Logo após o PCdoB anunciar o apoio à reeleição de Rodrigo
Maia para presidência da Câmara dos Deputados, foi a vez do governador do
Ceará, Camilo Santana, o fantoche de Ciro Gomes colocado no interior do PT,
defender o nome do DEM. Camilo foi além na entrevista de ontem (16.01) a Globo
News, afirmou que fará uma “oposição construtiva” ao governo neofascista
Bolsonaro, ou seja, replicou a posição escandalosa dos Ferreira Gomes de
colaborar com o “Mussolini Tupiniquim”. Até o momento a posição oficial do PT é
construir um bloco com o PSOL e o PSB para lançar um candidato para marcar
posição inclusive em possível unidade com o chamado “Centrão” e negociar o
apoio “por debaixo dos panos” a Maia no parlamento. Neste caso, o PSOL fica na
condição de apêndice de esquerda da política de colaboração de classes do
PT...Como Camilo sabe que esse jogo de cena do PT encobre os verdadeiros
objetivos da Frente Popular de negociar com o governo Bolsonaro nomes para
compor a mesa diretora, foi direto ao ponto como lhe ordenou Ciro Gomes (PDT):
defendeu a reeleição de Maia e disse que o apoio do PSL “não incomoda”, ao
contrário, apregoa ampliar o “diálogo com o Planalto”. Apesar do PT declarar
que não vai apoiará Maia oficialmente, nos bastidores, deputados do partido
ainda negociam espaço na Mesa Diretora com o deputado, em troca de cargos nas
comissões. Esse movimento é patrocinado principalmente pelos governadores do
PT, Wellington Dias e Camilo. Na entrevista, Camilo Santana também afirmou ser
favorável à reforma da previdência, mas deseja “discutir a proposta antes”, ou
seja, a “oposição construtiva” do fantoche dos Ferreira Gomes é auxiliar o
governo neofascista a atacar os direitos dos trabalhadores”. Registre-se que
tanto Lula como Dilma levaram adiante vários ataques neoliberais aos
trabalhadores no campo da seguridade social e das aposentarias. Como podemos
observar, todo o espectro político burguês, da “esquerda” (PCdoB e PT) até a
direita (PSL, PSDB) estão de mãos dadas para fechar acordos podres no
parlamento que permitam o governo neofascista de Bolsonaro levar diante seu
famigerado plano de guerra neoliberal contra os trabalhadores. O PSOL é
figurante nesse teatro com a candidatura de Marcelo Freixo. Nesse sentido, vão
colaborar com Bolsonaro para eleger Maia a fim de que este vote e aprove na
Câmara a Reforma da Previdência. Depois de Bolsonaro fizer o duro ataque aos
explorados e suas conquistas sociais, a Frente Popular (PT, PCdoB e PSOL) vai
nas eleições de 2022 se apresentar como alternativa no circo das urnas da
democracia burguesa. Para os trabalhadores e sua vanguarda classista cabe
romper com esta política e construir desde já na base das categorias a Greve
Geral para barrar nas ruas, fábricas e nas praças esse acordo podre das elites
dominantes!