quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

CÚPULA MILITAR JURA LEALDADE A MADURO: ÚNICA VIA PARA DERROTAR O GOLPE EM CURSO É O ARMAMENTO DAS MILÍCIAS CHAVISTAS! DEPOSITAR CONFIANÇA NO COMANDO DOS GENERAIS  É O CAMINHO MAIS CURTO PARA A VITÓRIA DE TRUMP...


Comandantes das cúpulas militares de várias regiões da Venezuela vieram a público, na manhã de hoje (24/01) para jurar lealdade ao presidente Nicolás Maduro, que reconhecem como chefe em exercício constitucionalmente eleito. Ao falar, cada um dos generais estava cercado por subordinados, alguns por centenas de militares: “Juramos lealdade à pátria, à Constituição e às leis da República”, afirmou o general Manuel Gregório Bernal Martínez, comandante da região militar que reúne os estados de Mérida, Táchira e Trujillo. Obviamente a demonstração de lealdade da alta cúpula das FFAA ao regime Chavista, é uma prova da força política e militar do presidente Maduro, diante da ofensiva golpista coordenada por Trump e seus lacaios latino-americanos. Porém a história mundial da luta de classes já demonstrou sobejamente que a "fidelidade" do comando oficial de repressão do Estado burguês é na verdade a lealdade da FFAA ao modo de produção capitalista, ou seja na medida que qualquer governo nacionalista ou mesmo de centro-esquerda ameaça a propriedade privada dos meios de produção, a alta cúpula militar logo adere à burguesia nacional e ao imperialismo, mudando de "campo" político e desfechando o golpe de Estado, foi assim no Brasil, Argentina, Chile e logo será também na Venezuela. O proletariado venezuelano não deve depositar ilusões estratégicas na aliança com a cúpula militar, deve sim estabelecer a unidade tática de ação com os comandantes temporariamente fiéis ao governo Maduro e organizar já sua própria força bélica de resistência ao golpe reacionário, orquestrado desde a Casa Branca em Washington. A grave crise política instalada no centro das instituições do Estado burguês na Venezuela, mais cedo que tarde, dividirá as Forças Armadas e com toda certeza a grande maioria dos comandantes militares penderá ao lado dos golpistas, basta que Maduro assuma alguma medida real e efetiva em favor dos trabalhadores, ameaçando o establishment do capital, que ainda se mantém intacto no seio do regime Chavista. O presidente Maduro, apesar de liderar um governo nacionalista burguês, não avançou no sentido de impor algum passo na direção do socialismo, ao contrário vem adotando medidas neoliberais de mercado, elevando a crise econômica a um patamar de degradação das condições de vida das massas proletárias e populares. A pequena burguesia, que clama nas ruas por "democracia" não tem porque se queixar, a não ser pela escassez de produtos importados nas prateleiras das lojas e perfumarias de Caracas. Por outro lado o regime Chavista mantém sua aliança com a chamada "Boliburguesia", que mantém suas taxas de lucro e rentabilidade apesar da forte crise econômica porque passa o país. Por esta mesma razão a cúpula militar se mantém ao lado de Maduro, ou melhor no mesmo campo da "Boligurguesia", mas esta situação de "equilíbrio" é altamente instável e tende a se desfazer rapidamente. Para triunfar contra o imperialismo e a reação nacional não há outro caminho, a não ser da independência de classe do proletariado: Armamento já das milícias Chavistas para derrotar o golpe! Avançar em medidas concretas de expropriação da burguesia nacional, passando para classe operária o controle da produção industrial venezuelana!