Nesta terça-feira, 8 de janeiro, completam-se 300 dias do
assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido no Rio
de Janeiro, em 14 de março de 2018. Neste interregno um neofascista foi
eleito governador do estado, o mesmo canalha que estava no ato da extrema-direita em que as placas
em homenagem a Marielle foram quebradas por hordas nazistas do PSL. O PSOL continua
jogando suas ilusões na investigação da Polícia Civil fluminense e mesmo do “auxílio”
da PF. Desde o assassinato pontuamos que a morte da vereadora foi operada por
falanges policiais, profissionalizadas em crimes de maior complexidade, as
mesmas que recentemente organizaram um plano para matar o deputado federal
Marcelo Freixo. Ficou evidente que a execução de Marielle serviu como um duro “aviso”
das forças policiais do RJ para que parlamentares de esquerda ou lideranças
políticas não atrapalhem em seus “negócios” ou tampouco denunciem suas
atrocidades contra a população negra e pobre das periferias. Esse quadro se acentua
com a gestão de Witzel, que defende abertamente o extermínio do povo pobre e a
perseguição a esquerda. Para os Marxistas Leninistas a organização de comitês
populares de autodefesa é o primeiro passo para enfrentar a sanha fascista em
curso no Rio de Janeiro e em todo o país. Desgraçadamente nem o PT e tampouco o
PSOL adotam uma tática minimamente justa para lutar corajosamente contra a
brutal ofensiva da direita neoliberal e golpista, seguem confiando na justiça burguesa e do aparato repressor do Estado. Há dois dias um dirigente do
MST foi também morto em Mato Grosso por jagunços do agronegócio e, no final do
ano passado, o policial militar João Maria Figueiredo, que integrava a
segurança pessoal da senadora petista Fátima Bezerra (eleita governadora do Rio
Grande do Norte), foi assassinado covardemente com requintes de
"execução", sendo alvejado por sete tiros na cabeça. É urgente
organizar a autodefesa militar da esquerda e do movimento operário e popular
para barrar outros crimes contra nossos companheiros que já se anunciam no
horizonte do país.