CAMALEÕES DO PCO – PARTE I
Vejam o que falavam os camaleões da Causa Operária há pouco
tempo atrás no campo internacional, saudando as investidas do imperialismo e da
direita como “revoluções”. Depois de apoiarem a contrarrevolução na URSS e a
intervenção da OTAN na Líbia, o PCO chegou ao cúmulo de apresentar os atentados da
extrema-direita na Noruega como um acontecimento revolucionário! No artigo que reproduzimos logo abaixo, a LBI denunciou essa posição escandalosa do grupúsculo gangsteril de Rui Costa Pimenta, que volta a ameaçar seus oponentes programáticos com agressões físicas e calúnias.
ATENTADOS NA NORUEGA: PCO DO DELÍRIO OPORTUNISTA A QUINTA
COLUNA DO NEOFASCISMO EUROPEU
(24 DE JULHO DE 2011)
(24 DE JULHO DE 2011)
“Em primeiro lugar, é evidente que se trata de um ataque ao
governo, uma vez que os dois atentados se dirigiram contra organizações ligadas
a ele. Por isso, o ataque é parte das ações das massas europeias que estão
enfrentando o regime político de seus países como resposta à crise,
principalmente nos países onde os capitalistas estão impondo seus planos de
austeridade contra a classe operária”. Acreditem se possível for! A citação
acima foi retirada da declaração feita pelo Partido da Causa Operária, PCO,
logo após os atentados neofascistas que vitimaram mais de cem pessoas em Oslo,
na Noruega. Com o seguinte título em seu artigo: “Crise européia se torna
explosiva”, o PCO segue na linha de um delírio oportunista que agora serve para
justificar as ações terroristas da extrema-direita europeia : “O ataque é parte
da ação de massas européias que está se levantando contra governos” (Site do
PCO, 22/07). Esta seita revisionista que até há pouco tempo era afiliada ao PO
argentino, tenta a todo custo caracterizar a iminência da revolução na atual
etapa de reação mundial, agora enxerga nos atentados monstruosos do fascismo
uma “ação de massas”, ou seja, para encaixar sua “teoria” delirante de que a
revolução dobra a próxima esquina, agora vale se emblocar com a direita
terrorista para “combater os governos”! A evolução política das teses
catastrofistas da esquerda revisionista a levou a uma completa perda de
referência no marxismo revolucionário, e o que é pior ultrapassaram a fronteira
de classe ao apoiarem a extrema direita em ações terroristas contra os governos
sociais-democratas europeus, como o trabalhista norueguês.
O PCO que embeleza os “rebeldes” líbios, apoiados pela CIA e
a OTAN, como “revolucionários”, e já se colocou no campo militar e político do
imperialismo contra o que considera a “ditadura de Kadaffi”, soma-se neste
momento às oposições fascistas da Europa contra os governos dirigidos pelos
partidos “socialistas”, que aplicando a receita neoliberal do FMI vem sendo
duramente castigados nas ruas e nas urnas. Como aconteceu recentemente em
Portugal, e provavelmente nas próximas eleições gregas, a direita xenófoba vem
assumindo o lugar de gerente do Estado capitalista diante da desmoralização
política da demagogia social-democrata. Neste quadro onde o movimento de massas
carece de uma direção revolucionária para impor seu próprio projeto de poder
socialista (mais além de um economicismo defensivo), os movimentos neofascistas
ganham força não só eleitoral e começam a organizar milícias armadas, que devem
ser combatidas com a resposta violenta da classe operária através da construção
dos Partisans, como ocorreu na segunda guerra mundial.
Falar a verdade às massas por mais amarga que seja, é parte
integrante do processo de conscientização política do proletariado, preparando
o combate para enfrentar uma etapa de contrarrevolução e profunda ofensiva
imperialista contra os povos. Inocular o delírio político nas fileiras da
classe operária longe de servir ao otimismo revolucionário, só nos desarma
programaticamente e facilita a ação de nossos inimigos viscerais, como os
fascistas. O PCO ao saudar uma atentado da extrema direita como parte de “uma
ação revolucionária das massas” assinou seu próprio atestado de óbito enquanto
uma organização que ainda se reclamava trotskysta.