LEIA O EDITORIAL DA EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL LUTA OPERÁRIA, Nº 311
Dedicamos esta Edição Especial do Jorna Luta Operária de
Agosto a homenagear o grande chefe da revolução Bolchevique, Leon Trotsky. Não
se trata de um “mero” ato de reverência política ou humana, mas sim do sincero
reconhecimento militante do valor revolucionário de sua vida e da sua
trajetória comunista por nossa corrente política que reivindica e aplica na
práxis, dentro de suas modestas forças, o legado do velho dirigente
bolchevique, mesmo sofrendo por isso muitas vezes o isolamento político e o
ataque vil da burguesia, dos reformistas e revisionistas, estes últimos cada
vez mais adaptados a defesa da democracia como “valor universal”. Ainda jovem
Trotsky dirigiu o Soviete de Petrogrado, depois foi fundador do Exército
Vermelho, comandante da Revolução de Outubro ao lado de Lênin e de outros
camaradas valorosos. Após ser derrotado na luta interna pelas condições
históricas adversas e por limitações políticas, ele foi expulso da URSS,
percorreu o planeta na condição de opositor de esquerda da burocracia soviética.
No México, última parada de seu “exílio”, lutou com as armas que tinhas às mãos
para construir a IV Internacional, sendo assassinado em 21 de agosto de 1940
por ordem da KGB por defender a revolução mundial em oposição à tese do
“Socialismo em um só país” aplicada por Stálin mundo afora, responsável por
sabotar e derrotar levantes proletários em nome da coexistência pacífica com o
imperialismo. O assassinato de Trotsky não foi um mero "acidente"
conspirativo ou policialesco, embora tenha todos os ingredientes de uma trama
bem urdida, foi uma consequência trágica das próprias fragilidades da recém
fundada IV Internacional. Trotsky estava
plenamente consciente de seu completo isolamento político, inclusive no interior
das próprias fileiras "trotsquistas", chegou a discutir com sua
companheira Natalia Sedova a possibilidade do suicídio físico de ambos, longe
de ser uma medida de desespero pessoal seria o último ato político para evitar
a rendição diante da contrarrevolução. A jovem organização internacional que
fundara não parava de sofrer baixas em seus quadros, apesar dos gigantescos
acertos programáticos a conjuntura mundial da luta de classes era extremamente
desfavorável, Trotsky foi obrigado a recorrer a militantes sem nenhuma
experiência política e de pouquíssima
trajetória militante. A III Internacional de Stalin colhia todo o
prestígio da URSS no período anterior à II Guerra, mesmo com todas as traições
possua milhões de militantes em todo o mundo em franco contraste com apenas uma
dezena de militantes da IV Internacional. Porém para Trotsky o critério
numérico ou do imenso aparato stalinista não seria motivo para estabelecer sua
derrota ou falência política diante de Moscou, decidiu correr os imensos riscos
do isolamento e seguir em frente na construção molecular da IV Internacional,
consciente que pagaria com a própria vida por sua ousadia revolucionária. Os
jovens militantes que o cercavam no México não tinham o menor preparo para
defender a vida do chefe bolchevique, os simpatizantes políticos mais
reconhecidos, como o casal Rivera e Frida, sucumbiram diante da pressão e
também traíram Trotsky colaborando com o Stalinismo. A vida do "velho" dirigente estava por um fio em sua fortaleza de Coyacan, a
infiltração de agentes de Moscou no interior da IV internacional foi uma
operação relativamente fácil de implementar, primeiro um "militante
segurança" da sede/residência localizada em um subúrbio da cidade do
México facilitou a entrada de atiradores, Trotsky escapou por pura sorte a uma
saraivada de tiros em seu próprio dormitório. Logo após ao atentado, ficou
evidente que a disposição de Stalin era pela liquidação física do seu principal
opositor no campo do movimento comunista internacional, mas as parcas forças da
IV Internacional eram incapazes de estabelecer uma reação diante da crônica
anunciada pelo Kremlin. O inseto sicário Ramon Mercader, outro infiltrado
"simpatizante", não teve grandes dificuldades de conviver de perto
com o gigante bolchevique e desferir um golpe mortal contra o proletariado
mundial em 20 de agosto de 1940. Trotsky tombou firme de pé, não abriu mão e
tampouco "flexibilizou" seu projeto socialista da revolução
permanente apesar de estar reduzido à meia dúzia de colaboradores fiéis que por
condições óbvias não poderiam fazer frente ao poderio organizativo de centenas
de partidos comunistas que aglutinavam
em cada país milhares de militantes. Passado quase um século de sua morte, os
genuínos Trotskistas guardam uma lição histórica do nosso inesquecível mestre
bolchevique: Mesmo isolados e ridicularizados pela escória revisionista que
abraçou a democracia, resistir até o
limite físico de nossas forças políticas para seguir em frente na reconstrução
do Partido Bolchevique e da IV
Internacional. Não temer arriscar a própria vida na luta pelos princípios
revolucionários, o único medo possível é o da vergonha de capitular e abandonar
o Trotskismo!
EDITORIAL
Trotsky Vive!
NA LUTA PARA DERROTAR A CONTRARREVOLUÇÃO E O REFORMISMO
Levantamos a bandeira da IV Internacional para honrar o vivo
legado de nosso chefe bolchevique!
TROTSKY ONTEM E HOJE
Legado do "Velho" camarada segue vigente para
enfrentar a ofensiva da contrarrevolução mundial!
EM DEFESA DO TROTSKISMO
Se estivesse vivo, Trotsky combateria os “Burnham e
Shachtman” de hoje, que apoiam os “rebeldes” pró-OTAN na Líbia e na Síria em
nome da farsesca "Revolução Árabe”
IV INTERNACIONAL
Uma história de princípios e fragmentação revisionista
PELA RECONSTRUÇÃO DA IV INTERNACIONAL
Em defesa da concepção leninista do Partido Revolucionário
TROTSKY, 1905 E O “ENSAIO GERAL” DA TOMADA DO PODER PELOS
BOLCHEVIQUES EM 1917
A vigência da criação dos Sovietes e o armamento do
proletariado
AS LIÇÕES DE OUTUBRO
A luta contra o revisionismo do marxismo em nossos dias
MARXISMO HOJE
Desafios do leninismo para enfrentar a etapa da
contrarrevolução em pleno Século XXI
ASCENSÃO E QUEDA DA FRENTE POPULAR
Um combate de princípios para os revolucionários, uma
traição vergonhosa para os revisionistas
NAHUEL MORENO
Uma trajetória de contradições marcada pelo revisionismo
“COMITÊ DE LIGAÇÃO” LIT-WRP
Explode a tentativa de uma fusão sem princípios
PIERRE LAMBERT
A versão social democrata do liquidacionismo pablista da IV
Internacional
ERNEST MANDEL
A segunda morte do revisionismo