sábado, 30 de abril de 2016

NESTE 1º DE MAIO NO ANHANGABAÚ: NENHUM APOIO AO GOVERNO BURGUÊS DA FRENTE POPULAR QUE ATACOU DIREITOS E CONQUISTAS DOS TRABALHADORES!


sexta-feira, 29 de abril de 2016

PROFESSORES/CEARÁ: RADICALIZAR A GREVE PARA DERROTAR O ARROCHO SALARIAL E O GOLPE DO GOVERNO CAMILO (PT) CONTRA A EDUCAÇÃO PÚBLICA

Militantes da Oposição em ato da greve estadual.
Em destaque, de camisa vermelha, Antônio Sombra da TRS-LBI
Desde o dia 20 de abril os professores da rede pública do Ceará estão em greve por tempo indeterminado. As condições para a deflagração da paralisação já estavam caindo de maduras pelos ataques promovidos pelo governo Camilo (PT) contra a categoria e a educação pública. O maior obstáculo para a vitória da luta é política de colaboração de classes da direção da APEOC controlado pela Articulação (PT), que vem enrolando os trabalhadores em educação para seguir negociando às escondidas com seu chefe petista. Nossa greve não é motivada apenas por salário. Os professores reivindicam 15% de reajuste e também que entre na pauta a revogação das portarias de matrícula, lotação e de liberação para estudos, por um ISSEC sem limites de consultas e atendimentos, pelo pagamento imediato dos salários atrasados dos professores temporários, salário e direitos iguais para esses/as professores/as e o aumento das verbas orçamentárias para a educação. Por outro lado combatemos a PLC 257 que congela os salários dos servidores públicos, impede a realização de novos concursos, aprofunda a terceirização e precarização do trabalho, aumenta a contribuição previdenciária de 11% para 14% e, inclusive, ameaça a estabilidade no emprego e o direito de greve do funcionalismo público. A greve geral dos professores do Estado, para ter chances de vitória e enfrentar, inclusive, uma possível ilegalidade precisa ser construída de maneira democrática, radicalizada e pela base. Essa é a única maneira de unir a categoria e fazer com que ela se fortaleça para derrotar o governo neoliberal do PT e a Justiça burguesa. A diretoria da APEOC, mesmo obrigada a encaminhar a greve aprovada na assembleia do dia 20, faz de tudo para enfraquecê-la, para derrotá-la e depois culpar a categoria por não ter aderido ao movimento grevista. Por isso, essa diretoria burocrática impediu a participação dos estudantes da assembleia do dia 20, mas estiveram presentes em massa no protesto realizado no Palácio da Abolição neste último dia 28, convocado pela Oposição de Luta dos Professores e a TRS. Na próximo quarta-feira, 4 de Maio, os professores farão uma nova Assembleia Geral da categoria para discutir os primeiros dias de greve e radicalizar a mobilização. Nessa batalha a militância da LBI joga todas suas forças para derrotar os ataques covardes governo da Frente Popular pela via da luta direta rechaçando no curso da mobilização dos trabalhadores as investidas da direita (Tasso Jereissati - PSDB, Capitão Wagner - PR, Morini- DEM) que desejam capitalizar eleitoralmente a crise das gestões burguesas petistas a nível nacional e em nosso estado, onde o PT é aliado da oligarquia Gomes (PDT). Por isso militamos na greve para construir uma alternativa de Poder Operário, uma luta que vai além do economicismo, apontando uma saída revolucionária para a crise capitalista e de seus governos patronais de "direita" ou "esquerda".

A “METAMORFOSE AMBULANTE” DO MRT/LER: APÓS ROMPER COM O DIREITISTA “FORA TODOS” DO PSTU, AGORA ELOGIA O 1º DE MAIO DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DA CUT “CONTRA O GOLPE”!


O MRT (ex-LER) acaba de anunciar que não participará do ato de 1º de Maio da Conlutas, PSTU e EUA (Espaço Unidade de Ação) na Av. Paulista em defesa do “Fora Todos”. Os ex-Morenistas estavam literalmente até menos de um mês atrás, com o 1º de Abril, junto com PSTU, CST, MES e MNN nos atos em defesa desta política abertamente direitista reivindicada pela “família” morenista simpática às manifestações verde-amarelo da horda fascistoite, urrando pelo impeachment de Dilma. Como em um passe de mágica, só agora o MRT “descobriu” que estava em curso no Brasil um “Golpe Institucional” contra o governo do PT. Logo passou de malas e bagagens para o campo “Contra o Impeachment”, é verdade que antes mesmo de “pular de lado” já vinha elogiando rasgadamente os atos convocados pela Frente Popular, como o ocorrido no Rio de Janeiro em 11 de abril com a presença de Lula e Chico Buarque. Tanto que o MRT saiu a convocar entusiasticamente o ato de 1º de Maio da CUT no Anhangabáu: “Vamos construir um forte bloco no único ato que vai se posicionar contra o golpe, o ato chamado pela CUT, Frente Povo Sem Medo, PSOL e MTST, às 10h no Vale do Anhangabaú”, sem ao menos denunciar que as entidades “chapa branca” não tomam nenhuma medida de luta concreta e de massas contra o “golpe”, sequer recorrem à demagogia de convocar uma “greve geral” de fachada porque o PT não deseja polarizar ainda mais a conjuntura já que voltou a tentar costurar um “acordão nacional” para ter a antecipação das eleições presidenciais. Que metamorfose sofreu o MRT! De apoiador do “Fora Todos” para satélite da trincheira cutista e da Frente Popular! Definitivamente, o MRT está totalmente perdido em meio à complexa situação nacional, tanto que mesmo agora se declarando “contra o golpe” ainda levanta a palavra de ordem “Assembleia Constituinte”, uma saída nos marcos do próprio regime político que fortalece a direita e a reação burguesa, a mesma proposta que levantava quando era a favor do “Fora Todos”! Não por acaso, antes o MRT se emblocava com o PSTU, CST e MES elogiando o Juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato e só recentemente... descobriu (copiando a LBI) que Moro é um agente de CIA. A LBI já vinha apontando os zigs-zags do MRT/LER, que chegou a pedir ingresso no ultra-reformista PSOL mas ainda tem a cara-de-pau de se apresentar como defensor da “ortodoxia trotskista”. O MRT até então vinha criticando a conduta do PSOL em legitimar a governabilidade do PT em nome da política “mal menor”, porém mudou bruscamente sua posição passando a reconhecer a “importância estratégica” do PSOL diante do agravamento da crise nacional. Os partidários desta “metamorfose ambulante” são os mesmos que apoiaram a “Primavera Árabe” na Líbia e depois fingem que estavam contra a intervenção da OTAN contra Kadaffi, os cínicos que saudaram a queda do Muro de Berlim e o fim da URSS pelas mãos da direita e do imperialismo, mas hoje “lamentam” os efeitos da barbárie social que se abateu no Leste Europeu, chegando a balbuciar lamúrias contra a restauração capitalista que apoiaram e festejaram! Definitivamente, a coerência na análise não é a marca do MRT em seu revisionismo frenético! De forma hilária o MRT exige tal critério do NOS, grupo centrista carioca que rompeu com o PSTU criticando pontualmente a linha abertamente direitista morenista oficial. Veja a pérola que afirma o MRT a respeito da posição do NOS sobre os atos de 1º de Maio: “Em meio a toda essa bancarrota, o MAS, corrente que se originou de uma ruptura do PSTU adotou em um primeiro momento uma orientação correta, de se colocar abertamente contra o impeachment e contra os ajustes que estão sendo descarregados nas costas dos trabalhadores. Em base a isso queremos abrir um debate com os companheiros do NOS. Apesar de terem defendido uma posição essencialmente correta no momento anterior da crise política, agora estão buscando fazer confluir várias organizações de posições distintas, através da constituição do que se denominou ‘frente de esquerda’. A questão é que ao contrário de avançar nesse sentido, essa frente tem se lançado a promover ações sem o aprofundamento desse debate. O resultado é que suas expressões concretas, como o ato do 1 de Maio, terminam apresentando um conteúdo que expressam amálgamas com organizações que defendem posições opostas, como o MES. Uma ‘unidade’ que não resistirá frente às duras provas que a realidade nacional está impondo. Como parte dessa lógica foi proposto ao próprio PSTU, integrar o ato do 1 de Maio, o que foi negado por aquela organização publicamente, já que defende o ‘Fora Todos’. O problema é que a política de lutar contra o impeachment, e a de ‘Fora Todos’ são irreconciliáveis. A realidade, e os destinos dos trabalhadores e da juventude, exigem uma política claríssima de combate ao golpe institucional, e não de diluição dessa posição em meio a uma série de outras que até podem ser corretas abstratamente, mas que são secundárias hoje em relação à luta contra o avanço dos ataques bonapartistas que se abrem” (Esquerda Diário, 29.04). Parece piada o MRT ensinar que “a realidade exige uma política claríssima de combate ao golpe” criticando o NOS por fazer o mesmíssimo malabarismo oportunista que ele mesmo fazia ao lado do PSTU quando se opunha a seus “exageros” direitistas apesar de postar-se no mesmo campo político simpático à direita demo-tucana, ou seja, participando dos atos pelo “Fora Todos” como foi o de 1º de Abril da Conlutas! Parafraseando Raul Seixas, o “eclético” MRT prefere ser uma “metamorfose ambulante” do que ter o Marxismo como bússola com suas “velhas opiniões formadas sobre tudo”! Os “modernos” jovens do MRT que abominam conceitos como “Ditadura do Proletariado” e “centralismo democrático” em sua senda oportunista é mais um agrupamento a ceder as fortes pressões do chamado “campo democrático” (como já havia feito o corrompido PCO), incapaz de combater de forma consequente e coerente a linha direitista do PSTU sem cair nos braços da Frente Popular e capitular a sua política de colaboração de classes!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

LEIA A ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA, Nº 307, 2ª QUINZENA DE ABRIL/2016



EDITORIAL
Por um 1º de maio de combate revolucionário a ofensiva da direita golpista e de firme oposição a pauta neoliberal do governo Dilma! Nem a “defesa da democracia”, nem “eleições gerais” e, muito menos, “Assembleia Constituinte”! Lutar por uma alternativa de Poder Operário e Camponês!

GOLPE DE ESTADO E “GOLPE” PARLAMENTAR REPRESENTAM O MESMO RECURSO PARA AS CLASSES DOMINANTES?
Os Marxistas afirmam categoricamente que não!

“ELEIÇÕES GERAIS” E “ASSEMBLEIA CONSTITUINTE”
Panaceias da esquerda revisionista para não lutar por uma alternativa de Poder Operário

PSTU COMEMORA O IMPEACHMENT
“Tiramos Dilma agora só falta Temer, Eleições Gerais já!”... só falta responder quem tirou Dilma e afirmar que torce por moro no planalto

A PATÉTICA COVARDIA DO PT
Dilma vai à ONU, covil do imperialismo e não denuncia o “Golpe Institucional” contra a Frente Popular

BASE ALIADA DO GOVERNO DILMA FOI PROTAGONISTA DO 1º ATO DO GOLPE INSTITUCIONAL
Os “companheiros” burgueses do PT “roeram a corda” para aliar-se ao rato Temer

OS "TRAIDORES" DE HOJE SÃO OS HERÓIS DE ONTEM
Frente Popular semeou o terreno de sua própria derrota política

FAZER CAMPANHA PARA CASSAR O MANDATO PARLAMENTAR DO NEONAZISTA BOLSONARO OU DEFENDER O JUSTIÇAMENTO DESTE COVARDE FASCISTA PELO MOVIMENTO OPERÁRIO ORGANIZADO?
Um debate necessário para a esquerda revolucionária que não acredita na democracia burguesa como valor universal

BLOG DA LBI ALCANÇA 600 MIL ACESSOS!
Uma tribuna diária de combate à ofensiva reacionária da direita, na vigorosa denúncia da esquerda reformista “amante” da democracia!

CAMALEÕES DO PCO – PARTE I
Atentados na Noruega: PCO do delírio oportunista a quinta coluna do neofascismo europeu

ESTUDANTES/SP
Juventude Bolchevique vence eleições do grêmio com um programa revolucionário de luta contra Alckmin

42 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS
Transição “não pactuada” do regime fascista para a democracia burguesa, reivindicada pelo PS para defenderem o “estado de bem estar social” 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

POR UM 1º DE MAIO DE COMBATE REVOLUCIONÁRIO A OFENSIVA DA DIREITA GOLPISTA E DE FIRME OPOSIÇÃO A PAUTA NEOLIBERAL DO GOVERNO DILMA! NEM A “DEFESA DA DEMOCRACIA”, NEM “ELEIÇÕES GERAIS” E, MUITO MENOS, “ASSEMBLEIA CONSTITUINTE”! LUTAR POR UMA ALTERNATIVA DE PODER OPERÁRIO! 

Os atos de 1º de Maio deste ano, dia internacional de luta dos trabalhadores, ocorrem no Brasil após a aprovação da admissibilidade do impeachment de Dilma na Câmara dos Deputados e a votação do processo para cassar seu mandato no Senado. Nesse interregno entre os dois atos do “Golpe Institucional” vimos a Frente Popular arrefecer o ânimo da luta das massas contra a direita, com o PT optando por jogar formalmente suas fichas na votação no Senado e depois em um recurso ao STF, mas sem grandes ilusões de reverter o quadro desfavorável à Dilma. Ao que tudo indica Lula e a direção petistas já trabalham com a ascensão de um impopular governo Temer para tentar capitalizar o desastre eleitoralmente em 2018. Essa estratégia é completamente suicida. Além de abortar a resistência de massas contra o “Golpe Institucional” aposta em uma nova gestão neoliberal do PT via a improvável eleição de Lula. Todos os elementos apontam no sentido contrário: a burguesia e o imperialismo devem preparar as condições para a ascensão de Moro ao Planalto para impor uma gerência bonapartista diante da crise do regime, um comando que discipline as frações burguesas em luta no marco de um quadro político-institucional ainda mais fragilizado com o canalha e odiado Temer assumindo a Presidência da República por dois anos. Há ainda a possibilidade da cassação de chapa Dilma-Temer no TSE e a convocação de eleições (diretas ou indiretas) em 2017. O certo é que as classes dominantes e suas frações políticas (oposição demo-tucana, Frente Popular, Rede-PSB) preparam-se para construir uma saída para a crise do governo e do regime político no marco de formulas que estejam dentro da institucionalidade burguesa, todo esse processo tendo aval do PT. Do ponto de vista dos interesses imediatos e históricos dos trabalhadores, desgraçadamente a “esquerda” também comunga dessa estratégia democratizante, tanto que mesmo em campos políticos opostos acusando-se mutuamente de “apoiarem ou não o golpe” convergem na defesa de propostas como “Eleições Gerais” e “Assembleia Constituinte”. Na condição de Comunistas Revolucionários, a militância da LBI se opõe a escalada da direita, ao governo da Frente Popular e a ascensão de Temer apontando a necessidade de forjar uma alternativa de Poder Operário! Trata-se de justamente, como nos ensinou Lênin, de aproveitar a crise dos “nas alturas” para preparar as condições futuras de uma saída dos “de baixo”, ou seja, construir estrategicamente uma alternativa de poder dos trabalhadores da cidade e do campo, uma saída anticapitalista e anti-imperialista em oposição à democracia dos ricos.


CANDIDO ALVAREZ – JORNALISTA, EDITOR DO BLOG DA LBI
MARCO QUEIROZ – ADVOGADO, PORTA-VOZ DA LBI
HYRLANDA MOREIRA – SECRETÁRIA NACIONAL DA TRS
AUGUSTO CÉSAR - OPOSIÇÃO BANCÁRIA - MOB/CE
CIDA ALBUQUERQUE - OPOSIÇÃO DE LUTA FORTALEZA/CE
ANTONIO SOMBRA - COMANDO DA GREVE EM CURSO PROFESSORES/CE
TOINHA SILVA - SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS/CE
AUGUSTO FILHO - DELEGADO SINDICAL BANCO DO BRASIL/RN
AURIMAR FEITOSA - OPOSIÇÃO PETROLEIRA/RN
ROBERTO CALDEIRA – OPOSIÇÃO RODOVIÁRIOS GUARULHOS/SP
ISABEL TEIXEIRA - OPOSIÇÃO METALÚRGICA GUARULHOS/SP
BEATRIZ BERGOCI – PRES. GRÊMIO ESTUDANTIL GUARULHOS/SP
RICARDO FABIO - OPOSIÇÃO DOS GRÁFICOS/RS 
CAMALEÕES DO PCO PARTE I



Vejam o que falavam os camaleões da Causa Operária há pouco tempo atrás no campo internacional, saudando as investidas do imperialismo e da direita como “revoluções”. Depois de apoiarem a contrarrevolução na URSS e a intervenção da OTAN na Líbia, o PCO chegou ao cúmulo de apresentar os atentados da extrema-direita na Noruega como um acontecimento revolucionário! No artigo que reproduzimos logo abaixo, a LBI denunciou essa posição escandalosa do grupúsculo gangsteril de Rui Costa Pimenta, que volta a ameaçar seus oponentes programáticos com agressões físicas e calúnias. 

ATENTADOS NA NORUEGA: PCO DO DELÍRIO OPORTUNISTA A QUINTA COLUNA DO NEOFASCISMO EUROPEU 
(24 DE JULHO DE 2011)

“Em primeiro lugar, é evidente que se trata de um ataque ao governo, uma vez que os dois atentados se dirigiram contra organizações ligadas a ele. Por isso, o ataque é parte das ações das massas europeias que estão enfrentando o regime político de seus países como resposta à crise, principalmente nos países onde os capitalistas estão impondo seus planos de austeridade contra a classe operária”. Acreditem se possível for! A citação acima foi retirada da declaração feita pelo Partido da Causa Operária, PCO, logo após os atentados neofascistas que vitimaram mais de cem pessoas em Oslo, na Noruega. Com o seguinte título em seu artigo: “Crise européia se torna explosiva”, o PCO segue na linha de um delírio oportunista que agora serve para justificar as ações terroristas da extrema-direita europeia : “O ataque é parte da ação de massas européias que está se levantando contra governos” (Site do PCO, 22/07). Esta seita revisionista que até há pouco tempo era afiliada ao PO argentino, tenta a todo custo caracterizar a iminência da revolução na atual etapa de reação mundial, agora enxerga nos atentados monstruosos do fascismo uma “ação de massas”, ou seja, para encaixar sua “teoria” delirante de que a revolução dobra a próxima esquina, agora vale se emblocar com a direita terrorista para “combater os governos”! A evolução política das teses catastrofistas da esquerda revisionista a levou a uma completa perda de referência no marxismo revolucionário, e o que é pior ultrapassaram a fronteira de classe ao apoiarem a extrema direita em ações terroristas contra os governos sociais-democratas europeus, como o trabalhista norueguês.

terça-feira, 26 de abril de 2016

“ELEIÇÕES GERAIS” E “ASSEMBLEIA CONSTITUINTE”: PANACEIAS DA ESQUERDA REVISIONISTA PARA NÃO LUTAR POR UMA ALTERNATIVA DE PODER OPERÁRIO


Um amplo arco de forças políticas que se reivindicam trotskistas, mesmo atuando em campos opostos, tem defendido fórmulas aparentemente “democráticas radicais” como saídas progressivas para a crise do governo Dilma e do próprio regime político burguês. Estamos falando particularmente das consignas “Eleições Gerais”, “Fora Todos” e “Assembleia Constituinte”. No primeiro caso, junto com a bandeira de “Fora Todos”, PSTU, CST e MES agitam “Eleições Gerais Já!”. No outro extremo, o PCO, escudeiro corrompido de primeira hora da Frente Popular “contra o Golpe de Estado”, reivindica a convocação de uma “Assembleia Nacional Constituinte”. “Perdido no meio do tiroteiro” encontra-se o “incomodado” MRT (ex-LER). No início das manifestações contra o governo Dilma, o grupo ex-Morenista defendeu o “Fora Todos”, mais recentemente vem proclamando-se “Contra o Impeachment”. O fundamental é que agita desde o começo da crise do governo do PT a palavra de ordem de “Constituinte Livre e Soberana”, ora de forma mais tímida ora mais aberta. Desde a LBI nos opomos a todas estas receitas pretensamente democratizantes que visam reorganizar o regime político burguês, mas que de fato favorecem a reação burguesa. Denunciamos que qualquer palavra de ordem institucional para a agitação imediata voltada a pressionar o parlamento, mesmo recorrendo a adereços de aparência radical, fortalecem as pretensões “golpistas” da direita reacionária, que detém ampla maioria no Congresso Nacional, são na verdade feitas sob medida para um recrudescimento ainda maior do regime político vigente. Compreendemos que para forjar uma saída progressista à debacle do governo Dilma, sem abrir espaço para a direita e suas manobras “golpistas” parlamentares e mesmo eleitorais, faz-se necessário forjar a luta direta e revolucionária por um Poder Operário e Camponês, recorrendo à tática da Frente Única de Ação Antifascista quando necessário. Os Marxistas Revolucionários devem intervir nesta conjuntura de extrema polarização política com uma consigna de poder com um claro corte de classe, onde as reivindicações democráticas sejam acaudilhadas pelo proletariado em combate direto, denunciando a escalada reacionária da direita assim como a conduta de colaboração de classes do PT. Esse é o papel dos leninistas neste momento onde se prepara o 2º ato do Golpe Institucional com a votação no Senado. Ao contrário desta perspectiva proletária e de independência de classe, os revisionistas de todos os matizes (PSTU, CST, MRS, MES, PCO, MRT...) que se criticam mutuamente por “apoiar ou não o golpe” de forma tragicômica convergem na defesa de armadilhas parlamentares e eleitoralistas que jogam água no moinho do “golpe parlamentar”. Inclusive, de forma risível, seus chamados a “Greve Geral” estão a serviço desta política de construir “saídas democráticas” que de fato fortalecem a direita e a reação burguesa! Não por acaso, tanto o PCO como PSTU levantam neste momento esta mesma bandeira (Greve Geral) como forma de pressionar o parlamento contra a aprovação do impeachment ou por eleições gerais. Não se trata de mera coincidência mas de uma linha política comum que rechaça combater de forma militante e consciente pela intervenção da classe operária e do campesinato pobre por fora da influência dos campos burgueses em disputa e para edificar seu próprio poder de novo tipo!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

GOLPE DE ESTADO E “GOLPE” PARLAMENTAR REPRESENTAM O MESMO RECURSO PARA AS CLASSES DOMINANTES? OS MARXISTAS AFIRMAM CATEGORICAMENTE QUE NÃO!


1 A esquerda reformista como um todo, desde os setores revisionistas do Trotsquismo recém convertidos a defesa da Frente Popular até os mais carcomidos neostalinistas velhos apologistas da política de colaboração de classes, vem há algum tempo sustentando a “tese” de que está em marcha um Golpe de Estado no Brasil. Com a agudização da crise política do regime democratizante e o triunfo da primeira etapa do impeachment da presidente Dilma, a pseudo-tese do Golpe de Estado ganhou contorno de verdade fática, sendo utilizada como principal bandeira política do bloco governista contra a oposição direitista, que hoje congrega desde as raposas da privataria tucana até os antigos caciques da chamada "base aliada" do governo petista, hoje qualificados de “golpistas”. De fato está em pleno curso político uma inflexão da classe dominante em direção a um novo governo (gerente de seus negócios), pela via de um golpe parlamentar, que se vale do instrumento constitucional do impeachment. Este movimento institucional da burguesia contra seu antigo gestor estatal "despertou" forças sociais conservadoras, reacionárias e até fascistas que ameaçam o conjunto das liberdades democráticas e a esquerda como um todo (reformistas e revolucionários) e que portanto não pode ser apoiado pelo movimento dos trabalhadores de forma alguma.

2  Para os Marxistas Leninistas que não advogam nenhuma fidelidade à democracia burguesa e tampouco ao "Estado de Direito" não se trata de embarcar no "senso comum" do bordão da esquerda reformista "Não vai ter golpe", mas sim caracterizar cientificamente e de um ângulo da classe operária o processo da correlação de classes vigente. O esgotamento precoce do governo Dilma e o desenvolvimento posterior que parece desaguar no seu impedimento, não parte de uma necessidade da burguesia nacional em desfechar um Golpe de Estado, ou seja, alterar radicalmente as linhas fundamentais do regime democratizante (uma paródia de democracia burguesa) instaurado com o advento da “Nova República” no Colégio Eleitoral em 1985. Esta variante (Golpe de Estado) se coloca diante de uma situação de absoluta radicalização da luta de classes, onde a liberdade de organização da classe operária (direitos democráticos) pode se transformar em avanços revolucionários que ameacem a dominação capitalista. Nenhum destes ingredientes está presente na atual crise política do regime. Recapitulando, o default prematuro da quarta gerência petista é produto do fim de um ciclo econômico mundial, no qual a política de conciliação de classes da Frente Popular foi extremamente útil para os negócios da burguesia nacional. Encerrado o “boom” das commodities e da fartura do crédito para introduzir no mercado de consumo a chamada “classe C” e financiar a expansão das grandes empresas, o governo petista perde sua utilidade para os reais donos do poder, o capital.

3 É óbvio que o pretexto encontrado para tipificar o crime de responsabilidade da presidente Dilma, as “pedaladas fiscais” é completamente torpe, entretanto para a necessidade econômica da classe dominante em trocar de gerente pouco importa se a desculpa é um “Fiat Elba” do Collor ou uma manobra contábil de Dilma. Fenômeno político totalmente distinto ocorreu com o presidente João Goulart, onde a organização revolucionária do proletariado avançava a passos largos por cada “brecha” (como as Reformas de Base) que o governo nacionalista burguês abria, nesta situação a burguesia precisava derrotar o conjunto das forças de esquerda (Jango, CGT, Ligas Camponesas, Prestes) com métodos de guerra civil: o Golpe de Estado se impunha. As reformas neoliberais de Dilma e seu draconiano “ajuste fiscal” foram uma exigência do capital imperialista, em nada ameaçavam a dominação burguesa... muito pelo contrário! Porém houve um "óbice" na lentidão do cronograma da austeridade financeira do governo Dilma, o incremento da recessão econômica paralisava a rentabilidade dos negócios da burguesia, e um de seus segmentos mais representativo resolveu por não aguardar as eleições presidenciais de 2018, era necessário por em marcha um golpe institucional lastreado na paralisia estatal da Frente Popular. Não é verdade que a totalidade da burguesia nacional esteja fechada politicamente com o “golpe”, condição “Sine qua non” para o triunfo de um genuíno Golpe de Estado, pior ainda representa uma tremenda “ingratidão” por parte da esquerda “chapa branca” afirmar que foi “traída” por toda a classe dominante. Será que esqueceram da lealdade do maior empreiteiro do país, Marcelo Odebrecht, preso na famigerada operação “Lava Jato”, ou do mega agroprodutor Carlos Bumlai também encarcerado pelo protótipo de bonaparte, Sérgio Moro. Não faltou o apoio da “família Bradesco”, na figura de seu presidente Trabuco, a permanência de Dilma no Planalto, ou mesmo da oligarquia burguesa retrógrada dos Gomes que agora controlam o PDT. É certo que o grosso da burguesia está do outro lado da trincheira: os rentistas Setúbal, a “famiglia” Marinho irmanada ao bispo Edir Macedo da Record, os bandidos da FIESP, toda a quadrilha da mídia “murdochiana” e, por último, as corruptas oligarquias regionais que vociferam o impeachment como unguento da “moralidade e da família”. A esquerda somada detém 76 deputados na Câmara (60 PT, 10 PCdoB e 6 PSOL), Dilma obteve 137 mais 7 abstenções e 2 ausências contra seu impedimento, quase o mesmo número de votos da bancada da esquerda reformista foram os 70 deputados oriundos do PDT e de parlamentares “avulsos”  que seguiram seus “chefes” burgueses locais leais ao governo. No Senado a situação é muito parecida, PT e PCdoB somam 11 senadores (o PSOL não tem representação) e já contam com mais 10 votos de outras legendas contra o impeachment, apesar da maioria dos senadores do PDT (3) ter declarado apoio aos "golpistas" da oposição.

4 Em síntese podemos aferir que o “isolamento” do governo Dilma não é uma unanimidade absoluta no seio da burguesia, embora esteja severamente “condenado” por seus setores mais dinâmicos socialmente. Por outro lado, no campo das massas proletárias não existe qualquer “sintoma” político que indique uma disposição em ultrapassar as fronteiras do capitalismo, as mobilizações contemporâneas dirigidas pela burocracia sindical ainda representam um esforço de resistência economicista aos duros ataques da ofensiva neoliberal. Não existem sequer na conjuntura política traços embrionários de dualidade de poder que possam precipitar a burguesia na aventura de um Golpe de Estado. Se o governo Dilma se “desmancha” prematuramente diante da ofensiva parlamentar direitista, contrariando até os planos mais conservadores da burguesia que desejava que a presidente concluísse a primeira fase do “ajuste”, é por absoluta incompetência das lideranças do PT, crentes até o último momento na lealdade de sua “base aliada” fisiológica. Diante da sórdida manobra parlamentar e jurídica da oposição conservadora para cassar o mandato de Dilma, setores importantes da classe média e de parcela dos trabalhadores se levantaram em “defesa da democracia”, resgatando um certo cabedal político do desmoralizado PT. Mas a covardia política da Frente Popular sequer soube aproveitar a “virada” no ânimo do movimento e continuou apostando suas fichas na vitória parlamentar, que a priori para o PT parecia bastante fácil frente a potência da “caneta palaciana”. O resultado do cretinismo parlamentar da Frente Popular foi desastroso, acelerando o impeachment que parecia ainda distante de ser aprovado pelo crivo de 2/3 da Câmara e do Senado.


5 A tendência hegemônica da etapa política aponta quase que inexoravelmente para o “debut” do governo Temer/PSDB, o golpe institucional está às vésperas de sua conclusão, o PT atua como cúmplice impotente de seu próprio achacamento político, admitindo até indicar nomes de “confiança” para o novo ministério golpista, como Henrique Meirelles muito próximo a Lula. A alternativa de uma “saída honrosa” para Dilma, seja via da convocação de novas eleições presidenciais este ano, foi descartada pela cúpula do PT, que optou por sustentar indiretamente Temer (sabendo de seu inevitável desgaste com o ápice da recessão) e aguardar que Lula vença o pleito natural de 2018. O que nem o PT e tampouco a esquerda reformista conseguem enxergar é o fluxo de uma corrente bonapartista sendo fortemente gerada a partir da operação “Lava Jato” e da implantação da "República de Curitiba" em todo país. O sonho de Lula voltar ao Planalto em 2018 talvez se transforme no pesadelo de sua prisão após o impeachment, mas desgraçadamente a esquerda reformista continua apoiando a “Lava Jato”, enquanto denúncia hoje um Golpe de Estado inexistente. Trotsky definiu magistralmente em seu livro “A Revolução Traída” a dinâmica política de um Golpe de Estado, ao caracterizar a mudança do regime político soviético, solapado pelo bonapartismo stalinista. Temer está muito distante de ser um novo Stalin, representam classes sociais distintas, porém Moro não está muito longe de converter em um neo Mussolini, iniciando sua cavalgada por um governo bonapartista sobre os escombros dos atuais partidos “tradicionais” de esquerda e direita. 

6 Os Marxistas Revolucionários devem ter a nítida clareza do momento que atravessamos, para não focarem sua mira em alvos inexistentes, deixando passar pela fresta da colaboração de classes o espectro do neofascismo. O movimento operário não deve se deixar corromper pela cantilena da democracia burguesa, chancelando este governo neoliberal da Frente Popular com a desculpa esfarrapada da iminência do “Golpe de Estado”, não respeitamos o circo eleitoral do capital financeiro e tampouco os "sagrados" resultados de suas urnas!

domingo, 24 de abril de 2016

42 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS: EXEMPLO DE TRANSIÇÃO “NÃO PACTUADA” DO REGIME FASCISTA PARA A DEMOCRACIA BURGUESA, REIVINDICADA PELO PS E BLOCO DE ESQUERDA PARA DEFENDEREM O “ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL” COMO ALTERNATIVA À INSURREIÇÃO PROLETÁRIA E SOCIALISTA


42 anos depois da Revolução dos Cravos, os trabalhadores portugueses voltaram a ser governados pelo PS sob o comando de Antônio Costa depois de vários mandatos de gestão de direita PSD/CDS. O Bloco de Esquerda integrou-se ao governo socialista e apresenta este gabinete da centro-esquerda burguesa como herdeiro legítimo do 25 de abril de 1974: “O Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), já promulgado pelo Presidente da República, respeita a posição conjunta firmada entre o Bloco de Esquerda e o Partido Socialista para a viabilização de um governo: repõe rendimentos a trabalhadores e pensionistas, aumenta a taxação ao capital, não inclui novos programas de privatizações e defende os serviços públicos e o Estado Social. No momento em que se comemoram os 40 anos da Constituição da República Portuguesa, conquista das lutas sociais e filha da revolução de abril, fica ainda mais valorizada a constitucionalidade agora alcançada com um Orçamento de Estado para 2016” (Resolução Política do BE, 02/04). Neste marco, as comemorações desse fato histórico que marcou o fim da ditadura de Salazar e o retorno da democracia burguesa em Portugal ocorrem em um clima de patrocinar ilusões na gestão burguesa do PS, neste sentido deve ser compreendida a Revolução dos Cravos e seus efeitos ainda hoje sobre a luta de classes não só em Portugal, mas como parte integrante da crise por que passa o continente europeu como um todo. Foi chamada de Revolução dos Cravos porque as tropas lideradas pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), em vez de baionetas, saíram às ruas com cravos na ponta dos fuzis para simbolizar solidariedade com a população. Mas, ao contrário do que afirmam os arautos da conciliação de classes, esse movimento resultou numa profunda derrota para proletariado português, confirmando a inviabilidade histórica de uma transição pacífica para o socialismo. O movimento de 25 de abril de 1974, ao pôr fim ao regime fascista de Salazar-Caetano, que durante 46 anos oprimiu o proletariado português e os povos as colônias de Portugal na África, se constituiu em um golpe militar preventivo para evitar que uma insurreição popular destruísse as bases da ordem capitalista. Um “convidado” inesperado, o proletariado, surge no processo desta transição política que foi operada inicialmente “por cima”, mas a ausência do partido revolucionário no cenário português impede que se transforme a crise política da “agitada” transição em revolução socialista.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A PATÉTICA COVARDIA DO PT: DILMA VAI À ONU, COVIL DO IMPERIALISMO E NÃO DENUNCIA O “GOLPE INSTITUCIONAL” CONTRA A FRENTE POPULAR


Definitivamente, a direção do PT e Lula vão demonstrando que preferem ser derrotados lentamente pela quadrilha do PMDB comandada por Temer/Cunha que resistir ao golpe institucional com a convocação da ação direta de massas. Optam por render-se disciplinadamente em “respeito às instituições” burguesas sem organizar o movimento de massas a resistir com ações de ruas e mobilizações diretas contra o regime político em crise. A blogosfera “chapa branca” e o conjunto da Frente Popular criou toda uma expectativa de que Dilma iria “denunciar o golpe” na sua fala na Conferência sobre o Clima da ONU, mas a presidente simplesmente balbuciou nos segundos finais de seu discurso de quase 9 minutos dedicado integralmente às questões ambientais que “Não posso terminar a minha fala sem mencionar o grave momento que vive o Brasil. O Brasil é um grande país, com uma sociedade que soube vencer o autoritarismo e construir uma pujante democracia, um povo trabalhador que tem grande apreço pela liberdade, que, acredito, saberá impedir quaisquer retrocessos. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade”. E só! Como se vê, nenhum chamado ao rechaço internacional ao “golpe” ou a denunciar a trama parlamentar-midiática contra seu mandato, o mínimo a se fazer em uma situação como esta, tendo acesso a uma tribuna do próprio imperialismo que teve a cobertura da imprensa mundial. Obviamente não acreditamos que o covil de bandidos da ONU servil as ordens da Casa Branca se “solidarizasse” com Dilma, não o fez quando de fato existiram golpes recentes na América Latina como em Honduras e no Paraguay, no máximo criaram comissões de “países amigos” para via uma transição institucional de fato legitimar os novos governos golpistas. Entretanto, a petista poderia pelo menos usar o espaço privilegiado para atacar da Tribuna a escalada da direita no país, como várias vezes denunciou Chavez sobre a Venezuela e mesmo o governo cubano contra as agressões imperialistas pelo mundo. O PT, na condição de gerente de um governo neoliberal submisso ao imperialismo nem demagogia antigolpista “ousa” fazer nos fóruns oficiais controlados pelas potências capitalistas. Tanto é assim que a Globo e o PIG fez toda uma pressão para “disciplinar” o discurso de Dilma na tribuna na ONU, artimanha que sem dúvida surtiu o efeito desejado, como noticiou o G1: “Dilma recua e não fala em golpe durante discurso na ONU” (22.04). O mais tragicômico é que além de não denunciar o “golpe” Dilma deixou a cadeira da Presidência da República livre para ser ocupada pelo rato Temer até sábado (23), nem sequer um duro pronunciamento ela fez antes da viagem para Nova York contra o canalha, denunciando-como “traidor” que não deveria assumir o Planalto, o que poderia provocar um movimento popular que forçaria Temer a ficar na mais completa defensividade política, desmoralizado. Restou a setores minoritários da Frente Brasil Popular convocar um pequeno protesto em frente a mansão de Temer nesta quinta-feira (21), pichando na rua que a casa era o “QG do golpe” visitada por vários ex-ministros de Dilma (Eliseu Padilha e Moreira Franco). Logo a pichação foi apagada por ordem do Prefeito Haddad, em uma clara desaprovação do protesto. O petista, aliás, tem a filha de Temer, Luciana Temer, no cargo de secretária municipal de Assistência Social da Prefeitura de São Paulo, mantida no posto em sua “cota pessoal”! Essa não é uma conduta (vergonhosa) pontual de Haddad, não por acaso, o PMDB ainda controla ministérios no governo Dilma e grande parte dos Senadores do partido que se dizem “indecisos” agora para na hora da votação apoiarem o impeachment, como Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido na casa, controlam cargos importantes no governo do PT (presidência do BNB).  Como se observa, o PT e Lula ainda apostam em uma reversão do quadro no Senado, costurando acordos de bastidores com os picaretas corrutos que depois da derrota serão taxados, em tom de surpresa, de “traidores” e “golpistas da direita” pela Frente Popular como parte do circo demagógico visando as próximas eleições! Como a LBI vem denunciando, em contraponto a linha “chapa branca” da esquerda reformista oficialista e seus satélites como o decomposto PCO, a Frente Popular vai sangrando neste processo, com um imenso desgaste político diante das massas por ter acumulado aliados burgueses reacionários, que foram muito úteis para aplicar o ajuste neoliberal contra as conquistas do povo trabalhador, mas que se revelaram “escorpiões” para defender o mandato presidencial do PT. A “batalha parlamentar” que se aproxima no Senado, já se anuncia perdida para o governo do PT, que deverá se preparar para colher um retumbante fiasco eleitoral nas próximas eleições municipais. O patético discurso de Dilma na ONU pavimenta o caminho de que, mais uma vez, está em curso no Senado uma nova derrota vergonhosa sem um chamado de luta para as massas proletárias, sem esboçar qualquer resistência e mesmo sabotando ações de massas que poderiam colocar os trabalhadores em luta. Como dizia Trostky “Ao adormecer os operários com ilusões parlamentares que paralisam a sua vontade de luta, cria as condições favoráveis para a vitória do fascismo. A política de aliança com a burguesia deve ser paga pela classe operária com anos de sofrimentos e sacrifícios, quando não com dezenas de anos de terror fascista”. Os Marxistas Revolucionários alertam que o proletariado deve abstrair todas as lições das derrotas que estão sendo provocadas pela estratégia de colaboração de classes da Frente Popular, para poder organizar de forma independente o combate à ofensiva imperialista que atingiu um novo patamar com a efetivação desta manobra parlamentar reacionária contra o governo do PT.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

FAZER CAMPANHA PARA CASSAR O MANDATO PARLAMENTAR DO NEONAZISTA BOLSONARO OU DEFENDER O JUSTIÇAMENTO DESTE COVARDE FASCISTA PELO MOVIMENTO OPERÁRIO ORGANIZADO? UM DEBATE NECESSÁRIO PARA A ESQUERDA REVOLUCIONÁRIA QUE NÃO ACREDITA NA DEMOCRACIA BURGUESA COMO VALOR UNIVERSAL


A declaração do verme fascista Bolsonaro na votação favorável ao impeachment tem gerado um amplo sentimento de repulsa por parte de todo um arco social que adota referências democráticas e humanistas em sua "concepção e práxis de mundo". A ampla condenação à conduta covarde do deputado neonazista não deixa de ser um elemento realmente progressista em uma etapa ideológica de clara ofensiva mundial reacionária, porém para os Marxistas Revolucionários é necessário ir muito além do rechaço democrático ao torturador que hoje é um símbolo político de todo o campo da direita em nosso país. Bolsonaro representa um segmento fascista "bem vivo" não só no parlamento mas também no interior do aparelho repressivo (FFAA e PM's) do Estado Burguês. O facínora é parlamentar há vários mandatos e até a pouco tempo pertencia ao PP, partido da "base aliada" de Lula e do primeiro mandato de Dilma, conquistou uma tribuna nacional importante ao longo desta década graças a "benevolência" da própria Frente Popular, isto sem falar da conivência estatal dos governos petistas com todo o arcabouço constitucional que protege os torturadores do regime militar. Várias entidades como a OAB, o grupo "Tortura nunca Mais" e o Coletivo "Memória, Verdade e Justiça" anunciaram que vão pedir a cassação do mandato de Bolsonaro no STF. Agora, diante do escárnio do rato fascista com a figura da presidente Dilma, a esquerda reformista resolveu tardiamente "reagir", exigindo a cassação do mandato do deputado hoje abrigado no PSC. Seria inócuo se não fosse profundamente equivocado politicamente reivindicar do covil de bandidos da Câmara dos Deputados a anulação do mandato de seus principais líderes. Semear hilárias ilusões neste Congresso de patifes já custou o próprio mandato da presidente Dilma. Entretanto o mais grave se concentra no fato da esquerda revisionista, PCO, MRT, PSTU etc... acreditar e defender que a punição dos carrascos e assassinos de nossos militantes do passado e presente deve ser realizada pelos mecanismos institucionais deste regime burguês apodrecido. O interessante é que a maioria destas organizações pseudo-trotskistas (PCO, TML, EM etc..) caracterizam que estamos passando por um "golpe de estado" e, mesmo assim, pedem aos "golpistas" que punam o "chefe" Bolsonaro... É patético! A tradição programática da Esquerda Revolucionária passa bem longe desta panaceia inútil, considerando que fascistas torturadores assassinos devem receber outro "tratamento" por parte do movimento operário organizado. Como nos ensinou o grande mestre Trotsky: "Com fascistas não poderá haver relação alguma democrática, devemos enfrentá-los com metralhadoras e porretes". É uma verdadeira tragédia política que grupos da esquerda "chapa branca" que tanto verborragizam contra o "golpe de estado", se mostrem tão legalistas quando se trata de sarjetas grotescas como Bolsonaro e sua família de fascistas.
NOTA PÚBLICA DE ROMPIMENTO COM O PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA (PCO)

O BLOG da LBI publica a nota de rompimento de Alejandro Acosta e dezenas de ex-dirigentes e militantes do PCO. Tomamos essa iniciativa mesmo tendo divergências com muitas questões programáticas defendidas pelos signatários do documento abaixo. Em nosso entendimento estes não rompem com a política de seguidismo a Frente Popular apesar de muitas críticas justas a flagrante linha “chapa branca” levada a cabo por Rui Costa Pimenta. Além disso nos colocamos incondicionalmente e de forma pública em defesa da integridade física dos dissidentes que se dizem intimidados e caluniados por Causa Operária porque compreendemos que o debate político reivindicado por Acosta e os demais deve ser feito amplamente no movimento de massas e entre a vanguarda militante, sem qualquer tipo de cerceamento, ameaça, perseguição ou agressão física, como parte das melhores tradições do Trotskismo e da IV Internacional.


Nós, que abaixo assinamos este documento, declaramos publicamente nosso total rompimento político com o Partido da Causa Operária (PCO). As políticas aplicadas pelo PCO representam o abandono dos interesses históricos da classe operária e do conjunto dos revolucionários.A partir de uma avaliação da conjuntura política atual, que coincide totalmente com a avaliação da cúpula do Partido dos Trabalhadores, a direção do PCO passou a se integrar totalmente à “frente popular”, liderada pelo governo do PT (não confundir com a Frente Brasil Popular). O PCO direcionou todos os esforços para blindar o governo do PT e, a reboque dessa política, tem contribuído com a ilusão às massas e para que a luta contra o impeachment ficasse nos marcos do parlamentarismo burguês. A luta contra o impeachment faz parte da luta geral da classe operária porque ele representa um golpe de tipo parlamentar. Mas, o verdadeiro golpe que o imperialismo busca impor vai muito além do impeachment. Nós, de acordo com os interesses da classe operária, entendemos que o golpe de estado está constituído por um conjunto de engrenagens em desenvolvimento. Essas engrenagens se desenvolvem em escala regional e mundial. O governo do PT também é uma vítima do golpismo. No entanto, por causa das capitulações à direita, ao aplicar o plano de “ajustes” contra os trabalhadores em prol da “governabilidade”, em benefício do grande capital, e dificultar a organização independente dos trabalhadores, tem se convertido numa dessas principais engrenagens que abrem caminho para a implantação de um regime de força contra as massas. A direção do PCO, seguindo a melhor tradição do revisionismo e do oportunismo na história do trotskismo mundial, tem propagandeado que “nesse momento, tem dois campos no Brasil. O campo do golpe e o campo dos que são contra o golpe”. A luta contra o golpe não é a luta da “democracia” contra a “ditadura” em abstrato, como afirma a direção do PT e referenda o PCO, às vezes de forma passiva, às vezes de forma ativa. A luta contra o golpe faz parte da luta de classes, onde os interesses dos trabalhadores (inclusive as bandeiras democráticas) devem ser colocadas sobre essa perspectiva. Para o PCO, as bandeiras da classe operária deveriam ser abandonadas até que o golpe seja derrotado. Nós rejeitamos essa política e entendemos que não há nenhuma contradição entre lutar contra o golpe e levantar as reivindicações dos trabalhadores, uma vez que ataques de grande proporção (Reforma Trabalhista, Previdenciária etc) estão no centro da política golpista.

terça-feira, 19 de abril de 2016

JUVENTUDE BOLCHEVIQUE VENCE ELEIÇÕES DO GRÊMIO COM UM PROGRAMA REVOLUCIONÁRIO DE LUTA CONTRA ALCKMIN

Núcleo da Juventude Bolchevique/SP
 conquista direção do Grêmio
Ocorreu no último dia 12 de abril as eleições para o Grêmio Estudantil da Escola Estadual Odete Fernandes, Guarulhos-SP, na qual a Chapa 2 Mudança Jovem impulsionada pela Juventude Bolchevique-JB, se elegeu com diferença de 87 votos da chapa 1 de situação e 302 votos de diferença da chapa 3, também oposição. Essa vitória demonstra o acerto de nossas posições principistas e de nosso comprometimento e atuação direta na luta dos estudantes e professores contra as políticas neoliberais de destruição da educação imposta por Alckmin e seu PSDB há mais de 20 anos em SP. Com essa vitória, esperamos com toda a ajuda da comunidade escolar, aprofundar um sério trabalho militante classista em nosso grêmio. Desde já, nos colocamos à serviço da resistência contra o sucateamento da educação pública e os ataques dos governos burgueses. Com essa perspectiva, convocamos toda a juventude trabalhadora e o conjunto da comunidade escolar, a somar forças conosco na luta pela educação pública gratuita e de qualidade para toda a juventude trabalhadora!

Beatriz Bergoci no ato da posse do gremio   
defende a unidade operário-estudantil
Beatriz Bergoci, eleita presidente do grêmio, participou ativamente na resistência estudantil histórica do ano passado contra o projeto do facínora governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), de sucatear por completo a educação no Estado através do fechamento de mais de 90 escolas. A luta dos estudantes filhos da classe trabalhadora periférica, mantendo as melhores tradições de nossa classe, impuseram à quadrilha tucana de Alckmin, uma dura derrota através das ocupações da juventude nas escolas estaduais paulistas, radicalizando a luta e ganhando o amplo apoio de todo o proletariado nacional. Na campanha e na posse da chapa, o núcleo de estudantes da JB denunciou o completo caos no sistema de educação paulista, gerenciado a mais de 20 anos pela máfia “merendeira” tucana, que durante todo este período não fez mais do que incrementar os ataques neoliberais a toda classe operária do estado. Os companheiros também defenderam um projeto de atuação classista dentro do movimento estudantil secundarista contra a política burguesa da UMES (PPL) e de colaboração de classes da UBES (PCdoB), apontado a unidade operária-camponesa-estudantil como programa da chapa vitoriosa.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

PSTU COMEMORA O IMPEACHMENT: “TIRAMOS DILMA AGORA SÓ FALTA TEMER, ELEIÇÕES GERAIS JÁ!”... SÓ FALTA RESPONDER QUEM TIROU DILMA E AFIRMAR QUE TORCE POR MORO NO PLANALTO


Mal havia acabado a votação na Câmara dos Deputados aceitando admissibilidade do processo de impeachment de Dilma, com os parlamentares em plenário agradecendo publicamente ao Juiz Sérgio Moro e fazendo rasgados elogios a Operação Lava Jato por terem possibilitado o avanço do golpe institucional, o PSTU saiu a comemorar a decisão no artigo “Fora todos eles! Greve Geral para impedir que Temer assuma! Eleições Gerais já!” em que afirma: “A Câmara dos Deputados acaba de aprovar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O processo ainda vai passar pelo Senado, mas esse dificilmente revisará a decisão dos deputados. O governo Dilma amarga 82% de reprovação” e conclui “O impeachment só está sendo possível porque a esmagadora maioria da população e da classe trabalhadora rompeu com o governo Dilma e quer que ele saia”. Com essa avaliação simplista em aberto flerte com a direita o PSTU de cara não denuncia que a aprovação do impeachment na Câmara representa uma derrota popular para a direita conservadora porque a decisão não está baseada em nenhuma tendência progressista ou mesmo foi tomada em nome de um programa democrático de defesa de reivindicações populares. O PSTU formalmente alega que “uma posição alinhada aos interesses da classe trabalhadora deveria ser de abstenção e a denúncia desses dois campos” quando na verdade sua política na prática foi a favor do impeachment. Ao contrário destes revisionistas vulgares para os Marxistas Revolucionários que estiveram desde o início do governo burguês de Dilma na trincheira da oposição revolucionária a Frente Popular está absolutamente claro que a tentativa de impeachment não é uma via democrática e progressista para as massas superarem o atual governo neoliberal do PT. Mas o PSTU não só seguiu na linha de apoio ao impeachment como em nome da defesa de eleições gerais acaba por pedir que a Câmara dos Deputados tome a mesma decisão sobre Temer “Se o povo quer Dilma fora, quer mais ainda fora Temer, sem falar do bandido que preside hoje a Câmara dos Deputados... É necessário inviabilizar o governo Temer. Torna-se cada vez mais urgente impor uma forte greve geral para colocar esse corrupto picareta para fora. Eleições Gerais já! A única solução para que os trabalhadores não paguem pela crise é um governo socialista dos trabalhadores, sem corruptos e sem patrões, apoiado em conselhos populares. Mas, enquanto os trabalhadores não contam com suas próprias organizações em que possam governar, o PSTU defende a convocação de eleições gerais já.”. A linha do PSTU em defesa do “Fora Todos”, apesar de floreada com frases “combativas” em nome da “Greve Geral” para enganar tolos, vai ficando cada vez mais clara: o próprio parlamento burguês deve cassar Dilma, Temer e Cunha e convocar eleições gerais, para isso deve-se pressioná-lo com mobilizações! Nesse cenário, Moro e Marina estão livres para assumir o Planalto em eleições antecipadas. Segundo os morenistas “Enquanto não temos os conselhos populares, defendemos eleições gerais já, não só para presidente, mas para todo mundo. Novas eleições em que esses corruptos envolvidos na Lava Jato ou em outros escândalos de corrupção, incluindo Aécio, não possam participar” (site PSTU, 04 de Março). Em resumo: neste cenário, com todos os envolvidos na Lava Jato impedidos de participar das eleições, inclusive Lula, sobrariam Moro e Marina como os candidatos de peso da burguesia e alinhados diretamente com a Casa Branca, já que o PSTU não cita os dois em seu rol de “corruptos”. Ao lado deles (mas obviamente sem chances eleitorais) “disputariam” Zé Maria e Luciana Genro (PSOL-MES). Luciana, aliás, com seu lema “Cadeia para todos!”, também é apoiadora entusiasta da Operação Lava Jato e aplaude as ações da PF contra o PT em nome do “combate a corrupção”. Para esses revisionistas, o objetivo estratégico é convocar eleições que supostamente seria uma saída “democrática” mesmo que vença a direita alinhada com a Casa Branca. Nada mais falso! Estamos diante de um golpe institucional e a convocação de eleições neste caso só servem aos planos do imperialismo ou mesmo para o PT costurar um “acordão nacional” por fora das manifestações populares e em nome de “preservar a democracia” como Lula já ventila nos bastidores. Não resta dúvida que a política de “Fora Todos! Eleições Gerais Já!” levaria neste momento necessariamente ao acesso de Sérgio Moro à Presidência da República e a direita a ampliar seu domínio político no Congresso Nacional. O grave é que os delirantes oportunistas do PSTU e do MES acham que do movimento “Fora Dilma” encabeçado pela direita surgirá pela via eleitoral um “governo socialista dos trabalhadores”! Apesar de encoberta de frases radicalizadas como a da “mobilização dos trabalhadores” e “Congresso Corrupto” esta proposta não aponta na direção da ruptura institucional e revolucionária com este regime, caindo Dilma com as regras constitucionais vigentes ou teremos o vice Temer ou no máximo novas eleições (em um curto prazo) onde o a direita fascista daria um “passeio”. Como a Frente Popular não vai convocar a resistência ativa e de massas ao “golpe institucional” como uma greve geral apesar dos apelos ridículos do PCO, a única alternativa de poder já constituída no momento para o “default” de Dilma é da ala burguesa mais reacionária e “linkada” diretamente ao imperialismo, como Moro que foi treinado e segue orientação direta do Departamento de Estado ianque. Está claro que a fragilidade de Temer e Cunha assusta a burguesia. O fato é que a transição para a ascensão do Bonaparte Moro não pode sair simplesmente de um “golpe institucional” feito às pressas pelos canalhas ultra corruptos Cunha-Temer. Por esta razão, desde a LBI declaramos “Nem eleições gerais, nem a defesa da democracia”, duas variantes da democracia burguesa que não servem para a revolução. O desenlace progressista da atual crise de dominação burguesa repousa exclusivamente na possibilidade da classe operária começar a construção de seu embrião de poder revolucionário em denuncia aberta das armadilhas eleitorais e do regime da democracia dos ricos, todo o oposto do que vem fazendo o PSTU sempre a reboque da direita!  

domingo, 17 de abril de 2016

A “GLORIOSA” BASE ALIADA DO GOVERNO DILMA FOI PROTAGONISTA DO 1º ATO DO GOLPE INSTITUCIONAL: OS “COMPANHEIROS” BURGUESES DO PT “ROERAM A CORDA” PARA ALIAR-SE AO RATO TEMER


O governo Dilma neste domingo, 17 de abril, talvez tenha amargado sua derrota fatal, com forte gosto de "traição" de antigos "companheiros" das oligarquias burguesas que até pouquíssimo tempo habitavam a chamada "base aliada" da Frente Popular no Congresso Nacional. Os tradicionais parceiros do PT como a família Sarney, Cabral&Pezão, Edir Macedo e todos seus pastores parlamentares, Maluf e o PP, o PSD do ministro Kassab, PR etc "roeram a corda" para aliar-se ao rato Temer...Um fato ainda mais ridículo foi o literalmente "até ontem" Ministro da Aviação Civil, Mauro Lopes (PMDB-MG) votar pelo impeachment quando foi "liberado" por Dilma para votar contra! O prefeito do Rio, Eduardo Paes, tido como "amigo íntimo" de Lula ao ponto de trocar confidências por telefone, que lhe presenteou com verbas milionárias das Olimpíadas, mandou seu secretários municipais se licenciarem para literalmente votarem todos contra o Planalto! Mesmo o PDT agora sob o comando dos Gomes teve muitas "baixas" contra a aprovação do impeachment. Ao lado do governo apenas PT, PSOL e PCdoB mantiveram a fidelidade integral ao mandato de Dilma. Com a decisão da Câmara o golpe institucional avançou a passos largos e ainda que o Senado tenha a decisão final, a ser realizada em duas votações (uma por maioria simples e outra qualificada de 2/3) será muito difícil reverter a dinâmica política imposta a partir deste domingo. Faltaram cerca de trinta votos para que o governo conseguisse barrar o golpe parlamentar ainda na Câmara, não era muito considerando que bastava que apenas o PSD ou o PR, que detinham ministérios importantes do governo, fechassem questão contra a admissibilidade do impeachment. O PP, que detém cerca de 40 votos na Câmara, poderia ter ao menos se dividido e assim já complicaria os planos de Temer e Cunha assumirem o Planalto, porém nada disto ocorreu, pelo contrário, essas siglas votarem em peso pelo impeachment de Dilma, no PP apenas 04 votaram com o Planalto! O PR que tinha declarado apoio formal ao governo só garantiu 09 votos... Com esse resultado, a Frente Popular sai gravemente ferida deste processo, e não falamos simplesmente do aspecto institucional e suas consequências da perda do aparelho estatal. Será imenso o desgaste político diante das massas de ter acumulado aliados burgueses reacionários, que foram muito úteis para aplicar o ajuste neoliberal contra as conquistas do povo trabalhador, mas que se revelaram "escorpiões" para defender o mandato presidencial do PT. A próxima "batalha parlamentar" que se aproxima no Senado, já se anuncia perdida para o governo do PT, que deverá se preparar para colher um retumbante fiasco eleitoral nas próximas eleições municipais. É certo que o PT ainda detém um forte potencial político para uma futura eleição presidencial em 2018, ou antes caso a burguesia decida "caçar" também Temer e Cunha. Porém não se sabe ainda em que condições programáticas Lula e o PT se apresentarão em uma nova rodada eleitoral, se com a velha cara do discurso da necessidade do ajuste neoliberal ou com uma renovada demagogia populista de esquerda. O certo é que a ofensiva ideológica e jurídica institucional (estado de exceção) da direita ganha um alento importante com a aprovação do impeachment de Dilma, que apostando todas as fichas de sua defesa na esfera parlamentar colheu (parceiros fisiológicos burgueses) uma tremenda derrota política. A Frente Popular sequer mobilizou suas bases sindicais e populares para uma greve geral contra o impeachment, se limitou a impulsionar atos (de características eleitorais) com artistas e personalidades culturais quando atingiu o melhor momento da resistência contra a ofensiva da direita. Uma derrota vergonhosa sem um chamado de luta para as massas proletárias, assim podemos caracterizar a conduta covarde da Frente Popular diante da grave crise política que foi acometida. O proletariado deve abstrair todas as lições de mais esta derrota da estratégia de colaboração de classes, para poder organizar de forma independente o combate a ofensiva imperialista que atingiu um novo patamar com a efetivação desta manobra parlamentar reacionária contra o governo do PT.

sábado, 16 de abril de 2016

OS "TRAIDORES" DE HOJE SÃO OS HERÓIS DE ONTEM: FRENTE POPULAR SEMEOU O TERRENO DE SUA PRÓPRIA DERROTA POLÍTICA


Parece um cenário surreal, montado pelo mestre Salvador Dalí, onde os pérfidos "traíra" de hoje são os mesmos heróis de ontem. Estamos é claro falando dos "capitães do golpe" parlamentar contra o governo Dilma, começando pelo comandante em chefe do seu  "Estado maior", Michel Temer, que não faz muito tempo foi alçado à função política de "primeiro ministro" informal da gestão petista em plena crise institucional. A "tropa" dos bandidos chefiada agora por Temer é formada por velhos parceiros do PT, que desde 2002 seguiram em aliança eleitoral com Lula para garantir a continuidade do programa neoliberal do falido tucanato. São na verdade a mesma "base aliada" parlamentar das quatro gerências estatais consecutivas da Frente Popular. A conjuração de quadrilheiros que hoje saliva por ocupar o Palácio do Planalto, abarcando figuras de proa como Sarney, Cabral/Pezão, Maluf, Kassab, Padilha, Jucá etc...ainda conta com um "generoso" naco da fatia estatal, sob controle atual do PT.  Eram considerados amigos fiéis do projeto estratégico de colaboração de classes da Frente Popular. Estiveram juntos e sem manifestar divergência alguma na aplicação do covarde ajuste neoliberal contra os direitos dos trabalhadores. Porém a conjuntura "virou" mas grande parte do "trabalho sujo" já foi realizado por Dilma, que neste momento já pode ser descartada em meio a profunda recessão econômica capitalista que se avizinha. As hienas "ex-aliadas" estão sedentas pela "carcaça" do Estado burguês que a Frente Popular deixou de herança após a "fartura" das commodities no mercado mundial. Entretanto existem ainda, fruto desta época, as reservas cambiais do país  depositadas no FED e quase sem rendimento algum, enquanto nosso "patriota" BC paga aos rentistas da dívida interna juros reais de cerca de trinta por cento ao ano (Selic+Spread). Bastou a menor e inofensiva ameaça dos "neodesenvolvimentistas" do PT em "mexer um pouco" nas reservas cambiais para induzir o reaquecimento da economia, para que a chamada "base aliada" se insurgisse contra o governo, seguindo a orientação do "farol" da Casa Branca. O resultado político foi explosivo para Dilma, gerando a fusão de todas as forças oligárquicas do país, antigas aliadas do PT, com a oposição da direita tucana e seu braço midiático "global". É bem verdade, para se fazer justiça com a história, que não se pode qualificar a falange de criminosos comandada por Temer de "traidores", se alguém traiu nesta "novela" de rapinagem foi o próprio PT que enganou o povo brasileiro com o discurso do combate a retirada dos direitos sociais e econômicos, isto sem falar da prometida "veste ética" da gestão estatal. O caráter social da composição política dos governos petistas (PMDB, PP, PSD, PTB, PR PDT etc..), não deixava qualquer dúvida acerca do programa capitalista neoliberal impulsionado contra a classe operária e o povo pobre. Porém a burguesia nacional segue dividida mesmo diante da debandada palaciana. O placar do impeachment na Câmara tende a ser definido por uma diferença de apenas dez votos. Um governo com o timbre "Temer" é absolutamente temerário para os interesses do capital financeiro. A saída preparada pelas classes dominantes diante do debacle político do governo Dilma passa pela convocação de novas eleições, possivelmente em 2017. Foi sintomática e lúcida a declaração proferida ontem (15/04) pelo patrono da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro: "Um governo Temer não vai resolver o problema da corrupção no Brasil". Moro pretende ocupar ele mesmo a cadeira presidencial e assim iniciar um governo com características bonapartistas no país, sob o mito de "erradicar a corrupção". A tentativa da esquerda reformista em apresentar a "rasteira" parlamentar do até ontem "fiel" PMDB contra Dilma como um "golpe de estado" é completamente ridícula. A verdadeira mudança no regime institucional vigente está sendo maturada com o desenrolar da operação "Lava Jato", a qual o PT e seu governo continuam apoiando cegamente! Falar em "atentado a democracia" os que defendem uma lei antiterrorismo para criminalizar os movimentos sociais e silenciam sobre os massacres diários das PM's contra negros e pobres das periferias, seria cômico se não fosse trágico, ou seja, estes covardes senhores governam a nação! Sobrevivendo ou não a batalha do próximo domingo, a Frente Popular está gravemente ferida (não completará seu mandato), mas já causou o maior prejuízo político as futuras gerações de militantes de esquerda ao cultuar o altar da democracia burguesa como a "pauta sagrada"  da luta dos trabalhadores. Para os Comunistas Revolucionários o norte do socialismo e da demolição do regime da democracia dos ricos continua sendo a nossa chama de combate!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

BLOG DA LBI ALCANÇA 600 MIL ACESSOS! UMA TRIBUNA DIÁRIA DE COMBATE À OFENSIVA REACIONÁRIA DA DIREITA, NA VIGOROSA DENÚNCIA DA ESQUERDA REFORMISTA "AMANTE" DA DEMOCRACIA!


O Blog da LBI acaba de alcançar 600 mil acessos neste meados de abril, véspera da votação do impeachment do governo Dilma. O número de visitas diárias se incrementou nos últimos meses na medida em que o BLOG marcava posições precisas na conjuntura nacional, se constituindo como uma tribuna diária de combate à ofensiva reacionária da direita ao mesmo tempo em que fazia uma vigorosa denúncia da esquerda reformista "amante" da democracia burguesa. Nesse “fio da navalha” cuja bússola é o marxismo revolucionário, o BLOG da LBI tem se consolidado como uma referência política entre a vanguarda militantes em tempos onde a “esquerda” que se reivindica trotskista se dividiu entre ser apoiadora do governo neoliberal do PT, ao ponto do PCO em sua cantilena “contra o golpe” ter como ídolos figuras como Marco Aurélio Mello do STF ou o neocoronel Ciro Gomes (PDT) ou mesmo se aproximar cada vez mais das posições da direita, como o PSTU, cujos cartazes estão afixados na sede da FIESP na Av. Paulista pelos “coxinhas” que exigem o “Fora Dilma”. Sem furtar-se de combater os ataques covardes da frente popular contra os trabalhadores alcunhado de "ajuste" e denunciando o "acordão nacional" que o PT e Lula tentam desesperadamente negociar com a burguesia visando uma saída "honrosa" para a crise do governo Dilma, combatemos a escalada fascista da direita, inclusive enfrentando de vermelho nas ruas e manifestações as hordas reacionárias verde-amarelas patrocinadas pela Rede Globo. Em uma análise precursora que vem sendo copiada por setores da esquerda, pontuamos que a burguesia e a Casa Branca planejam empossar o Juiz Sérgio Moro na Presidência da República como um neobonaparte para reorganizar o regime político em crise. Cada artigo do BLOG da LBI aborda os temas mais desafiantes da conjuntura nacional e mundial com posições políticas consequentes, na medida em que nossa análise geral está fincada na premissa teórica de que o processo político brasileiro reflete o retrocesso político-ideológico em curso desde a restauração capitalista da URSS e a Queda do Muro de Berlim, ocorridos no final dos 80 e início dos anos 90. O fato da "esquerda" de todos os matizes ser hoje "amante" da democracia burguesa, tendo esse regime político como objetivo estratégico a ser defendido como valor universal acima da luta entre as classes reflete em nossos dias a derrota histórica que o proletariado sofreu com a destruição do Estado Operário soviético e do Leste Europeu, que mesmo deformadamente simbolizavam a possibilidade concreta de construção do Socialismo. Não por acaso, Cuba desgraçadamente segue essa perspectiva em um processo negociado pelo Papa Francisco, Obama e os irmãos Castro, transição acompanhada minuciosamente pelo BLOG da LBI, que em voz solitária denuncia esse "abraço de urso" da reação democrática. A destruição dos regime nacionalistas da Líbia e a desestabilização do governo Assad na Síria lastreado pela farsesca "Primavera Árabe" que gerou regimes aliados a Casa Branca são parte dessa mesma onda patrocinada pelo Departamento do Estado ianque, o mesmo que formou o Juiz Moro em cursos promovidos em Washington. Não por acaso grande parte da "esquerda" apoiou a investida da OTAN contra Kadaffi e outros supostos "ditadores", como o golpe na Ucrânia. A véspera de completar 05 anos de existência (começamos essa tribuna diária em julho de 2011) estamos orgulhosos do BLOG da LBI atingir os 600 mil acessos, uma marca modesta sem dúvida, mas importante no marco das organizações políticas da esquerda brasileira, muitas das quais tem sites que não passam de reprodutoras de clipping de notícias. Agradecemos nossos leitores e simpatizantes por mais esta vitória e reafirmamos o compromisso de que esta conquista está a serviço do objetivo estratégico de edificar um Partido Revolucionário no Brasil, cujos quadros talhados em anos de combate sabem remar contra a maré e enfrentar o "isolamento" diante da opinião pública pequeno-burguesa e democratizante mas não abrem mão de manter firmes as lições que o velho León Trotsky, fundador da IV Internacional, nos legou!