ESTADO DE EXCEÇÃO DURANTE A COP21 NA FRANÇA: HOLLANDE
ENCARCERA TREZENTOS ATIVISTAS ANTIIMPERIALISTAS AGORA CONSIDERADOS "TERRORISTAS"
Enquanto os governos sionista, turco e árabe, parceiros
íntimos da diplomacia internacional francesa, protegem as bases militares do
"Estado Islâmico" na Síria e Iraque, o presidente Hollande reprime
violentamente uma manifestação de ativistas antiimperialistas, agora taxados de
"radicais e terroristas" pelo governo. Foram quase trezentas prisões
em pleno centro de Paris em uma praça chamada "República", melhor
seria rebatizar de "República da elite capitalista e xenófoba". Como
já tínhamos caracterizado anteriormente os atentados terroristas do "13 de
Novembro" serviram como uma luva para o governo "neo-socialista"
decretar "estado de emergência" suprimindo garantias democráticas
elementares para as massas e impulsionando ainda mais a ofensiva xenófoba contra
imigrantes e cidadãos de origem colonial. A mobilização contra a COP21, um
amálgama das potências imperialistas que devastam o planeta segundo os
interesses das corporações comerciais, reuniu cerca de 5000 militantes que não
aceitaram a orientação das ONG's domesticadas pelo capital de suspender a
marcha sobre Paris em troca de uma concentração de sapatos na Praça da
República. Um gigantesco aparato de repressão se abateu contra os ativistas dos
mais variados setores da esquerda anticapitalista, inclusive dirigentes do NPA
e organizações trotskistas. Logo Hollande ocupou a mídia corporativa para
atacar os "radicais e violentos" que estariam "desrespeitando as
homenagens aos mortos" do 13N. Até o momento do fechamento desta edição dos
quase trezentos ativistas detidos pelo menos 180 ficarão presos e processados
sob denúncia de violar o "estado de emergência", segundo informou o
ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve. Entretanto o mesmo rigor da
"V República" vertido contra manifestantes sociais não é encontrado
quando se trata de reprimir os autores dos atentados que vitimaram 130 pessoas
em Paris. Ao contrário o governo Hollande acaba de acobertar a ação de seus
parceiros internacionais, patrocinadores do EI, quando a questão se relaciona a
defesa das bases militares dos grupos terroristas no Oriente Médio. Há poucos
dias foi descoberto que o governo sionista do chacal Bibi disponibiliza o Ziv
Medical Centre, em Zefat (norte de Israel) para os jihadistas feridos do EI, um
hospital que conta com um serviço especializado em traumatologia de guerra.
Ainda não podemos determinar o grau exato do envolvimento direto do governo
francês nas ações do EI em Paris, porém a ligação dos terroristas com os
serviços de "inteligência" de Israel é notória. O certo é que
Hollande prepara um enorme retrocesso do regime político francês, processo que
deverá ser concluído pelo próximo governo com características fascistas.
Exigimos a imediata liberdade para todos os presos políticos da COP21,
convocando imediatamente uma campanha mundial de solidariedade ativa com os
ativistas franceses.
A esquerda "oficial" reformista, que acaba de comemorar a ascensão do novo governo neoliberal social democrata em Portugal (uma miniatura do mesmo quilate político de Hollande), calou-se mais uma vez diante das prisões na França. Devem estar muito ocupados em discutir na COP21 a preservação da natureza com os detratores capitalistas que levarão a catástrofe climática do planeta, caso não sejam expropriados. Enquanto os responsáveis pelos maiores desastres contra o meio ambiente e a humanidade reúnem-se na Cúpula, do lado de fora seus funcionários políticos e policiais reprimiam violentamente que ousava denunciá-los.
A violência policial contra os manifestantes é a outra face que a destruição capitalista apresenta de forma horrivelmente rápida na forma de tormentas com nomes como Katrina e Haivan que ceifam milhares de vidas e provocam enorme destruição. Também é a mesma que atingiu a região de Mariana e o curso do rio Doce. Quando os governos burgueses e as grandes empresas capitalistas não são capazes de atuar para prevenir um aquecimento catastrófico, isso constitui um ato de violência. É uma violência tão grande, tão global e que atinge tantos aspectos simultaneamente (antigas culturas, vidas presentes, potencial futuro) que sequer temos uma palavra capaz de conter sua monstruosidade. E recorrer a atos de brutalidade e repressão para silenciar as vozes daqueles militantes anticapitalistas que são os portas-vozes desta denúncia à violência das mudanças climáticas é uma violência maior ainda.
O cínico Hollande e seus pares mundiais, como Dilma que acoberta os crimes ambientais da VALE e sua sócia BHP, dão para incautos um verdadeiro show midiático na COP21. Nas ruas de Paris um "clima" pesado que faz lembrar a capital Santiago do Chile logo após o golpe de Pinochet. Seria impensável prever que o país berço da revolução democrática, um dos centros do imperialismo europeu, se assemelharia hoje a uma república de ditadores da periferia capitalista mundial. Mas não é a primeira vez que assistimos historicamente retrocessos políticos em Estados imperialistas, porém o que seria realmente preocupante é que esta mesma tendência regressiva está apontada para a próxima etapa mundial da luta de classes. Somente a ação revolucionária do proletariado mundial poderá evitar a catástrofe que o capitalismo prepara para a humanidade.
A esquerda "oficial" reformista, que acaba de comemorar a ascensão do novo governo neoliberal social democrata em Portugal (uma miniatura do mesmo quilate político de Hollande), calou-se mais uma vez diante das prisões na França. Devem estar muito ocupados em discutir na COP21 a preservação da natureza com os detratores capitalistas que levarão a catástrofe climática do planeta, caso não sejam expropriados. Enquanto os responsáveis pelos maiores desastres contra o meio ambiente e a humanidade reúnem-se na Cúpula, do lado de fora seus funcionários políticos e policiais reprimiam violentamente que ousava denunciá-los.
A violência policial contra os manifestantes é a outra face que a destruição capitalista apresenta de forma horrivelmente rápida na forma de tormentas com nomes como Katrina e Haivan que ceifam milhares de vidas e provocam enorme destruição. Também é a mesma que atingiu a região de Mariana e o curso do rio Doce. Quando os governos burgueses e as grandes empresas capitalistas não são capazes de atuar para prevenir um aquecimento catastrófico, isso constitui um ato de violência. É uma violência tão grande, tão global e que atinge tantos aspectos simultaneamente (antigas culturas, vidas presentes, potencial futuro) que sequer temos uma palavra capaz de conter sua monstruosidade. E recorrer a atos de brutalidade e repressão para silenciar as vozes daqueles militantes anticapitalistas que são os portas-vozes desta denúncia à violência das mudanças climáticas é uma violência maior ainda.
O cínico Hollande e seus pares mundiais, como Dilma que acoberta os crimes ambientais da VALE e sua sócia BHP, dão para incautos um verdadeiro show midiático na COP21. Nas ruas de Paris um "clima" pesado que faz lembrar a capital Santiago do Chile logo após o golpe de Pinochet. Seria impensável prever que o país berço da revolução democrática, um dos centros do imperialismo europeu, se assemelharia hoje a uma república de ditadores da periferia capitalista mundial. Mas não é a primeira vez que assistimos historicamente retrocessos políticos em Estados imperialistas, porém o que seria realmente preocupante é que esta mesma tendência regressiva está apontada para a próxima etapa mundial da luta de classes. Somente a ação revolucionária do proletariado mundial poderá evitar a catástrofe que o capitalismo prepara para a humanidade.