sábado, 30 de maio de 2015


UM PRIMEIRO BALANÇO DO 29M: FRACO DIA NACIONAL DE LUTA NÃO SERVIU COMO PONTO DE APOIO PARA A CONSTRUÇÃO DA GREVE GERAL 

Desgraçadamente nosso prognóstico se confirmou. O “dia nacional de luta” ocorrido nesta sexta-feira, 29, foi muito aquém da mobilização do último dia 15 de abril. O que deveria ser um ponto de apoio e unificação das lutas rumo à construção da greve geral contra o ajuste neoliberal e a terceirização se mostrou um tímido protesto nas capitais do país, onde as atividades foram parcialmente afetadas apenas quando houve paralisações de ônibus e metrô, como ocorreu em Belo Horizonte e Porto Alegre. Nos outros estados, os atos foram pequenos, a exceção de cidades onde categorias importantes estavam em campanha salarial, como os trabalhadores da construção civil em Fortaleza e professores em outras capitais. Em São Paulo, os bloqueios de rua pela manhã promovidos pelo MTST e a manifestação na entrada da USP, duramente reprimida pela PM, foram os pontos mais significativos do dia, além da passeada no ABC. A greve dos professores estaduais, apesar de mantida, está em descenso e sofre a sabotagem da direção da APEOSP da “oposição” dirigida pelo PSTU. Nesse sentido, a não paralisação dos metroviários na capital paulista, cujo sindicato é controlado pela Conlutas foi um golpe fatal para o fracasso da manifestação em São Paulo. No Rio de Janeiro, a greve dos professores das universidade federais, como a UFRJ e a UFF assim como a luta dos estudantes da UERJ marcou o dia, porém os rodoviários e os garis não paralisaram as atividades. Para fechar esse quadro de baixa mobilização, segue o impasse no Paraná, com os professores em greve sem que o calhorda Beto Richa (PSDB) recue, assim como Alckmin em São Paulo. Contribuiu muito para esse cenário o fato do governo Dilma ter aprovada as MPs 664 e 665 no Câmara dos Deputados e no Senado na véspera do dia 29, ou seja, a manifestação convocada pela CUT, CTB e Conlutas ocorreu quando o ajuste neoliberal de Levy já estava votado no parlamento sem que as centrais mobilizassem suas bases. Como a LBI já havia denunciado, o “dia nacional de luta” foi um manobra distracionista das direções da CUT e CTB que encenaram lutar contra as MPs enquanto os partidos que controlam estas centrais (PT e PCdoB) apoiavam as medidas anti-povo com o apoio da direita e da Rede Globo. Infelizmente, perdeu-se uma grande oportunidade para fortalecer a resistência aos ataques dos patrões e do governo Dilma contra os trabalhadores. As perspectivas de que os explorados possam derrotar o projeto de terceirização que será votado no Senado (PL 30/2015) e enfrentar o ajuste neoliberal através da luta direta de forma vitoriosa se reduziram muito com o revés do dia 29, apontando uma dura realidade de aumento do desemprego, dos ataques aos direitos sociais e cerceamento da organização política via a contrarreforma política no próximo período orquestrada pelas mãos da “gerentona” petista em conluio com Eduardo Cunha-Renan Calheiros-Micher Temer (PMDB) e a oposição demo-tucana no parlamento.   

sexta-feira, 29 de maio de 2015


OPOSIÇÕES DA TENDÊNCIA REVOLUCIONÁRIA SINDICAL (TRS) PARTICIPARÃO ATIVAMENTE DO 29 DE MAIO APESAR DA SABOTAGEM DA CUT E DA CONLUTAS

As oposições sindicais filiadas à TRS que atuam em diversas categorias (bancários, professores, operários, urbanitários, rodoviários e aeroviários) participarão ativamente deste 29 de maio, dia nacional de luta com paralisações e mobilizações. Os sindicalistas revolucionários combatem a precarização do trabalho no Brasil (PLC 30/2015) como parte da luta contra o ajuste fiscal neoliberal imposto pelo governo Dilma através das MP´s 664 e 665, que restringem o pagamento das pensões por mortes, o PIS e o seguro desemprego. A militância da TRS intervirá nos atos, paralisações e piquetes mas desde já denunciam que a CUT não mobilizou suas bases e a Conlutas sabotou a mobilização ao não paralisar os metroviários de São Paulo. Porém, temos em curso paralisações dos rodoviários e motoristas em várias capitais, a greve dos professores da universidades federais, dos professores estaduais de SP, PR e outros locais e a luta dos estudantes da UERJ que foi duramente premida pela PM quando faziam um ato político em solidariedade ao comunidade da “Favela do Metrô”. A nosso ver, as direções da CUT e CTB optaram por usar a luta contra a terceirização como uma espécie de cortina de fumaça a fim de secundarizar o combate ao ajuste fiscal e assim acabaram por blindar o governo Dilma, que ajudaram a eleger. Por esta razão não jogaram nenhum peso no protesto de hoje. Mesmo com todos esses obstáculos, a tarefa colocada para o ativismo classista e na qual os sindicalistas revolucionários da TRS e as oposições classistas filiadas se dedicarão com todas as suas forças militantes é a aprovação de um plano de luta rumo a construção da Greve Geral dos trabalhadores da cidade e do campo, contra os ataques aos seus direitos, benefício do INSS e as terceirizações.

quinta-feira, 28 de maio de 2015


FBI ASSUME PAPEL DE “XERIFE” NO BANG-BANG ENTRE AS MÁFIAS CORRUPTAS DA FIFA PELO CONTROLE DO MERCADO DO FUTEBOL: QUEM O IMPERIALISMO IANQUE PRENDERÁ AMANHÃ SOB O PRETEXTO DE “COMBATER A CORRUPÇÃO”?

Muitos apaixonados pelo futebol estão comemorando a prisão de alguns dirigentes da mafiosa FIFA, que sabidamente ganham bilhões em negociatas com o esporte, paixão nacional no Brasil e em grande parte do planeta. De fato, ver estes cartolas presos mesmo que por algumas horas causa regozijo popular, afinal estes senhores representam a elite corrupta que gerencia os jogos com ingressos caríssimos, impedindo o povo de ir aos estádios, vendem os direitos de transmissão forçando jogos em horários absurdos para agradar as emissoras de TV (como a Rede Globo) e abocanham patrocínios segundo seus mais nebulosos interesses. Entretanto, passada a “euforia do gol” marcado pela prisão temporária destes calhordas, a realidade se mostra bem mais dinâmica, uma “caixinha de surpresas”, com um bom jogo de futebol que tem que ser observado atentamente. Na operação jurídico-policial armada na Suíça pelo FBI, os EUA, que não tem tradição no futebol mas ganhou enorme peso econômico neste esporte em função dos patrocinadores (Coca-Cola, Red-Bull, Budweiser, Adidas...) assume o papel de “xerife”, arbitrando em meio ao disputado jogo pelo controle da FIFA e do mercado ultra rentável do futebol. Para qualquer observador atento soa estranho que na véspera do congresso da FIFA que escolherá seu presidente, o FBI vá até Zurique e prenda sete dirigentes da entidade e outros funcionários do alto escalão. Tão logo veio à tona na mídia a operação policial, a UEFA que apoia a candidatura do príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia, pediu a renúncia de Blatter, com o objetivo de colocar a entidade sob o controle dos cartolas europeus e seus sócios árabes, como fazem por exemplo na parceria de lavagem de dinheiro do clube Barcelona com a Fundação Qatar, em um esquema chancelado pelo governo Obama e os patrocinadores ianques. Como se observa não existem inocentes neste covil de bandidos, trata-se de uma feroz disputa interburguesa em que o FBI “entrou em campo” a serviço de um dos lados. Óbvio que estes cartolas presos, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, são ladrões inveterados que lucram em negociatas milionárias do futebol-mercadoria no capitalismo. Esta é a “regra do jogo”, aqui no Brasil, nos EUA, na Europa e no Oriente Médio. Mas porque justamente agora, só agora e pelas mãos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e executado pelo FBI é desencadeada tal operação midiática? Formalmente estes cartolas são acusados pelo recebimento de propina em uma corte federal em Nova York, mas tal realidade vem de décadas, o processo em si data do final dos anos 1990. Como se observa, há algo de pobre no reino da...Suíça! Pelo que parece de fato, a ação de “xerife” da polícia federal norte-americana está a serviço de negociar uma transição interna na entidade para as mãos de um aliança entre os cartolas da UEFA e da CONCACAF, a Confederação de Futebol das Américas Central e do Norte. Não por acaso, só dirigentes das confederações latino-americanas, todos ligados a Blatter, foram presos. Obviamente não estamos aqui defendendo canalhas como Blatter, Ricardo Teixeira, Marin e sua corja, estes merecem ser banidos definitivamente do futebol, mas esta tarefa não pode está nas mãos do imperialismo ianque, indutor da mais profunda corrupção em todas as esferas do esporte e das negociatas nas bolsas de valores de Wall Street. Pelo que anunciou o FBI, o simples uso de bancos norte-americanos, mesmo fora do país, permitiu que as autoridades ianques investiguem e levem os acusados para serem processados nos Estados Unidos! A jurisdição do EUA coloca o país na condição de polícia do planeta! Note-se que esse é um recurso totalmente arbitrário que foi muito utilizado pela justiça norte-americana em casos de suposto “terrorismo”. Nestes casos, mesmo com a menor ligação com os Estados Unidos pode bastar, como o uso de um banco ou um provedor de internet americano. O mais cômico é que a operação desencadeada pelo FBI teve a colaboração do governo da Suíça, um país que é conhecido paraíso fiscal usado por corruptos de colarinho branco e cujas autoridades em geral recusam a extradição de acusados de crimes fiscais! O mais grave porém é a própria ação intervencionista da justiça norte-americana, tendo poder de prisão de qualquer pessoa em qualquer país. Se os EUA podem prender os dirigentes da poderosa FIFA acusando-os de corrupção para melhor se passar com a “opinião pública”, imagina o que fazem e farão com seus inimigos políticos, como Maduro, Putin...? Não por acaso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, país que sediará a Copa do Mundo de 2018 declarou “Podemos supor que alguns do funcionários realmente violaram algumas normas ou leis, porém certamente os EUA não tem que se intrometer nisso. Estes funcionários não são cidadãos estadunidenses. E se algum acontecimento sucedeu, não foi em território dos EUA. É outro intento evidente de estender sua jurisdição a outros países” (Russia Today, 28.05) e arrematou “No escândalo da FIFA os EUA podem usar os mesmos métodos que utilizou contra Assange e Snowden” (Idem). Como Marxistas Revolucionários e amantes de futebol somos pelo fim do esporte como mercadoria, do controle dos elencos pelos patrocinadores e pela abolição dos contratos bilionários que engordam as máfias da FIFA e da CBF. Estas instituições capitalistas não servem para o avanço do futebol como meio de educação e evolução cultural das massas, devem ser substituídas por entidades populares controladas por jogadores e torcedores. Nesse sentido, a tarefa de varrer os cartolas mercenários do futebol mundial deve está nas mãos do povo, tais decisões deveriam ser tomados por meio de mecanismo da soberania popular. O imperialismo ianque e seus órgãos de repressão são inimigos do esporte não mercantil basta ver o combate que fazem contra Cuba via a tentativa de compra de seus atletas. O FBI não tem nenhuma moral para agir como “xerife” com o real objetivo de melhor defender os interesses das grandes empresas que patrocinam o esporte para gerar mais lucros sobre a miséria dos amantes do futebol.   

terça-feira, 26 de maio de 2015


REFORMA POLÍTICA: PRINCIPAL BANDEIRA DAS MÍTICAS “JORNADAS DE JUNHO” VIRA UMA ARMA REACIONÁRIA DO RECRUDESCIMENTO DO REGIME

As “Jornadas de Junho” de 2013 tiveram como um dos seus principais eixos políticos de reivindicação a realização de uma profunda “Reforma Política”, que também era associada por muitas correntes da esquerda revisionista a convocação de uma “Assembleia Constituinte”. Nós da LBI nos opusemos desde o início a equivocada caracterização das “Jornadas” como parte de um movimento revolucionário das massas, ao contrário, apontamos o caráter reacionário de sua “finalização” como um processo que galvanizou em sua maioria as classes médias urbanas (extratos superiores) contra as esquerdas de um modo geral. Não seria exagero algum identificar os protestos do “Vem Pra Rua” deste ano contra o governo Dilma como o principal herdeiro das míticas “Jornadas de Junho”. Pois bem se as “jornadas” de 2013 ou as recicladas de 2015 não conseguiram derrubar o governo da Frente Popular cravaram agora um golpe estratégico na direção do recrudescimento do regime democratizante. Estamos falando é claro da Reforma Política que será votada em sua primeira versão pela Câmara dos Deputados nestes dias. Trata-se do maior retrocesso das liberdades de organização política desde o “Pacote de Abril” de 1977 que instituía a figura do senador biônico para garantir a maioria parlamentar do regime militar no Congresso. A atual “Reforma Política”, na verdade uma contrarreforma ultraconservadora, impulsionada pelo PMDB de Temer, Cunha e Renan (que dizem estar cumprindo uma missão delegada pelas demandas de “Junho”) não é apenas uma manobra institucional para criar a esdrúxula figura do “Distritão” ou para acabar com o mecanismo do voto proporcional (quociente eleitoral dos partidos ou coligações) e das próprias coligações partidárias em nível parlamentar, além de revigorar a “legitimidade” do financiamento dos grupos capitalistas aos partidos burgueses. Somente a introdução destas “inovações” na legislação eleitoral vigente já seria suficiente para caracterizar essa “Reforma” como um grave retrocesso jurídico institucional no plano das parcas liberdades democráticas de organização partidária existentes. Porém o que está realmente em jogo nesta ofensiva reacionária travestida de “Reforma Política” é garantir institucionalmente a criação de um novo “super poder” republicano, ou seja, um Congresso Nacional dominado definitivamente pelas elites e oligarquias mais conservadoras, que tenha a força para subjugar inclusive o governo central eleito. Se aprovadas estas novas regras constitucionais para a eleição dos congressistas, a esquerda em geral e os representantes do movimento popular terão uma redução de mais de dois terços no parlamento nacional. Câmara e Senado Federal se converterão em um “ambiente” ainda mais restrito aos estafetas das classes dominantes mais submissas aos senhores do capital financeiro internacional, isto em uma etapa mundial de “ajuste” neoliberal contra as conquistas operárias. Como Marxistas Revolucionários afirmamos que o proletariado não necessita de “parlamentares progressistas” no Congresso Nacional para desenvolver suas lutas e conquistas sociais, na ditadura militar poucos eram os deputados da “esquerda socialista” (e nenhum senador) mas isto não eliminou as heroicas batalhas de nossa classe. Defendemos a mais ampla liberdade de organização política para a esquerda comunista, o que inclui o direito de apresentarmos candidaturas ao parlamento burguês e aos governos sem nenhuma restrição da legislação eleitoral ou mesmo o financiamento do Estado capitalista. Não acreditamos na ruptura revolucionária por dentro das instituições da república capitalista, como querem nos convencer os reformistas de vários calibres. Porém não podemos deixar de denunciar os retrocessos que avançam no atual período da ofensiva imperialista contra povos e nações. A quadrilha dirigente do PMDB, na qual Dilma entregou a condução política de seu governo, está prestes a desferir um severo golpe reacionário no já capenga regime democratizante com a iminente aprovação desta (contra) Reforma Política.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

LEIA A MAIS RECENTE EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA, Nº 296, 2ª QUINZENA DE MAIO/2015


EDITORIAL
Cerca dos seis primeiros meses da agressiva gerência neoliberal de Dilma/Temer&Levy: Onde foi parar o conto do iminente "golpe da direita" contra o governo petista?

DILMA CORTA R$ 70 BILHÕES DO ORÇAMENTO
Mais um golpe para bancar a orgia do capital financeiro

APROVADA MP 664 QUE RESTRINGE PENSÕES E BENEFÍCIOS
PT e PCdoB avançam no ajuste neoliberal com o apoio da direita

GOLPE CONTRA OS TRABALHADORES
Aprovada MP 665 com apoio do PMDB. Burguesia e imperialismo sustentarão Dilma até que complete o ajuste

29 DE MAIO
Por um verdadeiro dia de luta contra o ajuste neoliberal e a terceirização! Organizar a resistência operária rumo à Greve Geral!

QUAL O CARÁTER POLÍTICO DO 29M?
Dia de luta dos trabalhadores ou manobra da CUT para blindar governo Dilma?

MOTORISTAS E COBRADORES DE SÃO PAULO
Todo apoio à greve contra a precarização e intransigência patronal!

EM MEIO AO AJUSTE DO PT E A REPRESSÃO TUCANA NO PARANÁ...
1º de Maio é marcado por atos esvaziados que não organizam a resistência aos ataques do governo Dilma e da direita

LUTA DE CLASSES, PACTO DAS ELITES E CASAMENTO DO MÉDICO KALIL FILHO
Quando Lula, Dilma, Cunha, Renan, Alckmin e Serra celebram com a burguesia os ataques aos trabalhadores!

O AJUSTE NEOLIBERAL EM MEIO A CRISE ESTRUTURAL DA ECONOMIA MUNDIAL
A estratégia operária deve ser a revolução proletária contra a barbárie

VIVA OS 70 ANOS DA VITÓRIA SOVIÉTICA SOBRE OS NAZISTAS
Uma lição heroica de como a classe operária enfrentar a ofensiva capitalista!

NOVOS BOMBARDEIOS DOS EUA NA SÍRIA
Nenhum “cheque em branco” para Obama atacar o EI! Frente única com o regime de Assad contra o imperialismo!

EI, CRIA REBELDE DO IMPERIALISMO, SE APROXIMA DE BAGDÁ
Derrotismo militar dos bandos armados pela CIA e do governo fantoche da Casa Branca!

GOVERNO TSIPRAS ENTREGA 750 MILHÕES DE EUROS AO FMI
Contra a rapina dos rentistas, fortalecer a oposição operária a gerência socialdemocrata de “esquerda” do Syriza!

sábado, 23 de maio de 2015


29 DE MAIO: CONSTRUIR UM VERDADEIRO DIA DE LUTA CONTRA O AJUSTE NEOLIBERAL E A TERCEIRIZAÇÃO! ORGANIZAR A RESISTÊNCIA OPERÁRIA E POPULAR RUMO À GREVE GERAL!

O recrudescimento dos ataques neoliberais às condições de existência dos trabalhadores no Brasil se aprofundam. Nas últimas semanas a gerentona neoliberal Dilma Rousseff e toda a sua equipe palaciana, tendo à frente o direitista Michel Temer (PMDB), Nelson Barbosa e o porta- voz do capital financeiro, Joaquim Levy, estão cada vez mais empenhados na aprovação dos chamados “ajustes estruturais” através das Medidas Provisórias (MP’s) 664 e 665, que agora tramitam no Senado. Na prática, tais medidas significam nada menos que a implementação a conta gotas das reformas trabalhista e previdenciária, semelhante aos ajustes realizados pela Troika em países como Grécia, Portugal, Irlanda, etc., que retiraram direitos históricos dos trabalhadores e liquidou completamente o chamado “Estado de bem estar social”. Entre outras coisas, as MP’s 664 e 665 limitam o acesso dos trabalhadores ao seguro-desemprego, PIS e auxilio doença, dificulta o benefício das pensões por morte sobretudo às mulheres operárias e abre precedentes para a completa privatização da perícia médica realizada atualmente pelo INSS, colocando este serviço sob controle de empresas privadas, fato que dificultaria ainda mais os afastamentos laborais por doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. De acordo com pesquisa do DIEESE, só com a MP 665, 4,8 milhões de trabalhadores não poderiam ter acesso ao seguro desemprego (38,5% dos demitidos sem justa causa em 2013) e outros 9,4 milhões perderiam o abono salarial, fato de extrema gravidade e que anuncia uma verdadeira tragédia social, visto que a rotatividade no trabalho é enorme no país, onde cerca de 43% dos trabalhadores formais permanecem menos de seis meses no emprego num contexto onde 90% dos empregos gerados na última década caracteriza-se por um teto nas remunerações de até 2 salários mínimos. Além das MP’s, também tramita no Senado o Projeto de Lei Complementar 30/2015, após ser aprovado na Câmara como PL 4330, o PL da terceirização, que significara a precarização sem precedentes da mão de obra no Brasil levando a um retrocesso escravagista. Dados de um dossiê preparado pela CUT e técnicos do DIEESE com números de 2013, apontam que os terceirizados recebem salários 24,7% menores do que os efetivos, permanecem no emprego pela metade do tempo e tem jornadas de trabalho maiores. Além disso sofrem maiores riscos de acidente laboral, calotes trabalhistas e exposição a condições completamente degradantes de trabalho semelhantes a escravidão. No mais impõe na prática uma espécie de reforma sindical, visto que os sindicatos como existem atualmente passariam por profundas mudanças e entraria numa crise ainda maior, e se acentuaria uma enorme fragmentação dos trabalhadores, limitando sua resistência e tornaria os operários “mendigos de salário”.

quinta-feira, 21 de maio de 2015


CERCA DOS SEIS PRIMEIROS MESES DA AGRESSIVA GERÊNCIA NEOLIBERAL DE DILMA/TEMER&LEVY: ONDE FOI PARAR O “CONTO” DO IMINENTE GOLPE DA DIREITA CONTRA O GOVERNO PETISTA?

Estamos chegando ao final de Maio e às vésperas do segundo governo Dilma completar seis meses de mandato. O início da quarta gestão estatal consecutiva da Frente Popular revelou logo de cara o esgotamento do “modelo” econômico petista, lastreado em uma bolha de crédito internacional voltada ao país e na “gordura” cambial gerada com o robusto superávit da balança comercial brasileira alimentado pelas commodities agro-minerais. Descortinado o falso milagre econômico da inserção social dos excluídos veio a “conta”, digo o ajuste fiscal que emparedou o governo o colocando como um refém da cartilha dos rentistas e da máfia dirigente do PMDB. A oposição conservadora viu chegar o momento de sair das cordas e “sangrar” Dilma com grandes atos da classe média urbana e panelaços gourmet. Não faltaram as previsões da esquerda “chapa branca” de um golpe de estado iminente, fosse pela via militar ou de um impeachment parlamentar. Logo surgiram novos escudeiros do governo, além dos tradicionais reformistas do PCdoB, disfarçados em “tropa de choque” de combate ao fascismo. Porém a agressiva ofensiva neoliberal contra as conquistas operárias não estava partindo de uma fictícia aventura golpista, mas sim do próprio PT, que “terceirizou” sua gerência burguesa para estafetas do capital financeiro. Na exata medida dos profundos ataques estatais contra as condições de vida das massas, também aumentava o desgaste popular do governo Dilma, reverenciado hoje somente por alguns segmentos políticos beneficiados diretamente pelas benesses da máquina republicana, como o “generoso” fundo partidário. A adoção integral do receituário do FMI pelo governo da Frente Popular não impediu que o bloco reacionário seguisse sua jornada de “caça às bruxas”, contra o próprio PT.  A famigerada “Operação Lava Jato” é a expressão mais consistente desta ofensiva da direita contra as liberdades democráticas, conquistadas com a vida de muitos combatentes da esquerda revolucionária. Sob a embalagem do “combate a corrupção”, Lava Jato e Dilma juntos conseguiram impor um retrocesso histórico a Petrobras, paralisando a construção das plantas das novas refinarias sem as quais a estatal continuará exportando óleo cru e importando combustível industrial com alto valor agregado. As corporações imperialistas do setor energético agradecem, mas já anunciaram que querem alterar o atual modelo de partilha do “Pré-Sal”. A lógica adotada é a mesma da direita tupiniquim, quanto mais o PT cede mais se avolumam seus vorazes apetites pelo botim nacional. Os apologistas da colaboração de classe não param de agitar o “fantasma” do golpe, não cansam de estabelecer um falso paralelo histórico entre Jango e Dilma, só “esquecem” de criticar a política nefasta do PCB que atrelou o movimento operário a defesa do nacionalismo burguês justamente quando este preparava a vergonhosa rendição diante das forças da direita. É bem verdade que a política de Jango estava bem mais à esquerda do que a do atual governo “levyano”, porém o mais importante é realizar um rigoroso balanço da dura derrota proletária sofrida, calçada na ausência de uma alternativa independente da classe operária. Passados mais de 50 anos do golpe militar, urdido pela Casa Branca e seus operadores locais, os reformistas da atualidade repetem a mesma “fórmula” desastrosa: apoiar o governo democrático burguês contra a direita, abrindo mão do combate de classe por uma via revolucionária em contraposição frontal as duas alas das classes dominantes. Os Marxistas não compreendem a história social como o conflito entre “direita versus esquerda”, mas sim a luta de classes como o confronto irreconciliável entre os interesses da burguesia e do proletariado.

terça-feira, 19 de maio de 2015


EI, CRIA REBELDE DO IMPERIALISMO IANQUE, TOMA RAMADI E SE APROXIMA DE BAGDÁ: PELO DERROTISMO MILITAR DOS BANDOS ARMADOS PELA CIA E DO GOVERNO FANTOCHE DA CASA BRANCA! ORGANIZAR A RESISTÊNCIA OPERÁRIA E POPULAR CONTRA A OFENSIVA DA OTAN NA REGIÃO!

O Estado Islâmico (EI) acaba de controlar a cidade de Ramadi, a capital da província de al-Anbar, uma das principais regiões do país, localizada a apenas 100 km de Bagdá. Os jihadistas entraram em Ramadi em abril, mas a ofensiva se intensificou na semana passada, quando o grupo tomou o controle da parte central da cidade, onde estão instaladas as repartições da administração regional. A bandeira do EI foi hasteada no centro de operações da província que tem forte presença de muçulmanos sunitas perseguidos pelo governo iraquiano de maioria xiita. No domingo (17), o porta-voz do governo, Mouhannad Haimour, confirmou que a unidade militar estava nas mãos dos rebeldes. O EI já controla a maior parte a região de al-Anbar, que vai das fronteiras com a Síria, Jordânia e Arábia Saudita até as redondezas de Bagdá. Diante da situação, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, ordenou que as forças armadas “se mantenham em suas posições para impedir que o EI controle outros setores do país” mas os soldados fugiram esperando a ajuda dos bombardeios ianques e de milícias xiitas. Há exatamente um mês da tomada de Ramadi pelo EI, o premier Haider al-Abadi se encontrou com o presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca. Em uma reunião de “alto nível” no Salão Oval ambos conversaram sobre o combate aos jihadistas do EI e o premiê iraquiano solicitou mais armas e equipamentos para enfrentar o inimigo comum. Abadi pediu meios militares suplementares para combater o grupo islâmico, como helicópteros Apache, drones e outras armas para aumentar a eficiência nos confrontos. Logo após o encontro, o presidente ianque anunciou uma ajuda imediata de US$200 milhões. Barack Obama declarou no final da reunião que já houve progressos importantes contra o grupo EI, mas reconheceu que a vitória “não é para amanhã”. Ao contrário do que vende o imperialismo ianque, o EI conquistou grandes áreas no norte e oeste do Iraque, entre elas, a importante cidade de Mossul e agora al-Anbar. Os ataques aéreos da coalizão internacional, dirigida pelos Estados Unidos (que somam mais de 2200 incursões) permitiram só temporariamente a retomada de 25% a 30% do território como Tikrit, segundo o departamento americano da Defesa. De Seul, onde se encontra em visita oficial, o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, se mostrou otimista, apesar da tomada da capital da província de al-Anbar. “Eu tenho uma confiança absoluta de que, nos próximos dias, a situação vai se inverter”, disse o representante do imperialismo ianque mostrando a firme unidade de ação com o governo fantoche de Bagdá para combater o EI. Nesta segunda-feira, 18, o Departamento de Defesa ianque admitiu porém que a queda de Ramadi foi um “revés”, mas garantiu que o governo iraquiano apoiado por fogo aéreo norte-americano recuperará esta cidade do oeste do país: “Reiteramos que iriam ocorrer avanços e contratempos. Este é um combate sangrento, complexo e difícil e serão registradas vitórias e revezes, e este é um revés”, disse o porta-voz do Pentágono, coronel Steven Warren, aos jornalistas, acrescentando “Recuperaremos Ramadi”. A coalizão internacional liderada pelos EUA anunciou ter lançado nas últimas 48 horas 15 ataques contra posições do EI na região de Ramadi. Desesperado com a iminência da perda de sua influência no Iraque, Obama ordenou novos ataques a estes grupos islâmicos que foram inclusive treinados e financiados no passado pela CIA e o Mossad, mas que agora ocupam de forma dispersa o papel de resistência militar as tropas da Casa Branca. No momento em que o Pentágono não controla seu próprio “feitiço” e a “hidra raivosa” se volta contra o amo imperialista, a LBI se coloca pela derrota militar dos bandos pró-imperialistas, na medida que a vitória de nenhum dos lados em guerra favorece a luta estratégica do proletariado mundial. A tarefa urgente que se coloca para o movimento de massas é organizar uma alternativa independente tanto dos “bárbaros fundamentalistas” que foram armados pela CIA para combater os governos nacionalistas de toda a região, como do governo fantoche de Bagdá que continua submetendo país a espoliação do capital imperialista.

segunda-feira, 18 de maio de 2015


DILMA IRÁ CORTAR R$ 80 BILHÕES DO ORÇAMENTO E LEVY PROMETE AUMENTO DE IMPOSTOS: MAIS UM GOLPE DO PT CONTRA OS TRABALHADORES PARA BANCAR A ORGIA DO CAPITAL FINANCEIRO!

Neste final de semana houve uma reunião da chamada “Junta Orçamentária” (Joaquim Levy, Nelson Barbosa e o figurante Aloizio Mercadante) com a presidente Dilma Rousseff para definir o tamanho da tesourada no orçamento da União de 2015. O office-boy dos rentistas, Levy, sugeriu o corte de R$ 80 bilhões. Seu objetivo é drenar esse dinheiro que seria investido na saúde, educação, habitação... para pagar juros da dívida pública com os bancos e credores. É o que se chama pomposamente de superávit primário, cuja meta representa 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, uma verdadeira sangria em benefício dos rentistas. Este ataque representa mais um golpe do governo petista contra os trabalhadores e seu tamanho final vai ser anunciado oficialmente até sexta-feira (22). Cinicamente Dilma e seus ministros servis a banca internacional dizem que desta forma o Brasil “voltará a crescer”! Ao lado deste corte, a junta anunciou que se as duas MPs de ajuste fiscal sofrerem novas baixas no Senado e a redução dos benefícios da desoneração da folha de pagamento for rejeitada ou mesmo muito alterada, o corte terá de ser maior, em uma clara chantagem para que se aprofundem os ataques aos explorados! A “solução”, teria sugerido o venal Ministro da Fazenda, seria uma compensação por meio de uma nova rodada de aumento de tributos, que seriam ditados por decreto. Segundo Levy “Toda a vez que se cria um gasto novo obviamente, está se contratando novos impostos”. De acordo com a mídia, além do aumento de impostos, o governo pode turbinar o superávit com leilões de petróleo fora da área do pré-sal e da folha de pagamento dos servidores e com a venda de ações da Caixa Seguridade. Apenas neste ano, o governo já alterou pelo menos oito tributos federais com vistas a elevar a arrecadação em setores como combustíveis, crédito pessoal, automóveis e até cosméticos. Isto ocorre enquanto os bancos lucraram bilhões neste primeiro trimestre de 2015 devido ao endividamento dos trabalhadores (BB teve lucro líquido de R$ 5,818 bi, Itaú Unibanco registrou R$ 5,733 bilhões e o Bradesco anunciou ter encerrado o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido contábil de R$ 4,244 bilhões) e as grandes fortunas não são sequer taxadas no Brasil (não confundir com expropriá-las, como defendemos). Como se observa, os efeitos da crise capitalista são jogados nos ombros dos trabalhadores pelo governo do PT, sendo as medidas neoliberais aplaudidas pela burguesia, o imperialismo e a Rede Globo! Em resumo, Dilma tesoura o orçamento e Levy promete aumento de impostos, em mais um golpe do PT contra os trabalhadores para pagar juros da dívida!

sexta-feira, 15 de maio de 2015


29 DE MAIO: DIA DE LUTA CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO E O AJUSTE NEOLIBERAL OU UMA MANOBRA DISTRACIONISTA DA CUT PARA BLINDAR DILMA?

A CUT, junto com outras centrais sindicais como a CTB, NCST e UGT, convocou para 29 de maio um “Dia nacional de paralisação e manifestações rumo à Greve Geral”. A iniciativa conta com o apoio da CSP-Conlutas e da Intersindical. O eixo do protesto é “Contra a Terceirização, as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 e o ajuste fiscal. Em defesa dos direitos e da democracia”. Sem dúvida alguma este chamado pode representar um passo progressivo para unir os sindicatos e suas bases na luta direta contra a precarização da mão de obra em nosso país que se aprofundará com a aprovação do PL 4330 no parlamento (agora PLC 30 no Senado) e contra o ajuste neoliberal levado a cabo pelo governo Dilma. Justamente por ter essa caracterização a LBI e as oposições ligadas a TRS participarão da manifestação e defendem que os sindicatos convoquem desde já assembleias amplas e democráticas para organizar a paralisação nos locais de trabalho, dos transpores públicos (ônibus e metrô) e nas escolas e universidades, fazendo desde dia um esforço concreto rumo a construção da Greve Geral. Entretanto, alguns fatos graves começam desgraçadamente a demonstrar que tal chamado pode ser uma manobra distracionista da direção da CUT no sentido de centrar o protesto no combate a aprovação do PL 4330 (que a Central acusa ter sido obra exclusiva de Eduardo Cunha e da oposição demo-tucana) a fim de secundarizar a luta contra o ajuste neoliberal do governo Dilma, pacote de maldades cujas medidas draconianas restringem benefícios do INSS. As MPs 664 e 665 tiveram o apoio do PT e PCdoB (como vimos recentemente nas votações na Câmara dos Deputados) partidos que controlam respectivamente a CUT e a CTB. Chama a atenção que nos dias que houveram as votações das MPs no parlamento que restringiram o seguro-desemprego, o auxílio doença, o abono salarial e a pensão por morte, ataques fulminantes aos trabalhadores pelas mãos do Palácio do Planalto, a CUT não moveu um dedo para mobilizar suas bases! Nem mesmo um ato político em frente ao Congresso Nacional foi feito deixando esta tarefa nas mãos da mafiosa Força Sindical, que não passa de uma marionete nas mãos da oposição conservadora. Onde estão os cartazes e outdoors da CUT-CTB com os nomes e as fotos dos deputados do PT e PCdoB que apoiaram as MPs e da própria Dilma que as editou, a fim de denunciar este golpe covarde do governo contra os explorados? Porque depois da votação do PL 4330 a denúncia de seus apoiadores foi feita amplamente, acusando Eduardo Cunha (PMDB) e o PSDB por votar pela terceirização e agora nada, nenhuma ação concreta e midiática para denunciar os apoiadores das MPs? Porque tamanha paralisia neste momento crucial da aprovação do ajuste neoliberal de Dilma-Levy? Será porque votaram nestas medidas impopulares Vicentinho, Jandira Feghali e outros “companheiros deputados”? A nosso ver, a resposta para estas questões fundamentais é que as direções da CUT e CTB optaram por usar a luta contra a terceirização como uma espécie de cortina de fumaça a fim de secundarizar o combate ao ajuste fiscal e assim acabam por blindar o governo Dilma, que ajudaram a eleger. Esta manobra da burocracia sindical “chapa branca” terá o seu auge no dia 29, cabendo aos ativistas classistas se oporem a ela através de uma vigorosa denúncia deste engodo e de uma luta política tenaz nas assembleias das categorias e atividades preparatórias do dia nacional de manifestações e paralisações. Jogar todas as forças militantes dos sindicalistas revolucionários para fazer do dia 29 um ponto de apoio para a construção da Greve Geral, mobilizando as categorias contra os ataques dos patrões, do governo Dilma e da direita reacionária é a tarefa prioritária dos lutadores combativos nos próximos dias. Estaremos neste trincheira, sem no entanto abrir mão da denúncia de que a principal responsável por levar adiante dos ataques da burguesia contra os trabalhadores é a “gerentona” petista que encontra-se encastelada no Palácio do Planalto. Neste momento está cada vez mais evidente que Dilma não é alvo de nenhum “golpe da direita” (como pregam alguns incautos na “esquerda” a soldo da Frente Popular), ao contrário, suas medidas anti-povo são apoiadas entusiasticamente pela Rede Globo e até o DEM, tanto que embalada pelo “sucesso” do office-boy dos rentistas, Joaquim Levy, junto a elite dominante a presidenta acaba de declarar que lançará nos próximos dias o “pacote de concessões” que privatizará portos, aeroportos, rodovias e ferrovias via empréstimos do BNDES como defende o imperialismo e o grande capital!

quinta-feira, 14 de maio de 2015


APROVADA MP 664 QUE RESTRINGE PENSÕES E BENEFÍCIOS DO INSS: PT E PC DO B SEGUEM FIRME NO AJUSTE NEOLIBERAL COM O APOIO DA DIREITA E DA REDE GLOBO NO ATAQUE AOS TRABALHADORES!

Festa anti-povo na Câmara dos Deputados, com direito aos “sorrisos das hienas” do líder do governo Dilma, José Guimarães (PT-CE) e do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com uma margem bastante folgada de quase 100 votos, o parlamento aprovou nesta quarta-feira (13), com 277 a favor, 178 contra e uma abstenção, o texto principal da medida provisória 664, que restringe o acesso ao pagamento da pensão por morte e ao auxílio-doença. O grosso dos deputados da “base aliada” do governo Dilma com o apoio de setores de direita como o DEM, aprovaram o texto do relator da MP, Carlos Zarattini (PT-SP) que manteve os ataques aos benefícios do INSS, com pequenas alterações cosméticas. O empenho do PT e PCdoB na imposição de cortes aos benefícios sociais dos trabalhadores foi reforçado não somente com os votos da direita no plenário mas por um Editorial de O Globo na própria manhã da votação no plenário da Câmara dos Deputados, tendo o simbólico título “Desemprego não justifica recuos em ajuste”. Nele a famiglia Marinho conclamou Dilma a não recuar do ajuste neoliberal e exortou os parlamentares a darem seu apoio as medidas: “Não faltará quem dê à presidente o mau conselho de recuar. São os mesmos que sussurram a Dilma para afrouxar o compulsório bancário, a fim de ajudar a construção civil. Seria trágico se, por remorso ideológico, Dilma retrocedesse: a parcela de confiança já recuperada junto aos agentes econômicos se esfumaçaria, em meio a uma disparada do dólar, sensível termômetro da credibilidade do governo junto a investidores e a sociedade como um todo. Logo, haveria outro choque na inflação. Portanto, mais elevação dos juros e, em decorrência, aprofundamento da recessão. Ao contrário, quanto mais rapidamente o reequilíbrio nas contas públicas for alcançado, mais cedo surgirão os sinais da retomada nos investimentos, a perda de fôlego da inflação, reativação do consumo, crescimento. Este processo é conhecido. Mas significará um mergulho no escuro não ser firme neste momento”. Como se observa, a burguesia está unida no apoio ao governo Dilma para que a “gerentona” petista leva a frente integralmente o ajuste neoliberal, inclusive alertando que ela não retroceda pela pressão dos trabalhadores e pela crise social (desemprego) que as medidas draconianas estão gerando! Longe do “golpe da direita” (ainda alardeado por idiotas a soldo da frente popular no interior da “esquerda”) assistimos nos últimos dias a mais um capítulo do duro golpe do PT contra os direitos e conquistas dos trabalhadores, tendo apoio de setores da reação burguesa como o DEM e das Organizações Globo!

quarta-feira, 13 de maio de 2015


GOVERNO TSIPRAS ENTREGA 750 MILHÕES DE EUROS AO FMI: CONTRA A RAPINA DOS RENTISTAS, FORTALECER A OPOSIÇÃO OPERÁRIA A GERÊNCIA SOCIALDEMOCRATA DE ESQUERDA” DO SYRIZA!

O governo Tsipras realizou nesta terça-feira (12/05) o pagamento de 750 milhões de euros (US$ 839 milhões) ao FMI referente a juros pelos empréstimos concedidos para resgates financeiros dos governos anti-povo passados. Desta forma, cumpriu seu acordo com o imperialismo europeu e os rentistas internacionais em detrimento a defesa das condições de vida do povo grego. Agora corre-se o risco de não haver dinheiro para pagar salários e aposentadorias. A gerência burguesa do Syriza alegou mais uma vez que tinha que “honrar seus compromissos” para que novos valores fossem emprestados ao país, ou seja, deu sequência à ciranda financeira que espolia a economia nacional e os trabalhadores. Em encontro com credores da Comissão Europeia, do BCE (Banco Central Europeu) e do FMI, o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis afirmou na segunda-feira (11/05) que a nação corre o risco de ficar sem liquidez total em duas semanas, caso não haja acordo de crédito o mais rápido possível. Cumprindo pontualmente com os reembolsos de todos os empréstimos, Atenas já havia pago 200 milhões de euros ao FMI na quarta-feira passada (06/05). Estes gestos de subserviência do Syriza entretanto não foram o bastante para a Troika. A falta de acordo entre os negociadores europeus e o governo Tsipras no Eurogrupo adiou a liberação da última parcela de resgate financeiro de 7,2 bilhões de euros em troca de um projeto de reformas econômicas neoliberais e cortes de custos. Vale ressaltar que a Grécia pagou ao FMI neste semana, mas ainda tem de reembolsar este ano 26 bilhões de euros até o final de 2015, entre empréstimos ao Fundo, obrigações do tesouro e títulos de curto prazo, os vencimentos de dívida previstos até dezembro atingem esta cifra bilionária. Frente a esta realidade escorchante, a PAME, conjunto de sindicatos dirigidos pelo KKE e que tem peso social e político entre a classe operária deve neste momento ser o polo de resistência classista a política entreguista doo Syrzia. Nesse sentido chamamos a conformação de uma frente política anticapitalista que tenha o KKE em sua vanguarda, cabendo aos genuínos trotskistas intervir neste processo para que os ativistas combativos e militantes que se proclamem leninistas combatam a político pró-imperialista do governo Tsipras e superem no curso da luta política e ideológica os limites da posição do stalinismo! Somente desta forma poderemos derrotar mais uma gerência socialdemocrata de “esquerda” à serviço da Troika! A tarefa dos Marxistas-Leninistas neste momento crucial da luta de classe na Grécia é organizar desde as bases operárias e populares a luta direta contra a política de colaboração de classes do Syriza e não semear falsas expectativas no governo burguês sob o comando de Alexis Tsipras como faz grande parte da família revisionista do trotskismo!

terça-feira, 12 de maio de 2015


TODO APOIO À GREVE DOS MOTORISTAS E COBRADORES DE SÃO PAULO CONTRA A PRECARIZAÇÃO E INTRANSIGÊNCIA PATRONAL!

Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo organizaram hoje (12.05) uma forte greve contra suas péssimas condições de trabalho, fechando completamente todos os 29 terminais de ônibus administrados pela SP Trans, espalhados pela cidade. Os trabalhadores resistem às condições de trabalho completamente degradante, marcada em grande medida pelo criminoso assédio moral praticado pelos fiscais, inspetores e chefes de trafego contra os companheiros, a pressão psicológica insuportável com ameaças de imposição de punições para o cumprimento de horários num transito completamente caótico como o da cidade de São Paulo, o fim do abuso das demissões indiscriminadas por justa causa, além de reivindicarem a reposição da inflação (em torno de 8%), 7% de aumento real, reajuste no valor do ticket alimentação, convênio médico e pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O sindicato patronal por sua vez, de forma intransigente apresentou a proposta ridícula aos trabalhadores do reajuste de 7,21%, uma verdadeira afronta, visto que não repõem nem mesmo a inflação do período, numa conjuntura de alta absurda dos preços de todos os produtos básicos de consumo dos trabalhadores como energia elétrica, água, alimentos, aluguéis e etc, fato que pode caminhar para uma inflação galopante de toda a economia, resultando inexoravelmente junto com os ajustes de Dilma e Levy, num profundo arrocho do padrão de vida de toda massa operária. Segundo os companheiros da oposição classista da categoria que nos contataram, “a adesão dos trabalhadores à greve foi quase unanime e o espírito de combatividade de cada trabalhador empurrou a burocracia do SINDMOTORISTAS dirigido pela UGT à paralisação. (...) Ainda é muito pouco, mas já significa um avanço da categoria, que pode repetir a poderosa greve organizada pela base do ano passado, pondo pânico em toda burguesia da cidade que teve sua dinâmica de circulação de mercadorias e exploração sobre nossa força de trabalho temporariamente desestabilizada, fato que só não teve uma repercussão ainda maior devido a vergonhosa traição da burocracia do PSTU-CONLUTAS, que não moveu uma palha para organizar a greve nos metroviários que eles dirigem, apesar das condições objetivas favoráveis, unificando nossas lutas o que colocaria a dupla Alckmin-Haddad e a patronal contra a parede e permitiria um grande avanço na consciência dos companheiros; (...) além de que pode haver a integração da luta dos motoristas e cobradores ao dia 29 próximo, que pode ser o princípio da preparação de uma greve geral no país contra os ajustes e a terceirização, levado a cabo tanto por PT-PMDB, como pela oposição reacionária PSDB-DEM”. A Oposição dos Rodoviários de Guarulhos, dirigida pela Tendência Revolucionária Sindical (TRS), presta todo apoio e solidariedade aos combativos companheiros, apontando que é indispensável a radicalização da luta, atropelando pela base a tendência conciliatória e de capitulação da burocracia do SINDMOTORISTA-UGT, diante da intransigência patronal, que neste momento articula um verdadeiro pacto das elites e todos os partidos da ordem burguesa para caçar os direitos operários e impor um verdadeiro arrocho contra as massas, diante da crise estrutural do capital em todo o globo.


segunda-feira, 11 de maio de 2015


LUTA DE CLASSES, O PACTO DAS ELITES E O CASAMENTO DO MÉDICO KALIL FILHO: QUANDO LULA, DILMA, CUNHA, RENAN, ALCKMIN E SERRA CELEBRAM “MAJESTOSAMENTE” COM A BURGUESIA OS ATAQUES CONTRA O POVO TRABALHADOR!

Nosso Blog não é um folhetim de fofocas para cobrir as festas da elite dominante. Entretanto o casamento do médico Roberto Kalil filho não foi um “simples” evento social privado de celebridades. O regabofe uniu tucanos e petistas, confluiu na mesma mesa Lula, Dilma, Cunha, Renan, Alckmin e Serra, afinal de contas o cardiologista e o caríssimo hospital Sírio-Libanês acompanham o “coração” do poder burguês enquanto os trabalhadores morrem nas filas do SUS e nas restrições de atendimento dos planos de saúde privados. A burguesia em suas diversas alas políticas se fez presente no luxuoso buffet Leopolldo, badalado ponto de festas da elite paulista em meio a aprovação do ajuste neoliberal do PT que restringe o seguro-desemprego, o abano salarial, a ajuda no defeso dos pescadores além, é claro, reduz a pensão das viúvas dos trabalhadores e os benefícios do INSS. No “cardápio” não podia faltar o PL das Terceirizações que Cunha e o PSDB de Alckmin/Serra aprovaram dias antes da MP 665 na Câmara dos Deputados. A capacidade do noivo de unir a burguesia vem de longe. Em seu primeiro casamento, nos anos 1980, os padrinhos foram o general Figueiredo, o último da ditadura militar e Maluf. Agora, os padrinhos foram Lula, Dilma e Serra, lá estava toda a elite econômica e política do país. Como se observa, há uma ampla celebração da burguesia na ofensiva contra os trabalhadores e suas conquistas enquanto os ricos esbanjam em suas festanças bancadas pela miséria do povo trabalhador, unindo PT, PSDB, PMDB...Como já dissemos a burguesia e o imperialismo não planejam neste momento um golpe contra Dilma (como dizem alguns idiotas na “esquerda” que se refestelam das migalhas da mesa da frente popular) e sim sustenta a “gerentona” petista para que ela leve a frente o ajuste neoliberal e depois faça a transição para a direita em 2018, se desgastando neste período em festanças nababescas como esta enquanto esfola os explorados. Não por acaso, os 20 paneleiros da direita raivosa presente na porta do Leopolldo não conseguiram sequer tirar uma declaração de Serra contra Dilma, sendo taxado de “traidor” pelos coxinhas reacionários. Aos explorados restam tirar mais uma lição em meio a esses holofotes: todos os partidos da burguesia e seus chefes, como Lula e Serra, Dilma e Cunha são inimigos de classe que devem ser derrotados pela ação direta e revolucionária dos trabalhadores para pôr fim a festa podre da burguesia e construir uma alternativa de poder dos trabalhadores! 

sexta-feira, 8 de maio de 2015


GOLPE DO PT CONTRA OS TRABALHADORES: APROVADA MP 665 COM APOIO DO PMDB DE CUNHA E TEMER. BURGUESIA E IMPERIALISMO SUSTENTARÃO DILMA ATÉ QUE COMPLETE O AJUSTE NEOLIBERAL

Poucos dias após o 1º de Maio, quando Lula e a direção da CUT bradaram demagogicamente no Vale do Anhangabaú (SP) contra a aprovação do PL da Terceirização na Câmara dos Deputados, tendo como claque setores do PSOL, a Intersindical e o PCO, na noite deste 06 de maio o governo Dilma aprovou o texto-base da MP 665 no mesmo parlamento, uma das medidas centrais do ajuste neoliberal de Levy, responsável por dobrar o tempo de trabalho necessário para a requisição do seguro-desemprego de seis para 12 meses e que dificulta o acesso dos trabalhadores de baixa renda ao abono salarial, tornando-o também proporcional ao tempo trabalhado. O “detalhe” é que na votação do PL da Terceirização, PT e PCdoB votaram contra alegando ser um ataque aos direitos dos trabalhadores enquanto o Palácio do Planalto trabalhou nos bastidores para aprovar a medida em unidade com a direita demo-tucana e Cunha a fim de garantir o aumento da arrecadação do Tesouro Nacional para melhor pagar os juros da dívida. Agora na MP 665 estes partidos fecharam questão no apoio as restrições aos benefícios sociais e, para isso, tiveram a seu lado parlamentares da direita inclusive do DEM que liberou sua bancada após reunião entre ACM Neto e Temer, além do grosso dos votos do PMDB de Eduardo Cunha. O governo Dilma não economizou na compra de apoio. Distribuiu cargos a rodo, principalmente ao PP, o partido de Maluf e que compõe sua base aliada. O placar foi 252 votos a favor e 227 contra, um resultado apertado mas que o governo tinha plena certeza de vitória. Em ambos o caso, a “gerencia petista” trabalhou para aprovar medidas que atacam direitos e benefícios dos trabalhadores. A “diferença” foi que na votação do PL 4330, a CUT convocou um dia nacional de luta em 15 de abril e acusou a direita demo-tucano em aliança com Cunha de impor a aprovação do projeto, tirando a responsabilidade do Planalto que não moveu um dedo para derrotá-lo na Câmara dos Deputados. Agora, a CUT sequer apareceu nas galerias do parlamento, quem as ocupou foi a Força Sindical de Paulinho, que junto com o PSDB e Solidariedade buscavam desgastar o PT-PCdoB sob o coro “você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. Demagogias a parte, já que os tucanos foram e são inimigos de classe dos trabalhadores, basta ver o governo FHC e agora a repressão de Beto Richa contra os professores do Paraná, o certo é que em ambos os casos a burguesia e o imperialismo alcançaram seu objetivo de atacar direitos e conquistas sem que houvesse resistência à altura dos trabalhadores. Com as recentes votações na Câmara dos Deputados (PL 4330 e MP 665) está mais do que provado que interessa a classe dominante e a Casa Branca a manutenção do governo petista até que se complete integralmente o ajuste neoliberal no Brasil, ainda mais que estas medidas minam as bases sociais do PT, desmoralizam o movimento operário e abrem caminho para a direita (Alckmin, Joaquim Barbosa, Sérgio Moro, Marina) em 2018 ou mesmo antes... Neste quadro político não há espaço para impeachment ou golpe parlamentar neste momento, ao contrário, os barões do capital nacional e internacional desejam que Dilma complete o ciclo de “contrarreformas” que precarizam a mão de obra e atacam direitos, enquanto o governo central privatiza a estrutura nacional pela via de concessões (portos, estradas e ferrovias) e faz a entrega lenta e gradual da Petrobras, BB e CEF para os rentistas por meio da venda de parte das empresas e abertura de capital. Nesse sentido, o chamado da CUT para uma “Greve Geral” de 24 horas em 29 de Maio é parte de um jogo de cena para descomprimir suas bases, na medida que só centra seu alvo no PL na Terceirização e secundariza o combate as MP´s 665 e 664. De nossa parte, chamamos o movimento operário e popular a construir o dia 29 na perspectiva de deflagrar uma verdadeira paralisação nacional contra os ataques de Dilma, Cunha e da direita reacionária aos trabalhadores, sem dá nenhuma trégua a gerência petista como deseja a CUT e seus satélites a soldo da Frente Popular!

quinta-feira, 7 de maio de 2015


VIVA OS 70 ANOS DA VITÓRIA SOVIÉTICA SOBRE OS NAZISTAS EM BERLIM: UMA LIÇÃO HEROICA DE COMO A CLASSE OPERÁRIA DEVE ENFRENTAR A OFENSIVA MUNDIAL CAPITALISTA EM NOSSOS DIAS

Neste dia 8 de maio completam-se os 70 anos da tomada de Berlim pelas tropas soviéticas, data que entrou para a história simbolizada com a bandeira da URSS sendo erguida no alto do Reichstag depois da vitória do Exército Vermelho na épica “Batalha de Berlim”. Era o ano de 1945 e se aproximava o fim a Segunda Guerra Mundial em um contexto de rendição incondicional da Alemanha nazista. Em quase seis anos de conflito, mais de 50 milhões de vidas foram exterminadas como consequência direta das sangrentas batalhas, dos bárbaros assassinatos nos campos de concentração nazistas e dos hediondos massacres contra a população civil, como as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaki. As comemorações dos 70 anos da derrota do nazismo hoje, celebrada particularmente com um grande desfile militar na Rússia de Putin com forte simbologia comunista (tanques com estrelas vermelhas e bandeiras com a foice e martelo), são crivadas pela retorno do fascismo na Ucrânia patrocinado pelo “democrático” imperialismo ianque e a resistência das repúblicas populares no Leste ucraniano. Apesar dos “historiadores” a soldo do capital buscarem falsificar a história, a derrota do nazismo foi efetivamente uma vitória militar do Exército Vermelho. A campanha militar de Hitler não havia sofrido um só revés até dezembro de 1941, quando fracassou a tentativa de conquistar Moscou. Porém, a batalha decisiva da Segunda Guerra só ocorreu no ano seguinte, na famosa Stalingrado. Em agosto os alemães fizeram a primeira investida contra a cidade com pesados bombardeios. Mas os combates que determinaram a derrota nazista ocorreram a partir de novembro. Em 30 de janeiro de 1943, no décimo aniversário de sua ascensão ao poder, Hitler, fazendo um solene pronunciamento pelo rádio, declarou: “Daqui a mil anos os alemães falarão sobre a Batalha de Stalingrado com reverência e respeito, e se lembrarão que a despeito de tudo, a vitória da Alemanha foi ali decidida”. Três dias depois o marechal Von Paulus assinava a rendição do 6º Exército alemão diante do General Chuikov, comandante das tropas do Exército Vermelho em Stalingrado. A vitória soviética, como era de se esperar fortaleceu enormemente o stalinismo como principal direção política para o proletariado mundial, reduzindo a influência da IV Internacional a um pequeno círculo de propaganda. A orientação do Kremlin, em nome dos acordos com as potências imperialistas celebrados em Yalta e Potsdam, conduziu a derrota de vários processos revolucionários ocorridos no pós-guerra. Na Itália e na França, os PCs, que haviam alcançado um enorme prestígio na organização da resistência partisans, foram orientados a conformar governos de unidade nacional com os partidos burgueses. Na Grécia, a traição do stalinismo, permitiu a derrota da insurreição operária em Atenas, sufocada pelos pesados bombardeios da aviação britânica. Porém, na Iugoslávia e na China, onde as orientações de Stálin não foram seguidas, a luta de libertação nacional resultou na expropriação da burguesia, independente da presença militar do Exército Vermelho. Apesar das traições stalinistas, a onda revolucionária que se abriu no pós-guerra era uma evidência de que a heroica resistência do Estado operário soviético, ainda que burocratizado, foi um colossal estímulo para a luta de classes do proletariado mundial. Nos dias atuais, é fundamental resgatar o legado da vitória da resistência soviética sobre o nazismo, ainda que sob o comando de Stálin, para combater a atual ofensiva imperialista, postando-se no campo político e militar das “repúblicas populares” do Leste da Ucrânia para derrotar o governo nazifascista imposta em Kiev (como fizeram os trabalhadores do país na Segunda Guerra Mundial) a fim de avançar para a construção de um nova União das Repúblicas Socialistas Soviéticas!

terça-feira, 5 de maio de 2015


O AJUSTE NEOLIBERAL DO PT EM MEIO A CRISE ESTRUTURAL DA ECONOMIA MUNDIAL CAPITALISTA: A ESTRATÉGIA OPERÁRIA DEVE SER A REVOLUÇÃO PROLETÁRIA CONTRA A BARBÁRIE QUE SE AVIZINHA!

Antes mesmo de assumir o seu segundo mandato à frente do Estado semi-colonial brasileiro, a gerentona palaciana Dilma Rousseff não perdeu tempo e tratou logo de mostrar serviço para toda a gangue capitalista internacional: nomeou logo de cara, além de todo um arco de representantes da grande burguesia e do latifúndio em seu corpo ministerial, ninguém menos que Joaquim Levy, um “Chicago Boy”, homem de confiança da banca internacional, ex-funcionário do FMI e fanático pela austeridade neomonetarista para tomar conta do Ministério da Fazenda. Para completar, anunciou a implementação das Medidas Provisórias (MP’s) 664 e 665 que limita entre outras coisas, o benefício do seguro desemprego dos trabalhadores mais jovens, a pensão por morte das viúvas mais pobres e o benefício do PIS, que funciona como um auxílio aos operários sobretudo nos momentos de desemprego. A justificativa para tais medidas impopulares foram “eliminar excessos, aumentar a transparência e corrigir distorções, visando à sustentabilidade dos programas que utilizam os fundos de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da Previdência Social” (Agência Brasil, dezembro de 2014), além de que, por exigência dos grandes abutres das finanças, economizar 80 bilhões de reais para o pagamento da dívida pública aos banqueiros através do superávit primário, o equivalente a 1,2% do PIB de meta fiscal a se perseguir só em 2015 (Carta Capital, abril de 2015). Na prática porém, tais medidas são na verdade a materialização das tão sonhadas pela burguesia, reformas trabalhista e previdenciária aplicadas a conta gotas e significam um profundo e doloroso ataque aos direitos operários, que resultarão no aprofundamento do empobrecimento dos trabalhadores e suas famílias, além de refletir uma criminosa transferência de renda de toda a população assalariada para o grande capital. De acordo com a Rede Jubileu Sul, só no ano de 2014 por exemplo, foram gastos com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública brasileira R$ 978 bilhões; ou seja, cerca de 45,11% do orçamento do período e o equivalente a 12 vezes o que foi destinado a educação, 11 vezes o gasto saúde e mais que o dobro gasto com a Previdência Social (Auditoria Cidadã, 02 de 2015). Enquanto escrevemos estas linhas, as MP’s 664 e 665 estão sendo votadas na Câmara dos Deputados chefiada pelo bandido Eduardo Cunha (PMDB) e os dias que antecederam tal votação, foram marcados pelo mais dedicado empenho pessoal de Dilma e toda sua equipe palaciana, sobretudo os “verdadeiros chefes” do governo Levy e Temer, na articulação de alguns ajustes cosméticos para a aprovação deste duro ataque contra o proletariado nacional.

segunda-feira, 4 de maio de 2015


NOVOS BOMBARDEIOS DOS EUA NA SÍRIA: NENHUM “CHEQUE EM BRANCO” PARA OBAMA ATACAR O EI, SUA CRIA! FRENTE ÚNICA COM O REGIME DE ASSAD CONTRA O IMPERIALISMO IANQUE E SEUS ALIADOS DA OTAN!

Pelo menos 60 civis morreram neste final de semana em um bombardeio de aviões da coalizão internacional liderada pelo imperialismo ianque no norte da Síria, próximo a cidade de Kobani, na fronteira com a Turquia e situada na província de Aleppo. O pretexto usado pelos EUA foi o suposto combate as posições do Estado Islâmico (EI). Os ataques foram apresentadas como parte do plano da Casa Branca para barrar o avanço do EI na Síria e no Iraque, mas também estão voltadas para combater o governo Assad. O EI foi anteriormente armado pela CIA para desestabilizar o governo sírio seguindo o mesmo script macabro imposto na Líbia de Kadaffi. Entretanto, os “fanáticos” jihadistas islâmicos foram derrotados em sua “missão” pelo exército nacional da Síria, que conta com amplo apoio popular. Frente ao revés imposto na Síria, o EI acabou recuando para o Iraque e voltando suas forças contra o debilitado e impopular governo títere do imperialismo no Iraque. Trata-se de em um típico exemplo de quando o “feitiço se volta contra o mestre” devido às contradições vivas da luta de classes, que acabaram por colocar o EI em choque aberto com a marionete imposta em Bagdá pelos EUA. Esta realidade criou um impasse na Casa Branca. Obama perdeu o controle sobre o EI e ainda viu o fortalecimento do governo Assad no último ano. Diante desta nova realidade, o Pentágono voltou a bombardear o EI no Iraque no final de 2014 e agora em maio na Síria. Obama também reafirmou que iria armar outros grupos “rebeldes moderados” para fustigar o governo Assad e paralelamente deter o avanço dos jihadistas. Em resposta, Assad também bombardeou dias depois a região e a mídia internacional acusou o regime sírio de “assassinar crianças em ataque a Aleppo”. Está em andamento o “plano de guerra contra o EI” anunciado por Obama nas celebrações dos 13 anos do “11 de Setembro”. Diante da realidade de um conflito multifacetário, a posição dos Marxistas-Revolucionários é rechaçar o bombardeio imperialista ao território da Síria, não assinando nenhum “cheque em branco” para Obama atacar o EI. Ao denunciar a agressão imperialista, no campo militar os trotskistas reafirmam a frente única com o exército nacional comandado por Bashar Al-Assad contra os “rebeldes” armados e financiados pela Casa Branca. Os Comunistas Proletários militam nestas trincheiras de combate com total independência política e militar das direções burguesas e nacionalistas para forjar uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores, guiados por um programa internacionalista!

sábado, 2 de maio de 2015


EM MEIO AO AJUSTE NEOLIBERAL DO PT E DA REPRESSÃO TUCANA NO PARANÁ, O 1º DE MAIO É MARCADO POR ATOS ESVAZIADOS QUE NÃO ORGANIZAM A RESISTÊNCIA DE CLASSE AOS ATAQUES DO GOVERNO DILMA E DA DIREITA

Uma marca deste 1º de Maio no Brasil foi o esvaziamento dos atos em comemoração ao dia internacional dos trabalhadores. A CUT convocou para São Paulo sua principal atividade, mas esta reuniu pouco mais de 10 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, apesar de contar com a presença de Lula e de ministros do governo Dilma, como Miguel Rosseto. O fato da presidente petista levar a frente um duro ajuste neoliberal que ataca direitos e conquistas dos trabalhadores obviamente não possibilitou que as centrais “chapa branca” fizessem do 1º de Maio uma demonstração de força para fazer frente a ofensiva da direita demo-tucana. A fala de Lula se limitou a defender o governo e declarar que percorrerá o Brasil em defesa da democracia, avisando desde já que não é “candidato a nada”. Em um quadro bastante defensivo que incluiu o não pronunciamento de Dilma em cadeia nacional de TV por temor de um novo panelaço, a frente popular vai levando adiante duros golpes contra os trabalhadores e deseja mais uma vez capitalizar o ódio popular contra o PSDB (que acabou de desferir um massacre contra os professores do Paraná) para o terreno da disputa eleitoral em 2018. No terreno da esquerda que não está ligada diretamente ao governo do PT-PMDB e a oposição burguesa, ocorreu mais uma vez o ato na Praça da Sé, contando com apenas mil pessoas e com o ativismo extremante desmoralizado, principalmente porque o MTST que historicamente integra a atividade optou por se juntar aos apoiadores do governo Dilma no Anhangabaú. A militância da LBI participou da passeata até a Praça da República junto com PSTU, PCB, POR, MRT, denunciando o ajuste neoliberal de Dilma e a necessidade da mobilização direta contra os ataques do governo da Frente Popular em conluio com a direita reacionária. Foram distribuídos centenas de declarações políticas e feito um chamado a enfrentar a ofensiva imperialista mundial através da luta pela revolução proletária, honrado o legado soviético nos deixado por Marx, Engels, Lênin e Trotsky.

Militância da LBI marca presença na
passeata até a Praça da República em solidariedade 

a greve dos professores de São Paulo