Apesar da "grande mídia" apresentar Fabio Schvartsman como
presidente da Vale, o empresário Benjamin Steinbruch é o verdadeiro dono da
empresa, a atual diretoria é completamente subordinada as suas ordens.
Steinbruch é o grande acionista privado proprietário da Vale do Rio Doce.
Quando em 1997, a empresa foi privatizada pelo governo FHC, o consórcio Brasil,
liderado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) comprou 41,73% das ações
ordinárias (com direito a voto) da empresa que pertenciam a União. Nos últimos
20 anos houveram várias mudanças no controle acionário mas Benjamin Steinbruch
continua controlando a empresa com mão de ferro, assim como faz com a CSN.
Tanto é assim que Hamilton Mourão, o vice de Bolsonaro, informou que o governo
estuda propor o afastamento da diretoria “laranja” da companhia, deixando
Steinbruch completamente livre de responsabilidade: “Essa questão da diretoria
da Vale está sendo estudada pelo grupo de crise e vamos aguardar para ver quais
são as linhas de ação que eles estão levantando. Mas eu tenho que estudar isso
aí, não tenho certeza que possa fazer essa recomendação”, disse o General ao O
Globo. Há um acordo entre a grande mídia capitaneada pela Rede Globo, os
governos Bolsonaro e Zema e o todo poderoso Benjamin Steinbruch para preservar
a Vale que continua extraindo minério de ferro e outros minérios altamente valorizados clandestinamente em Minas Gerais, as barragens
são apenas onde se depositam junto com a água os resíduos dos produtos químicos
usados para separar o ferro e outros minérios ainda mais nobres estratégicos, como Nióbio, que são extraídos do subsolo
nacional em uma sangria que dura décadas. Com apenas 100 gramas de Nióbio, no meio de uma tonelada de aço, a liga
se torna muito mais forte e maleável. Carros, pontes, turbinas de avião,
aparelhos de ressonância magnética, mísseis, marcapassos, usinas nucleares,
sensores de sondas espaciais… praticamente tudo o que é eletrônico, ou leva
aço, fica melhor com um pouco de nióbio. Não por acaso, as minas propriamente
ditas sequer são mostradas na TV, com os caminhões lotados de minérios, os
noticiários apenas mostram a lama do rejeito e o resgate das vítimas. Isto
porque a mineração representa quase 10% do PIB de Minas Gerais, responsável por
mais da metade da produção de minerais metálicos do país. Por ano, cerca de 300
municípios mineradores despejam no mercado quase 200 milhões de toneladas de
minério de ferro. Os lucros privados da Vale geram realidade de risco constante
no plano socioambiental. De acordo com o Banco de Dados de Barragens da
Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Minas possui 698 barragens de
rejeitos minerais, sendo que duas dezenas delas não têm estabilidade garantida.
Por essa razão, a maioria dos mortos são funcionários da Vale e terceirizados,
sendo Benjamin Steinbruch o grande assassino responsável pela tragédia humana e
ambiental de Brumadinho. 413 dos seus funcionários estão desaparecidos, a
maioria destes provavelmente encontra-se soterrada pela lama de rejeito de
minério de ferro ou dentro da próprio mina. O movimento operário organizado, os
sindicatos devem exigir que todas as operações nas demais minas da Vale sejam suspensas imediatamente por tempo
indeterminado, com a garantia dos empregos e salários, de modo a averiguar as
condições de segurança para os trabalhadores e comunidades próximas. É preciso que seja
feita uma revisão do método para classificação de risco pelos órgãos
reguladores e fiscalizadores como o IBAMA que não sejam controlados pela
influência das grandes minerados. Em pouco mais de 3 anos, 2 complexos
mineradores com barragens classificadas em baixo risco tiveram rompimentos
desastrosos, gerando centenas de vítimas. Além disso, faz-se necessário rever o
alteamento de barragens a montante, um método antigo, simples e econômico para
as mineradoras, mas que envolve grande riscos, inclusive associados a perda de
vida humana. Afinal, outras barragens da empresa podem romper a qualquer
momento, causando mais mortes e destruição. Por fim devemos nos mobilizar pela
prisão imediata de Benjamin Steinbruch, este grande capitalista assassino que é
protegido pela Globo e o governo Bolsonaro-Zema, lutando pelo confisco de seus
bens ao mesmo tempo levantando a bandeira da reestatização da Vale sob o
controle dos trabalhadores. Os bens e o dinheiro em contas bancárias da Vale
devem ser confiscados, para atender às vítimas. Registre-se que a Vale
abocanhou somente no terceiro trimestre de 2018 lucro de 5,7 bilhões de reais.
Trata-se de uma mega empresa que ostenta lucros astronômicos em benefício de
grandes acionistas nacionais e estrangeiros, comandados por Benjamin
Steinbruch, enquanto os trabalhadores da Vale pagam com sua vida para engordar
esses parasitas!
Mapa do G1 mostra as barragens da Vale em Brumadinho menos a "Mina Secreta" que extrai ferro e outros minérios mais nobres |