quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

TOFFOLI: O EX-PETISTA QUE SE TRANSFORMOU EM BASTIÃO DA OFENSIVA NEOFASCISTA


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, em cumprimento a Constituição brasileira determinou na tarde desta quarta-feira (19/12), em sentença liminar, a soltura de todos os réus presos condenados pela justiça somente em segunda instância. A decisão do Ministro em caráter monocrático (individual) e provisória ocorre em função do "estranho" retardo da deliberação do tema pelo plenário da Corte. O STF pautou a matéria em questão (prisão imediata após condenação em segunda instância) somente para o mês de abril de 2019, postergando mais uma vez uma deliberação urgente que diz respeito às garantias e direitos constitucionais do povo brasileiro. A decisão de Marco Aurélio afirma que deve ser mantido o artigo 283 do Código de Processo Penal, que estabelece que as prisões só podem ocorrer após o trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recursos no processo judicial. A legal e justíssima decisão do Ministro do STF colocaria em liberdade imediata o ex-presidente Lula, preso e condenado em segunda instância sem provas pelo conluio da Lava Jato e o TRF-4, o respectivo tribunal de recursos da "República de Curitiba" manietado diretamente pelo fascista Ministro da Justiça Sérgio Moro. Porém o atual presidente do STF, ex-militante petista Dias Toffoli que se transformou no bastião da reação fascista em nosso país, barrou a decisão do "colega" da Corte para atender a um pedido expresso pela embaixada dos EUA em Brasília. A determinação antidemocrática de Toffoli, atendendo a um recurso da Procuradora Geral da República, a ultra reacionária Raquel Dodge, revela na verdade quem são os reais mandatários do STF: os rentistas do capital financeiro. Toffoli foi indicado para uma vaga no Supremo pelo PT depois de ter ocupado a assessoria parlamentar do partido na Câmara Federal e posteriormente ter sido nomeado por Lula para a Advocacia Geral da União (AGU). O atual presidente do STF pertencia ao círculo político de José Dirceu, integrando a corrente petista "Articulação", hegemônica no PT. Agora cooptado para o golpe institucional que destituiu a presidente Dilma, pela via do impeachment, Dias Toffoli mostra seus serviços aos "novos chefes", elogiando o regime militar e mantendo encarcerado o ex-presidente Lula e seu antigo companheiro de partido, João Vaccari. Uma lição histórica que deve ser abstraída pelos militantes classistas da esquerda: a ocupação de cargos no Estado Burguês, seja em qualquer uma de suas instâncias, não serve como "alavanca" para impulsionar a luta das massas proletárias, ao contrário funciona como elemento de cooptação e integração a ordem capitalista vigente, seja com a roupagem democrática ou fascista..