quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

JUSTICEIRA SUBSTITUTA GABRIELA HARDT NEGA-SE A CUMPRIR DELIBERAÇÃO DO MINISTRO DO STF MANTENDO LULA PRESO: LAVA JATO ESTÁ ACIMA DA CONSTITUIÇÃO E COMPROVA A VIGÊNCIA DO NOVO REGIME BONAPARTISTA 


A juíza Gabriela Hardt, substituta na Lava Jato do "justiceiro" Sérgio Moro agora nomeado ministro da Justiça no governo neofascista, acaba de anunciar que não cumprirá a determinação do Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que orienta a soltura imediata de todos os réus presos condenados somente em segunda instância judicial. Neste caso a libertação do ex-presidente Lula não ocorrerá nesta quarta-feira e ficará na dependência de uma ratificação ou não por parte do presidente do Supremo, o ministro Dias Toffoli, já pressionado pelo mídia e mercado para reverter imediatamente a liminar do "colega" Marco Aurélio. Independente da decisão final do presidente do Supremo, que está sendo aguardada para as próximas horas, a juíza Gabriela teria a obrigação constitucional de obedecer a decisão do seu superior Marco Aurélio, Ministro do STF. A "autonomia ilegal" da Lava Jato, sobre todas as instâncias superiores do judiciário brasileiro, revela a essência do novo regime político instaurado no país: o bonapartismo autoritário, passando por cima de todas as parcas garantias democráticas existentes na Constituição brasileira. Não é a primeira vez que a famigerada operação Lava Jato indefere decisões superiores judiciais e certamente não será a última. Sérgio Moro não será somente o ministro da Justiça no governo neofascista de Bolsonaro, será  o representante da "justiça suprema" na engenharia política do novo regime vigente. Para a vanguarda do movimento operário e de massas fica mais uma vez a lição programática de que é necessário romper com todas as ilusões na institucionalidade burguesa e organizar a ação direta do proletariado!