quinta-feira, 12 de julho de 2018

CIRO ACABA DE SER "RIFADO" PELO PSB: GOVERNADOR DE PERNAMBUCO DECLARA APOIO A LULA E OS FERREIRA GOMES SÓ PODEM CONTAR AGORA COM OS SEUS "PRIMOS" DO DEM E PP, A ANTIGA ARENA


O governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, declarou em uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, que apoiará incondicionalmente a candidatura do ex-presidente Lula, condenado e preso pela farsesca "Operação Lava Jato" chefiado pelo justiceiro Sérgio Moro, mesmo que o PT insista na candidatura própria ao governo do Estado nas eleições 2018, com o nome da neta de Miguel Arraes, a vereadora de Recife Marília Arraes. O apoio eleitoral ao líder máximo do PT foi declarado após um café da manhã de Câmara com a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, no Palácio do Campo das Princesas sede do governo. Foi um duro golpe nas pretensões da candidatura de Ciro Gomes, inquilino do PDT nesta empreitada, que já contava como certa a aliança política com a oligarquia Campos, que controla o estado de Pernambuco há mais de uma década. Os Ferreira Gomes representam as forças mais atrasadas e retrógradas do nordeste brasileiro, uma oligarquia reacionária maquiada de "neodesenvolvimentista" para iludir incautos que não os conhecem. Porém Ciro é atualmente um dos melhores quadros da política burguesa do país, e diante do "vazio de poder" deixado pela rejeição da burguesia nacional ao projeto de colaboração de classes da Frente Popular, cacifa sua candidatura ao Planalto com os pés tanto no campo da reação como no da esquerda "progressista". Tanto é assim que no estado do Ceará, os Gomes que já habitaram até a velha ARENA do regime militar (Ciro e o seu pai Euclides), controlam o PT na figura de seu "mamulengo" político, o governador Camilo Santana. Por sinal, alem do PDT e PT, os Ferreira dominam cerca de dez siglas eleitorais de aluguel somente no Ceará, tudo com a devida aquiescência (muito bem remunerada é claro) das respectivas direções regionais das legendas partidárias. Ao mesmo tempo que tentava comprar o apoio do presidente nacional do PSB, o sicário Siqueira, Ciro "trabalhava" na direção da oligarquia demista(DEM), bastante forte na região e  historicamente aliada aos tucanos, o que teria contrariado os interesses da família Campos e do governador Câmara. Sem o PSB em sua chapa, fica um pouco mais difícil para Ciro convencer uma parte da esquerda social-democrata que sua candidatura tem algum conteúdo "progressista", apesar de uma excelente assessoria política exercida por Mangabeira Unger, um intelectual acadêmico sempre pronto para vender seus serviços a quem possa pagar muito bem. Ciro volta à carga neste momento para não perder a parceria com o PP e o DEM, partidos com que realmente tem grande afinidade ideológica, mas que estão na mira das pretensões do MDB e PSDB. Os Ferreira Gomes sabem muito bem que para viabilizar seu projeto nacional de poder, não basta "alugar" o velho PDT, posto à venda pelo patife Carlos Lupi, e tampouco contar com a simpatia do PT somente no estado do Ceará, graças a "generosidade" do deputado "fominha" José Guimaraes, é necessário demonstrar musculatura junto aos partidos mais tradicionais das classes dominantes e este é o atual desafio de Ciro para vencer. Como um novo "Collor", Ciro tem grandes chances de ser utilizado pela burguesia nacional para defenestrar o PT nesta etapa histórica mundial onde o imperialismo exige um ajuste neoliberal muito duro de todas suas semi-colônias, porém no papel de um "anti-Lula" um novo governo da oligarquia reacionária nordestina não terá muito fôlego, assim com se passou com Collor, logo seria descartado como lixo político, e quem sabe pela própria "Lava Jato", da qual se diz um grande admirador...