O governo fascista tomará posse em meio a um horizonte das
maiores crises econômicas mundiais, que segundo o insuspeito Banco Mundial não
dará trégua em 2019. O imperialismo ianque para manter os níveis de recuperação
parcial, desde o crash financeiro de 2008 prepara uma guerra comercial com a
China para tentar manter sua hegemonia global ameaçada pela "locomotiva
vermelha", porém o ex-Estado Operário fundado por Mao já não consegue
manter os ritmos de seu "milagre econômico", ou seja crescimento
contínuo do PIB na casa de 10% ao ano, "puxando" desta forma o
desenvolvimento de uma série de países imperializados. O Brasil tem na China
seu maior parceiro econômico e por isso mesmo sofreu drasticamente em
2013 (lembram das jornadas de junho) os efeitos da desaceleração chinesa. Os
EUA, sob o governo Trump, optou por incrementar um planejamento de um estreito
alinhamento ideológico com suas coloniais, no sentido de "roubar" o
mercado dos chineses, para isso promoveu uma série de golpes institucionais (em
alguns casos militares ou eleitorais) com os países latino-americanos, como o
Brasil por exemplo. Neste cenário mundial recessivo e politicamente temerário,
não há alternativas concretas no marco do capitalismo em "saídas
possíveis" para a crise econômica, nem o nacional desenvolvimentismo
pregado pelos reformistas e muito menos a selvageria neoliberal hoje abraçada
pelos fascistas podem alavancar de forma consistente a economia mundial ou
mesmo regional. Nesta senda as promessas eleitorais do fascista Bolsonaro, no que
tange a superação da estagnação econômica do país pela via neoliberal da
"queima" das empresas estatais serão uma mera utopia reacionária, no
melhor sentido do termo. Qual será então então a "proposta" dos
"pensadores" do gabinete fascista para iludir a população enquanto
alinham integralmente nossa economia aos interesses dos rentistas
internacionais? O "grande
show", pela mão generosa do espetáculo midiático, viveremos enfim por um
período histórico o que Guy Debord chamou de "Sociedade do Espetáculo".
A posse do novo presidente em Brasília será revestida deste
"espetáculo", com direito a bloqueio aéreo do Distrito Federal,
incluindo a utilização de mísseis de guerra, tudo isso para evitar um possível
"atentado terrorista" que planejaria matar o fascista Bolsonaro e sua
anturragem reacionária. Todas estas (des)informações plantadas na mídia
corporativa com ares de verdade e sem nenhuma suspeita de "fake
news", para usar a palavra da moda. Estariam os "perigosos
esquerdistas" organizando um "ataque militar" para suprimir a
vida da "famiglia Bozo", segundo a mídia
"murdochiana". Diante do
tamanho ridículo deste "teatro do absurdo", voltado para distrair os
milhões de "Homer Simpson" que acreditam na Globo, podemos afirmar
com absoluta certeza que o único perigo real para o clã Bolsonaro e seus
convidados será o da queda dos "caças" ianques F-5, sucatas
aposentadas pelo Pentágono há 30 anos (com relatos de terem caído em várias
regiões do planeta)e atualmente substituídos pela geração F-15. As Forças
Aéreas brasileiras ainda estão na espera de receberem os modernos jatos suecos
Gripen (para substituirem os obsoletos F-5) comprados pelo governo Lula e agora
ameaçados de nunca chegarem ao país pela má vontade da equipe de Paulo Guedes,
o neoliberal radical que adora sucata norte-americana...