terça-feira, 1 de janeiro de 2019

PT, PSOL E PCdoB NÃO VÃO A POSSE DE BOLSONARO, MAS TAMBÉM NÃO IRÃO ORGANIZAR A GREVE GERAL PARA DERROTAR O GOVERNO FASCISTA...


O PT, PSOL e PCdoB anunciaram que não se farão presentes hoje (01/01/2019) em Brasília na posse do novo governo fascista de Jair Bolsonaro. Uma justa e correta posição diante do cortejo de bajulação política demonstrado pelos seus parceiros da Frente Ampla, como o PDT e PSB, que aceitaram o convite do fascista em nome do "respeito às urnas", como se estas últimas eleições não tivessem ocorrido em meio a uma das maiores fraudes da história do país. Mas não se engane os incautos, não há "cizânia" (usando a expressão utilizada pelo governador Flávio Dino para defender a unidade da Frente Ampla) no campo da oposição burguesa, existe um largo consenso em manter sua "oposição" nos estreitos marcos da institucionalidade republicana, seja parlamentar ou mesmo jurídica, apesar do total controle dos togados pelo setor golpista ligado ao imperialismo. Esta posição de "pressão" sobre o governo fascista forçando uma possível derrota somente nas próximas eleições, além de criminosa politicamente é totalmente suicida para a classe trabalhadora. O "tripé" no qual se elegeu Bolsonaro, é tão "sincero" que sequer supõe sua reeleição, já descartada diante mão pelo próprio PSL. Sua política de "terra arrasada" neoliberal é para implementação imediata, foi para este objetivo que os rentistas lhe colocaram no Planalto, e não para desenvolver uma longa carreira eleitoral ao medíocre fascista. Os ataques que se anunciam às conquistas históricas do proletariado e também do povo brasileiro não poderão ser derrotadas na arena das instituições corrompidas deste regime bonapartista, que conta com o suporte da cúpula das Forças Armadas. Semear ilusões desastrosas, como faz o PT e seus apêndices partidários, de que é possível "acumular forças" e esperar um "feliz 2022" só conduzirá a maiores derrotas da classe operária,como as que estamos vivenciando desde o golpe parlamentar em 2016. Golpe institucional que foi precedido de uma traição do próprio PT, que sob o governo Dilma deu curso à pauta das reformas neoliberais comandadas pelo banqueiro Joaquim Levy, então Ministro da Fazenda. Somente organizando a ação direta das massas, poderemos construir a resistência proletária, que deve ter a deflagração da greve geral como primeira parada obrigatória. Neste grave momento da conjuntura nacional, onde um governo fascista ameaça nossa existência social, nosso norte programático deve apontar para a revolução socialista, ultrapassando as armadilhas políticas postas por uma plataforma reformista que visa "resgatar a democracia", um regime historicamente decadente que abriu suas portas para a atual ofensiva neofascista, não somente no Brasil mas em todo planeta.