90 ANOS DE FIDEL CASTRO: VIDA LONGA AO COMANDANTE DA
REVOLUÇÃO CUBANA, RESPEITADO PELOS TROTSKISTAS POR ENCARNAR A RESISTÊNCIA
ANTICAPITALISTA E COMBATIDO POLITICAMENTE PELOS GRAVES ERROS COMETIDOS POR SUA
ADESÃO AO STALINISMO EM SUA ESTRATÉGIA DE “SOCIALISMO EM UM SÓ PAÍS”
Fidel Castro completa hoje 90 anos. Uma historia de combate
anticapitalista marca a vida do velho comandante, agora de barba branca, mas
que aos 32 anos dirigiu ao lado de Che Guevara a Revolução Cubana vitoriosa em
1959. Em um discurso proclamado durante o VII Congresso do Partido Comunista de
Cuba (PCC) em abril, Fidel falou com voz entrecortada “Logo devo fazer 90 anos,
nunca me ocorreu tal ideia e não foi fruto de esforço, mas um capricho da
sorte. Logo serei como todos. Para todos chega a vez... Talvez seja uma das
últimas vezes que fale nesta sala”. Como trotskistas respeitamos sua heroica
trajetória militante mesmo nos delimitando publicamente de suas posições
políticas e programáticas, cujo limite é desgraçadamente sua adesão posterior
ao stalinismo e sua estratégica de coexistência pacífica com o imperialismo.
Reconhecemos que tenha havido conflitos pontuais importantes de Fidel com a
burocracia soviética mas nunca uma ruptura com sua orientação, ao contrário,
nas questões fundamentais Castro esteve ao lado de Moscou e inclusive atacou o
trotskismo e seu camarada de trincheira, Che Guevara. Não vamos aqui escrever,
mesmo que criticamente, a “biografia” de Fidel, apenas pontuar questões que
consideramos fundamentais nas tarefas que Cuba enfrenta neste século XXI para
sobreviver ainda que seja na condição de um Estado Operário burocratizado e
isolado. Deixamos para os stalinistas “Amigos de Cuba” as homenagens acríticas
a Fidel e Raul. Aliás, apesar de gerações de cubanos cresceram com a imagem e presença
próxima de Fidel, o mesmo pregou a rejeição ao “culto à personalidade”: “Sou
hostil com tudo o que possa parecer um culto a pessoas (...) e não há uma só
escola, fábrica, hospital ou edifício que leve meu nome. Não há estátuas, nem
praticamente retratos meus”. O fundamental é que como Marxistas-Leninistas
compreendemos a importância histórica de defender o Estado operário cubano das
investidas do imperialismo. Saudamos a revolução vitoriosa dirigida por
Fidel e Che que arrancou a pequena ilha das garras dos grandes monopólios ianques,
transformando um país que era literalmente um prostíbulo da burguesia
norte-americana em uma nação que anos depois rompeu com o jugo da dominação da
cadeia de espoliação capitalista, garantindo a seu povo conquistas históricas
como educação pública, gratuita e um dos sistemas de saúde mais avançados do
planeta. Nem os mais de 50 anos de criminoso bloqueio econômico fizeram ruir
essas conquistas que permanecem socialmente vigentes para o proletariado,
apesar das imensas dificuldades que impõe a Cuba até hoje. Sabemos
perfeitamente que Cuba atravessa um momento extremamente difícil em sua
existência. Desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, quando a restauração
capitalista varreu o Leste Europeu e a União Soviética, em uma profunda derrota
do proletariado mundial, a economia cubana perdeu grande parte dos seus
parceiros comerciais impondo-se ainda mais a ilha operária o isolamento
político e econômico. Foram tomadas várias medidas de mercado para tentar
revitalizar sua economia. Não nos opomos por princípio à adoção dessas medidas,
pois até Lenin e o Partido Bolchevique as tomaram na URSS por meio da NEP. Mas
compreendemos que a melhor forma de defender as conquistas da revolução é
reforçando o chamado a derrotar o imperialismo em nível mundial e não a
estabelecer com a Casa Branca e a Igreja Católica uma política de “coexistência
pacífica”. O legado teórico de Trotsky nos ensinou que era preciso defender
incondicionalmente a URSS, apesar dos erros e traições de Stalin. Hoje, com
Cuba fazemos o mesmo. Ainda que tenhamos críticas à direção do PCC, jamais nos
somamos ao imperialismo e sua corja arquirreacionária nos ataques ao Estado
operário. Pelo contrário! Sempre estivemos na linha de frente da sua defesa,
não apenas como “amigos de Cuba”, mas acima de tudo como internacionalistas
proletários e defensores do socialismo científico como alternativa à barbárie
capitalista que ameaça a existência da própria humanidade. Acreditamos que
somente a mobilização internacionalista da classe operária poderá fazer frente
aos planos do império para aniquilar totalmente a enorme referência mundial da
revolução cubana. Por isso não devemos depositar nenhuma confiança nos
“acordos” amistosos com os chefes “democratas” dos estados terroristas como os
EUA e a França. A trágica lição abstraída da guerra da Líbia, onde Kadaffi
“confiou” inicialmente nos abutres imperiais europeus que logo em seguida
devastaram seu país, deve servir como um farol revolucionário para a vanguarda
classista do proletariado mundial na defesa de Cuba. Tragicamente, diversas
correntes que se reivindicam trotskistas, rompendo com o mais elementar
critério de classe, hoje atuam como verdadeiros agentes da contrarrevolução
“democrática”. Já durante a chamada “crise dos balseiros” em 1994 esses
senhores se postaram ao lado dos mafiosos gusanos e clamavam por “liberdade” em
Cuba, quando esta campanha midiática não passava de uma trama do imperialismo
para isolar a ilha e buscar a desestabilização do regime no lastro do fim da URSS.
Essa conduta vergonhosa, que enlameia o nome do “trotskismo”, ganhou o justo
ódio da classe operária cubana e da vanguarda internacionalista que defende o
Estado operário. Mas o genuíno trotskismo, repetimos, não é partidário dessa
cantilena montada nos gabinetes do Pentágono sobre o cínico pretexto da “defesa
dos direito humanos”. Da mesma forma que denunciamos a farsesca “Revolução
Árabe”, voltada a atacar regimes políticos que são obstáculos aos planos
neocolonialistas de Obama para o norte da África e Oriente Médio (primeiro
Líbia, agora Síria e depois Irã), nos postamos contra tais “movimentos
democráticos” made in CIA urdidos contra Cuba. Por isso alertamos, os próximos
passos da Casa Branca estão bastante claros: primeiro a chantagem “democrática”
via os acordos recentes celebrados por Obama com Raul, utilizando a dissidência
contrarrevolucionária como as “Damas de Branco”. Se essa política não der o
efeito desejado vem depois a tradicional agressão militar apoiada na colossal
superioridade bélica do Pentágono. Nesse cenário, não nos surpreenderemos se
amanhã esses mesmos “trotskistas” calhordas paladinos da “Primavera Árabe”
saírem a saudar entusiasticamente os “rebeldes cubanos” que se levantam contra
o que eles chamam cinicamente de “ditadura dos irmãos Castro”. A LBI não apenas
denuncia publicamente esses canalhas que maculam a bandeira da IV Internacional
como se posta incondicionalmente a lado do povo cubano e em frente única com o
PCC na defesa da ilha operária. Não por acaso, fizemos questão de lançar como
artigo inicial de nosso blog político em julho de 2011 um texto somando-se à
campanha pela libertação imediata dos cinco militantes cubanos encarcerados
pelo império terrorista, alertando que o método da ação direta e mobilização
permanente da classe operária mundial era o caminho correto para apontar na
libertação dos companheiros Fernando González, Ramón Labañino, Antonio
Guerrero, Gerardo Hernández e René González, acusados farsescamente de
terrorismo pelo então governo Clinton e que cumpriram severas penas desde 1998,
mantidos encarcerados por um longo período pelo mesmo bando ianque “democrata”,
chefiado pelo assassino Obama, que mantem o cárcere de Guantánamo e tem as mãos
sujas de sangue do povo líbio. Os atuais acordos entre Obama e Raul Castro não
nos fazem esquecer os crimes do imperialismo. Justamente por defendermos
incondicionalmente Cuba e as conquistas históricas da revolução, apontamos que
para garantir a manutenção do Estado Operário os trabalhadores cubanos devem
lutar pela imediata expulsão dos agentes da CIA, combater a nefasta influência
ideológica da Igreja Católica e derrotar todas as organizações anticomunistas
camufladas de democráticas. Ao mesmo tempo, como aponta o Programa de Transição
elaborado por Trotsky em 1938, não defendemos a volta à democracia burguesa e a
legalização de todos os partidos de uma maneira geral em Cuba, mas a revolução
política para que os conselhos populares decidam verdadeiramente como melhor
levar a luta contra os privilégios, a desigualdade social e o reforço da
economia planificada segundo os interesses dos próprios trabalhadores. Lutamos
decididamente contra a destruição do Estado operário cubano, já que isso
representaria uma enorme derrota para o proletariado latino-americano e mundial,
abrindo um período sem precedentes de avanço imperialista. Quando se completam
os 90 anos de Fidel declaramos que a defesa incondicional de Cuba contra o
imperialismo ianque é para a LBI tarefa primordial assim como para todos
aqueles que se colocam pela construção de uma América Latina socialista e
revolucionária! Combatemos vigorosamente os revisionistas do trotskismo que
cada vez “MAIS” se alinham com a democracia imperialista para acusar a “ditadura
cubana” e a falta de liberdades burguesas na Ilha, estes fraudadores da IV
Internacional não merecem o respeito da classe operária mundial!
Pontuamos apenas inicialmente que o fracassado ataque ao
quartel de Moncada em 26 de julho de 1953, ação protagonizada por Fidel Castro
e outros membros do Partido Ortodoxo, expressou a perda das esperanças da
oposição pequeno-burguesa nacionalista em utilizar-se dos meios institucionais
para restaurar a caricatura de democracia burguesa na Ilha e a adoção da luta
armada como método para derrotar a ditadura de Fulgêncio Batista. Apesar da
maioria ter sido morta em combate e poucos sobreviventes presos, entre eles
Fidel e Raul Castro, esse episódio se tornou uma referência para o movimento
guerrilheiro que dirigiu a Revolução Cubana. Anos depois, em junho de 1955 Che
Guevara se encontrou com Fidel Castro e os cubanos exilados do “Movimento 26 de
Julho”. Fidel comandava a oposição ao regime ditatorial de Fulgêncio Batista e
planejava o retorno a Cuba para derrubar o governo pró-imperialista ianque. No
dia 25 de novembro de 1956, 82 homens partem a bordo do velho iate Granma. Era
o início da Revolução Cubana. No dia do aniversário de Fidel Castro declaramos
que para nós trotskistas defender o Estado Operário burocratizado cubano das
investidas do imperialismo hoje significa preparar a revolução política na Ilha
para assegurar as conquistas sociais existentes no Estado operário, ameaçadas
pelo bloqueio econômico e a pressão pela restauração capitalista. A LBI
aproveita as comemorações dos 90 anos de aniversário de Fidel Castro para
reafirmar a defesa incondicional da ilha operária e de suas conquistas
históricas rechaçando a ofensiva imperialista através do bloqueio econômico e
da política de “reação democrática” levada acabo no último período por Obama ao
mesmo tempo em que polemiza com a orientação programática adotada pela
burocracia castrista, em que esta ataca uma série de direitos históricos dos
trabalhadores com o objetivo de avançar o processo de restauração capitalista.
A melhor forma de respeitar a trajetória militante de Fidel é responder as
investidas do imperialismo ianque, chamando a classe operária em nível mundial
a derrotar o imperialismo e não apoiando a política de “coexistência pacífica”
com a Casa Branca e a Igreja Católica. Orgulhamo-nos de em meio à ofensiva
mundial do imperialismo contra Cuba e outros regimes políticos que são alvo da
sanha guerreirista da Casa Branca, como a Síria e o Irã, estarmos na linha de
frente do combate internacionalista para derrotar as grandes potências
capitalistas, inclusive em unidade de ação com o PC cubano diante dos ataques
do pior inimigo dos povos, o imperialismo. Desde a trincheira de luta da defesa
do Estado operário cubano, fazemos o combate programático e político pela
construção na Ilha operária de uma autêntica direção revolucionária para o
proletariado.
Lembramos que por ordem do então presidente “democrata”
Kennedy, a Casa Branca suspendeu em 1962 as relações comerciais com o Estado
operário cubano, além de proibir linhas de crédito e vários outros tipos de
intercâmbios. A medida era uma retaliação às nacionalizações de empresas
norte-americanas e às crescentes relações com a URSS. Essa política tem sido
levada a cabo até hoje, sendo renovada sistematicamente por outro “democrata”,
Obama, pondo assim um fim às ilusões da burocracia castrista que acreditou
inicialmente que este alteraria as relações políticas entre Cuba e os EUA.
Hoje, o bloqueio é usado como fonte de forte pressão para impor dificuldades
econômicas ao povo cubano e, ao mesmo tempo, serve de chantagem para o
incremento da abertura capitalista por parte da direção do PCC, opositora do
programa trotskista da revolução permanente. Com a liquidação
contrarrevolucionária da URSS, os efeitos do bloqueio econômico ianque se
fizeram sentir ainda mais ferozmente. A derrubada do Muro de Berlim e a
liquidação da URSS entre os anos de 89-91, saudada como um “avanço ao
socialismo” por grupos revisionistas como a LIT/PSTU, forçou o castrismo a
adotar uma série de medidas de mercado para incrementar a atividade econômica
na Ilha. Até então a ilha mantinha 85% de seu intercâmbio econômico e comercial
com a URSS. Com o fim do Estado operário soviético Cuba deixa de receber
abruptamente 14 milhões de toneladas de combustível ao ano a preço abaixo do
mercado mundial, quando a produção nacional chegava a no máximo 500 mil
toneladas anuais. O desaparecimento das condições vantajosas do comércio de
Cuba com o Leste europeu e, fundamentalmente, com a URSS fez caírem as
exportações cubanas em mais de 70% em apenas três anos, entre 1989 e 1993. Como
produto dessa situação 1/3 do PIB caiu, dividido na redução de 50% da produção
da agricultura, 30% da indústria e 70% da construção civil. Em resposta à Lei
de Torricelli e a Lei Helms-Burton que reforçaram o bloqueio econômico, o
governo cubano aprovou a Lei de Inversões Estrangeiras, em 1995, que
flexibilizou o monopólio do comércio exterior, permite investimentos do capital
estrangeiro em ramos centrais da economia, autoriza a remessa integral dos
lucros e dissolveu a Junta Central de Planificação, órgão responsável pela
planificação da economia no Estado operário.
Inicialmente Fidel Castro escondeu a nocividade destas
medidas e buscou identificá-las com a NEP de Lenin, quando na verdade sua
política não estava baseada na expansão da revolução mundial, como podemos ver
claramente nas relações que Cuba estabelece com o chavismo, apoiando o
“presidente bolivariano” em sua política nacionalista-burguesa de não-ruptura
com o modo de produção capitalista, como fez anteriormente com a Nicarágua de
Daniel Ortega. Hoje esta orientação está clara nas resoluções do VI Congresso
do PCC, condensadas nas palavras de Ricardo Alarcón, presidente da Assembleia
Nacional do Poder Popular: “O socialismo não é a propriedade pública de todos
os meios de produção. A luta política e nosso próprio voluntarismo conduziram a
exageros no passado, que precisam ser retificados. Não podemos mais compreender
o empreendedorismo privado, sob controle do Estado, apenas como uma concessão
temporária. Essa atividade deve ter seu lugar em nosso modelo socialista. Para
essa tarefa, precisamos entender qual o socialismo possível, capaz de trazer
desenvolvimento e prosperidade para as novas gerações. Não temos medo de
criticar nossos próprios erros, pois não há outra forma de construir um projeto
histórico de nação.” (Opera Mundi, 08/02). Ao contrário dessa apologia a
abertura feita pela direção castrista, que ataca direitos históricos dos
trabalhadores, os genuínos trotskistas não escondem por um só momento a
angustiante realidade por que passa Cuba, produto da própria etapa
contrarrevolucionária aberta com o fim da URSS e da ação da burocracia
parasitária.
A burocracia castrista instalada na cabeça do Estado
operário cubano optou por um caminho de sucessivas concessões políticas ao
imperialismo ianque, ainda que mantendo as principais bases da economia
socializada. Com a eleição da ala “democrata” do império em 1992 (Clinton), o
próprio Fidel Castro alimentou enormes expectativas na melhoria do
relacionamento político com os ianques, o que resultou em um retumbante
fracasso, levando inclusive ao relaxamento de normas de segurança que
facilitaram a prisão de militantes dos serviços de inteligência cubana em
Miami, como atesta o recente livro do escritor “progressista” Fernando Morais
(Os últimos soldados da Guerra Fria). Alimentando ilusões no governo do Partido
Democrata de Bill Clinton, em 1998 Fidel Castro pediu que Gabriel Garcia
Marquez se encontrasse com o presidente ianque para entregar-lhe um dossiê
organizado pelo serviço de inteligência cubana que atuava secretamente nos EUA
em que denunciava a ação de terroristas na Flórida. Longe de combater os
agentes da reação interna, Clinton ordenou que a CIA e o FBI montassem uma
operação de “guerra” contra Cuba, resultando na prisão dos chamados “5 Heróis
cubanos”. Com a posse de Obama, o “fenômeno” da empatia dos stalinistas cubanos
com os carrascos “democratas” se repetiu. Nunca é demais lembrar que Cuba
chegou a demonstrar inicialmente simpatia com os “rebeldes” monárquicos da
Líbia. Somente quando se delineou a intervenção militar da OTAN, Fidel percebeu
que o “conto” da tal “revolução árabe” estava voltado a dar uma cobertura
“humanitária” a mais uma invasão ianque, e o que é pior, o próximo alvo
“democrático” do imperialismo poderia ser a própria Cuba! Os “ziguezagues” do
castrismo diante da ofensiva mundial do imperialismo ianque colocam em risco a
defesa das conquistas históricas da revolução cubana, que mesmo debilitadas por
um bloqueio criminoso, permanecem socialmente vigentes para o proletariado da
ilha operária. Agora o mesmo se repete com a aproximação entre os EUA e Cuba
pelas mãos de Obama.
A opção do imperialismo ianque em um futuro breve é fomentar
a “reação democrática”, ou seja, minar as bases do Estado operário “por
dentro”. As bases materiais da divisão da burocracia são as próprias relações
comerciais de Cuba com os Estados capitalistas que fortalecem no interior da
camarilha burocrática a tendência a que em pouco tempo um setor desta rompa com
o aparato central do castrismo e se lance em luta aberta pela restauração
capitalista do Estado operário. Esse perigo torna-se ainda maior diante da
avançada idade de Fidel e Raul Castro. Por essa razão, a burocracia castrista
tenta aparentemente copiar parcialmente a “via chinesa” de restauração
capitalista, em um processo ordenado e centralizado de medidas que, levadas a
frente sob seu controle político, avançam o ritmo da restauração capitalista.
Para os Marxistas Revolucionários faz-se necessário hoje,
quando comemoramos os 90 anos de Fidel, enfrentar o “abraço de urso”
restauracionista que Obama e o Papa Francisco desejam impor ao Estado Operário
com a redobrada defesa da revolução e das conquistas sociais frente à “nova”
tática do imperialismo ianque. A destruição do Estado operário cubano seja pela
via da agressão militar ou da contrarrevolução “democrática” como deseja Obama
e o Papa, inspirada na farsesca “revolução árabe” apoiada por todo arco
revisionista, não por acaso os mesmos canalhas de “esquerda” que clamam pela
“derrubada da ditadura dos irmãos Castro”, representará uma enorme derrota para
o proletariado da América Latina, abrindo um período sem precedentes de avanço
imperialista. Por isso, nossa resposta nesta data comemorativa continua sendo a
defesa incondicional de Cuba e das conquistas da revolução!