domingo, 18 de dezembro de 2011

Começou a ofensiva Macartista do interventor Rodas: Reocupar a reitoria para expulsar da USP quem realmente deveria ser expulso

O impostor João Grandino Rodas, que atende pelo cargo de reitor biônico da USP, acaba de iniciar uma brutal ofensiva contra a toda a comunidade universitária e em particular contra o movimento estudantil, ao expulsar seis alunos da instituição e residentes do CRUSP. A medida draconiana de Rodas teve como base um processo aberto por conta da ocupação da sede da COSEAS em 2010. Fica cristalino que este ato fascistizante de Rodas tem como objetivo amedrontar todos os estudantes que ousam lutar contra a atual estrutura oligárquica vigente na USP, além de representar uma represália a última ocupação da reitoria, da qual 73 companheiros estão sendo processados. Enquanto tenta cooptar docentes e funcionários, concedendo "abonos" salariais que sequer repõem as perdas sofridas, Rodas elogia a ADUSP e o SINTUSP por não terem organizado greves este ano. Ao mesmo tempo o impostor reprime violentamente os estudantes, utilizando o aparelho militar do estado de São Paulo, com base permanente no interior da universidade.

A USP encontra-se em plenas férias escolares e a greve estudantil deflagrada após a desocupação policial do prédio da reitoria atravessa um momento de claro refluxo político, após várias iniciativas importantes (passeatas e atos públicos), mas que não tiveram um fio de continuidade. A direção do DCE (PSOL) insiste na estratégia da negociação permanente com a reitoria, nos marcos de um acordo "palátavel" que mantenha intacta a estrutura de "poder" feudal da universidade . O sócio minoritário do PSOL, o PSTU, é signatário da mesma política que condenou a ocupação da reitoria e no bojo desta "aliança" também qualquer iniciativa dos estudantes que radicalize a luta por uma efetiva democratização da universidade. Já a chamada "oposição" ao bloco reformista do DCE, a LER, que se apresenta como paladina da democracia das "bases", se coloca frontalmente contra uma nova ocupação da reitoria, limitando-se a empunhar a defesa publicitária e jurídica dos companheiros processados à margem da própria mobilização concreta dos estudantes.

O "velho" bolchevique L. Trotsky nos alertava da inutilidade de tentar estabelecer um "linha de centro" entre a política da revolução e a da reforma, como se esforça a LER e outros satélites menores . Para massificar a luta em defesa dos 73 estudantes (com toda certeza os próximos a serem expulsos) que estão sendo processados e ao mesmo tempo impulsionar politicamente a greve que encontra-se em uma etapa de refluxo, é necessário derrotar a ofensiva "Rodiana" fomentando milhares de " processados", através da reocupação massiva da reitoria. A disjuntiva correta a ser levantada pelo movimento deve ser: Ou a maioria dos estudantes expulsa o interventor Rodas ou Rodas continuará a expulsar os estudantes que lutam!