PT, PSOL E PCdoB NÃO VÃO A POSSE DE BOLSONARO, MAS TAMBÉM
NÃO IRÃO ORGANIZAR A GREVE GERAL PARA DERROTAR O GOVERNO FASCISTA...
O PT, PSOL e PCdoB anunciaram que não se farão presentes
hoje (01/01/2019) em Brasília na posse do novo governo fascista de Jair
Bolsonaro. Uma justa e correta posição diante do cortejo de bajulação política
demonstrado pelos seus parceiros da Frente Ampla, como o PDT e PSB, que
aceitaram o convite do fascista em nome do "respeito às urnas", como
se estas últimas eleições não tivessem ocorrido em meio a uma das maiores
fraudes da história do país. Mas não se engane os incautos, não há "cizânia" (usando
a expressão utilizada pelo governador Flávio Dino para defender a unidade da
Frente Ampla) no campo da oposição burguesa, existe um largo consenso em manter
sua "oposição" nos estreitos marcos da institucionalidade
republicana, seja parlamentar ou mesmo jurídica, apesar do total controle dos
togados pelo setor golpista ligado ao imperialismo. Esta posição de
"pressão" sobre o governo fascista forçando uma possível derrota
somente nas próximas eleições, além de criminosa politicamente é totalmente
suicida para a classe trabalhadora. O "tripé" no qual se elegeu
Bolsonaro, é tão "sincero" que sequer supõe sua reeleição, já
descartada diante mão pelo próprio PSL. Sua política de "terra
arrasada" neoliberal é para implementação imediata, foi para este objetivo
que os rentistas lhe colocaram no Planalto, e não para desenvolver uma longa
carreira eleitoral ao medíocre fascista. Os ataques que se anunciam às
conquistas históricas do proletariado e também do povo brasileiro não poderão
ser derrotadas na arena das instituições corrompidas deste regime bonapartista,
que conta com o suporte da cúpula das Forças Armadas. Semear ilusões
desastrosas, como faz o PT e seus apêndices partidários, de que é possível
"acumular forças" e esperar um "feliz 2022" só conduzirá a
maiores derrotas da classe operária,como as que estamos vivenciando desde o
golpe parlamentar em 2016. Golpe institucional que foi precedido de uma traição
do próprio PT, que sob o governo Dilma deu curso à pauta das reformas
neoliberais comandadas pelo banqueiro Joaquim Levy, então Ministro da Fazenda.
Somente organizando a ação direta das massas, poderemos construir a resistência
proletária, que deve ter a deflagração da greve geral como primeira parada
obrigatória. Neste grave momento da conjuntura nacional, onde um governo
fascista ameaça nossa existência social, nosso norte programático deve apontar
para a revolução socialista, ultrapassando as armadilhas políticas postas por
uma plataforma reformista que visa "resgatar a democracia", um regime
historicamente decadente que abriu suas portas para a atual ofensiva
neofascista, não somente no Brasil mas em todo planeta.