O procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem,
informou na última quarta-feira (19/12) que Fabrício José Carlos de Queiroz,
ex-motorista e ex-assessor do deputado estadual Flavio Bolsonaro (eleito
senador pelo PSL), não compareceu à audiência que estava marcada para esta
tarde no Ministério Público. Fabrício Queiroz foi "pego" por um
relatório do COAF que apontou uma movimentação de mais de um milhão de Reais em
sua conta bancária, um valor completamente incompatível com sua remuneração de
motorista da famiglia Bolsonaro. Na verdade a grana na conta de Fabrício era
produto do "pedágio" que os funcionários dos gabinetes parlamentares
do clã reacionário tinham que pagar a Bolsonaro. Capturado na "malha
fina" do COAF, o que praticamente forçou o Ministério Publico a intimar
Fabrício a prestar esclarecimentos sobre a origem dos fundos que passaram por
sua conta bancária. Porém o ex-motorista e "compadre" de farras dos
fascistas parece estar "cagando e andando" para o MP, depois de ter
passado mais de uma semana sumido seus advogados alegaram ao MP questões de
saúde e pouco tempo para analisar os autos. Uma encenação para deixar o caso
"esfriar" na mídia corporativa, agora utilmente absorvida pelo
escândalo do charlatão "João de Deus". A "mão pesada" dos
falsos vestais do Ministério Público parece uma "pluma" quando se
trata de acusar e processar a direita por seus crimes a luz do dia, mas quando
a questão envolve as lideranças do PT a postura é totalmente agressiva e até
mesmo inconstitucional. Esta é a essência política do novo regime bonapartista,
que tem no complexo judiciário (Justiça e MP) seu principal ponto de apoio.
Enquanto a "Lava Jato" tem o objetivo explícito de fragilizar as
empresas estatais e nacionais do país, sob o manto de combate a corrupção e da
tutela do Imperialismo Ianque, o governo neofascista de Bolsonaro promoverá um
vasto ataque as conquistas sociais e democráticas da classe trabalhadora.