terça-feira, 22 de janeiro de 2019

POR QUE TODA A ESQUERDA REVISIONISTA, INCLUSIVE OS NEOSTALINISTAS, “LEMBRARAM” DOS 100 ANOS DA MORTE DE ROSA LUXEMBURGO MAS “ESQUECERAM” COMPLETAMENTE DOS 95 ANOS DO FALECIMENTO DE LENIN?


Neste mês de janeiro de 2019 transcorreram os 100 anos do assassinato de Rosa Luxemburgo e os 95 anos da morte de Lenin. A conduta da esquerda brasileira foi completamente distinta diante do registro do falecimento desses dois grandes dirigentes revolucionários. Enquanto foram escritos por toda a esquerda diversos textos, dossiês e lançados até livros em homenagem póstuma a Rosa, houve um silêncio sepulcral com relação a V. I. Lenin. No campo das correntes “trotskistas” (Resistência, PCO, “O Trabalho”, MRT e outras siglas menores) todas “esqueceram” de enaltecer o legado teórico de Lenin para a luta proletária, a exceção da LBI e do PSTU que registram o papel fundamental do nosso chefe bolchevique na história da luta de classes. Por sua vez, os neostalinistas do PCdoB, PCB, PCR não escreveram uma linha sequer sobre os 95 anos da morte do dirigente bolchevique. Esse flagrante antagonismo entre o registro de datas simbólicas para o movimento operário mundial explica-se pelo fato da esquerda reformista em geral e os revisionistas do trotskismo em particular reverenciarem uma Rosa oposta ao Bolchevismo, associando-a equivocadamente a luta pela “democracia” enquanto Lenin seria defensor da “ultrapassada” Ditadura do Proletariado. Os que desejam falsificar a história, como os apologistas da democracia como valor universal, que tentam domesticar a figura de Rosa Luxemburgo, desconhecem  que a dirigente espartaquista pegou em armas e mobilizou os trabalhadores alemães para derrotar violentamente o governo socialdemocrata comandado pelo chanceler Frederich Ebert em 1919, (uma espécie de governo do PT da época). Pagou com sua vida por lutar e organizar o combate pela derrubada revolucionária do governo reformista que passou para o campo da reação burguesa. Essa é a Rosa que reivindicamos e homenageamos ao lado de Lenin. Ao contrário, os revisionistas não celebram Lenin porque não reivindicam de fato, na prática, o seu grande legado: o Bolchevismo, entendido como um partido centralizado para liquidar a burguesia, conspirativo e opositor de classe da democracia burguesa. Não se trata de um “deslize” ou amnésia, na verdade a esquerda revisionista de conjunto em pleno século XXI deseja livrar-se do “peso” do legado político, teórico e organizativo do Chefe Bolchevique, atacado pela intelectualidade e a mídia como ultrapassado, autoritário, defensor de um regime militarizado de partido, governo e Estado, fundador da “falida” da Ditadura do Proletariado na URSS. Como essas correntes revisionistas estão profundamente adaptadas ao regime democratizante e a suas instituições, não é simpático defender o centralismo vertical, a rígida disciplina militante e uma política de denúncia implacável do reformismo, ou seja, tudo o que Lenin incorporou em vida até o último dos seus dias, combatendo o menchevismo e todos os renegados do Marxismo Revolucionário. Por essa razão prostituem politicamente a figura de Rosa e se calam sobre Lenin. No sentido oposto, esses agrupamentos escrevem sobre tudo em seu sites e jornais, comemoram datas de morte e nascimento de líderes políticos, artistas, intelectuais...muitos sem quaisquer vínculos com a “esquerda” mas que são “moda do dia” entre a pequena-burguesia. Entretanto, o aniversário de 95 da morte de Lenin, falecido em 21 de janeiro de 1924, dirigente máximo da Revolução de Outubro, foi sintomaticamente relegado ao baú esquecido da história pela esmagadora maioria dessa gama de falsos “Leninistas”, verdadeiros charlatões... Até as seitas virtuais pretensamente “Leninistas” esqueceram-se de dar qualquer “nota” sobre os 95 anos do aniversário de morte de Lenin, já que hoje não passam de um apêndice das correntes socais-democratas e reformistas como PT e PSOL. Não foi por falta de “aviso”! Enquanto a LBI fez a defesa de seu legado em nosso BLOG com um longo artigo comemorativo, a resposta desses senhores foi o silêncio sepulcral! Esses canalhas que se dizem “Leninistas”, porém não ousam sequer escrever um único artigo em sua defesa, seriam mais honestos se abjurassem suas lições e adotassem abertamente suas “novas” referências políticas, teóricas e ideológicas reformistas. De nossa parte, ficamos honrados (ainda que não eufóricos) de termos sido a única corrente genuinamente Trotskista a celebrar Lenin, quando todos esses filisteus calaram-se! Mesmo isolados soubemos remar contra a maré da reação burguesa e do “vendaval oportunista” mantendo-se firme da justa homenagem ao nosso grande Chefe! Vida Longa a Lenin e ao Bolchevismo! Seguimos firmes na defesa de seu legado reafirmando que defender o Leninismo em tempos de reação burguesa e de domesticação da esquerda reformista significa lutar pela construção de um partido revolucionário, centralizado para tomar o poder e impor a ditadura do proletariado!