A "OPOSIÇÃO" QUE BOLSONARO GOSTA: GOVERNADOR
"PETISTA" CAMILO SANTANA ENVIA SEU SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO AO
ENCONTRO DA EQUIPE DE GUEDES PARA UNIFICAR UMA PROPOSTA DE REFORMA DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL
O Secretário do Planejamento e Gestão do Governador petista
Camilo Santana, Mauro Filho, terá um encontro nesta terça-feira (29/01) com a
equipe econômica do governo neofascista de Jair Bolsonaro, para apresentar uma
proposta conjunta para a Reforma da Previdência. Mauro Filho que também é
deputado federal eleito pelo PDT, embarcou em direção a Brasília para se reunir
com o secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho, pasta
vinculada ao Ministério da Economia comandada por Paulo Guedes. A iniciativa do
"petista" Camilo não é um mero "deslize" na direção da
colaboração com o governo central e seus tutores do mercado financeiro, no seu
governo a reforma da Previdência estadual foi aprovada em novembro de 2018, em
votação na Assembleia Legislativa , incluindo na pauta a regulamentação do teto
igual ao do INSS, de R$ 5.645,80, na aposentadoria dos servidores que passassem
a integrar o funcionalismo a partir do momento em que lei passou a vigorar.
Para se somar ao teto, parlamentares da base de apoio do governador Camilo
aprovaram também a criação da Fundação de Previdência Social do Ceará
(Cearaprev), que atuará na gestão da aposentadoria regular dos servidores, até
o teto, e ainda da Fundação de Previdência Complementar do Ceará (Prevcom),
para os que escolherem ganhar acima deste teto, ou seja foi introduzido no
estado o malfadado sistema de capitalização, tão ansiado pelos rentistas na
reforma nacional bolsonarista. A Direção Nacional do PT elogiou a
"reforma" do seu governador, mesmo plenamente consciente que se trata
de um fantoche da oligarquia Ferreira Gomes, aplicando um draconiano
"ajuste" neoliberal no Ceará. Porém agora Camilo e seu padrinho
político Ciro Gomes resolveram ir mais longe ainda , oferecendo seu
"projeto" estadual de arrocho dos trabalhadores para ser incorporado
aos planos de governo do neofascista Bolsonaro. Tanto a "oposição"
nacional do bloco PT/PSOL, como a da frente PDT/PCdoB, são duas faces da mesma
moeda de imobilismo e paralização do movimento operário e popular, ambas tem
como centro político as instituições corrompidas do regime bonapartista. Se
causa repulsa na militância de esquerda o apoio da frente PDT/PCdoB ao
neoliberal Rodrigo Maia a presidência da Câmara, não é menos repulsivo o apoio
do PT (o PSOL não tem representação no Senado Federal) ao golpista Renan Calheiros a presidência do Senado, não por coincidência
ambos fiéis defensores da mesma "reforma" da Previdência bolsonarista
que pretende liquidar as mínimas conquistas dos trabalhadores (ativos e
inativos) do setor público e privado.