sábado, 1 de dezembro de 2018

ACABA ENCONTRO DO G-20 NA ARGENTINA: UMA CÚPULA DE CRISE CAPITALISTA QUE REVELOU QUEM DÁ AS ORDENS NO IMPERIALISMO MUNDIAL, OS YANKES! 


O G-20 realizado na Argentina foi o encontro de cúpula entre os representantes das potências capitalistas e as maiores semicolônias do planeta. O imperialismo Yanke demonstrou quem realmente manda na economia capitalista mundial. Apesar das “queixas” de Macron e outros governos imperialistas foi a linha de Trump a vitoriosa na cúpula da rapinagem internacional. Nesse encontro buscou-se uma base de acordo comum em meio as disputas interimperialistas na rapina sobre as semicolônias, o que não foi possível diante da política protecionista dos EUA em meio a disputa com a China, que vem aprofundando uma guerra comercial global. Por sua vez, há o incremento da ofensiva bélica mundial do imperialismo ianque, o que vem reduzindo o peso do imperialismo europeu, particularmente da França, com a China aparecendo como um ator econômico cada vez determinante nesse cenário. A burguesia imperialista ianque está consciente da gravidade da conjuntura mundial, em uma correlação de forças tendencialmente favorável à China, porém foi forçada a se utilizar de Trump como uma “ponte” necessária no sentido de espraiar o clima da “beira do abismo” com este palhaço reacionário que mais uma vez atuou no G-20. O discurso nacionalista de Trump sensibiliza os devastados pela crise econômica capitalista no maior mercado do mundo, porém não aglutina a elite financeira que pensa em contornar o colapso ianque justamente com a expansão da internacionalização do capital volátil nas colônias. Tentar escapar da crise econômica com o incremento do mercado interno nos EUA, é uma ilusão já há muito tempo foi descartada pela burguesia imperialista ianque quando iniciou o chamado processo de "globalização" em meados dos anos 90. A ofensiva neoliberal imperialista contra os povos e nações do planeta passará por cima de Trump como um trator desgovernado, deixando o terreno ianque preparado para um governo fascista que tenha pleno apoio político dos dois braços fundamentais da burguesia: a casta dominante financeira e os industriais da guerra. Juntos, cassino e armas, fundarão um novo partido político quebrando a hegemonia das duas alas (Democratas e Republicanos) do velho establishment ianque, mas para isto terão que forjar uma liderança carismática e de massas e não um velho palhaço reacionário. Por conta da disputa militar entre a Rússia e a Ucrânia que envolve a OTAN, Trump não se encontrou de forma reservada com Putin. Esse quadro senta as bases para o avanço de uma crise militar futura na região. A histeria social anti Putin desatada no interior dos EUA é apenas uma cortina de fumaça para deixar o imperialismo ianque de "mãos livres" (sem competidor bélico global) em sua escalada de ataques a povos e nações oprimidas.  O G-20 também serviu para mostrar a disputa econômica entre a China e o EUA. A China, no curso do processo de restauração capitalista, vem se transformando na verdade no maior entreposto comercial e industrial do mundo, uma grande consumidora de commodities e é nisto que consiste a sua “exuberância” econômica. Caracteriza-se por ser uma economia semicolonial com fortes induções estatais, remanescentes da herança stalinista. Em suma, por maior que seja o crescimento do PIB chinês, a hegemonia militar em todo o planeta ainda se concentra plenamente nas mãos da Casa Branca, sendo apenas um “sonho” da China converter-se em uma superpotência capitalista. Nesse sentido “a via chinesa” de restauração capitalista como vemos reafirmada por Xi Jinping é um processo lento, ordenado e centralizado de medidas que, levadas a frente sob o férreo controle político do PPCh, avançam o ritmo da restauração capitalista para se fortalecer futuramente como contraponto militar e econômico ao imperialismo ianque. Por fim a reunião do G-20 deliberou por redobrar os controles nas fronteiras e nos aeroportos em uma clara repressão aos refugiados das guerras e conflitos provocados pelo imperialismo no Oriente Médio e Norte da África. Esta escada de cunho fascistizante tem o apoio dos EUA e dos membros da OTAN. Essa reunião do G-20 reafirmou que o imperialismo ianque dispõe sem sombra de dúvida do maior e mais avançado aparato bélico do planeta, são capazes de devastar as forças militares de um país sem sequer precisar “sujar” as botas de seus Marines em solo inimigo, como aconteceu recentemente na Líbia. O aprofundamento da política de forte corte orçamentário em gastos sociais, a elevação da taxa de desemprego e aumento do déficit fiscal com a concessão de subsídios tributários a grandes empresas será a tônica da próxima etapa mundial como produto da velha receita neoliberal, claro com a mão de ferro de um regime de exceção planetário, ou seja, através de uma ditadura do capital, ao contrário de um suposto “paraíso democrático”. O impasse demonstrado na cúpula do G-20 reafirma que a única vereda para superar a agonia do capital e a barbárie social que dela decorre é a via da revolução socialista e a demolição violenta da atual sociedade de classes e edificar sobre seus escombros um novo modo de produção, o Socialismo.