terça-feira, 29 de janeiro de 2019

A "OPOSIÇÃO" QUE BOLSONARO GOSTA: GOVERNADOR "PETISTA" CAMILO SANTANA ENVIA SEU SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO AO ENCONTRO DA EQUIPE DE GUEDES PARA UNIFICAR UMA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


O Secretário do Planejamento e Gestão do Governador petista Camilo Santana, Mauro Filho, terá um encontro nesta terça-feira (29/01) com a equipe econômica do governo neofascista de Jair Bolsonaro, para apresentar uma proposta conjunta para a Reforma da Previdência. Mauro Filho que também é deputado federal eleito pelo PDT, embarcou em direção a Brasília para se reunir com o secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho, pasta vinculada ao Ministério da Economia comandada por Paulo Guedes. A iniciativa do "petista" Camilo não é um mero "deslize" na direção da colaboração com o governo central e seus tutores do mercado financeiro, no seu governo a reforma da Previdência estadual foi aprovada em novembro de 2018, em votação na Assembleia Legislativa , incluindo na pauta a regulamentação do teto igual ao do INSS, de R$ 5.645,80, na aposentadoria dos servidores que passassem a integrar o funcionalismo a partir do momento em que lei passou a vigorar. Para se somar ao teto, parlamentares da base de apoio do governador Camilo aprovaram também a criação da Fundação de Previdência Social do Ceará (Cearaprev), que atuará na gestão da aposentadoria regular dos servidores, até o teto, e ainda da Fundação de Previdência Complementar do Ceará (Prevcom), para os que escolherem ganhar acima deste teto, ou seja foi introduzido no estado o malfadado sistema de capitalização, tão ansiado pelos rentistas na reforma nacional bolsonarista. A Direção Nacional do PT elogiou a "reforma" do seu governador, mesmo plenamente consciente que se trata de um fantoche da oligarquia Ferreira Gomes, aplicando um draconiano "ajuste" neoliberal no Ceará. Porém agora Camilo e seu padrinho político Ciro Gomes resolveram ir mais longe ainda , oferecendo seu "projeto" estadual de arrocho dos trabalhadores para ser incorporado aos planos de governo do neofascista Bolsonaro. Tanto a "oposição" nacional do bloco PT/PSOL, como a da frente PDT/PCdoB, são duas faces da mesma moeda de imobilismo e paralização do movimento operário e popular, ambas tem como centro político as instituições corrompidas do regime bonapartista. Se causa repulsa na militância de esquerda o apoio da frente PDT/PCdoB ao neoliberal Rodrigo Maia a presidência da Câmara, não é menos repulsivo o apoio do PT (o PSOL não tem representação no Senado Federal) ao golpista Renan Calheiros a presidência do Senado, não por coincidência ambos fiéis defensores da mesma "reforma" da Previdência bolsonarista que pretende liquidar as mínimas conquistas dos trabalhadores (ativos e inativos) do setor público e privado.