sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A "BALA DE PRATA" CONTRA A FAMIGLIA BOLSONARO: EX-GOVERNADOR PEZÃO PREPARA "DELAÇÃO PREMIADA" ENVOLVENDO FLÁVIO NO ESQUEMA CABRAL E TAMBÉM COMO CHEFE DE MILÍCIA


A burguesia nacional, tendo hoje como sua principal "porta voz" a Rede Globo, tensiona por todos os flancos o governo do fascista Bolsonaro para acelerar o cronograma das reformas neoliberais, em particular a da Previdência e as privatizações de estatais de "grosso calibre". Porém o presidente Bolsonaro tutelado pelo general Augusto Heleno(GSI) e em menor escala pelo próprio vice Mourão, mostra-se demasiado lento e muito tímido em apresentar o agressivo plano de "ajuste" montado pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda na época da campanha eleitoral. Se no plano da reforma da Previdência Social, Guedes conseguiu ao menos esboçar seu projeto de capitalização e do aumento da idade mínima de aposentadoria, embora ainda que oficiosamente, no que tange as privatizações emperra na forte resistência do setor militar do governo que só admite a liquidação de empresas estatais com pouca importância para o interesse financeiro dos rentistas. A frustração do capital financeiro com o governo Bolsonaro é diretamente proporcional as promessas feitas na campanha, onde se vendeu a ilusão de um "queima geral " do patrimônio público estatal. A forma de pressão da burguesia pelo cumprimento do compromisso dado nas eleições veio pelas mãos de outro clã mafioso, a poderosa famiglia Marinho, que parece não dar trégua aos neofascistas do Planalto, catando cada caso de deslizes do "baixo clero" que ascendeu ao governo central. O elo mais fraco da famiglia Bolsonaro parece ser Flavio, o ex-deputado carioca que se elegeu facilmente Senador da República. Não era segredo para ninguém que no gabinete de Flavio na ALERJ se praticava a chamada "rachadinha", a cota compulsória que os funcionários do deputado transferiam para a conta da famiglia Bolsonaro. Entretanto com a eleição de Jair os "pequenos delitos" do clã fascista se transformaram rapidamente na Rede Globo em escândalos nacionais, passando do nível da prosaica "rachadinha" para o grau de chefe das milícias envolvidas no assassinato da vereadora Marielle Franco. O "capo"Adriano Magalhães, capitão do Bope e empresário dos caça-níqueis (acusado pelo Ministério Público), não foi o único miliciano a ser homenageado pelo então deputado Flávio. Ronald Paulo Alves Pereira, major da Polícia Militar e apontado como chefe da milícia da Muzema, ali do lado de Rio das Pedras, onde o ex-assessor Fabrício Queiroz gostava de ir para descansar, recebeu de Bolsonaro, em março de 2004, uma moção de louvor e congratulações pelos importantes serviços que prestava ao Estado do Rio de Janeiro. Como se nota, a estreita ligação de Flávio Bolsonaro com os milicianos e seus parentes empregados em seu gabinete, não é aventura passageira em sua vida. O vínculo de Flávio com os milicianos que assassinaram covardemente Marielle está vindo à tona e ameaça a própria estabilidade do governo neofascista do seu pai, que ainda pode ser agravada pela "delação premiada" do ex-governador Pezão, agora um presidiário a procura de um "passe" para a liberdade. Pezão ameaça "abrir o jogo" revelando que o deputado Flavio também se beneficiou do "Esquema Cabral" no Rio de Janeiro, elevando assim seu patrimônio pessoal em cem vezes mais... A conjuntura aponta para o início de uma grande crise política nacional, colocando nas cordas o governo neofascista. A classe operária e os setores populares devem romper a paralisia imposta pela Frente Popular de colaboração de classes, preparando uma alternativa de poder revolucionário, não institucional, diante do prematuro colapso deste governo inimigo da nação e servil ao imperialismo ianque.