CÚPULA MILITAR JURA LEALDADE A MADURO: ÚNICA VIA PARA
DERROTAR O GOLPE EM CURSO É O ARMAMENTO DAS MILÍCIAS CHAVISTAS! DEPOSITAR
CONFIANÇA NO COMANDO DOS GENERAIS É O
CAMINHO MAIS CURTO PARA A VITÓRIA DE TRUMP...
Comandantes das cúpulas militares de várias regiões da
Venezuela vieram a público, na manhã de hoje (24/01) para jurar lealdade ao
presidente Nicolás Maduro, que reconhecem como chefe em exercício
constitucionalmente eleito. Ao falar,
cada um dos generais estava cercado por subordinados, alguns por centenas de
militares: “Juramos lealdade à pátria, à Constituição e às leis da República”,
afirmou o general Manuel Gregório Bernal Martínez, comandante da região militar
que reúne os estados de Mérida, Táchira e Trujillo. Obviamente a demonstração
de lealdade da alta cúpula das FFAA ao regime Chavista, é uma prova da força política e militar do
presidente Maduro, diante da ofensiva golpista coordenada por Trump e seus
lacaios latino-americanos. Porém a história mundial da luta de classes já
demonstrou sobejamente que a "fidelidade" do comando oficial de
repressão do Estado burguês é na verdade a lealdade da FFAA ao modo de produção
capitalista, ou seja na medida que qualquer governo nacionalista ou mesmo de
centro-esquerda ameaça a propriedade privada dos meios de produção, a alta
cúpula militar logo adere à burguesia nacional e ao imperialismo, mudando de
"campo" político e desfechando o golpe de Estado, foi assim no
Brasil, Argentina, Chile e logo será também na Venezuela. O proletariado
venezuelano não deve depositar ilusões estratégicas na aliança com a cúpula militar,
deve sim estabelecer a unidade tática de ação com os comandantes
temporariamente fiéis ao governo Maduro e organizar já sua própria força bélica
de resistência ao golpe reacionário, orquestrado desde a Casa Branca em
Washington. A grave crise política instalada no centro das instituições do
Estado burguês na Venezuela, mais cedo que tarde, dividirá as Forças Armadas e
com toda certeza a grande maioria dos comandantes militares penderá ao lado dos
golpistas, basta que Maduro assuma alguma medida real e efetiva em favor dos
trabalhadores, ameaçando o establishment do capital, que ainda se mantém
intacto no seio do regime Chavista. O presidente Maduro, apesar de liderar um
governo nacionalista burguês, não avançou no sentido de impor algum passo na
direção do socialismo, ao contrário vem adotando medidas neoliberais de
mercado, elevando a crise econômica a um patamar de degradação das condições de
vida das massas proletárias e populares. A pequena burguesia, que clama nas
ruas por "democracia" não tem porque se queixar, a não ser pela
escassez de produtos importados nas prateleiras das lojas e perfumarias de
Caracas. Por outro lado o regime Chavista mantém sua aliança com a chamada
"Boliburguesia", que mantém suas taxas de lucro e rentabilidade
apesar da forte crise econômica porque passa o país. Por esta mesma razão a
cúpula militar se mantém ao lado de Maduro, ou melhor no mesmo campo da
"Boligurguesia", mas esta situação de "equilíbrio" é
altamente instável e tende a se desfazer rapidamente. Para triunfar contra o
imperialismo e a reação nacional não há outro caminho, a não ser da
independência de classe do proletariado: Armamento já das milícias Chavistas
para derrotar o golpe! Avançar em medidas concretas de expropriação da
burguesia nacional, passando para classe operária o controle da produção
industrial venezuelana!