segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ESTADO DE EXCEÇÃO DURANTE A COP21 NA FRANÇA: HOLLANDE ENCARCERA TREZENTOS ATIVISTAS ANTIIMPERIALISTAS AGORA CONSIDERADOS "TERRORISTAS"


Enquanto os governos sionista, turco e árabe, parceiros íntimos da diplomacia internacional francesa, protegem as bases militares do "Estado Islâmico" na Síria e Iraque, o presidente Hollande reprime violentamente uma manifestação de ativistas antiimperialistas, agora taxados de "radicais e terroristas" pelo governo. Foram quase trezentas prisões em pleno centro de Paris em uma praça chamada "República", melhor seria rebatizar de "República da elite capitalista e xenófoba". Como já tínhamos caracterizado anteriormente os atentados terroristas do "13 de Novembro" serviram como uma luva para o governo "neo-socialista" decretar "estado de emergência" suprimindo garantias democráticas elementares para as massas e impulsionando ainda mais a ofensiva xenófoba contra imigrantes e cidadãos de origem colonial. A mobilização contra a COP21, um amálgama das potências imperialistas que devastam o planeta segundo os interesses das corporações comerciais, reuniu cerca de 5000 militantes que não aceitaram a orientação das ONG's domesticadas pelo capital de suspender a marcha sobre Paris em troca de uma concentração de sapatos na Praça da República. Um gigantesco aparato de repressão se abateu contra os ativistas dos mais variados setores da esquerda anticapitalista, inclusive dirigentes do NPA e organizações trotskistas. Logo Hollande ocupou a mídia corporativa para atacar os "radicais e violentos" que estariam "desrespeitando as homenagens aos mortos" do 13N. Até o momento do fechamento desta edição dos quase trezentos ativistas detidos pelo menos 180 ficarão presos e processados sob denúncia de violar o "estado de emergência", segundo informou o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve. Entretanto o mesmo rigor da "V República" vertido contra manifestantes sociais não é encontrado quando se trata de reprimir os autores dos atentados que vitimaram 130 pessoas em Paris. Ao contrário o governo Hollande acaba de acobertar a ação de seus parceiros internacionais, patrocinadores do EI, quando a questão se relaciona a defesa das bases militares dos grupos terroristas no Oriente Médio. Há poucos dias foi descoberto que o governo sionista do chacal Bibi disponibiliza o Ziv Medical Centre, em Zefat (norte de Israel) para os jihadistas feridos do EI, um hospital que conta com um serviço especializado em traumatologia de guerra. Ainda não podemos determinar o grau exato do envolvimento direto do governo francês nas ações do EI em Paris, porém a ligação dos terroristas com os serviços de "inteligência" de Israel é notória. O certo é que Hollande prepara um enorme retrocesso do regime político francês, processo que deverá ser concluído pelo próximo governo com características fascistas. Exigimos a imediata liberdade para todos os presos políticos da COP21, convocando imediatamente uma campanha mundial de solidariedade ativa com os ativistas franceses. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

CARTA ABERTA AO COMPANHEIRO VALTER POMAR (AE):
DENUNCIAR RUPTURA DE UMA GARANTIA CONSTITUCIONAL NA ONDA DA "DITADURA JURÍDICO POLICIAL" NÃO É O MESMO QUE "CHANCELAR" A CONDUTA CRIMINOSA DE DELCÍDIO *


Em um regime democrático, onde impera o chamado "Estado de Direito" até mesmo os criminosos confessos tem o direito de se valer das garantias constitucionais vigentes para se defenderem na forma ampla da lei que deve subordinar todos os processos policiais e penais que por ventura venha a ser réu qualquer cidadão. Posto esta questão que precede ao próprio entendimento jurídico da figura da imunidade parlamentar, queremos nos dirigir ao companheiro Valter Pomar (dirigente da tendência petista "Articulação de Esquerda") para afirmar que é completamente equivocado, além de muito perigoso para as parcas liberdades democráticas existentes no país, "confundir" juízo de valor sobre a conduta do senador Delcídio Amaral com legitimidade jurídica do "modus operandi" da prisão do líder do governo no Senado Federal. Este é o primeiro grave erro no texto que Valter apresentará para aprovação da direção nacional de sua tendência no próximo dia 28/11. No referido documento Pomar critica a postura da bancada petista no Senado ao votar contra a validação da prisão de Delcídio decretada por uma Turma do STF. Para o dirigente da "Articulação de Esquerda" (AE) o fato de haver uma "prova" gravada (sem a devida autorização legal e sequer periciada até o momento da prisão) evidenciando a conduta criminosa de Delcídio seria um motivo justo para que o parlamentar fosse "enquadrado" como um caso de "flagrante delito" e quebrado sua imunidade constitucional pelo STF. Lembremos que Delcídio não foi convocado imediatamente pelo ministro Teori Zavascki do STF para exercer seu direito de defesa, mas sim primeiramente encarcerado pela PF que adentrou no Senado sem autorização da presidência da Casa. Posteriormente o senador prestou depoimento a Polícia Federal, uma autarquia do Ministério da Justiça (Poder Executivo) e não do Supremo Tribunal Federal, ao qual unicamente Delcídio poderia ser submetido como parlamentar no exercício de seu mandato. Mas Valter ao se "escandalizar" com a gravação e exigir a expulsão política de Delcídio das fileiras do PT "embrulha  no mesmo pacote" o acerto de sua sumária prisão e ainda por cima se solidariza com a deliberação majoritária do Senado ao chancelar a ação do STF, vejamos em suas próprias palavras: "Por tudo isto, a bancada do PT no Senado deveria ter votado a favor de chancelar a prisão preventiva determinada pelo STF. E com muito mais motivos -- pois neste caso não está em jogo uma interpretação da Constituição, mas sim o estatuto e o código de ética do Partido --, a Comissão Executiva Nacional do PT deve abrir imediatamente um processo disciplinar contra o senador, reafirmando o caráter pessoal e anti-partidário de suas ações e sinalizando explicitamente a disposição de expulsá-lo do Partido", para arrematar sua tese da seguinte forma: "Isto posto e por isto mesmo, somos de opinião que a maioria da bancada do PT no Senado Federal errou." ("O PT deveria expulsar Delcídio Amaral?", texto do blog de Valter Pomar, 26/11/15). De cara podemos constatar que Valter utiliza como método a mixagem de questões absolutamente distintas, como o código de ética do PT e a Constituição da República ou mesmo a abertura de um processo disciplinar pela comissão executiva do partido com um mandado de prisão ao arrepio da lei vigente em nosso país. São etapas totalmente distintas sobre os fatos que cercam Delcídio que Valter trata propositalmente de (con)fundir no mesmo momento, é claro ao gosto da "opinião pública". Porém o "curioso" é que enquanto defende a abertura de um processo de expulsão do senador corrupto pelo PT, que poderá levar meses seguindo o trâmite regimental do partido, clama pela execução sumária de sua detenção sem antes sequer ter apresentado qualquer defesa. Vamos direto ao fulcro da primeira questão: é ou não constitucional a prisão de um senador em pleno gozo de sua imunidade parlamentar. Depois analisaremos os desdobramentos políticos da pratica de Delcídio, que já adiantamos não é um caso isolado no interior do PT. Esclarecemos aos leitores que um Senador da República não tem imunidade absoluta, porém segundo a nossa constituição existem tipificações e ritos processuais que devem ser seguidos, inclusive sobretudo pelo STF "maior guardião da carta magna". A Constituição da República é muito clara: “Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável.” (art. 53, § 2º, da Constituição Federal). Aprende-se nos primeiros anos da Faculdade de Direito, por mais medíocre que seja o Professor de Processo Penal, serem eles o racismo (não a injúria racial), a tortura, o tráfico ilícito de drogas, o terrorismo, os definidos como crimes hediondos, o genocídio e os praticados por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, nos termos do art. 5º., XLII e XLIII da Constituição da República. Quais destes crimes o Senador da República praticou? A não ser que admitamos que o PT é uma organização criminosa e terrorista, como apregoa o reacionário Aécio Neves e C&A, a sumária prisão preventiva de Delcídio carece de bases legais, foi tomada por vindita da segunda Turma do STF que qualificou as asneiras gravadas (próprias mais de um imbecil do que de um astuto larápio) como a tipificação de um crime inafiançável. Registre-se que corrupção pública (recebimento de comissões em cada transação comercial do Estado) crime fartamente praticado por Delcídio e tantos outros, não se enquadra neste caso. A célere "punição exemplar" proferida pelos ministros do STF assemelha-se mais a um julgamento político do que "técnico", e isto ficou absolutamente cristalino na voz da togada Carmen Lúcia, um libelo de ódio contra a esquerda. A utilização pelo STF do método neoliberal do "common law" (empregada como regra nos EUA e Inglaterra), no qual a jurisprudência se sobrepõe a constituição operando sob a pressão da mídia corporativa é um elemento gravíssimo desta conjuntura que estamos vivendo. A hegemonia das iniciativas jurídico-policiais no cenário nacional, sempre com o timbre do antipetismo não deveriam servir de bússola para as posições do companheiro Valter Pomar. Se esta onda reacionária arrebentou na cabeça do execrado Delcídio, o senador mais tucano do PT e por isso mesmo líder do governo Dilma, amanhã poderá estourar nas costas de qualquer parlamentar petista, com o forjamento de gravações adulteradas sem autorização judicial. Na raiz desta última deliberação do STF, seguindo a orientação reacionária geral da "Lava Jato" está o processo penal do chamado "Mensalão", gênese das perseguições policiais contra as lideranças históricas do PT, as quais apesar de defendê-las jamais a isentamos de suas condutas degeneradas programaticamente. Entretanto é necessário diferenciar um julgamento de valores políticos decompostos que cabe a esquerda realizar em um ambiente próprio, da sanha midiática direitista a qual parece ter se subordinado nossas Cortes de justiça. Desgraçadamente somos forçados a declarar que Delcídio não é um "exemplar" único no PT e tampouco no arco da Frente Popular, talvez seu caso seja o mais pitoresco pela estupidez que foi revelado publicamente em "rede nacional". Se Valter Pomar quer agir com absoluto "rigor ético" deve exigir não só a expulsão do "pateta" Delcídio do PT, mas de todos os dirigentes partidários que receberam "generosas comissões" oriundas de empresas capitalistas que vendem seus produtos e serviços ao Estado burguês sob a gerência da Frente Popular, temo que não sobre ninguém.... Para se romper com esta lógica da acumulação patrimonialista, presente em todos os partidos da ordem burguesa, não basta "depurações de caráter moral", se faz necessário revolucionar o modo de produção capitalista e reconstruir o Estado sob novas bases socialistas.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

PRISÃO DO SENADOR DELCÍDIO: NÃO ADIANTA NADA SER PETISTA NEOLIBERAL LAVA JATO QUER "TERRA ARRASADA" CONTRA TODA A FRENTE POPULAR E ALIADOS


A prisão do senador mato-grossense Delcídio Amaral líder do governo na Casa, por determinação da famigerada operação Lava Jato, pegou de surpresa não só a cúpula do PT mas também todo o universo político brasileiro. A prisão de Delcídio teve o aval de uma Turma do STF, que acatou o pedido do Procurador Geral da República baseado em uma fita de áudio onde o senador sugere ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró (preso em Curitiba) uma rota de fuga do país. O ministro do STF relator da Lava Jato, Teori Zavascki, determinou a prisão de um membro do Congresso Nacional considerando que o parlamentar incorreu em "flagrante delito" ao comandar um esquema criminoso em pleno andamento. O plenário do Senado foi convocado imediatamente para referendar ou não a decisão do STF. A direção nacional do PT logo emitiu um pronunciamento atirando Delcídio as "feras" da Lava Jato, apesar do papel de destaque que ocupava no partido e no próprio governo Dilma. A blogosfera "chapa branca" seguiu a mesma orientação cínica do PT qualificando Delcídio de "o mais tucano dos senadores petistas". O fato é que Delcídio era o responsável no Senado de encaminhar a pauta do "ajuste" e "austeridade" coordenada pelo ministro Levyano. Homem de confiança da anturrage palaciana, fazia a dupla monetarista "cara de pau" com o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães. Delcídio pensava que servindo aos interesses do "mercado" estaria protegido da sanha da Lava Jato, até então focada nas lideranças de esquerda do PT, como o ex-ministro José Dirceu e João Vacari. Porém a prisão do agro-empresário Carlos Bumlai, agente e amigo de Lula, no dia anterior apontava que a "República do Paraná" tem como próximo passo cercar e acuar o ex-presidente operário. Não resta há menor dúvida que o conjunto do PT e seu arco de sustentação política reproduziu o velho "metiê" da cobrança de "comissões" (propinas como a mídia corporativa gosta de chamar) em cada operação comercial praticada pelo estado burguês. Entretanto caracterizamos as prisões e fustigamentos jurídicos da Lava Jato voltadas exclusivamente a eliminar do mapa nacional a influência política do PT. Não por acaso o centro estratégico da Lava Jato é exaurir a Petrobras e as empreiteiras brasileiras que estabelecem parceria com a estatal. Não somos ingênuos e denunciamos os interesses diretos das transnacionais imperialistas na quebra das reservas nacionais, "legitimadas" agora pela desmoralização midiática das estatais e de grandes empresas brasileiras. O governo Dilma é cúmplice deste processo de ofensiva neoliberal contra a economia do país e por isso também se acovarda diante da Lava Jato. Não defenderemos a inexistente "honra" de um senador que faz a apologia das privatizações e arrocho salarial dos trabalhadores, mas nem por isso deixaremos de pontuar vigorosamente o caráter reacionário e antinacional da operação Lava Jato.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

CAIU A MÁSCARA NA DERRUBADA DO CAÇA RUSSO E OS EUA E TURQUIA REVELAM QUEM É SEU VERDADEIRO ALIADO: EI!


O covarde ataque ao caça das Forças Armadas da Rússia um SU-24 comandado por dois oficiais, realizado por jatos ianques F-16 da OTAN sob a bandeira turca, revela o verdadeiro caráter da ação imperialista na região localizada entre as fronteiras da Síria e o Iraque: Derrubar o regime Al Assad e proteger as operações terroristas do "Estado Islâmico" nos conflitos do Oriente Médio. O caça russo foi surpreendido em espaço aéreo sírio por jatos F-16 que dispararam mísseis ar-ar sem emitir nenhum sinal de advertência, os dois pilotos russos ejetaram após o ataque e aparentemente foram capturados e mortos por grupos armados de oposição ao governo sírio, o que comprova que sua aeronave não adentrou no território turco. Os militares russos estavam em operação contra as "forças insurgentes" de combate ao regime Assad, o que engloba um vasto arco de grupos terroristas financiados pela OTAN, desde o EI até o ELS. A sorrateira intervenção dos jatos da OTAN/Turquia contra a Rússia para proteger os "rebeldes" teve o aval direto do Pentágono, pois todos sabem que os F-16 são programados "online" para não disparar em alvos "amigos". Em reunião entre Obama e Hollande, ocorrida hoje em Washington logo após a derrubada do caça russo, o "imperador" da Casa Branca defendeu plenamente o ato assassino do governo turco, sob o cinismo da acusação de "violação do espaço aéreo" e "necessidade de defesa". Em contrapartida o presidente russo, Putin, afirmou que foi "apunhalado pelas costas" e que a ação da Turquia/OTAN geraria "graves consequências". Até o momento não há notícia de uma enérgica resposta militar da Rússia as provocações referendadas oficialmente pelo imperialismo ianque. Os grupos terroristas "sírios" de todos os matizes políticos e militares se sentiram mais fortalecidos pelo apoio aberto dos EUA, já o imperialismo europeu saiu arranhado em sua cretina cruzada midiática contra os jihadistas do EI. Nos próximos dias a "temperatura" deve subir na região do conflito, a Rússia terá que agir com vigor para esmagar os falsos "rebeldes" da OTAN, sob pena de desmoralização em sua ação de apoio à Assad. O movimento operário mundial deve prestar total solidariedade as Forças Armadas russas, covardemente atacadas pelos chacais da OTAN covardemente disfarçados na sombra do servil Erdogan. Desgraçadamente assistimos mais uma vez o silêncio da esquerda revisionista, diante de uma operação militar imperialista contra um governo nacionalista que saiu em socorro de uma nação espoliada e atacada pela OTAN. Os Morenistas e sua "grande família" estão na trincheira oposta ao dos povos oprimidos, perfilam-se na barricada do imperialismo e suas "revoluções" fabricadas pela CIA. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MACRI TRIUNFA PROMETENDO ATACAR A VENEZUELA, PORÉM MORENISTAS E ALTAMIRISTAS COMEMORAM AFIRMANDO "QUE SERÁ UM GOVERNO MAIS DÉBIL PARA APLICAR O AJUSTE"


O previsível ocorreu, o reacionário Macri (Cambiemos) triunfou no segundo turno sobre a candidatura Kirchnerista do ex-governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli. A vitória previamente anunciada de Macri, posto os resultados do primeiro turno, não aconteceu com a ampla margem de votos prognosticada pela maioria dos analistas políticos argentinos (inclusive pelo Blog da LBI), ao contrário se consolidou com uma diferença percentual muito "apertada". Mais além do controle estatal Kirchnerista sobre os mecanismos eleitorais que sem dúvida alguma teve algum peso no resultado final, a campanha da presidente Cristina contra a possibilidade de "retrocesso institucional" em caso de uma vitória de Macri influenciou muito no excepcional desempenho de Scioli no segundo turno. Porém o que "emplacou" já por duas vezes no Brasil não teve a mesma sorte no país vizinho, ou seja, o governo da esquerda burguesa apostar sua continuidade nas mãos de uma candidatura neoliberal. O discurso de Scioli contra o "ajuste macrista" não conseguiu convencer os distritos mais "rebeldes", pelo simples fato do candidato governista ter anunciado com toda pompa no primeiro turno uma dura política de austeridade e arrocho salarial. O grupo "Kirchner" seguro do ótimo resultado obtido nas eleições primárias, preferiu "abrir o jogo" e anunciar para o mercado financeiro que Scioli aplicaria o ajuste mais inflexível, esperava assim neutralizar setores da burguesia contrários a mais uma sequência de governos da "centro-esquerda" burguesa. Macri não possuía um partido nacional e apoiou-se nas próprias fissuras do Peronismo, navegando na onda reacionária que varre todo o continente. Não por coincidência as primeiras declarações do presidente eleito se voltam contra o regime Chavista da Venezuela, por sinal a oposição a Maduro acompanhou na própria capital portenha o desfecho eleitoral argentino. É evidente que não existem motivos para a esquerda comemorar a vitória do protofascista Maurício Macri, a derrota do oficialista neoliberal Scioli ocorreu pela via de um giro político à direita das massas e não por um ascenso do movimento operário. É certo que a escolha de Cristina por uma candidatura mais agradável aos rentistas favoreceu a direita. Entretanto é absolutamente equivocado, para não dizer "criminoso", considerar a eleição de Macri como um "avanço para o proletariado". Mas é nesta direção que aponta o balanço de Morenistas e Altamiristas das eleições presidenciais do último domingo. Para a organização da esquerda revisionista Convergência Socialista: "Caiu o Kirchnerismo e assumirá um governo mais débil para aplicar o ajuste", já o Partido Obrero caminha na mesma senda quando afirma:"A luta contra o macrismo e seus ajustes voltará a ter como protagonista a esquerda anticapitalista". A febre eleitoralista do revisionismo argentino faz delirar seus dirigentes que sonham em capitalizar mais votos sob a égide de um governo da direita recalcitrante, uma estúpida ilusão que em breve logo se dissipará. Em uma etapa histórica hegemônica da ofensiva imperialista, o movimento operário e popular deve se organizar para combater o fascismo com seus próprios métodos de luta, sem confiar em nenhuma variante política capitalista, seja no formato "progressista" ou "conservador".

domingo, 22 de novembro de 2015

ATO EM SÃO PAULO DE SOLIDARIEDADE À SÍRIA DENUNCIA AMEAÇA DE INTERVENÇÃO DA OTAN APÓS OS ATENTADOS DE PARIS


Ocorreu neste sábado (21.11) um importante ato internacionalista de solidariedade ao povo sírio na Avenida Paulista, em frente ao consulado do país em São Paulo. O ato foi convocado pela Frente Brasileira de Solidariedade com a Síria e contou com a presença de aproximadamente 150 pessoas, a maioria ativistas árabes independentes que denunciaram firmemente as agressões imperialista-sionista em todo o Médio Oriente, contando com o apoio militante criminoso das petromonarquias do Golfo. A representação do consulado sírio também esteve presente, denunciando o processo de destruição do país desde 2011, que vem resultando numa histórica crise humanitária de refugiados, desmascarando por completo o mito da tal “Revolução Árabe”, defendida vergonhosamente por correntes corrompidas no interior da esquerda como os patifes morenistas da LIT- PSTU e seus colaterais reformistas degenerados LER-MRT, muito bem denunciados por nossa corrente desde o início dos levantes golpistas no Oriente Médio e Norte da África. A militância da LBI (que junto com militantes do PCB e PC do B, foram as únicas correntes de esquerda no ato) participou ativamente da atividade através de uma ampla panfletagem e intervenção defendendo a frente única com Assad e Putin para esmagar a contrarrevolução mercenária e os ataques diretos do imperialismo, visando destruir toda a infra estrutura do país árabe levando ao caos sua situação econômica e social, criando as condições para a derrubada do governo nacionalista burguês de Assad, colocando em seu lugar um dócil gerente obediente, que seja mais fiel aos interesses colonizadores do ocidente e fortaleça as posições do fascismo sionista de Israel na região. A ausência de correntes revisionistas que hoje se dizem "defensoras da Síria" como o PCO mas que até ontem apresentaram os "rebeldes" como combatentes da revolução árabe demonstra seu alinhamento com estes grupos terroristas contra o governo Assad. Vítima de um verdadeiro genocídio colonizador levado adiante por todas as potências capitalistas mundiais lideradas pelos EUA desde 2011, quando se inicia a reacionária “Primavera Árabe”, que tinha (e tem) como finalidade a política de “regime change”  e a “full espectro dominance”, primeiro a Líbia de Kadaffi e depois a Síria passaram por um período extremamente difícil em sua história, correndo um risco de completa desagregação como ocorreu com a Líbia e Iraque, países completamente destruídos pelas guerras fratricidas neocoloniais imperialista, reflexo direto da putrefação do capitalismo mundial que só tem a oferecer guerra e destruição à humanidade, ou seja, a barbárie permanente. A realização do ato apesar de seu caráter de vanguarda foi uma imensa vitória, visto que abre a possibilidade da rearticulação de comitês aintiimperialista e de frente única no país, que intensifique suas atividades de agitação e denúncia, fazendo um contra peso às manipulações da imprensa criminosa da burguesia, levando aos trabalhadores e à juventude a necessidade de fortalecer sua resistência frente ao recrudescimento dos ataques imperialistas a todos os oprimidos e explorados do globo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

LEIA A EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 302


EDITORIAL        
Uma nova lição para a classe operária mundial

PRIMEIRA HORA DA NOTÍCIA
Mídia fala em mais de cem mortos e ainda não mostrou nem dez cadáveres, porém Hollande já mandou fechar as fronteiras contra os imigrantes

EI ASSUME ATAQUES TERRORISTAS
Uma “boa” justificativa para a ação da OTAN na Síria e em todo Oriente Médio. Não ao Estado de Exceção decretado por Hollande!

ATAQUES AÉREOS DA FRANÇA AO EI SÃO PURA FARSA
Hollande, a dinastia Saud e BiBi é quem fornecem as armas aos “neoterroristas”

G-20: IMPERIALISMO PREPARA AÇÃO MILITAR DA OTAN NA SÍRIA SOB O PRETEXTO DE COMBATER O EI...
Em nome de uma “transição acordada” Putin começa a ceder e sinaliza acordo para demover Assad

REVISIONISTAS QUE HOJE CONDENAM OS “BÁRBAROS E REACIONÁRIOS FUNDAMENTALISTAS”
Ontem os qualificavam de “bravos rebeldes da Primavera Árabe”

MAIS SANDICES DO PCO
“Assumir a luta do EI com outro objetivo?

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

MANUTENÇÃO DOS VETOS PRESIDENCIAIS: CALHORDAS DE "ESQUERDA" DA FRENTE POPULAR COMEMORAM A VITÓRIA DO ARROCHO SALARIAL CONTRA TRABALHADORES E APOSENTADOS 


Os calhordas de "esquerda" da Frente Popular (PT, PCdoB, PCO etc..) parecem não ter limites para o cinismo quando a questão é a defesa do "ajuste" neoliberal do governo Dilma/Levy. Apesar da vocalização formal de críticas à atual política econômica, na "hora do pega pra capar" a esquerda "chapa branca" mostra de que lado está na trincheira da luta de classes. Foi assim na última quarta-feira (18/11) quando o Congresso Nacional se reuniu para apreciar os vetos da presidência Dilma sobre questões como o reajuste dos trabalhadores do setor judiciário e uma nova metodologia para o aumento das aposentadorias que percebem acima de um salário mínimo. Os servidores do judiciário federal estão sem reajuste salarial linear há nove anos, e reivindicavam o índice de 53% de reposição (o que sequer repõe a inflação de quase uma década) aprovado anteriormente pelo Senado. Quanto aos aposentados , vítimas de uma sequência de covardes ataques por parte da equipe econômica palaciana, estavam exigindo a mudança no cálculo de reajuste de seus benefícios no sentido de equiparar a mesma metodologia de aumento anual do salário mínimo. Pois bem... a base aliada do governo conseguiu barrar a derrubada dos vetos presidenciais, ainda que por uma margem apertada no caso do judiciário e mais "folgada" no item das aposentadorias. O resultado do "grande triunfo" governista é desastroso para os trabalhadores em ambos os casos, os servidores da justiça ficarão sem reajuste algum por mais um ano e os aposentados amargarão anos a fio da mesma política de confisco salarial e redução gradual de suas pensões. Porém nas hostes da Frente Popular a manutenção da criminosa política de arrocho salarial foi comemorada como uma "conquista da Copa", afirmaram se tratar de mais uma vitória "contra o golpe" e de estabilização política do governo Dilma. O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, amigo íntimo do bandido Cunha chegou ao cúmulo do cinismo: "Foram vitórias para o país. Acho que fizemos o melhor. A Câmara atendeu ao apelo do governo, principalmente do ministro da Fazenda. A Câmara deu uma demonstração grandiosa do seu compromisso com o país". Mas não pensem que os mais "autênticos" tiveram posição distinta, o PCdoB e o PCO que só falam na iminência do golpe de Estado, um truque barato para desviar a atenção do movimento de massas, comemoraram da seguinte maneira: "A avaliação do deputado José Guimarães foi precisa. A aprovação dos vetos da presidenta Dilma Rousseff raspou a trave, para usar a linguagem do futebol. Mesmo assim o resultado foi comemorado como essencial para manter o ajuste nas contas do governo." Não há sombra de dúvidas acerca de quem está realmente a serviço dos rentistas, que clamam por redução dos gastos do governo com salários e direitos trabalhistas, tudo para engordar a conta no pagamento dos juros da dívida pública. A esquerda revisionista no entanto segue cretinamente negando que apoia o "ajuste", convocando o movimento operário a "lutar contra Cunha e os golpistas", enquanto avaliza a face mais cruel da austeridade, ou seja, o arrocho no salário de aposentados e trabalhadores estatais. Desviar o foco da luta dos trabalhadores em direção ao espantalho de Cunha e golpistas imaginários não é propriamente uma novidade para os reformistas, a "surpresa" é que correntes que se reivindicam "classistas" embarquem neste engodo com todo entusiamo... Talvez os "argumentos financeiros" da cooptação estatal sejam bem mais "generosos" do que a política econômica do governo para os trabalhadores...

terça-feira, 17 de novembro de 2015

ATAQUES AÉREOS DA FRANÇA AO EI SÃO PURA FARSA: HOLLANDE, A DINASTIA SAUD E BIBI É QUEM FORNECEM AS ARMAS AOS "NEOTERRORISTAS"


O anúncio de uma rápida e enérgica resposta militar do governo francês contra os terroristas do EI, através de bombardeios aéreos na Síria, não passa de pura farsa. O anúncio feito por Hollande de "uma guerra implacável ao terror" pode ser traduzida na realidade como uma guerra xenófoba contra imigrantes e a população francesa de ascendência árabe. Também deve ser entendido como um profundo ataque às liberdades democráticas de todos os trabalhadores da França e Europa. Nesta direção reacionária estão em "união nacional socialistas e fascistas", do PS a Frente Nacional de Le Pen, passando pelo direitista Sarkozy. Quanto a questão do "combate ao EI", este é um ponto de bastante complexidade que com toda a certeza envolve a "lua de mel" vivida nos últimos quatro anos entre a França e a corrompida dinastia Saud, da Arábia Saudita. Com o cerco comercial estabelecido pelo imperialismo contra a Rússia, o governo Hollande tratou de celebrar uma nova aliança diplomática e econômica que assegurasse um vasto fornecimento de gás e petróleo barato para a França. Em troca Hollande se alinhou com a posição de Ryad contra o acordo nuclear "EUA-IRÃ", sob os auspícios do Estado sionista, o triângulo estava formado para se contrapor a Casa Branca, tendo como base comum anterior a própria guerra civil na Líbia e Síria. Para aqueles que não sabem ou fazem questão de "esquecer" o EI teve seu "debut" militar combatendo o regime do coronel Kadaffi, para depois se estabelecer entre o Irã e a Síria, como um "califado sunita abençoado por Alá" e financiado pelos saudistas. Acontece que nem Arábia ou Israel poderiam fornecer o armamento pesado ao EI, pelo fato de ambos serem dependentes bélicos dos EUA, que não aprovou a movimentação terrorista em território iraquiano (sua área de influência direta). O EI até passou a controlar poços de petróleo nos territórios ocupados, no vácuo da guerra civil síria e a devastação do Iraque, passando a desviar óleo cru para Israel que não produz uma única gota. Porém o impasse das armas para formar um exército profissional continuava para o EI, foi então que Ryad "destravou" a questão firmando um acordo de cooperação militar com a França. Neste pacto entre Hollande e os Saud, que envolve bilhões de euros, a França só não poderá entregar aviões e tanques para a Arábia, itens militares exclusivos para indústria bélica dos EUA, entretanto helicópteros, foguetes terra/ar, fuzis de grosso calibre e até radares antimísseis já foram comercializados. Neste "namoro" entre o Eliseu e Ryad, a Arábia passou a ser o terceiro maior país a investir economicamente na França, ao mesmo tempo em que os Saud praticam o "ménage a trois" com a participação de Israel para atacar o Irã e a Síria, considerado hoje o "eixo do mal" por sunitas e sionistas. Neste complexo tabuleiro político e militar existem ainda os atores coadjuvantes, como a Turquia e o Qatar, ambos bem unidos no desejo de aniquilar o regime nacionalista dos Aiatolás e Assad. Se existe alguma intenção real das tropas francesas em atacar o EI, seria na única possibilidade de uma invasão por terra, para desmembrar o território sírio, criando assim um protetorado da OTAN. Este cenário está sendo analisado pelas potências imperialistas e depende de um certo aval do governo Putin, no sentido de uma lenta transição sem Assad no poder. Enquanto não se delineia uma posição comum do imperialismo, o EI seguirá no seu papel de debilitar militarmente o regime sírio e promover ataques terroristas espetaculares no cenário mundial, no sentido da autopromoção, para esta missão não contará com resistência alguma de Israel, Arábia e até mesmo da França, provedora de seu armamento pesado. O resto não passa de demagogia barata da mídia "murdochiana" e dos governos imperialistas, que "cultivaram escorpiões" e agora não podem se queixar de suas picadas. Para o povo francês fica a amarga sensação de que o EI promoveu um show de horror no Bataclan, onde o "promoter" de "la fet" era o presidente Francois Hollande.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

G-20: IMPERIALISMO PREPARA AÇÃO MILITAR DA OTAN NA SÍRIA SOB O PRETEXTO DE COMBATER O EI... EM NOME DE UMA “TRANSIÇÃO ACORDADA” PUTIN COMEÇA A CEDER E SINALIZA ACORDO PARA DEMOVER ASSAD


A reunião do G-20 que ocorreu na Turquia logo após os atentados terroristas a Paris teve como saldo os preparativos para uma ação militar da OTAN contra a Síria tendo como pretexto o combate ao EI, tanto que Obama declarou “Acredito que nossa resposta ao terrorismo internacional vai se concretizar de maneira muito forte, muito dura, nesta cúpula do G20”. O encontro contou com a participação de Obama e de Putin, que discutiram justamente como fica a situação do governo de Bashar Al-Assad em meio a ofensiva militar que está sendo preparada pelas potências ocidentais. No sábado, na reunião de Viena, se estabeleceu a necessidade de um “calendário concreto”, que prevê a formação de um governo de transição em seis meses e a organização de eleições em dezoito meses, com o imperialismo exigindo a renúncia de Assad e a Rússia ainda sendo contrária. Pelas informações preliminares divulgadas inclusive pela imprensa russa sobre a reunião do G-20 ocorrida no domingo (15.11) “O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Barack Obama, concordaram sobre a necessidade de um cessar-fogo na Síria, bem como de negociações intermediadas pelas Nações Unidas entre as partes em conflito” (Sputnik, 15.11). Pelas medidas tomadas por Francois Hollande depois de declarar que “a França está em guerra”, aviões já começaram a reforçar os ataques aéreos ao território sírio e a repressão aos imigrantes. Grupos fascistas e neonazistas no interior da França já atacaram e incendiaram campos de refugiados no lastro desta ofensiva reacionária. A reunião do G-20 deliberou por redobrar os controles nas fronteiras e nos aeroportos em uma clara repressão aos refugiados das guerras e conflitos provocados pelo imperialismo no Oriente Médio e Norte da África. Esta escada de cunho fascistizante tem o apoio dos EUA e dos membros da OTAN inclusive a própria Turquia, cujo governo é denunciado por colaborar com o EI no atentado contra a marcha convocada pela esquerda e em apoio aos curdos que deixou mais de 100 mortos. Na frente militar, os EUA anunciaram que trabalham com a França para “aumentar a intensidade dos ataques aéreos” contra o EI, preservando sempre os grupos “rebeldes” alinhados com a Casa Branca. Por sua vez, a França já iniciou uma intensa ofensiva de bombardeios contra a cidade síria de Raqa, a autoproclamada capital dos jihadistas. Ocorre que o imperialismo ianque e europeu continuam tendo como inimigo principal o governo de Bashar Al-Assad e na reunião do G-20 ambos pressionaram para arrancar de Putin o compromisso por uma “transição política na Síria”, o que representa de fato a exigência de afastamento de Assad, não respeitando a soberania nacional e a vontade do povo sírio. Desde já denunciamos estas negociações e chamamos o governo russo a não aceitar os termos nefastos propostos por Obama. Informações da imprensa russa revelam que em nome uma "transição acordada" Putin começa a ceder e sinaliza um acordo com Obama para demover Assad da presidência sendo inclusive este ponto o objeto da conversa reservada entre os dois na cúpula do G-20. Como denunciamos anteriormente, os atentados em Paris foram uma “boa” oportunidade para a OTAN atacar a Síria, dando curso aos planos do imperialismo que se viram bloqueados pela entrada da Rússia na guerra ao lado de Assad. Como internacionalistas proletários nos postamos contra os bombardeios da França e dos EUA em território sírio que sequer foram autorizados pelo governo nacional e, muito menos, apoiamos uma ação da OTAN em nome do combate ao EI. O que fica evidente é que os atentados em Paris (que podem ter contado com a colaboração do MOSSAD) abriram caminho para o recrudescimento da ofensiva política e militar contra a Síria e os imigrantes sobre o pretexto de combater o EI, grupo terrorista “rebelde” que foi apoiado pela França e os EUA na sua luta por derrubar o governo Assad. Diante da realidade de um conflito multifacetário, a posição dos Marxistas-Revolucionários é rechaçar o bombardeio imperialista ao território da Síria, não assinando nenhum “cheque em branco” para Obama ou Hollande atacar o país sobre o pretexto de combater o EI. Ao denunciar a agressão imperialista, no campo militar os trotskistas reafirmam a frente única com Putin e o exército nacional comandado por Bashar Al-Assad contra os “rebeldes” armados e financiados pela Casa Branca. Os Comunistas Proletários militam nestas trincheiras de combate com total independência política e militar das direções burguesas e nacionalistas que tendem a capitular ao imperialismo (como Putin deu sinais na reunião do G-20) para forjar uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores, guiados por um programa internacionalista!

domingo, 15 de novembro de 2015

ESQUERDA REVISIONISTA QUE HOJE CONDENA OS “BÁRBAROS E REACIONÁRIOS FUNDAMENTALISTAS” QUE ATACARAM PARIS, ONTEM OS QUALIFICAVA DE “BRAVOS REBELDES DA PRIMAVERA ÁRABE”


Quando o coronel Muamar Kadaffi, então presidente da Líbia, denunciou ao mundo o papel protagonista da Al Qaeda na contrarrevolução que levou a derrubada de seu regime político e aniquilou o país, os grupos revisionistas das mais variadas tonalidades afirmaram que se tratava de um "delírio total de um ditador fracassado". Logo depois da OTAN e seus aliados da Al Qaeda terem conseguido conquistar Tripoli, sob a bandeira de uma falsa "revolução", a organização fundamentalista financiada e armada pela CIA resolveu mudar seu nome para "Levante Árabe", a partir deste momento partiram com força militar e suporte logístico do MOSSAD para combater em outra "revolução", desta vez na Síria, contra outro inimigo histórico do gerdame sionista, o governo Assad. O núcleo central da antiga Al Qaeda iraquiana, já denominado de "Levante Árabe" decide mudar novamente de nome passando a atender pelo pomposo "Estado Islâmico". Neste período em que Assad parecia caminhar para o mesmo fim de Kadafi, todos saudaram o EI como uma genuína organização de "rebeldes" em luta contra a "ditadura sangrenta na Síria". Porém algo começa a sair do controle do imperialismo e Assad resiste a ofensiva fundamentalista que o acusava de "ateísmo socialista". O EI também não se comportava mais como a velha Al Qaeda, com qual rompe definitivamente relações em 2013. Proclamando um califado independente em uma região situada entre o Iraque e a Síria, o EI passa a atacar outros destacamentos militares de oposição armada ao regime Assad, como o Exército Livre da Síria. Passando a se proclamar como a única representação do povo sunita, o EI recebe o apoio de algumas lideranças tribais da região, o que desagradou profundamente o governo títere do Iraque e seu mantenedor os EUA. Dos simpáticos "rebeldes" da revolução árabe que "varriam com as ditaduras", o EI foi requalificado pela esquerda revisionista como "bárbaros terroristas" no exato momento em que a Casa Branca e sua mídia murdochiana passaram a satanizar seus antigos aliados. Para que nossos leitores não considerem um exagero o que afirmamos contra os oportunistas que falam em nome do Trotskismo vejam como a LER/MRT tanto considerava os "rebeldes"  da primavera árabe : "Contra aqueles que veem o regime de Assad como progressista e anti-imperialista e afirmam que não está reprimindo uma luta popular, mas defendendo-se da tentativa dos EUA e Israel de derrotá-lo, sustentamos que na Síria há em curso uma luta legítima contra um regime ditatorial que estourou em março de 2011 como parte do processo mais geral da ‘primavera árabe’.(Maio de 2013)". Para não repetirmos as mesmas considerações contra os outros agrupamentos da família revisionista (PSTU, PCO, EM, OT, CST etc..) basta lembrar que todos comemoram a queda de Kadaffi pelas mãos dos "rebeldes" como um "fato revolucionário". Entretanto diz um velho ditado chinês "quem cria escorpiões um dia acaba sendo picado", e o EI acabou saindo parcialmente do controle de Obama, mas talvez nem tanto de Netanyahu... Mesmo assim é bom destacar que poucas horas antes dos ataques a Paris o representante do governo Hollande na cúpula de Viena sobre o conflito na Síria, se negava a chancelar a atuação da Rússia contra o EI alegando que o inimigo central ainda era Assad. Com a mesma lógica do imperialismo atua o revisionismo, para estes o pior adversário não são os jihadistas e sim os regimes nacionalistas burgueses da região. Porém no calor da onda midiática contra o atentado terrorista ocorrido na "cidade luz" todos se escandalizam, quando há cerca de um mês atrás o mesmo EI atacou uma marcha de ativistas na Turquia , matando mais de cem militantes da esquerda, os supostos "trotskistas" não se dispuseram a publicar uma única linha em suas páginas eletrônicas, a única exceção mais uma vez ficou por conta da LBI! Ainda é cedo para caracterizar a dinâmica geral da conjuntura nacional francesa após os ataques da última sexta-feira, mais além da evidente e profunda inflexão direitista do regime da V República. Não sabemos ainda se Hollande sob pressão popular aceitaria romper suas relações secretas com o EI, ou seguirá determinado a eliminar Assad a qualquer preço. Quanto ao revisionismo deverá trilhar a linha do oportunismo, oscilando entre a posição oficial do imperialismo e seu "secular" ódio de classe contra os regimes nacionalistas e stalinistas.

sábado, 14 de novembro de 2015

JIHADISTAS DO EI ASSUMEM ATAQUES TERRORISTAS NA FRANÇA: UMA “BOA” JUSTIFICATIVA PARA A AÇÃO DA OTAN NA SÍRIA E EM TODO ORIENTE MÉDIO. NÃO AO ESTADO DE EXCEÇÃO DECRETADO POR HOLLANDE!



Mais uma vez as "digitais" terroristas do Estado Islâmico (EI) aparecem no cenário mundial, desta vez no coração da Europa Imperialista, os ataques na capital francesa teriam causado a morte de mais de 150 civis parisienses, em vários pontos da cidade. Chama atenção de imediato que brigadas jihadistas tenham tanta "liberdade" de ação em uma capital europeia que sofreu atentados similares em menos de um ano. O presidente Hollande convocou o Estado de Emergência, fechando as fronteiras do país em uma situação próxima a uma guerra. Antes mesmo de qualquer apuração do que estava ocorrendo, Hollande se entrincheirou no Ministério do Interior afirmando que a França estava sob ataque de grupos muçulmanos fundamentalista, conclamando a "união nacional" contra o terrorismo internacional. Quase na mesma velocidade o EI declarou ser o autor dos atentados terroristas, como a expressão de uma vingança contra a atuação da França na guerra civil síria. Mais além do intenso espetáculo midiático nacional e mundial, explorando a tragédia pessoal de centenas de vítimas civis do terrorismo jihadista ou estatal imperialista, nos parece que está em curso uma simbiose perfeita entre os interesses de uma intervenção de larga escala da OTAN na Síria e os terroristas reacionários do EI, que buscam conformar um cenário de barbárie e destruição social em todos os países da região governados por regimes nacionalistas burgueses. Não por coincidência os Estados Imperialistas que dizem combater o EI, organizando supostos bombardeios aéreos em territórios controlados pelos jihadistas, condenaram energicamente a intervenção efetiva e concreta da Rússia no enfrentamento militar ao EI na Síria. Quando o EI sabotou e derrubou um avião de turistas russos em pleno ar no Egito, matando mais de duas centenas de civis, a mídia "murdochiana" não derramou nenhuma lagrima de solidariedade ou condenação veemente contra os terroristas. Agora na França, novamente com muita liberdade, brigadas jihadistas atuam nos principais distritos urbanos da capital portando armas próprias das forças de segurança de um exército nacional. Mais uma vez os ataques terroristas devem ser utilizados pela burguesia para incrementar a xenofobia e a perseguição contra os imigrantes muçulmanos. Na ação mais letal do EI, na casa de shows Bataclan, o governo francês contabilizou mais de cem mortos metralhados pelos jihadistas. A França amanhece em clima de guerra civil onde os "inimigos" visíveis não são o EI, mas milhares de árabes e africanos (incluindo suas famílias) que vivem em território francês. A luta contra os fundamentalistas terroristas do EI, patrocinados originalmente pelo imperialismo na Líbia para derrubar Kadaffi e depois pelo Mossad na Síria, deve ser assumida pela classe operária mundial em aliança com os governos nacionalistas burgueses que estabelecem confrontos pontuais com o imperialismo. Nenhum apoio ao chamado da "união nacional" com a burguesia europeia, seja realizado pela "esquerda socialista" neoliberal ou pela direita reacionária xenófoba!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015


ENQUANTO A ESQUERDA DA FRENTE POPULAR AGITA O “FORA CUNHA” EM UMA MANOBRA DISTRACIONISTA, SUA ALA DIREITA TRABALHA PELA PERMANÊNCIA DO CORRUPTO NEOLIBERAL

Está em curso uma divisão de tarefas no interior da Frente Popular. Nada pode definir melhor a operação política montada pelo PT e o governo Dilma diante das denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados, o facínora Eduardo Cunha (PMDB). Enquanto a CUT, UNE, MST e setores da esquerda petista agitam nas ruas o “Fora Cunha” promovendo atos contra o corrupto neoliberal, o Planalto e a direção nacional do PT (sob a orientação de Lula) trabalham nos bastidores e a luz do dia pela manutenção do presidente da Câmara ou, pelo menos, pela sobrevida política do peemedebista mafioso até que seu caso seja analisado pelo “Conselho de Ética”, um processo que pode se arrastar no mínimo até abril. Não tenhamos dúvidas, as duas alas da Frente Popular trabalham em harmonia apesar das divergências aparentes e têm um objetivo em comum bastante claro neste engodo armado contra a independência política do movimento de massas: prolongar a “novela Cunha” pelo máximo de tempo possível como parte de uma manobra distracionista para tirar do foco a crise do governo Dilma e o combate a seu ajuste neoliberal. De quebra, o PT e seus aliados conseguem obstruir no parlamento as iniciativas da Tucanalha em torno do impeachment da presidenta Dilma. Como se diz no popular matam-se dois coelhos em uma só cajadada! Neste “jogo de marionetes” orquestrado por Lula conseguimos vislumbrar porque a existência da Frente Popular foi e continua sendo bastante útil à burguesia, diferente do que apregoam os impressionistas do “golpe da direita”. Enquanto o Palácio do Planalto desfere seguidos ataques aos trabalhadores (manutenção do Fator Previdenciário, restrição às pensões e seguro-desemprego, arrocho salarial dos servidores federais, Lei Antiterrorismo, privatizações) as direções sindicais “chapa branca” mantêm o movimento de massas em letargia, segurando a radicalização das campanhas salariais e da luta contra o ajuste neoliberal, como vimos antes na greve nos bancários e agora na mobilização dos petroleiros. Em compensação, os chamados “movimentos sociais” controlados pelo PT e suas colaterais conseguiram um “alvo” para descomprimir a puteza de suas bases, sendo Cunha execrado em praça pública pelos apoiadores da Frente Popular, principalmente a pequena-burguesia “progressista”. Ocorre que o atual presidente da Câmara, um reacionário de carteirinha, nunca foi um adversário aberto do governo Dilma como desejam passar esses setores. Sua própria eleição para o comando da Casa teve a benção de Dilma que rifou a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT), com a base aliada do governo votando em peso no nome do PMDB. A oposição demo-tucana não apoiou Cunha formalmente, lançou Júlio Delgado (PSB). Portanto não é nenhuma surpresa que hoje o líder do PT na Câmara, Sibá Machado e o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE) deem declarações no sentido de preservar Cunha, afinal de contas ele apoiou as principais medidas neoliberais enviadas pelo governo Dilma ao Congresso, em especial as que retiraram direitos dos trabalhadores. Mas não ficou só por aí, Cunha indicou seu “pau-mandado”, Celso Pancera, para o Ministério da Ciência e Tecnologia e através da camarilha peemedebista indicou centenas de cargos no segundo e terceiro escalão do governo, todas as nomeações articuladas diretamente com as lideranças maiores da quadrilha partidária (Temer, Renan, Eunício e Sarney). Não só ao Palácio do Planalto mas estrategicamente ao conjunto da Frente Popular interessa o “carnaval fora de época” montado em torno do “Fora Cunha”. Esta bandeira distracionista amplia o arco de alianças do PT e da CUT no movimento de massas, como vimos com o lançamento da Frente Brasil Popular (FBP) e, principalmente, da Frente Povo Sem Medo (FPSM), que incorporou a essa tarefa inglória o MTST e a Intersindical, ligada a setores PSOL. Enquanto não há nenhuma mobilização contra os ataques covardes do governo Dilma aos trabalhadores, que acaba de anunciar um plano de demissões “voluntárias” para 2600 funcionários da Infraero devido à privatização dos Aeroportos no marco do pacote de concessões de toda a infraestrutura nacional, pipocam atos pelo “Fora Cunha” no país como o que a FPSM promoveu no dia 08 e a FBP promete para este dia 13. Com o seu “ídolo” Cunha acuado e, no fundo, sustentado nos bastidores pelo governo Dilma, a direita sequer consegue convocar novas marchas reacionárias “verde-amarelas”, em uma prova concreta que a divisão de tarefas no interior da Frente Popular esta dando resultados satisfatórios.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

ESQUERDA MARXISTA ROMPE COM O PT DENUNCIANDO O “AJUSTE” DO GOVERNO DILMA, ENQUANTO NA ARGENTINA ABRAÇA A CANDIDATURA PRESIDENCIAL DO ULTRANEOLIBERAL SCIOLI


A corrente política "Esquerda Marxista" (EM) deliberou recentemente por romper com o PT, após ter militado como tendência interna do partido por quase uma década. A EM é seção brasileira da CMI, Corrente Marxista internacional, herdeira política do histórico dirigente trotsquista inglês Ted Grant. Na Argentina a seção da CMI autodenomina-se como Corrente Socialista Militante (CSM). Como todos sabem nosso vizinho país atravessa o segundo turno das eleições presidenciais, marcadas para o final de novembro, onde disputam a Casa Rosada dois candidatos e um único programa de duro ajuste neoliberal. Ao contrário das últimas eleições presidenciais brasileiras onde a postulante da Frente Popular negou até o último momento ter a intenção de atacar direitos dos trabalhadores ("Nem que a vaca tussa"), o candidato do governo da centro-esquerda, Daniel Scioli, promete promover uma forte desvalorização cambial e "ajustar" a economia argentina em direção aos fundos internacionais de "investimento". No Brasil, a EM fez sua autocrítica por ter sido "enganada" por Dilma, saindo do PT e pedindo sua imediata filiação ao PSOL, sendo duramente atacada por organizações revisionistas como o PCO que a acusaram "fazer o jogo da direita". No entanto parece que a trajetória "esquerdista" da EM não foi totalmente endossada pela CMI, que orientou sua seção na Argentina (CSM) na direção do apoio ao candidato direitista do governo Kirchner, o reacionário governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli. A CSM justificou sua posição de "apoio crítico" na surrada tese mal menor: "Incluso las condiciones para resistir y enfrentar el ajuste que la burguesía intentará llevar adelante serán cualitativamente diferentes en un gobierno de Scioli que en uno de Macri. Es por esto que pedimos el voto crítico a Scioli" (Declaração política da CSM). O interessante desta velha lógica reformista do "mal menor" não são seus argumentos, mas o cretinismo de convocar o proletariado a ser atacado pelo governo burguês mais "democrático". A grande ironia da situação é que a EM foi duramente criticada no Brasil por esta mesma lógica que sua "hermana" defende hoje na Argentina, ou seja, "ruim com Dilma pior sem ela". Dirigentes da esquerda do PT, como Valter Pomar, que polemizaram acidamente com a decisão da EM de cindir o partido e o governo petista, abonariam inteiramente as posições da CSM argentina. É evidente que as posições de colaboração de classe adotadas pela CSM devem causar intenso "desconforto" no discurso mais "radical" que assume atualmente a Esquerda Marxista, na véspera do seu tão desejado ingresso no PSOL, afinal todos os agrupamentos "trotsquistas" argentinos, inclusive os mais oportunistas como o MST, estão defendendo o Voto Nulo na segunda volta eleitoral. A EM em seu pedido de ingresso no PSOL pontuou muito bem a dinâmica dos governos da centro-esquerda neoliberal: "Outra coisa é que a vitória do Syriza e sua capitulação frente ao mercado financeiro internacional mostra que o reformismo de esquerda, hoje em dia, encontra rapidamente o caminho da falência como um partido de esquerda e da classe trabalhadora quando vai ao governo", só faltou avisar para seus camaradas portenhos.... posto que o Kirchnerismo já governa há mais de uma década a Argentina! Das duas uma, ou a CMI desautoriza a posição tomada pela CSM ou desmoraliza completamente o curso mais à esquerda traçado pela Esquerda Marxista. Como conhecemos de longa data o revisionismo de Alan Woods (dirigente da CMI), que ao mesmo tempo em que conspirava com a contrarrevolução na Líbia e Síria, declarava lealdade absoluta ao governo Chavista na Venezuela (aliado de Kadaffi e Assad) apostaríamos que sua tendência internacional deverá avalizar a posição das duas seções... por enquanto. Para os Marxistas Revolucionários está colocado o combate vigoroso em todo o mundo, das variantes da esquerda burguesa que aplicam o receituário do "Consenso de Washington", em particular nos países capitalistas periféricos onde os efeitos da crise financeira internacional são ainda mais devastadores para o proletariado e o povo pobre. Tanto Scioli como Dilma são expressão política mais concentrada da demagogia falida da colaboração de classes, ambos não merecem apoio algum do movimento operário e popular latino americano.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

LEIA A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA, Nº 301, 1ª QUINZENA DE NOVEMBRO/2015


EDITORIAL
Enquanto a esquerda da Frente Popular agita o "Fora Cunha" em uma manobra distracionista, sua ala direita trabalha pela permanência do corrupto neoliberal

TRAGÉDIA EM MARIANA
Responsabilidade é das empresas mineradoras que rapinam as riquezas nacionais com a conivência dos governos do PT e PSDB!

REUNIÃO DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT
Lula faz demagogia prometendo que “o pior já passou”... Dilma/Levy projetam PIB negativo em 2016-2017 com recessão profunda

LULA COMPLETA 70 ANOS
Muitos “negócios familiares” interessam à ofensiva da direita contra as conquistas dos trabalhadores

APESAR DAS DENÚNCIAS CUNHA NÃO SÓ SE MANTÉM FIRME...
Articula com o governo Dilma e o apoio do PT uma nova Reforma da Previdência “Made in FMI”

CONTRA O IMPEACHMENT DA TUCANALHA
O execrado Cunha revelou-se o melhor “sargento” na tropa de choque de Dilma

PARA O PCO...
A Frente Povo Sem Medo é “quinta coluna” da direita por atacar o “ajuste” do governo Dilma

POR EXIGÊNCIA DO RENTISTA DANIEL DANTAS
Dilma e Eduardo “soneca” Cardozo demitem o Delegado Protógenes

TODO APOIO À GREVE NACIONAL DOS PETROLEIROS
Não aos planos privatistas do governo Dilma-Levy e da Tucanalha!

CONTRA O FECHAMENTO DAS ESCOLAS (SP)
Fortalecer a aliança entre estudantes e professores contra Alckmin!

BALANÇO DA GREVE DOS BANCÁRIOS
CUT impõe fim da paralisação quando mobilização poderia conquistar aumento real

BRADESCO DEMITE BANCÁRIOS NO CEARÁ EM PLENA GREVE
Barrar as demissões fortalecendo a luta contra os patrões e o governo Dilma!

URBANITÁRIOS-CEARÁ
Construir uma chapa classista para derrotar os ataques do governo e o grupo Novais encastelado no Sindiágua

DIA DE LUTA DOS PROFESSORES
Oposição classista realiza combativo ato contra governo Camilo (PT), filhote da oligarquia Gomes!

FASCISMO ATACA STÉDILE, MAURO IASI E AGORA ASSASSINA IMIGRANTE NEGRO HAITIANO...
Até quando a Esquerda irá esperar para organizar milícias de autodefesa contra as hordas da direita xenófoba?

BLOG DA LBI ALCANÇA MEIO MILHÃO DE ACESSOS
Uma “pequena” vitória na luta do trotskismo ortodoxo contra os revisionistas corrompidos pela Frente Popular! 

MORRE O FACÍNORA BRILHANTE USTRA
Mais um torturador que “já vai tarde para o inferno”!

04 DE NOVEMBRO DE 1969
Tombava em combate o comandante Marighella pelas mãos do facínora Fleury! 

98 ANOS DA TOMADA DO PODER PELO PARTIDO BOLCHEVIQUE
As lições de Outubro e a luta contra o Revisionismo do Marxismo em nossos dias

QUATRO ANOS DO ASSASSINATO DE KADAFFI PELA OTAN E SEUS “REBELDES”
Não permitiremos que o imperialismo faça da Síria uma “nova Líbia”

ATO EM SOLIDARIEDADE À PALESTINA/SP
LBI marcha pela destruição do enclave sionista e integra frente única em defesa da Síria contra os apoiadores dos “rebeldes” made in CIA

“BALOTAGE” NA ARGENTINA
Candidatura neoliberal do kirchnerismo, Scioli, abriu o caminho para a inesperada vitória do reacionário Macri

O ATENTADO TERRORISTA AO AVIÃO RUSSO
O “silêncio” dos Revisionistas e as posições do MRT/LER, “papagaios” de Obama

“SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA” DE ISRAEL DERRUBA AVIÃO RUSSO, MAS QUEM ASSUME A AUTORIA DO ATENTADO É O EI
Aliança Putin-Assad deve organizar resposta ao terrorismo assassino!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

PARA O PCO A FRENTE POVO SEM MEDO É "QUINTA COLUNA" DA DIREITA POR ATACAR O "AJUSTE" DO GOVERNO DILMA 


A expressão "quinta coluna" não poderia ser a mais adequada as sandices que o PCO utiliza para tentar desqualificar todas as forças políticas classistas que combatem o covarde ajuste neoliberal conduzido pelo governo Dilma/Levy. Desta vez o alvo da repentina fúria "chapa branca" do PCO foi a recém formada "Frente Povo Sem Medo" (FPSM), encabeçada pelo MTST cuja referência maior é Guilherme Boulos. Historicamente o termo "quinta coluna" surgiu durante a guerra civil espanhola, em meados dos anos 30, quando um general fascista comunicou a Franco que além das quatro colunas militares fiéis a contra revolução que estavam prontas para invadir Madri, contava ainda com uma quinta que pertencia formalmente as tropas legalistas que defendiam a República. Desde então "quinta coluna" virou sinônimo de traição dos que ocupam a mesma trincheira de luta. Para os oportunistas do PCO a FPSM é uma versão moderna de "quinta coluna" da esquerda, porque colocaria no mesmo plano a luta contra o ajuste e o suposto "golpe de Estado". Nas próprias palavras do PCO: "insistem em dar igual importância aos ajustes do governo federal e aos ataques da direita, desconsiderando inclusive que os ajustes são uma exigência da própria direita golpista e que a direita quer um golpe justamente para implantar ajustes muito piores. Essa política acaba favorecendo os ataques golpistas contra o governo". Como "cara de pau" o PCO parece até superar os neostalinistas do PCdoB, que afirmaram que a greve dos petroleiros não era contra os planos de privatização de Dilma/ Bendine, mas sim contra a "direita". Segundo os recém convertidos do PCO ao campo planaltino (porque será mesmo?), o movimento de massas não deve priorizar a luta contra a perda de seus direitos e conquistas sociais, isto poderia favorecer os golpistas de direita que de volta ao governo implementariam um ajuste ainda mais draconiano. Por esta lógica teríamos que nos "conformar" com o ajuste dilmista, "ruim mas democrático", caso contrário a ação de massas contra a austeridade do governo engrossaria a correnteza golpista e o advento de um "ajuste não democrático ". Que triste fim melancólico, para não dizer cômico, de uma corrente "trotskista" (revisionista) que durante trinta anos se arvorava de ser a força política mais à esquerda do movimento operário no Brasil. Bastaram alguns "acenos" estatais para o PCO reproduzir as mesmas idiotices reformistas que o PCdoB vem pregando a várias décadas contra os que defendem a independência política da classe trabalhadora em relação as tradicionais variantes políticas da burguesia: "democratas versus conservadores". Aliás, tanto o PCO como seu novo parceiro o PCdoB estão juntos na Frente Brasil Popular, tendo como companhia o PDT e o PT, porém somente os revisionistas do trotskismo como bons "cristãos novos" resolveram atacar agressivamente a outra frente (FPSM) talvez para " mostrar trabalho" ao chefe do Planalto, um despropósito sem limites. Acontece que tanto a FPSM como a FBP tem quase a mesma composição política e objetivos, a diferença é que a primeira é integrada apenas por organizações do movimento social e a segunda abarca também partidos políticos. Acusar a FPSM de favorecer o golpismo já passa de uma alucinação dos que perderam qualquer referência em oposição a política de colaboração de classes da Frente Popular. Para o PCO a única pauta que deve ser levantada pelo movimento de massa seria uma abstração de luta contra a direita: "O que está colocado, e todas as manifestações desse ano comprovam isso, é a luta contra o golpe e a direita. Essa e a única palavra de ordem capaz de unificar as organizações sindicais, populares e de esquerda." Como o golpe está sendo dado quotidianamente pelo governo contra as condições de vida do proletariado só nos restaria mobilizar contra reacionários de carteirinha, tucanos e afins, deixando de mãos livres a dupla Dilma/Levy para promoverem a quebra do país em nome da sacrossanta "democracia dos ricos". Para o PCO se algum trabalhador está achando a situação muito ruim é só pensar que com o "bicho papão" seria bem pior...

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

TRAGÉDIA EM MARIANA: RESPONSABILIDADE É DAS GRANDES EMPRESAS MINERADORAS QUE RAPINAM AS RIQUEZAS NACIONAIS COM A CONIVÊNCIA HISTÓRICA DOS GOVERNOS DO PT E PSDB! PELA REESTATIZAÇÃO DA VALE SEM INDENIZAÇÃO SOB O CONTROLE DOS TRABALHADORES!


O rompimento de duas barragens no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, deixou dezenas de pessoas mortas, feridas e desabrigadas na última quinta-feira, 05 de novembro. Além do desaparecimento de 25 pessoas e duas mortes já confirmadas, a onda de lama que vem destruindo o leito do Rio Doce vai chegar ao Espírito Santo, deixando sem água cidades inteiras e contaminando toda a região com resíduos tóxicos. Especialistas denunciam os graves riscos à saúde provocados pelo rejeito de minério de ferro liberado na água além de grande quantidade de mercúrio. As barragens de Fundão e Santarém eram de responsabilidade da empresa Samarco, que tem 50% de suas ações nas mãos da Vale do Rio Doce, uma das maiores mineradoras do mundo, privatizada por FHC em 1997 e hoje controlada por um consórcio que inclui fundos de pensão das estatais que indicaram como presidente Murilo Ferreira, nome avalizado pelo governo Dilma. A outra metade pertence à australiana BHP Billiton. Não resta dúvida que a responsabilidade pela tragédia é das grandes empresas mineradoras que rapinam as riquezas do Brasil através da apropriação extensa de territórios e da super-exploração dos trabalhadores. Essa rapina inclui remoções forçadas de famílias e comunidades nativas, poluição das nascentes, dos rios, do ar, poluição sonora, desmatamento, acidentes de trabalho, de trânsito, concentração privada da riqueza e distribuição pública dos impactos. O desastre criminoso de Marina acontece dentro de uma sequencia de outras tragédias ocorridas em várias regiões do país, ficando impunes as empresas mineradoras que os provocaram. Segundo os dados do DNPM existem mais de 700 barragens de rejeito em Minas Gerais, dentre as quais, 43 em alto risco de rompimento, algumas com potencial maior do que as de Santarém e Fundão, o que causou danos humanos e ambientais irreversíveis, contaminando a água na bacia do Rio Doce, agravando ainda mais a crise hídrica na região, prejudicando a vida de milhões de pessoas. Cinicamente, a Samarco, empresa responsável pelas barragens que romperam iniciou logo depois da tragédia a demissão de funcionários de empresas terceirizadas, tentando responsabilizar os trabalhadores pelo ocorrido. Por sua vez, relatos de moradores divulgados pelo Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM) apontam para a falta de auxílio da empresa aos moradores da região: “Apenas hoje vieram, mas foram os trabalhadores da mina que deram assistência”, relata Felipe Oliveira, atingido pelo desastre. Ele conta que os moradores da região sempre questionaram sobre o risco de rompimento das barragens e sobre a segurança local, mas que nunca foram dadas orientações de como evacuar a área. Sobre momentos antes de a lama chegar às comunidades, ele relata: “Não houve chamada de emergência, nem aviso, apenas gritos de ‘corra quem puder’”. Documentações das barragens que se romperam, levando destruição e morte ao povoado de Bento Rodrigues, em Mariana, trazem informações importantes para compreender as causas da tragédia na região. De acordo com os laudos publicados, a estrutura havia chegado ao seu limite máximo, a partir do qual deveria ser desativada, segundo os compromissos de licenciamento assumidos pela Samarco em 2008, quando da concessão da licença de instalação. Mas isto não foi feito porque o esgotamento da capacidade das represas implicaria na paralisação de sua planta de produção de pellets, que são pequenas bolas produzidas com o pó gerado durante a extração do minério. A Samarco produziu cerca de 25 milhões de toneladas no ano passado, sendo a maior parte pellets, em um mercado exportador mundial estimado em cerca de 1,7 bilhão de toneladas. A busca do lucro foi o motivo central da tragédia humana e ambiental de Mariana. A tragédia reforça a luta pela reestatização da Vale do Rio Doce sem indenização assim como a exploração das riquezas nacionais sobre o controle dos trabalhadores. A parte da Samarco que pertence a multinacional australiana BHP deve ser nacionalizada, seus bens confiscados e seus lucros retidos a fim de serem revertidos para pagar as indenizações aos trabalhadores, moradores e o conjunto da população dos municípios atingidos pela lama tóxica da extração de minério de ferro!

domingo, 8 de novembro de 2015


O ATENTADO TERRORISTA AO AVIÃO RUSSO: O “SILÊNCIO” DOS REVISIONISTAS E AS POSIÇÕES DO MRT/LER, PAPAGAIOS” DE OBAMA

Exatamente dez dias após a queda do avião civil russo A-321 no Sinai egípcio (região fronteiriça com Israel) a denúncia feita pela LBI poucas horas depois da tragédia, de que a explosão do Airbus da companhia Metrojet tinha sido em função de um atentado terrorista e não um acidente fruto de uma “falha técnica” como noticiou amplamente toda a mídia internacional, se confirmou plenamente. Especialistas russos chegaram a conclusão que uma bomba plantada em uma mala ou em algum lugar do avião no aeroporto de Sharm el-Sheikh (onde pagando 10 euros evita-se filas e a inspeção de bagagens), causou a destruição da aeronave em pleno voo. O governo Putin inclusive suspendeu todas as viagens das companhias aéreas do país para o Egito depois que gravações das caixas pretas do avião indicaram que um explosivo derrubou o A-321. No artigo publicado em nosso BLOG no dia 31 de outubro intitulado “SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA DE ISRAEL DERRUBA AVIÃO CIVIL RUSSO, PORÉM QUEM ASSUME A AUTORIA DO ATENTADO É O EI... ALIANÇA PUTIN-ASSAD DEVE ORGANIZAR RESPOSTA AO TERRORISMO ASSASSINO!” afirmamos que “O Airbus poder ter sido explodido por uma bomba colocada dentro da aeronave no Egito no aeroporto do balneário de Sharm el-Sheikh, já que vários especialistas dizem que a aeronave explodiu de fora para dentro ou também pode ter sido abatido por um potente míssil-terra ar de alta-precisão e com capacidade de chegar a uma altura de 10.000 pés. A hipótese de o avião ter se despedaço durante o voo já era considerada a mais plausível, dada a dispersão dos destroços em cerca de 20 km do local da queda. Outra questão é que apesar da mídia ter espalhado que a queda seria produto de uma ‘falha técnica’ não houve contato ou sinal de emergência da tripulação para a torre de comando no Egito, o que aponta que o avião foi alvo de um atentado terrorista que provocou sua explosão em pleno voo. Como as forças especiais de Israel operam na área fronteiriça com o Egito com armas de última tecnologia e lançadores de foguetes e mísseis potentes, tendo relações estreitas com o EI e a ditadura de Al-Sisi que derrubou a Irmandade Muçulmana, todos os elementos apontam para uma ação militar orquestrada secretamente por estes atores políticos que estão unidos contra Assad, com a responsabilidade sendo assumida pelo EI para provocar pânico da população russa e a fim de forçar Putin a recuar nos bombardeios na Síria contra os ‘rebeldes’”. O acerto político do prognóstico da LBI sobre o atentado terrorista ao avião russo, apesar das poucas informações após a queda e de nossas óbvias limitações técnicas, é produto da correta análise marxista da luta de classes. Foi a Rússia que de fato começou a combater o EI e os “rebeldes” com os bombardeios de seus caças aos grupos terroristas a Síria e em apoio ao governo Assad. Os EUA sempre prestaram ajuda aos “rebeldes” e seus F-16 usaram o pretexto de combater o EI para atacar o exército nacional sírio fiel a Assad. A primeira vista, como suposta “resposta” à ação de Putin o EI atacou o avião civil russo. Ocorre que uma operação militar dessa magnitude (organizar a derrubada de um Airbus com mais de 224 pessoas) em uma região fronteiriça com Israel obviamente não passaria despercebida pelo MOSSAD e afins . A zona é altamente sensível, monitorada com espionagem de vários Serviços de Inteligência e instrumentos de alto-tecnologia, vigiada “com lupa” pelo enclave sionista e o governo do Egito, cujas FFAA são treinadas e armadas pelos EUA. Tanto que depois de vários dias em silêncio os governos da Inglaterra e dos EUA dizem ter interceptado comunicações internas do EI planejando uma conspiração para derrubar o avião russo. Segundo o Times de Londres, “o tom e o conteúdo das conversas mostram que uma bomba tinha sido trazido a bordo da aeronave por um membro da equipe ou um aeroporto de passageiros”. Já a NBC News releva que pelo menos em uma dessas interceptações soube-se que algo grande estava para acontecer no Sinai. Isso demonstra que as agências de inteligência dos EUA ou da Inglaterra sabiam com antecedência sobre a ameaça ao Airbus russo, mas nada fizeram para impedi-la. Diante desta realidade evidente não resta-nos a menor dúvida de que a ação contou secretamente com o planejamento dos serviços de inteligência de Israel e, no mínimo, com a conivência da ditadura egípcia, ambos são inimigos do governo Assad e aliados dos EUA. Israel proveu a logística para o atentado, já que as forças especiais sionistas operam nesta região, sendo o EI “parceiro” comercial informal de Israel (o enclave compra petróleo barato e vende armas os jihadistas). Voltamos a afirmar agora, que se confirmou tecnicamente o atentado terrorista como causa da queda do A321, que Israel esta por trás dessa ação secretamente planejada, jogando convenientemente os holofotes sobre o EI que de pronto e imediatamente assumiu a autoria da ação apresentando-a como uma suposta retaliação a intervenção russa na Síria em apoio a Assad.