1959-2019: 60 ANOS DA REVOLUÇÃO CUBANA UMA GRANDE VITÓRIA DO
PROLETARIADO MUNDIAL! DEFENDER O ESTADO OPERÁRIO CONTRA O IMPERIALISMO!
COMBATER A RESTAURAÇÃO CAPITALISTA!
Os Trotskistas tem uma tarefa muito delicada e
"espinhosa" em Cuba, que acaba de completar os 60 anos de sua
revolução social. Para as gerações mais novas de militantes da esquerda, pouco
familiarizadas com a profundidade da teoria marxista pode até passar
desapercebida a grande diferença conceitual entre "revolução social"
e "revolução socialista", uma questão que ultrapassa a gramática. Em
1959 na ilha de Cuba, a revolução foi encabeçada por uma organização política
que não era comunista e nem sequer socialista, o Movimento 26 de julho era
originalmente um agrupamento de jovens guerrilheiros que lutavam para derrubar
uma ditadura corrupta e decadente e
instaurar um regime democrático burguês. Entretanto a lógica de ferro da luta
de classes imprimiu uma outra dinâmica que aqueles jovens combatentes do
Movimento 26 de Julho não poderiam imaginar. A violenta queda de Fulgêncio
Batista na festa de réveillon naquela histórica entrada do ano de 1959, deu
lugar a um novo governo liderado por Fidel Castro e que contava com um amplo
arco de forças políticas, a exceção do Partido Comunista de Cuba, fiel ao
ditador Batista até o último minuto. Fidel e seus camaradas como Che, Raul,
Camilo Cienfuegos etc, esperavam contar no primeiro momento com um apoio
considerável do governo dos EUA, porém então o presidente Eisenhower tratou de frustrar rapidamente
estas expectativas. A política econômica do governo castrista (especialmente a
nacionalização de empresas estrangeiras) deixou tão alarmados os Estados Unidos
que forçou o imperialismo ianque a
romper relações diplomáticas com o país. Cuba, então, estabelece relações
abertas com a União Soviética e só aí inicia o processo da "revolução
social", ou seja expropriações e planificação central de sua economia.
Fidel Castro resgata o banido Partido Comunista e promove a integração do
Movimento 26 de Julho a nova organização reabilitada. Portanto Cuba, ao
contrário da velha Rússia, não atravessou uma revolução pelas mãos de um
partido comunista ou mesmo anticapitalista, sua revolução nunca foi
conscientemente socialista (dirigida por um partido revolucionário) e sim
social, já que socializou os meios de produção findando assim com o "deus
mercado" na Ilha caribenha e inaugurando a era do primeiro Estado Operário
da América Latina.