PCO DE MÃOS DADAS COM A DIREITA: ASSIM COMO APOIOU YELSTIN
CONTRA O ESTADO OPERÁRIO SOVIÉTICO E ALIOU-SE A OTAN PARA DERROTAR KADAFFI NA
LÍBIA... AGORA NA FRANÇA CHANCELA OS “COLETES AMARELOS” SIMPATIZANTES DA
NEOFASCISTA MARINE LE PEN!
O PCO vem apoiando entusiasticamente as manifestações dos
“Coletes Amarelos” na França. O corrupto Rui C. Pimenta não se cansa de
ressaltar que está em curso uma “revolta popular” ou mesmo uma “rebelião de
massas” nas ruas de Paris. As manchetes são categóricas “França mostra que o
imperialismo pode ser dobrado por uma mobilização popular” ou “Coletes Amarelos
dizem que é ‘tarde demais’ para negociação com imperialismo: manter as
paralisações até a derrubada de Macron!”. Apesar do movimento ter forte conteúdo
nacionalista xenófobo e ser apoiado pela extrema-direita, mais particularmente
pela neofascista Marine Le Pen, que vê nos protestos uma oportunidade para
desgastar Macron para assumir ela mesmo o governo central, Causa Operária não
só chancela acriticamente o movimento como ainda ataca a “esquerda
pequeno-burguesa” por não apoiar os “Coletes Amarelos”. Segundo o PCO “A
esquerda institucional tem se mostrado reticente em apoiar a mobilização,
temerosa por seus cargos e pela perda de sua capacidade de fazer acordos.
Talvez também por isso o tema é tratado de modo confuso pela esquerda pequeno
burguesa em geral – incluindo a brasileira”. Não sabemos a quem Rui C. Pimenta
refere-se em seu “mundo imaginário” porque todo arco político de “esquerda”,
seja na França ou no Brasil, apoia os protestos, a exceção da LBI. Além de PT,
PCdoB...o conjunto dos revisionistas do trotskismo, como o PSTU, MRT, CST,
Resistência, Esquerda Marxista...tem a mesma posição do PCO de saudar os
protestos de direita que pede a cabeça do neoliberal Macron para abrir caminho
a neofascista Marine Le Pen. O PSTU por exemplo é taxativo “Clima insurrecional
em toda a França! Vamos ampliar e organizar a mobilização!” o mesmo ocorre com
outros membros da família Morenista. O PTS (MRT no Brasil) segue a mesma toada
festejando “Elementos pré-revolucionários da situação na França” assim com a
Resistência “Um país em ebulição: coletes amarelos colocam Macron em xeque”...
A lista é longa, não deixando margens para “confusões”! Para não romper sua
nefasta “tradição” programática de prestar apoio incondicional a toda
mobilização da direita que cruza o mundo, a esquerda revisionista embarcou na
defesa dos “Coletes Amarelos” como sendo um legítimo “movimento
anticapitalista” apesar de todas as evidências políticas em contrário. A LBI ao
contrário alerta desde o começo que a intransigente oposição proletária que os
Marxistas Leninistas estabelecem em relação ao governo neoliberal de Emmanuel
Macron, não pode ser confundida com as investidas da extrema direita (maqueadas
de espontaneidade das massas). Produto do profundo retrocesso ideológico que
domina o planeta desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, aprofundado pelo
apoio de grande parte da “esquerda” a mal chamada “Revolução Árabe” que
intensificou o domínio do imperialismo no Oriente Médio, estamos vendo agora na
França a expressão concreta da situação mundial maturada nos últimos 30 anos.
Os Trotskistas da LBI não fazemos nenhum fetiche do “autonomismo e do
espontaneismo” do movimento de massas, conhecemos o desfecho histórico de
mobilizações que acabaram por servir aos interesses da contrarrevolução
mundial, como os “massivos” protestos contra o muro de Berlim. Com a chamada
“Primavera Árabe” a burguesia mundial ganhou um “Know-how” adicional em desviar
grandes protestos populares para o campo político do imperialismo, no Brasil em
2013 e agora na França estamos vendo manobrarem da mesma maneira, contando com
o elemento político da ausência de uma direção revolucionária. Não nos causa
surpresa que os mesmos agrupamentos políticos revisionistas que apoiam agora os
“Coletes Amarelos” sejam aqueles que na URSS se emblocaram com o fantoche do
imperialismo, Yelstin, para liquidar o Estado Operário soviético em 1991 e,
mais recentemente, em nome da falsa “Revolução Árabe” apoiaram os bombardeios
da OTAN contra o regime nacionalista do “ditador sanguinário” Kadaffi. Assim
como agora na França, o camaleônico PCO esteve nestes dois exemplos históricos
centrais da luta de classes junto com estes grupos revisionistas de mãos dadas
com a reação burguesa apoiando falsos “levantes de massas” e “rebeliões
populares”... que acabaram fortalecendo o imperialismo e a extrema-direita!