Cid Gomes “revela” como oligarquia “socialista” utiliza o Estado para ganhar milhões em suas negociatas (“rolo”) com a burguesia
A Folha de São Paulo divulgou esta semana um vídeo que estava circulando na internet, via YouTube, onde o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), aparece em conversa com empresários da construção civil durante uma festa do setor propondo “negócios” fraudulentos com especuladores do ramo imobiliário e construtoras. Em destaque aparece Cid Gomes fechando um acordo vergonhoso com Pio Rodrigues, um dos representantes do grupo C. Rolim, tradicional família burguesa do Ceará, proprietária de um conglomerado de empresas em vários ramos do comércio e do setor imobiliário como a construtora C Rolim Engenharia.
Durante o diálogo com empresários, o governador tenta fechar uma negociata em torno das obras do metrô de Fortaleza. De forma descarada, Cid Gomes propõe que os empresários “paguem” as indenizações das desapropriações realizadas pelo governo nas áreas afetadas com a construção das estações do metrô. Em contrapartida, os empresários poderiam “verticalizar”, construindo prédios na região, uma área nobre da cidade que ficará ainda mais valorizada. Para fechar a conversa, Cid Gomes arremata dizendo: “então vamos ver se a gente faz um rolo aí”. O governador não entrou em mais detalhes sobre como seria o “rolo”, melhor dizendo, o roubo. Mas, fica evidente que o trambique envolverá o dinheiro das indenizações, onde ao final apenas o generoso cofre estatal bancaria toda a farra do boi, ficando os empresários com um “negócio da China” ao custo apenas da taxa de propina institucionalizada a ser repassada para o bolso do oligarca “socialista”.
Para garantir toda essa orgia o governo dos Ferreira Gomes acaba de impor uma dura derrota à heróica luta dos professores da rede estadual pela implantação do piso salarial, contando pra isso com a colaboração direta das burocracias sindicais vendidas da CUT, CTB e CONLUTAS. Mas, não para por aí. Como não poderia ser diferente, a crueldade é ainda maior com as famílias que estão sendo desapropriadas, forçadas mediante todo tipo de pressão e repressão, a receber indenizações pífias e/ou residências (casebres) em conjuntos habitacionais sem a menor estrutura, verdadeiros depósitos humanos nas periferias mais ermas da grande Fortaleza. Eis mais uma prova cabal de como a corrupção é algo intrínseco ao Estado burguês, presente nas suas entranhas em todas as esferas e de como este não passa de um grande balcão de negócios da burguesia para incrementar seus lucros contra os interesses do proletariado.