terça-feira, 30 de agosto de 2016

DILMA SE DEFENDE NO SENADO REAFIRMANDO SUA POLÍTICA NEOLIBERAL E CONVOCANDO NOVA ALIANÇA COM O "PMDB DO BEM": ESQUERDA REVISIONISTA OVACIONA "CORAGEM" DA PRESIDENTA QUE ATACOU "SEM MEDO" OS TRABALHADORES E SUAS FAMÍLIAS


Dilma foi ao Senado realizar sua defesa e não dissimulou o que pensa, fez apologia uma apaixonada da Lei de Responsabilidade Fiscal e do seu covarde "ajuste" contra os trabalhadores e suas famílias, chegando mesmo a criticar o PT por não ter votado a favor da LRF em 1994. A presidenta jogou a responsabilidade da crise nacional que cruzou o início do seu segundo mandato na conta da "pauta bomba" da Câmara dos Deputados, ou seja, na votação de uma série de aumentos salariais aprovados para várias categorias do funcionalismo federal que estavam com os salários congelados há vários anos. Dilma não parou por aí, questionada por um senador do PDT se novamente governaria com o PMDB de Temer e Cunha não poupou elogios ao que chamou de "centro democrático e progressista", lamentando que algumas lideranças deste "centro" teriam caminhado rumo ao "conservadorismo". Logo na sequência elogiou o "PMDB do Bem", possivelmente nas figuras do patife Renan e da latifundiária Katia Abreu entre outros tantos... A presidenta elogiou a "Constituição Cidadã de 88" como uma obra de Ulisses e Sarney, omitindo cinicamente que o seu atual partido além de boicotar o Colégio Eleitoral que pariu a "Nova República", não referendou a tal "Constituição Cidadã" por considerá-la um projeto conservador de manutenção do velho "status quo" de dominação burguesa. Por sinal esta Constituição tão reverenciada por Dilma é a mesma que consagrou o atual regime bastardo "semiparlamentarista" que determina o consórcio de legendas burguesas no Congresso como um "co-governo" de fato para conseguir a aprovação de qualquer medida estatal, em síntese o Presidente da República é eleito por maioria de votos mas tem que governar (para aprovar uma diretriz básica) com uma matilha de legendas no parlamento, caso contrário poderá sofrer o impeachment por qualquer banalidade contábil. Lamentável demagogia "democrática" vindo de uma governante que cerceou abertamente as liberdades e reprimiu violentamente o movimento de massas, aprovando inclusive uma "Lei Antiterrorismo" contra os movimentos sociais. Porém a esquerda integrada ao regime burguês "foi ao delírio" com as intervenções de Dilma no Senado, desde os setores abertamente "chapa branca" como o PCO até os agrupamentos "MAIS" críticos... : "Dilma fez um contundente discurso no Senado. Nomeou o impeachment de ‘golpe parlamentar’. Acusou o governo Temer de ‘usurpador’ e ‘ilegítimo’. Denunciou a PEC 241 que visa congelar os gastos com saúde e educação por 20 anos e alertou sobre os planos de Temer para retirar direitos trabalhistas previdenciários”, assim pontuou o site do “tristonho” Prof. Valério Arcary, mostrando o quanto são a "Quinta-Coluna" da Frente Popular. A lista dos que se emocionaram com o discurso neoliberal de Dilma segue com o MRT, recém aderente as candidaturas burguesas do PSOL: "Dilma falou ao Senado ontem um discurso duro contra golpe, a hipocrisia do parlamento e Michel Temer" (site Esquerda Diário). Já o venal e corrupto PCO falou assim de sua patroa: "Dilma será lembrada como uma mulher que não abaixou a cabeça diante da injustiça do golpe", só esqueceram de nominar as injustiças cometidas pela presidenta quando cortou a pensão de viúvas e reduziu drasticamente os benefícios de auxílio enfermidade do INSS. Não seria demais lembrar a esta esquerda revisionista tão comovida com as palavras finais de Dilma no Senado que foi seu governo que propôs privatizar a BR distribuidora e alterar a Lei de Partilha do Pré-sal, iniciativas prontamente abraçadas pelo golpista Temer, agora seu ex-vice de outrora "total confiança".... Nós Marxistas não choramos, como fez seu defensor Eduardo Cardoso, pelo mandato de Dilma, respeitamos seu passado de guerrilheira porém alertamos que há muito se passou para o campo da burguesia, assim como o tucanalha Aluizio Nunes. O PT deixou de ser há bastante tempo um "partido dos trabalhadores", hoje representa os interesses de um segmento de esquerda da burguesia nacional, assim como o PSDB sintetiza a direita mais reacionária e entreguista das classes dominantes. Dilma Rousseff já não é mais uma de nossas combatentes, nem pela causa do socialismo e tampouco na luta pelas liberdades democráticas de nosso povo!