CAIU A MÁSCARA NA DERRUBADA DO CAÇA RUSSO E OS EUA E TURQUIA
REVELAM QUEM É SEU VERDADEIRO ALIADO: EI!
O covarde ataque ao caça das Forças Armadas da Rússia um
SU-24 comandado por dois oficiais, realizado por jatos ianques F-16 da OTAN sob
a bandeira turca, revela o verdadeiro caráter da ação imperialista na região
localizada entre as fronteiras da Síria e o Iraque: Derrubar o regime Al Assad
e proteger as operações terroristas do "Estado Islâmico" nos
conflitos do Oriente Médio. O caça russo foi surpreendido em espaço aéreo sírio
por jatos F-16 que dispararam mísseis ar-ar sem emitir nenhum sinal de advertência,
os dois pilotos russos ejetaram após o ataque e aparentemente foram capturados
e mortos por grupos armados de oposição ao governo sírio, o que comprova que
sua aeronave não adentrou no território turco. Os militares russos estavam em
operação contra as "forças insurgentes" de combate ao regime Assad, o
que engloba um vasto arco de grupos terroristas financiados pela OTAN, desde o
EI até o ELS. A sorrateira intervenção dos jatos da OTAN/Turquia contra a
Rússia para proteger os "rebeldes" teve o aval direto do Pentágono,
pois todos sabem que os F-16 são programados "online" para não
disparar em alvos "amigos". Em reunião entre Obama e Hollande,
ocorrida hoje em Washington logo após a derrubada do caça russo, o "imperador"
da Casa Branca defendeu plenamente o ato assassino do governo turco, sob o
cinismo da acusação de "violação do espaço aéreo" e "necessidade
de defesa". Em contrapartida o presidente russo, Putin, afirmou que foi
"apunhalado pelas costas" e que a ação da Turquia/OTAN geraria
"graves consequências". Até o momento não há notícia de uma enérgica
resposta militar da Rússia as provocações referendadas oficialmente pelo
imperialismo ianque. Os grupos terroristas "sírios" de todos os
matizes políticos e militares se sentiram mais fortalecidos pelo apoio aberto
dos EUA, já o imperialismo europeu saiu arranhado em sua cretina cruzada
midiática contra os jihadistas do EI. Nos próximos dias a
"temperatura" deve subir na região do conflito, a Rússia terá que
agir com vigor para esmagar os falsos "rebeldes" da OTAN, sob pena de
desmoralização em sua ação de apoio à Assad. O movimento operário mundial deve
prestar total solidariedade as Forças Armadas russas, covardemente atacadas
pelos chacais da OTAN covardemente disfarçados na sombra do servil Erdogan.
Desgraçadamente assistimos mais uma vez o silêncio da esquerda revisionista,
diante de uma operação militar imperialista contra um governo nacionalista que
saiu em socorro de uma nação espoliada e atacada pela OTAN. Os Morenistas e sua
"grande família" estão na trincheira oposta ao dos povos oprimidos,
perfilam-se na barricada do imperialismo e suas "revoluções"
fabricadas pela CIA.
O ministro das relações exteriores da Rússia Sérguei Lavrov
afirmou que seu governo não tem intenção de declarar guerra a Turquia, o que
significaria o mesmo que declarar guerra a OTAN. Porém o ministro da defesa
russo anunciou uma série de medidas para reforçar as operações aeroespaciais de
suas forças militares na Síria. "A Rússia, de agora em diante, não deixará
de prestar atenção a nenhum incidente similar à tragédia ocorrida na Síria com
o caça Su-24", afirmou Serguei Shoigu. Até este momento o presidente sírio
Bashar Assad não emitiu nenhum pronunciamento de caráter internacional acerca
da agressão turca no espaço aéreo de seu país, apesar de que as tropas do
facínora Erdogan ultrapassem rotineiramente a fronteira para prestar apoio aos
grupos terroristas de oposição ao regime da Síria. Por outro lado também chama
atenção o silêncio covarde do governo chinês, uma potência militar mundial que
deveria prestar apoio integral as forças armadas da Rússia, até mesmo como um
ato de autodefesa diante das constantes provocações do imperialismo ianque
sobre seu território continental.
Contraditoriamente, à medida que o míssil que atingiu o
Su-24m foi disparado formalmente pela
Turquia, este ataque serviu para provavelmente evitar que o governo Putin participe
de uma coalizão em que a Rússia perderia o controle do combate militar contra o
Estado Islâmico e teria de aceitar a derrota e a remoção gradual de Assad, como
pretende a Casa Branca. A cada passo ao longo da tática de salvaguardar Assad,
o governo russo mantém muita confiança na diplomacia com os Estados imperialistas,
esta "manobra" já provou ser um beco sem saída. Se a Rússia não
participar do jogo real e começar a jogar suas "cartas fortes", com
seu peso militar ela será derrotada pelo cerco da OTAN. A ampla "coalizão
planetária" proposta por Hollande contra o EI não passa de uma farsa
grotesca, para todos os centros imperialistas (americano, europeu e japonês) o
único objetivo real é varrer do mapa mundi todos os regimes nacionalistas
burgueses que ainda sobrevieram a ofensiva neoliberal após a derrubada contrarrevolucionária
da antiga URSS, o governo da Síria é um deles!
As fricções entre a Casa Branca e o EI são pontuais, não
representam interesses antagônicos mais profundos no mapa da geopolítica
regional. Somente quando o EI decidiu marchar para tomar Bagdá, Obama sentiu
que sua autoridade poderia ser arrasada caso caísse o governo fantoche do
Iraque. Na medida em que o regime Assad volta a se fortalecer na guerra civil,
com o apoio das forças russas, Washington e a OTAN não tem grande interesse em
defenestrar nenhum dos organismos terroristas que atuam na região. Já a
guerrilha curda (presente tanto na Turquia, Iraque e Síria) pode perder o
relativo apoio logístico dos EUA, caso se estreitem ainda mais os laços
diplomáticos entre Ancara e Washington depois do ataque ao caça russo e seus
futuros desdobramentos militares. Neste momento a principal bandeira
internacionalista proletária deverá ser reforçar o chamado de solidariedade
militar ao regime Assad (sem depositar confiança política em sua direção burguesa),
convocando em especial a China, Cuba, Irã, Venezuela e Coreia do Norte para
auxiliar a Rússia nesta empreitada.