Ato político em frente
ao Consulado da Venezuela/RJ: LBI denuncia provocações fascistas contra governo
Maduro e defende o armamento popular para derrotar os agentes do imperialismo!
A militância da LBI se
fez presente no ato político contra as provocações fascistas ao governo Maduro.
A atividade ocorreu no final da tarde desta terça-feira (25/02) em frente ao
Consulado da Venezuela na capital fluminense localizado na Av. Presidente Vargas,
463, no centro do Rio de Janeiro. Cerca de 150 ativistas se fizeram presentes,
representando diversas correntes políticas entre elas o PCB, Esquerda Marxista
(PT), PCR, PCML/Jornal Inverta, Brigadas Populares, PCdoB, Levante Popular da
Juventude, MST e CTB. Ao final do ato, provocadores de direita ligados ao
fascista Jair Bolsonaro (PP) apareceram no local, mas logo se retiraram ante o
repúdio militante dos presentes que gritaram em viva voz que “Fascistas, não
passarão!”. Nem a CST e a LSR (PSOL), assim como a LER-QI e, muito menos, o
PSTU compareceram a atividade, o que reforça seu apoio velado às manifestações
da direita sob o manto da política supostamente abstencionista de “nem o MUD
nem Maduro”. A LBI usou o megafone disponibilizado no ato para defender em sua
fala a unidade de ação com o “chavismo” e as forças populares que o apoiam para
derrotar os golpistas. Desde já alertamos aos ativistas presentes que os
fascistas somente serão derrotados com o armamento popular e não por meio das
FFAA “bolivarianas” como assegura o governo Maduro, já que elas são o principal
sustentáculo de manutenção do Estado burguês. Frente a uma crise revolucionária
profunda, invariavelmente as forças armadas se colocam contra o movimento de
massas e em defesa da ordem capitalista como já vimos no Chile de Allende.
Todas as falas das
organizações políticas presentes, a exceção da LBI, saudaram a revolução
bolivariana e o chamado “Socialismo do Século XXI”, sem qualquer crítica. Nossa
corrente trotskista, ao contrário, pontuou que apesar de ter chamado a votar
criticamente em Maduro nas eleições presidenciais de 2013 não apoiava seu
limitado programa nacionalista burguês, que acabava por sua natureza de classe
por favorecer as investidas do fascismo. Esclarecemos, entretanto, que nossas
profundas diferenças com o “chavismo” jamais seriam motivos para não estar na
mesma trincheira de luta contra os agentes pró-imperialistas. Defendemos que os
trabalhadores se armem e formem milícias populares para garantir a permanência
de suas conquistas operárias e seus direitos sociais rumo à expropriação do
conjunto da burguesia. Nesse sentido, demos como exemplo a Ucrânia, onde a
covardia do governo Viktor Yanukovych possibilitou que as hordas fascistas
tomassem as ruas de Kiev e o depusesse. Um panfleto dedicado a esta questão foi
amplamente distribuído e debatido com os presentes pela militância da LBI.
O debate sobre a Ucrânia
esteve bastante vivo no ato em defesa da Venezuela. Nossa crítica marxista à
vergonhosa conduta do Partido Comunista da ex-replública soviética (PCU), que
não mobilizou os trabalhadores para barrar o golpe da direita que depôs Viktor
Yanukovych, jogando todas suas expectativas na ação das forças policiais,
serviu como alerta no ácido debate sobre o que vem ocorrendo na pátria de Hugo
Chávez. O fato das tropas de elite das FFAA da Ucrânia terem pedido desculpas
públicas ao “novo” governo golpista e aos fascistas, demonstra bem que sob as
FFAA tanto de lá como da Venezuela não podem repousar ilusões democráticas ou
“constitucionalistas”. Ao mesmo tempo o “acordo” que Yanukovych havia assinado
dias antes, no qual ele fazia enormes concessões à direita, foi jogado no lixo
assim que esta se sentiu fortalecida para impor o golpe. Este fato demonstra
que também os chamados de Maduro a uma “Conferência Nacional de Paz” com
participação da direita liderada por Henrique Capriles é o caminho para a
derrota na medida em que desmoraliza o movimento de massas. Capriles espera que
os fascistas ligados a López sangrem Maduro até o “referendo revogatório” que
se realizará em 2015 e se convoquem eleições antecipadas onde o MUD saia
vencedor. Trata-se de uma clara divisão de tarefas orquestrada pelo
imperialismo!
Ao final do ato,
provocadores fascistas ligados ao deputado Jair Bolsonaro apareceram em frente
ao Consulado da Venezuela, mas foram rechaçados pelos presentes. Da mesma forma
como fizemos no ato do Rio de Janeiro deste dia 25/02, o proletariado
venezuelano deve responder à reação fascista com uma demonstração de força em
defesa da ampliação das conquistas sociais da classe operária e de repúdio aos
golpistas, forjando no calor da batalha um programa genuinamente comunista de
completa ruptura com o nacionalismo burguês. A vanguarda classista deve
protagonizar ações diretas, contemplando uma plataforma de ocupações de
fábricas, nacionalizações de grupos econômicos sob o controle dos trabalhadores
e socialização do latifúndio. A tarefa que se impõe nesta polarizada
conjuntura, acompanhando a evolução política das massas, é a construção do
partido operário revolucionário, única forma de combate consequente ao Estado
capitalista, cabendo à vanguarda do proletariado adotar uma política de
“estimular” as tendências de radicalização do setor popular e camponês do
nacionalismo burguês para que se choque com os limites impostos pelo próprio
Maduro e a direção do PSUV a frente do governo!