quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

ENTERRO DE VAVÁ: O CANALHA  TOFFOLI, ALA ESQUERDA DO BOLSONARISMO, QUERIA QUE O IRMÃO DEFUNTO FOSSE VELADO POR LULA DENTRO DE UM QUARTEL...


O espetáculo de horrores da "República de Curitiba" e sua "Operação Lava Jato" segue vigendo em plena etapa do novo regime político bonapartista, agora comandado diretamente pelo neofascista Bolsonaro, com o suporte do justiceiro Moro. O último capítulo do show de barbaridades cometidos pela máfia togada diz respeito ao enterro do irmão mais velho de Lula, apelidado carinhosamente pela família de Vavá. Como um direito constitucional assegurado, Lula requereu da justiça o deslocamento até o velório e posterior sepultamento do seu irmão em São Paulo, mas não para nossa surpresa os capachos de Moro, seja em sua antiga vara penal ou mesmo no TRF4, não poderiam admitir que um "simples enterro" pudesse catalizar todo o sentimento de revolta popular contra o golpe e seu governo neofascista. A "República de Curitiba" simplesmente negou ao "apenado" Lula um direito básico assegurado a qualquer cidadão que esteja sob a guarda do sistema penitenciário. Nem mesmo a ditadura militar negou que exilados políticos pudessem participar do enterro dos ex- presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, ou mesmo que o próprio Lula preso no DOPS em 1980 fosse ao velório de sua querida mãe. Porém a Lava Jato mais se assemelha a "Operação Condor", de extermínio físico de lideranças de esquerda, do que a uma "simples" perseguição judicial (lawfare). A "mão pesada" dos lacaios de Moro teve um "contra-ponto"dentro do próprio regime vigente, o presidente em exercício general Mourão e seu fiel escudeiro na presidência do STF, Dias  Toffoli, manifestaram-se por uma saída política menos aberrante, mas não menos canalha, Toffolli autorizou que Lula fosse velar seu irmão (corpo presente) no interior de um quartel em São Paulo. Obviamente que Lula e a direção nacional do PT não aceitaram a absurda "proposta" de Toffoli, embora parlamentares petistas tenham comemorado a decisão do STF como uma "vitória". Não é demais recordar que Dias foi indicado ao Supremo pelo PT, onde ocupou posições importantes como membro da tendência majoritária "Articulação" ligada a Lula e José Dirceu. Toffoli agora pertence ao núcleo duro do regime bonapartista, mais especificamente a sua ala militar comandada pelos generais Augusto Heleno, Hamilton Mourão e Fernando Azevedo e Silva, este último seu "tutor" no STF.  Está claro para qualquer observador político minimamente atento, que Lula só recuperará suas garantias constitucionais elementares com a derrubada revolucionária do atual regime vigente.