quarta-feira, 27 de abril de 2016

CAMALEÕES DO PCO PARTE I



Vejam o que falavam os camaleões da Causa Operária há pouco tempo atrás no campo internacional, saudando as investidas do imperialismo e da direita como “revoluções”. Depois de apoiarem a contrarrevolução na URSS e a intervenção da OTAN na Líbia, o PCO chegou ao cúmulo de apresentar os atentados da extrema-direita na Noruega como um acontecimento revolucionário! No artigo que reproduzimos logo abaixo, a LBI denunciou essa posição escandalosa do grupúsculo gangsteril de Rui Costa Pimenta, que volta a ameaçar seus oponentes programáticos com agressões físicas e calúnias. 

ATENTADOS NA NORUEGA: PCO DO DELÍRIO OPORTUNISTA A QUINTA COLUNA DO NEOFASCISMO EUROPEU 
(24 DE JULHO DE 2011)

“Em primeiro lugar, é evidente que se trata de um ataque ao governo, uma vez que os dois atentados se dirigiram contra organizações ligadas a ele. Por isso, o ataque é parte das ações das massas europeias que estão enfrentando o regime político de seus países como resposta à crise, principalmente nos países onde os capitalistas estão impondo seus planos de austeridade contra a classe operária”. Acreditem se possível for! A citação acima foi retirada da declaração feita pelo Partido da Causa Operária, PCO, logo após os atentados neofascistas que vitimaram mais de cem pessoas em Oslo, na Noruega. Com o seguinte título em seu artigo: “Crise européia se torna explosiva”, o PCO segue na linha de um delírio oportunista que agora serve para justificar as ações terroristas da extrema-direita europeia : “O ataque é parte da ação de massas européias que está se levantando contra governos” (Site do PCO, 22/07). Esta seita revisionista que até há pouco tempo era afiliada ao PO argentino, tenta a todo custo caracterizar a iminência da revolução na atual etapa de reação mundial, agora enxerga nos atentados monstruosos do fascismo uma “ação de massas”, ou seja, para encaixar sua “teoria” delirante de que a revolução dobra a próxima esquina, agora vale se emblocar com a direita terrorista para “combater os governos”! A evolução política das teses catastrofistas da esquerda revisionista a levou a uma completa perda de referência no marxismo revolucionário, e o que é pior ultrapassaram a fronteira de classe ao apoiarem a extrema direita em ações terroristas contra os governos sociais-democratas europeus, como o trabalhista norueguês.

O PCO que embeleza os “rebeldes” líbios, apoiados pela CIA e a OTAN, como “revolucionários”, e já se colocou no campo militar e político do imperialismo contra o que considera a “ditadura de Kadaffi”, soma-se neste momento às oposições fascistas da Europa contra os governos dirigidos pelos partidos “socialistas”, que aplicando a receita neoliberal do FMI vem sendo duramente castigados nas ruas e nas urnas. Como aconteceu recentemente em Portugal, e provavelmente nas próximas eleições gregas, a direita xenófoba vem assumindo o lugar de gerente do Estado capitalista diante da desmoralização política da demagogia social-democrata. Neste quadro onde o movimento de massas carece de uma direção revolucionária para impor seu próprio projeto de poder socialista (mais além de um economicismo defensivo), os movimentos neofascistas ganham força não só eleitoral e começam a organizar milícias armadas, que devem ser combatidas com a resposta violenta da classe operária através da construção dos Partisans, como ocorreu na segunda guerra mundial.

Falar a verdade às massas por mais amarga que seja, é parte integrante do processo de conscientização política do proletariado, preparando o combate para enfrentar uma etapa de contrarrevolução e profunda ofensiva imperialista contra os povos. Inocular o delírio político nas fileiras da classe operária longe de servir ao otimismo revolucionário, só nos desarma programaticamente e facilita a ação de nossos inimigos viscerais, como os fascistas. O PCO ao saudar uma atentado da extrema direita como parte de “uma ação revolucionária das massas” assinou seu próprio atestado de óbito enquanto uma organização que ainda se reclamava trotskysta.