Importante ato de vanguarda no RJ marca um ponto de inflexão na esquerda anti-OTAN em defesa da resistência nacional líbia e contra a ofensiva imperialista ao Irã e a Síria
Ocorreu nesta terça-feira, dia 29 de novembro, no centro do Rio de Janeiro, o ato em solidariedade à luta do povo palestino, contra a ofensiva imperialista a Síria e ao Irã e em defesa da resistência nacional líbia. Convocaram a atividade o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino-RJ, a LBI e o PCB, além de dezenas de membros da comunidade síria no Brasil. Cerca de 80 pessoas participaram do ato público que repudiou a ofensiva imperialista no Oriente Médio, apresentada pela “esquerda” pró-OTAN como a fantasiosa “revolução árabe”. A realização de um evento político anti-imperialista, nas escadarias da Câmara Municipal do RJ, marcou um ponto de inflexão da iniciativa dos setores da esquerda que não aceitam ter a OTAN como “aliada tática” na fraudulenta “revolução árabe”, pretexto inventado pela Casa Branca para intervir em países soberanos como a Líbia e agora Síria e Irã.
O porta-voz da LBI, Marco Antônio Queiroz, interveio no ato chamando a solidariedade com a resistência nacional líbia que, apesar de todas as dificuldades, ainda enfrenta os mercenários “rebeldes” do governo títere do CNT, apoiados pela OTAN e as potências estrangeiras. O companheiro denunciou que a agressão imperialista à Líbia foi a antessala da atual investida da Casa Branca contra a Síria e o Irã, sanha belicista que também está voltada a isolar a luta do povo palestino contra o enclave sionista, que treinou os “rebeldes” líbios através do Mossad em conjunto com o servil governo do Qatar.
A intervenção da LBI pontuou a necessidade da conformação de uma frente única de ação contra o imperialismo, mesmo delimitando as profundas divergências dos revolucionários com o governo burguês da oligarquia Assad ou com o regime nacionalista dos Aiatolás no Irã. O combate, como dizia Lênin, ao principal inimigo dos povos, o imperialismo, coloca como tarefa central dos genuínos revolucionários a derrota das tropas da OTAN e de seus “rebeldes” made in CIA que são apoiados por várias correntes revisionistas. Na mesma trincheira de luta anti-imperialista forjamos as condições para construir o partido comunista, independente das direções burguesas nacionalistas.
O fato de estarem presentes como correntes organizadas apenas a LBI e o PCB no importante ato realizado neste dia 29 no Rio de Janeiro, cujo eixo foi “Diga não à Guerra contra os povos da Síria, do Líbano, do Irã e da Palestina. Todo apoio a resistência nacional líbia”, revelou que diversas organizações da esquerda reformista (PCML, PCR, AND etc.), que reivindicam serem formalmente contra a intervenção OTAN negaram-se a intervir de fato no terreno concreto da luta de classes para denunciar a investida ianque contra os povos e nações oprimidas.
Em particular, chama a atenção a ausência do oportunista grupo carioca “CL”, que sabotou anteriormente a iniciativa da LBI, desmarcando duas vezes um ato em defesa da Líbia, para depois realizá-lo literalmente com “meia dúzia”, com objetivo exclusivo de atacar a LBI, que obviamente não caiu na provocação armada pelos pequenos aprendizes do revisionismo que até pouco tempo gritavam: “Viva os rebeldes” e “Abaixo Kadaffi”. A ausência das pequenas seitas oportunistas nas atividades reais do movimento é um traço indelével dos que estão em rota de fuga do programa da IV Internacional e da construção de um verdadeiro partido leninista, construído por revolucionários profissionais.
Os “Otanistas” do PSTU e do PSOL, que apóiam “uma ação enérgica e imediata contra a Siria” foram vigorosamente desmascarados por várias intervenções que denunciaram essa decomposta “esquerda” pró-OTAN, aliada aos mercenários “rebeldes” na Líbia e que seguem o mesmo script canalha na Síria e no Irã! Também o governo Dilma foi denunciado por apoiar as sanções da ONU contra a Síria sob o cínico pretexto de defender os “direitos humanos”, demonstrando o caráter servil da frente popular.
A LBI, que apesar de suas humildes e limitadas forças militantes, ajudou a convocar esta corajosa atividade internacionalista realizada em pleno centro do Rio de Janeiro, defende que se faz necessário não só denunciar a sanha neocolonialista em curso, mas também demarcar campo com esta “esquerda” pró-OTAN que não passa de correia de transmissão desta mídia burguesa “murdochiana”, postando-se como verdadeiros agentes da “transição democrática” conservadora orquestrada pela Casa Branca!