Neste 10 de janeiro Nicolás Maduro tomará posse como presidente da Venezuela, iniciando um novo
mandato. O imperialismo ianque, via o Grupo de Lima, já articulou seus governos
lacaios (Brasil, Peru, Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile,
Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai) a se declarar contrário
a recondução do chavismo ao governo central: 13 países não reconhecem Maduro
como presidente. Esta realidade de cerco e isolamento completo colocam o
governo do PSUV e fundamentalmente a vanguarda militante venezuelana em uma
encruzilhada: continuar respeitando a democracia burguesa e as relações
capitalistas de produção ou romper com o regime burguês, expropriando a classe
dominante, colocando efetivamente os trabalhadores no poder do Estado pela via
de uma revolução social. Tanta a oposição interna como os líderes exiliados nos
EUA não reconhecem o novo governo e tramam abertamente um golpe de estado.
Paralelamente vão sabotando a economia nacional, provocando um caos social como
fizeram com o Chile de Allende em 1973. Como Marxistas Revolucionários
defendemos a posse de Maduro mas não apoiamos a política de colaboração de
classes do PSUV e do falso “Socialismo do Século XXI”. O esgotamento do
chavismo coloca na ordem do dia a necessidade de apontar uma alternativa
revolucionária para a crise política e econômica: mobilizar os trabalhadores
para através de organismos de democracia direta e conselhos populares tomar o
poder político, econômico e social. Nesse combate os Trotskistas defendem o
governo legítimo de Maduro contra as provocações do imperialismo e da direita,
porém marcham como um programa comunista proletário para construir um poder de
novo tipo, proletário e socialista que supere os limites da “institucionalidade
bolivariana” que por mais radicalizada que seja ainda respeita os marcos da
regime político burguês. Não por acaso o Supremo Tribunal de Justiça golpista
exilado nos EUA exige que Maduro entregue o governo ao parlamento (Assembleia
Nacional) controlado pelo MUD, que funciona normalmente tramando um golpe de
estado. Nesta conjuntura, Maduro apoia-se cada vez mais nas FFAA e na chamada
“boliburguesia” que vive de privilégios estatais. A Força Armada Nacional
Bolivariana (FANB) jurou lealdade absoluta ao presidente Nicolás Maduro. O
ministro de Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, leu um comunicado assinado
por parte do Alto Comando Militar no qual o órgão reitera o apoio “A cúpula
militar expressa seu irrestrito apoio e lealdade absoluta ao nosso
comandante-em-chefe para o período entre 2019-2025”. Frente a esta situação
defendemos a unidade de ação com o “chavismo” para derrotar a reação burguesa
pró-imperialista, forjando uma alternativa de direção revolucionária para os
trabalhadores! Por esta razão reafirmamos que é preciso derrotar com os métodos
de luta da classe operária a direita golpista sem capitular ao “chavismo” e seu
projeto nacionalista burguês!
Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo ultrapassar suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, combatemos na mesma trincheira antiimperialista porém somos conscientes de sua incapacidade programática de romper seus vínculos materiais com o capitalismo. Devemos acompanhar a própria experiência das massas e da vanguarda classista com o Chavismo, sem a cooptação das benesses estatais do regime e apontando sempre o caminho do enfrentamento revolucionário com a burguesia nativa e subordinada aos interesses do “grande Amo do Norte”. O Chavismo como uma expressão radicalizada do nacionalismo burguês, historicamente é incapaz de levar adiante a tarefa de construção dos conselhos operários de poder, os Soviets. A demagogia Chavista da formação dos conselhos populares e do armamento da população para enfrentar a ofensiva imperialista se mostrou como mais uma falácia da burguesia “bolivariana”, agora diante do aprofundamento da crise social Maduro se apoia exclusivamente nos militares “fiéis”. Porém a história mundial da luta de classes já demonstrou que a “traição” é o principal motor dos golpes de Estado patrocinados pelo “Tio Sam”. O fundamental é que o proletariado venezuelano possa construir sua própria independência de classe, erguendo no curso da luta política uma verdadeira república socialista na Venezuela construída a partir de conselhos operários forjados na luta contra a direita e o imperialismo! Para os trabalhadores venezuelanos e latino-americanos, que acompanham o desenrolar dos últimos acontecimentos e buscam intervir de forma independente na crise venezuelana fica claro que é preciso preparar uma alternativa política dos explorados tanto ao chavismo decadente como à direita reacionária!
Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusões na capacidade revolucionária do Chavismo ultrapassar suas limitações históricas de um movimento radicalizado da burguesia nacionalista, combatemos na mesma trincheira antiimperialista porém somos conscientes de sua incapacidade programática de romper seus vínculos materiais com o capitalismo. Devemos acompanhar a própria experiência das massas e da vanguarda classista com o Chavismo, sem a cooptação das benesses estatais do regime e apontando sempre o caminho do enfrentamento revolucionário com a burguesia nativa e subordinada aos interesses do “grande Amo do Norte”. O Chavismo como uma expressão radicalizada do nacionalismo burguês, historicamente é incapaz de levar adiante a tarefa de construção dos conselhos operários de poder, os Soviets. A demagogia Chavista da formação dos conselhos populares e do armamento da população para enfrentar a ofensiva imperialista se mostrou como mais uma falácia da burguesia “bolivariana”, agora diante do aprofundamento da crise social Maduro se apoia exclusivamente nos militares “fiéis”. Porém a história mundial da luta de classes já demonstrou que a “traição” é o principal motor dos golpes de Estado patrocinados pelo “Tio Sam”. O fundamental é que o proletariado venezuelano possa construir sua própria independência de classe, erguendo no curso da luta política uma verdadeira república socialista na Venezuela construída a partir de conselhos operários forjados na luta contra a direita e o imperialismo! Para os trabalhadores venezuelanos e latino-americanos, que acompanham o desenrolar dos últimos acontecimentos e buscam intervir de forma independente na crise venezuelana fica claro que é preciso preparar uma alternativa política dos explorados tanto ao chavismo decadente como à direita reacionária!