LEIA A APRESENTAÇÃO DA ÚLTIMA EDIÇÃO DA REVISTA MARXISMO REVOLUCIONÁRIO Nº 17 – JANEIRO/2019
APRESENTAÇÃO
Após um interregno de 3 anos, período em que nossa equipe de
redação dedicou-se fundamentalmente a consolidar o Blog da LBI com atualizações
diárias, voltamos a publicar a Revista teórico-político Marxismo
Revolucionário. Chegamos a sua décima sétima edição neste janeiro de 2019 com
muito orgulho militante desta marca! Não se trata de uma conquista menor para
uma pequena organização bolchevique manter uma revista programática com
análises trotskistas de fundo da luta de classes a nível nacional e
internacional em uma etapa onda a “esquerda” é influenciada diretamente pela
ideologia dominante, adaptando-se política e teoricamente as “novidades” do
velho reformismo! Dedicamos este número em especial a saudar os 60 anos da
Revolução Cubana, pontuando sua importância para o proletariado mundial e, ao
mesmo tempo, travando uma dura polêmica com aqueles que fecham os olhos para o
avanço da restauração capitalista na Ilha com o advento da nova Constituição.
Como parte desse esforço militante, fizemos um breve histórico da luta por
construir um núcleo trotskista em Cuba como alternativa revolucionária a
burocracia castrista. O resgate da própria história da IV Internacional, quando
acabamos de celebrar os 80 anos de fundação do partido trotskista mundial, também
encontra-se na Revista, onde fazemos uma polêmica com todos os ramos dos
“trotskismo”, os antigos e os atuais, como o grupo Resistência no Brasil.
A presente edição também analisa a ascensão do governo
neofascista, onde o Juiz Moro assume as rédeas do comando de um novo regime
bonapartista, tutelando a gestão ultraliberal Bolsonaro/Guedes. Um regime
bonapartista se assemelha mais a um regime fascista do que a uma democracia
baseada no livre sufrágio universal, nos dois primeiros casos a figura de um
líder nacional totalitário é uma condição “sine qua non”, porém fascismo e
bonapartismo não representam o mesmo fenômeno. Segundo Marx o Bonapartismo
enquanto regime político ocorre quando a burguesia delega sua gerência estatal
a uma liderança que se apresenta como uma espécie de “Salvador da Pátria”, para
se por acima dos conflitos entre as classes sociais. O fascismo por sua vez
também carrega estas mesmas características populistas de direita, mas sob a
base do esmagamento físico das direções e organizações operárias.
Em Marxismo Revolucionário elaboramos a análise que estamos
atravessando um período que pode ser caracterizado como a consolidação de um
regime bonapartista de exceção (pós golpe parlamentar), com a égide de um
governo marcado por características fascistas, ainda que ressaltando a relativa
debilidade política do nosso “Mussolini tupiniquim”. Moro engatinha seus
primeiros passos para talvez ocupar um vazio político em caso de um eventual
colapso prematuro do “capitão de pijama”, tudo dependerá dos ventos econômicos
internacionais. Por hora é totalmente impressionista caracterizar o regime como
fascista ou mesmo semifascista, uma imprecisão teórica desta dimensão só serve
para jogar água na corrente da tal “Frente Ampla Democrática”, uma cópia mal
feita da base política burguesa dos governos petistas.
Neste número estudamos o quadro político na França,
Nicarágua e Venezuela, onde a direita e a extrema-direita vêm avançando por
múltiplos caminhos. Mobilizações “espontâneas” ganham corpo e questionam governos de
diferentes matizes políticos em protestos onde a esquerda revolucionária ou
mesmo reformista não tem nenhum peso político e social. Apesar disso grupos
revisionistas do trotskismo vão a reboque de “rebeliões” claramente
orquestradas pela CIA como na Nicarágua e Venezuela ou pelos neofascistas na França, da mesma forma fizeram anteriormente na URSS e depois aplaudindo a falsa Primavera Árabe.
Esperamos que nossos leitores e simpatizantes tomem em suas
mãos a nova edição de nossa revista teórico-político como uma verdadeira arma
programática em defesa dos nortes fundamentais do Marxismo Revolucionário em uma etapa de
profundo retrocesso político e ideológico entre os trabalhadores e sua
vanguarda, para que sigamos firmes no combate pela construção do Partido
Revolucionário.
Os Editores
Janeiro 2019
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ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
1 - NACIONAL
ASSUME O GOVENO FASCISTA
O regime “Bonapartista sui generis” brasileiro tendo como
protagonista principal o judiciário golpista
MAIS QUE UM “SUPERMINISTRO”
Burguesia nacional colocou Moro no governo fascista como o
principal avalista do desmonte neoliberal e eliminação das garantias
democráticas
COMO AVANÇAR NA RESISTÊNCIA AO FASCISMO?
“Frente ampla democrática” com a burguesia ou frente única
de ação direta com o proletariado na vanguarda da luta política e social
“OS GOVERNOS DE FRENTE POPULAR SÃO ANTE-SALA DO FASCISMO”
O prognóstico de Trotsky hoje na “carne viva” do povo
brasileiro
2 - INTERNACIONAL
COLETES AMARELOS (GILET JAUNES) NA FRANÇA
Uma manifestação da direita contra o governo neoliberal da
"centro direita". Esquerda revisionista embarca no apoio junto com
Marine Le Pen...
NICARÁGUA SOB ATAQUE
Departamento de Estado dos EUA prepara um novo golpe de
estado no continente, agora contra o governo Sandinista
ALIANÇA ANTIIMPERIALISTA
Saudamos como progressista a unidade militar entre Rússia e
Venezuela contra o imperialismo ianque e seus governos lacaios na América
Latina!
3 - ESPECIAL – 60 ANOS DA REVOLUÇÃO CUBANA
60 ANOS DA REVOLUÇÃO CUBANA UMA GRANDE VITÓRIA DO
PROLETARIADO MUNDIAL!
Defender o Estado operário contra o imperialismo! Combater a
restauração capitalista!
NOVA CONSTITUIÇÃO EM CUBA
Miguel Díaz Canel formaliza marco político-jurídico que
reconhece a propriedade privada e assegura o avanço das “reformas” de mercado
que sufocarão o estado operário
DOSSIÊ
Uma breve história do Trotskismo revolucionário em Cuba
4 – HISTÓRIA MARXISTA
80 ANOS DE FUNDAÇÃO DA IV INTERNACIONAL
Uma história de princípios e fragmentação revisionista
POLÊMICA COM O GRUPO
RESISTÊNCIA
Nossa árvore não pode ser a mesma de quem apoiou a
contrarrevolução na URSS e a destruição da Líbia, chamadas cretinamente de
"Revoluções democráticas”.
5 - CULTURA & LUTA DE CLASSES
NOEL ROSA
O magistral compositor e poeta boêmio que foi o primeiro intelectual
parceiro do samba nascido nos morros proletários cariocas