestrar o PT nesta etapa histórica
mundial onde o imperialismo exige um ajuste neoliberal muito duro de todas suas
semi-colônias, porém no papel de um "anti-Lula" um novo governo da
oligarquia reacionária nordestina não terá muito fôlego, assim com se passou
com Collor, logo seria descartado como lixo político, e quem sabe pela própria
"Lava Jato", da qual se diz um grande admirador...