Acabaram de chegar na Venezuela procedentes da Rússia dois
bombardeiros estratégicos russos Tu-160, um avião de transporte militar An-124
e uma aeronave IL-62. Trata-se de uma demonstração concreta da unidade militar
entre Putin e Maduro contra as ameaças e provocações da Casa Branca assim como
de seus lacaios na América Latina, particularmente dos governos do Brasil e Colômbia.
Bolsonaro, que assume em janeiro e Iván Duque, marionete de Uribe, são declarados
inimigos do governo chavista. A chegada dos aviões russos ocorreu justamente no
momento em que Maduro acusa o Pentágono e a CIA de estarem planejando um golpe
de estado na Venezuela. O presidente venezuelano acusou nesta quarta-feira (12)
os Estados Unidos de liderarem um complô com os governos de Brasil e Colômbia
para derrubá-lo e assassiná-lo. Em entrevista coletiva, Maduro afirmou que John
Bolton, conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, incentiva “ações de
provocação” dos dois vizinhos na fronteira, particularmente o neofascista
Bolsonaro. Referindo-se ao Brasil ele afirmou: “Dizer que uma força militar
brasileira vai invadir a Venezuela é coisa de louco. Vocês acham que nesta
terra não há quem a defenda? Que não se enganem nunca, porque vamos a dar eles
uma lição que não vão esquecer por mil anos. Vamos dar uma lição de dignidade e
de força também. Aos loucos da ultradireita, seja do Brasil, da Colômbia ou de
onde seja”. A capacidade militar dos aviões russos somada com o poderio da força
aérea venezuelana podem arrasar com as forças armadas brasileira e colombiana
em menos de 24hs. Há uma semana, Maduro se encontrou com o presidente da
Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. Na ocasião, o russo afirmou repudiar “uso da
força” para mudar a situação política na Venezuela em uma clara mensagem
contrária as ações da Casa Branca e seus fantoches na América Latina. Putin
ainda enviou à Venezuela aviões militares capazes de transportar armas
nucleares, em um exercício de cooperação militar bilateral. Os Marxistas Revolucionários
da LBI saúdam como progressiva a unidade militar entre a Rússia e a Venezuela
contra o imperialismo ianque e seus governos lacaios na América Latina. Não
nutrimos ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo e do governo Maduro ultrapassar
suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia
nacionalista, entretanto combatemos na mesma trincheira antiimperialista quando
se trata de combater o maior inimigo dos povos e seus fantoches. Nessa unidade
de luta devemos sempre apontar o caminho do enfrentamento revolucionário com os
setores da burguesia nativa subordinada aos interesses do “grande Amo do Norte”.
A senda correta a ser percorrida é apoiar o combate direto contra as
provocações ianque e ao mesmo tempo apostar na defesa e ampliação das
conquistas sociais da classe operária, forjando no calor da batalha um programa
genuinamente comunista de completa ruptura com o nacionalismo burguês. Devemos
convocar a vanguarda classista para a ação direta, contemplando uma plataforma
de formação de milícias de autodefesa armadas assim como a nacionalizações de
grupos econômicos sob o controle dos trabalhadores e socialização do latifúndio,
como um passo concreto rumo a Revolução Proletária. No curso desse combate não
nos furtaremos em apoiar todas as iniciativas no campo do nacionalismo burguês
que se choquem objetivamente com o imperialismo ianque, para nessa trincheira de
luta forjar na vanguarda venezuelana um autêntico Partido Operário Revolucionário!