Após as prováveis nomeações de Katia e Levy os falsos “tolinhos”
da “Esquerda Marxista” perguntam: Que governo é esse?
A tendência interna petista “Esquerda Marxista”, uma ruptura
política da corrente revisionista “O Trabalho”, recentemente estampou com
bastante “indignação” em sua página na internet a seguinte manchete: “Que
governo é esse? Um banqueiro no Ministério da Fazenda e uma latifundiária na
Agricultura!?”. Para quem não conhece a trajetória dos oportunistas da “EM”
poderia supor que este agrupamento político estivesse na linha de frente na
denúncia eleitoral da candidatura Dilma, como sendo a representação de uma
coligação burguesa, que desde sua gênese já abrigava figuras da oligarquia como
Sarney, Collor, Barbalho e os Ferreira Gomes. Mas não só a elite corrupta
estava no barco político do PT, também os grandes grupos capitalistas nacionais
apoiaram a Frente Popular, como o Bradesco, Odebrecht, Sadia, Amaggi e Friboi
só para resumir a lista... Porém para os desavisados é bom recordar que os
falsos “tolinhos” surpresos da “EM” estiveram fielmente na barricada do PT
desde o primeiro triunfo de Lula, assegurado naquela época com a “Carta aos
Brasileiros” sob o compromisso de salvaguardar os interesses do capital
financeiro. Por sinal os “desmemoriados” da “EM” devem ter esquecido que foi o
próprio Lula quem nomeou Joaquim Levy para o cargo de secretário geral do Tesouro
Nacional em seu primeiro governo. Também devem ter apagado da memória o fato de
que foi Lula quem entregou os bancos públicos como o BEC e o BEM de “mãos
beijadas” para o Bradesco, além de convidar o ex-presidente da Sociedade Rural
e grande latifundiário Roberto Rodrigues para comandar o Ministério da
Agricultura. Desde 2003 que os pilantroskos da “EM” vem exigindo que o governo
da Frente Popular “rompa com a burguesia”, apesar do curso político do PT ser
na direção frontalmente oposta, ou seja, a cada gerência estatal vem
aprofundando os vínculos orgânicos com as classes dominantes. Agora Dilma
resolveu retribuir o apoio político e material recebido pelo capital financeiro
e o latifúndio, nada mais coerente para um governo burguês neoliberal do que
ter em seu gabinete figuras como Levy e Katia, isto é só o começo...
Incoerência cínica é a “EM” se fingir de “virgem donzela”, quando acompanharam
calados desde as entranhas do PT todos os acordos podres firmados para garantir
mais um mandato para Dilma. Tudo bem... Já sabemos que irão dizer que foi em
nome da “derrota da direita” que votaram “aborrecidos” em Dilma e Temer... Mas
perguntamos aos dirigentes da “EM”, quando é que deixarão de votar na centro-esquerda burguesa para enfraquecer a direita Tucana? Parece que nunca ... e a
resposta está no próprio artigo “indignado”, onde afirmam: “A nossa opinião é
simples, este é um governo burguês encabeçado por um partido operário burguês,
o PT. Com uma presidente que pertence formalmente ao PT – mesmo que Dilma faça
questão em uma entrevista de descomprometer-se com as resoluções do partido”.
Para a “EM” enquanto o PT supostamente manter o seu caráter “operário-burguês”
continuarão com sua política de “exigências” ao governo capitalista que
pertence “formalmente” ao partido. Seria a mesma charlatanice teórica que
manter a caracterização acerca do Partido Socialista francês continuar sendo “operário
burguês”, após décadas de governos ultra-neoliberais! O pior mesmo é a receita
política elaborada pela “EM” para
enfrentar a ofensiva do governo Dilma contra as conquistas dos trabalhadores,
formar: “Uma frente de esquerda para combatermos as medidas de retirada de
direitos que este governo, este ministério, organizará”, o inacreditável é que
na proposta da “EM” a “Frente de Esquerda” de esquerda classista não tem nada,
pois a indicação é que seja encabeçada pelo PT, o próprio partido que no
governo desfere os ataques do “ajuste” neoliberal contra a classe operária e o
povo pobre.
É integralmente legítimo que a militância popular que votou em Dilma agora se sinta traída com o anúncio do novo ministério, trata-se de um verdadeiro estelionato político nomear um representante dos banqueiros para o principal cargo da economia nacional quando passou-se a campanha eleitoral inteira acusando a “nova” direita de estar a serviço do Itaú. Outra coisa completamente diferente é que uma fiel corrente petista de longa data se mostre surpresa com a “finalização” do produto eleitoral Dilma. Passar meses (ou anos) semeando a ilusão entre as massas de que votando no PT a burguesia seria defenestrada do Estado é no mínimo uma grande vigarice política! A “EM” conhece melhor do que ninguém que nada poderia se esperar de um “novo” governo petista que mantém há anos uma ocupação militar, por ordens da Casa Branca, em um país amigo e oprimido historicamente pelo imperialismo. Para quem afirmou exaustivamente que o voto no PT significava a derrota da direita, agora deve explicar ao movimento de massas porque foi o PSDB quem indicou o ministro da Fazenda na quarta gerência da Frente Popular. Levy foi um dos “conselheiros” econômicos do programa de governo de Aécio Neves, apesar de seus patrões do Bradesco estarem apoiando Dilma. Quando o “chefão” Trabuco recusou o ministério logo indicou um diretor de seu banco para ocupar a pasta e sob pressão do mercado Dilma aceitou a humilhação e convidou Levy, um colaborador de Aécio. Porém a “EM” de nada tinha conhecimento (apesar de já terem pertencido a direção nacional do PT) e como o “marido traído” foi a última a si “indignar”. Não se espantem que em 2018 se repitam os mesmos capítulos desta novela política, cabendo a “EM” o secundário papel de petistas novamente “traídos”.
É integralmente legítimo que a militância popular que votou em Dilma agora se sinta traída com o anúncio do novo ministério, trata-se de um verdadeiro estelionato político nomear um representante dos banqueiros para o principal cargo da economia nacional quando passou-se a campanha eleitoral inteira acusando a “nova” direita de estar a serviço do Itaú. Outra coisa completamente diferente é que uma fiel corrente petista de longa data se mostre surpresa com a “finalização” do produto eleitoral Dilma. Passar meses (ou anos) semeando a ilusão entre as massas de que votando no PT a burguesia seria defenestrada do Estado é no mínimo uma grande vigarice política! A “EM” conhece melhor do que ninguém que nada poderia se esperar de um “novo” governo petista que mantém há anos uma ocupação militar, por ordens da Casa Branca, em um país amigo e oprimido historicamente pelo imperialismo. Para quem afirmou exaustivamente que o voto no PT significava a derrota da direita, agora deve explicar ao movimento de massas porque foi o PSDB quem indicou o ministro da Fazenda na quarta gerência da Frente Popular. Levy foi um dos “conselheiros” econômicos do programa de governo de Aécio Neves, apesar de seus patrões do Bradesco estarem apoiando Dilma. Quando o “chefão” Trabuco recusou o ministério logo indicou um diretor de seu banco para ocupar a pasta e sob pressão do mercado Dilma aceitou a humilhação e convidou Levy, um colaborador de Aécio. Porém a “EM” de nada tinha conhecimento (apesar de já terem pertencido a direção nacional do PT) e como o “marido traído” foi a última a si “indignar”. Não se espantem que em 2018 se repitam os mesmos capítulos desta novela política, cabendo a “EM” o secundário papel de petistas novamente “traídos”.
Para os Marxistas Revolucionários da LBI a “concessão” da
pasta da Fazenda para os rentistas não é surpresa alguma, já alertávamos desde
antes do primeiro turno que o PT estava gestando um grande engodo político com
a elite dominante diante do esgotamento de seu “modelo” econômico, baseado no
binômio crédito e consumo. Nesta mesma direção a preferência pela líder da nova
UDR, Katia Abreu, significa apenas uma linha de continuidade “programática” do
PT. Diante dos claros sinais de fadiga da governança petista, a Frente Popular
tomará um curso ainda mais à direita tentando inutilmente conciliar o
inconciliável: A luta de classes!
A vanguarda da classe operária não pode esperar
absolutamente nada das correntes petistas de “esquerda”, ou se preferirem, da “esquerda”
petista. Estas organizações estão irremediavelmente atadas a estratégia de
colaboração de classes, exigindo “ad infinintum” uma mudança irreversível na
rota política do PT. É necessário que o proletariado que já passou por mais de
uma década de experiência com os governos burgueses da Frente Popular, construa
seu próprio instrumento independente de poder: o partido operário
revolucionário. Sem esta ferramenta programática de combate os explorados
estarão à deriva sem o norte comunista, e a cada luta direta ou mesmo eleição
sendo vítima da velha chantagem política de “derrotar a direita” para reforçar
a “esquerda burguesa”.