BOMBARDEIO SOBRE ALEPPO: “MAIS” UM GRUPO CANALHA
REVISIONISTA A SERVIÇO DA CIA, DO PENTÁGONO E DA OTAN!
A imagem dramática de uma criança sangrando na cidade síria
de Aleppo, após ter escapado de uma explosão, vem servindo de
propaganda para o imperialismo, seus meios venais de alienação de massas e os
revisionistas do trotskismo atacarem o governo nacionalista de Bashar Assad e
seu aliado russo, Vladimir Putin. Todos em uníssono “murdochiano” acusam as
forças armadas da Síria e da Rússia de serem responsáveis pela destruição da
cidade e dos mortos civis, terem bombardeado duramente o vilarejo deixando um
rastro de sangue. A CIA, a OTAN e o Pentágono, mestres em promover essa
propaganda de guerra para manipular a chamada “opinião pública” mundial em
favor dos interesses das grandes potências capitalistas agradecem aos grupos de
“esquerda” que se somam a essa cantilena enganosa a serviço de resguardar os
“rebeldes” que vinham sendo derrotados em Aleppo! O “MAIS”, ruptura recente do
PSTU, debutou no cenário internacional na condição de papagaio de Obama e do
imperialismo ianque, reproduzindo a versão espalhada pela FOX, NBC, CNN e
afins: “A imagem de um pequeno sobrevivente, com olhar perdido e rosto
ensanguentado, lembrou ao mundo o desespero da aparentemente interminável
guerra civil síria. Omran Daqneesh, de cinco anos, estava na traseira de uma
ambulância no bairro de Qaterji, localizado no coração da zona rebelde de
Aleppo. Ele sobreviveu a mais um ataque aéreo na campanha dirigida por Vladmir
Putin, Bashar Al-Assad e a República Islâmica do Irã contra a insurreição
popular árabe, produto do processo revolucionário aberto no Egito em janeiro de
2011” (Esquerda On Line, sítio do MAIS, artigo "Vida e morte sob os céus de
Aleppo", 18.08). Em resumo para esses calhordas, os membros do “Eixo do Mal”
(Rússia, Síria e Irã) como Bush intitulou tais países, atacou de forma vil
os “rebeldes” combatentes da democracia e matou mulheres e crianças inocentes
que agora precisam de ajuda e socorro urgente! Os estúdios de Hollywood não
poderiam produzir um roteiro tipo “Rambo” tão a gosto da Casa Branca. Esses
canalhas revisionistas seguem a linha do PSTU-LIT de estabelecer uma frente
única com Obama contra o regime de Assad, principal inimigo fronteiriço do
enclave sionista, em nome da defesa da “Revolução Árabe”, inclusive apoiando os
grupos terroristas da Frente Al-Nursa e do Estado Islâmico no combate as forças
armadas sírias. Para não deixar dúvidas do campo político e militar em que se
encontra, o “MAIS” não vacila em afirmar descaradamente: “Mesmo com todas as
necessárias críticas aos rebeldes que lutam contra Assad, a batalha pela
libertação síria do regime Assad e do domínio russo é causa justa. E mesmo que
os anseios por dignidade e liberdade, que abasteceram a primeira fase do
levante e foram esmagados por Damasco pela militarização do confronto pareçam
ter sido uma miragem distante, é no campo militar dos rebeldes em que podemos
localizar” (Idem). Em resumo, estamos ao seu lado contra Assad e Putin, nos
somamos aos esforços da OTAN, da CIA e do Pentágono em apoio a seus “guerreiros
da liberdade”! Ressaltamos que apesar de numa guerra haverem baixas civis
quando as forças em conflito ocupam cidades e batalham em seus entornos, como é
o caso de Allepo dominada pelo EI e outros grupos “rebeldes” (que inclusive
usam os civis como escudos humanos), a aviação síria e russa não bombardeou as
instalações em que se encontrava o menino Omran Daqneesh. Trata-se mais uma
farsa montada pela grande mídia imperialista sob as ordens do Departamento de
Estado ianque e reproduzidas pelos seus papagaios de “esquerda” como o “MAIS” justamente
no momento em que as forças armadas sírias e russas estavam derrotando o EI em
todo o país. O Ministério da Defesa russo publicamente negou relatos de vários
meios de comunicação ianques e europeus sobre um suposto bombardeio da cidade
síria de Aleppo. Lembrou que sua Força Aérea na Síria não bombardeia alvos em
cidades e áreas povoadas: “Temos enfatizado várias vezes que os aviões da Força
Aérea da Rússia em operação na Síria nunca apontam contra alvos em áreas
povoadas. Esta regra é ainda mais relevante em relação ao distrito Qaterji de
Aleppo, que está localizado perto de áreas abertas recentemente para resgate da
população civil” insistiu o porta-voz da Defesa russo Ministério Igor
Konashenkov. O porta-voz do Ministério salientou ainda que o dano não
corresponde ao de um ataque aéreo. “Se houve uma explosão não foi causada por
um ataque aéreo foguete: em vez danificar os danos foram provocados pela
explosão de um cilindro de gás ou uma mina (como comumente usado por
terroristas EI)” (Russia Today, 19.08). A prática é generalizada entre os
jihadistas que tentam impedir a entrega de ajuda humanitária à população civil.
Ele por fim lamentou “Todas as crianças que estão em áreas sob controle
terrorista em situação crítica representam uma tragédia. O fato de alguns
usá-las cinicamente para atacar a Rússia como objetivo de propaganda é um
crime” (Idem). Na verdade a Rússia e o governo sírio estabeleceram corredores
para a população civil sair da zona de guerra, mas os "rebeldes" impedem sua saída.
Como se observa, a imagem da criança “bombardeada” vem sendo usada como
propaganda de guerra para legitimar uma nova ofensiva militar contra a Síria
após várias derrotas impostas ao EI pela aliança entre Putin-Assad. O “MAIS”
vergonhosamente soma-se esse cínico engodo “made in CIA” para melhor justificar
sua adesão à frente única com o imperialismo democrata contra o “ditador” sírio.
Esclarecemos que os Marxistas Leninistas nunca nutrimos a menor simpatia
política pelo regime da oligarquia burguesa de Assad, porém declaramos
abertamente e sem dissimulações que temos um “lado” na guerra civil da Síria, o
nosso campo é frontalmente oposto aquele que o imperialismo e seus “amigos”
apostam suas “fichas”. Impedir que a OTAN abra um corredor militar desde a
Síria, passando pelo Líbano, para atacar o Irã, é neste momento a tarefa
central da classe operária internacional em seu combate revolucionário e
anti-imperialista. No campo oposto, o “MAIS”, o PSTU e a LIT estão ao lado dos
mercenários “rebeldes” terroristas e da contrarrevolução, são adversários das
nações atrasadas atacadas pelo imperialismo e da política nos legada por Trotsky!
Não esqueçamos que desde o início do conflito na Síria, a
LIT, corrente internacional que o “MAIS” se apresenta como “simpatizante”
depois que rompeu com o PSTU, se coloca ao lado dos “rebeldes”, armados pelas
potências imperialistas e Israel, contra o governo de Assad. Até aí nenhuma
surpresa! O que chama atenção é que os Morenistas também reivindicam dos EUA,
da União Europeia e seus títeres mais armas pesadas para os “rebeldes amantes
da democracia”: “É necessário exigir de todos os governos do mundo, começando
por aqueles países da região que são parte da revolução, como Egito, Tunísia e
Líbia, que rompam relações diplomáticas e comerciais com a ditadura de Assad e
que enviem aviões, tanques e armas pesadas, medicamentos, alimentos e todo tipo
de apoio material para as milícias rebeldes, para que estas possam derrotar e
acabar com este regime que oprime o povo sírio” (Cercar a Revolução Síria com
solidariedade ativa - Suplemento Correio Internacional, 22/05/2013). Trata-se
de um verdadeiro chamado à intervenção militar na Síria em socorro aos
“rebeldes” não só pelos exércitos controlados pelo Pentágono no Oriente Médio e
Norte da África (Egito, Líbia e Tunísia), mas pelo próprio imperialismo, já que
“todos os governos do mundo” obviamente inclui EUA, Israel, França, Inglaterra
e Itália!!!
Ao mesmo tempo em que conclama o imperialismo agredir a
Síria ainda com mais intensidade, a LIT ataca violentamente o Hezbollah, assim
como denuncia o apoio dos governos da Venezuela e Irã ao governo de Assad, também
alvos da ofensiva neocolonialista da Casa Branca. Segundo os morenistas, “A
contraofensiva do regime, que parecia esgotado e amargurava uma série de
derrotas pontuais, baseia-se em um elemento novo e de muita importância
política e militar: a entrada de forma aberta e contundente dos combatentes do
Hezbollah, a partido-milícia xiita libanês, no campo militar da ditadura síria.
Desta forma, o Hezbollah, que conseguiu uma importante autoridade e admiração
de milhares de ativistas em todo o mundo por ter derrotado a invasão de Israel
ao Líbano em 2006, na guerra civil síria está cumprindo um papel literalmente
contrarrevolucionário, colocando toda sua autoridade política e seu poder
militar a serviço da sustentação da ditadura da família Assad. Este elemento
leva-nos a reafirmar uma conclusão: a esta altura da guerra civil, a ditadura
mantém-se no poder fundamentalmente devido ao apoio externo que recebe, como é
sabido, não só do Hezbollah, mas também do regime teocrático e reacionário do
Irã, que lhe proporciona mísseis e especialistas militares; da Rússia, que lhe
provê armas modernas e dispositivos antiaéreos, além de todo o trabalho
diplomático e o peso de sua base naval em Tartus; e de países como a Venezuela
governada pelo chavismo, que lhe fornece uma parte do combustível utilizado
pela aviação do regime para bombardear os rebeldes e a população civil” (Idem).
Como se observa, trata-se de uma política de completo alinhamento político e
militar destes revisionistas canalhas aos planos belicistas do Pentágono, sem
meias palavras.
O ataque da LIT, do PSTU e do "MAIS" ao Hezbollah,
assim como ao Irã, Rússia, Síria e a Venezuela, enquanto os morenistas chamam
os EUA e o gendarme de Israel a apoiarem os mercenários sírios, é uma prova
contundente de que estamos diante de uma força política corrompida política e
materialmente que se passou de malas e bagagens para o terreno da
contrarrevolução! Não por acaso, o artigo da LIT declara que “O processo na
Síria é principal confronto da revolução e da contrarrevolução mundial hoje” e
prognostica: “Nestes momentos em que o regime de Assad empreende uma brutal
contraofensiva com a colaboração do Hezbollah e com armas e assessores
militares do Irã e da Rússia, baseada em ações genocidas contra o povo sírio,
como os massacres atrozes e o uso de gases tóxicos, reiteramos que não existe
tarefa mais urgente do que envolver com todo o apoio e solidariedade ativa a
causa da revolução síria. Trata-se do principal confronto, atualmente, da
revolução e da contrarrevolução mundial. Uma vitória ou uma derrota na Síria
teriam impactos muito fortes na região do Oriente Médio e no mundo” (Suplemento
Correio Internacional, 22/05/2013). De fato, uma vitória do imperialismo na
Síria após destruição da Líbia pela OTAN, que depois do assassinato de Kadaffi
encontra-se totalmente sob o controle das transnacionais do petróleo, consolida
uma etapa de aberta ofensiva imperialista mundial contra os povos que se
aprofunda desde a queda do Muro de Berlim e da liquidação da URSS. Nesse sentido,
os planos de Obama contra a Síria e o Irã fazem parte de uma estratégia global
para a transição em 2016 para uma gestão com traços cada vez mais fascistas sob
o comando da víbora Clinton. A LIT cinicamente ainda lamenta a suposta timidez
das grandes potências capitalistas no tratamento ao governo sírio, reclamando
“em que pese algumas declarações formais contra a violenta repressão, a ONU e
os países imperialistas, especialmente os EUA, silenciam diante deste
verdadeiro ‘banho de sangue’”. Para a LIT, não basta condenações formais,
pressões diplomáticas, sanções econômicas, ataques terroristas que geram
terríveis consequências ao povo sírio, é preciso agir, ou seja, intervir já
militarmente “contra a ditadura Assad”, assim como fizeram a ONU e a OTAN na Líbia.
Como nos ensinou Trotsky, em meio a uma guerra é necessário
tomar posição clara. O MAIS, o PSTU e a LIT encontram-se no campo do
imperialismo, os revolucionários leninistas se postam incondicionalmente no
terreno das nações oprimidas atacadas, em frente única com os governos
burgueses e as forças populares que o apoiam, como o Hezbollah, mas com total
independência política diante deles. Até o momento não ocorreu uma intervenção
imperialista direta porque os EUA temem que esta ação desestabilize o conjunto
da região em um conflito de grandes proporções que saia do seu controle, com
uma nova guerra civil no Líbano, na Palestina e o maior envolvimento do Irã no
conflito. O proletariado mundial deve permanecer alerta à nova guerra de rapina
que o imperialismo prepara, e assim como ocorreu no Vietnã desencadear a mais
ampla solidariedade com os povos e nações atacadas pela besta imperial. Cabe
aos marxistas leninistas na trincheira da luta contra o imperialismo e pelas
reivindicações imediatas e históricas das massas árabes, postarem-se em frente
única com os governos das nações atacadas ou ameaçadas pelas tropas da OTAN e
combater os planos de agressão das potências capitalistas sobre os países
semicoloniais da região, desmascarando vigorosamente aqueles como o
"MAIS" que se camuflando de “esquerda” avalizam a sanha
neocolonialista do chacal Obama e seus sócios sionistas.