ACABA ENCONTRO DO G-20 NA ARGENTINA: UMA CÚPULA DE CRISE
CAPITALISTA QUE REVELOU QUEM DÁ AS ORDENS NO IMPERIALISMO MUNDIAL, OS YANKES!
O G-20 realizado na Argentina foi o encontro de cúpula entre
os representantes das potências capitalistas e as maiores semicolônias do
planeta. O imperialismo Yanke demonstrou quem realmente manda na economia
capitalista mundial. Apesar das “queixas” de Macron e outros governos
imperialistas foi a linha de Trump a vitoriosa na cúpula da rapinagem
internacional. Nesse encontro buscou-se uma base de acordo comum em meio as
disputas interimperialistas na rapina sobre as semicolônias, o que não foi
possível diante da política protecionista dos EUA em meio a disputa com a
China, que vem aprofundando uma guerra comercial global. Por sua vez, há o
incremento da ofensiva bélica mundial do imperialismo ianque, o que vem
reduzindo o peso do imperialismo europeu, particularmente da França, com a
China aparecendo como um ator econômico cada vez determinante nesse cenário. A
burguesia imperialista ianque está consciente da gravidade da conjuntura
mundial, em uma correlação de forças tendencialmente favorável à China, porém
foi forçada a se utilizar de Trump como uma “ponte” necessária no sentido de
espraiar o clima da “beira do abismo” com este palhaço reacionário que mais uma
vez atuou no G-20. O discurso nacionalista de Trump sensibiliza os devastados
pela crise econômica capitalista no maior mercado do mundo, porém não aglutina
a elite financeira que pensa em contornar o colapso ianque justamente com a
expansão da internacionalização do capital volátil nas colônias. Tentar escapar
da crise econômica com o incremento do mercado interno nos EUA, é uma ilusão já
há muito tempo foi descartada pela burguesia imperialista ianque quando iniciou
o chamado processo de "globalização" em meados dos anos 90. A
ofensiva neoliberal imperialista contra os povos e nações do planeta passará
por cima de Trump como um trator desgovernado, deixando o terreno ianque
preparado para um governo fascista que tenha pleno apoio político dos dois
braços fundamentais da burguesia: a casta dominante financeira e os industriais
da guerra. Juntos, cassino e armas, fundarão um novo partido político quebrando
a hegemonia das duas alas (Democratas e Republicanos) do velho establishment
ianque, mas para isto terão que forjar uma liderança carismática e de massas e
não um velho palhaço reacionário. Por conta da disputa militar entre a Rússia e
a Ucrânia que envolve a OTAN, Trump não se encontrou de forma reservada com
Putin. Esse quadro senta as bases para o avanço de uma crise militar futura na
região. A histeria social anti Putin desatada no interior dos EUA é apenas uma
cortina de fumaça para deixar o imperialismo ianque de "mãos livres"
(sem competidor bélico global) em sua escalada de ataques a povos e nações
oprimidas. O G-20 também serviu para
mostrar a disputa econômica entre a China e o EUA. A China, no curso do
processo de restauração capitalista, vem se transformando na verdade no maior
entreposto comercial e industrial do mundo, uma grande consumidora de
commodities e é nisto que consiste a sua “exuberância” econômica.
Caracteriza-se por ser uma economia semicolonial com fortes induções estatais,
remanescentes da herança stalinista. Em suma, por maior que seja o crescimento
do PIB chinês, a hegemonia militar em todo o planeta ainda se concentra
plenamente nas mãos da Casa Branca, sendo apenas um “sonho” da China
converter-se em uma superpotência capitalista. Nesse sentido “a via chinesa” de
restauração capitalista como vemos reafirmada por Xi Jinping é um processo
lento, ordenado e centralizado de medidas que, levadas a frente sob o férreo
controle político do PPCh, avançam o ritmo da restauração capitalista para se
fortalecer futuramente como contraponto militar e econômico ao imperialismo
ianque. Por fim a reunião do G-20 deliberou por redobrar os controles nas
fronteiras e nos aeroportos em uma clara repressão aos refugiados das guerras e
conflitos provocados pelo imperialismo no Oriente Médio e Norte da África. Esta
escada de cunho fascistizante tem o apoio dos EUA e dos membros da OTAN. Essa
reunião do G-20 reafirmou que o imperialismo ianque dispõe sem sombra de dúvida
do maior e mais avançado aparato bélico do planeta, são capazes de devastar as
forças militares de um país sem sequer precisar “sujar” as botas de seus
Marines em solo inimigo, como aconteceu recentemente na Líbia. O aprofundamento
da política de forte corte orçamentário em gastos sociais, a elevação da taxa
de desemprego e aumento do déficit fiscal com a concessão de subsídios
tributários a grandes empresas será a tônica da próxima etapa mundial como
produto da velha receita neoliberal, claro com a mão de ferro de um regime de
exceção planetário, ou seja, através de uma ditadura do capital, ao contrário
de um suposto “paraíso democrático”. O impasse demonstrado na cúpula do G-20
reafirma que a única vereda para superar a agonia do capital e a barbárie
social que dela decorre é a via da revolução socialista e a demolição violenta
da atual sociedade de classes e edificar sobre seus escombros um novo modo de
produção, o Socialismo.