COM DOZE VOTOS A MENOS, TEMER SEGUE "SANGRANDO" ATÉ
AS ELEIÇÕES DE 2018, COMO PRETENDE O PT, PCdoB E PSOL SEM A CONVOCAÇÃO DA GREVE
GERAL
Como já era previsto o golpista Temer conseguiu barrar hoje
na Câmara dos Deputados a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal,
com doze votos a menos em relação a primeira denúncia ainda na gestão de
Rodrigo Janot. Com a pressão somente no marco parlamentar conduzida pela Frente
Popular , ocorreu justamente o previsível, a continuidade do processo de
"sangramento" do agonizante governo Temer na medida em que a própria
burguesia nacional ainda não se decidiu por produzir um "factóide"
midiático que finalizasse a interinidade do golpista. O presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, até que esperou uma inclinação da burguesia a seu favor,
anunciando que teria condições de tocar a plataforma neoliberal
"emperrada" no Congresso
Nacional, porém até o momento o Demista parece ser mais útil ao
"mercado" ocupando o comando do parlamento. Em plena caravana
eleitoral por Minas Gerais, Lula parece imbatível na disputa do Planalto em
2018, o que deixa o PT e seus apêndices políticos absolutamente seguros de que
a senda eleitoral deve ser a única opção do seu "cardápio". Porém
setores da oligarquia dominante já percebem que para dar prosseguimento ao
processo golpista de desorganização entreguista da economia nacional é
necessário alçar o "justiceiro" Moro ao posto de "gerente
geral" de seus negócios, para além das medidas draconianas da "Lava
Jato". O movimento operário está desgraçadamente atado a paralisia de suas
direções burocráticas sindicais, que apenas "sonham" com o retorno de
Lula ao governo, mas enquanto o "paraíso" não chega avança a ofensiva
patronal contra as condições de vida da população e suas conquistas históricas.
No terreno político da Frente de Esquerda, o roteiro programático é o mesmo do
PT, o PSOL e seus satélites tentam convencer o lulista Boulos a aceitar uma
"missão" presidencial para 2018, diante da prévia renúncia da tarefa
eleitoral por parte do deputado Chico Alencar. Com a plataforma reformista do
"VAMOS", PSOL e PT vão trabalhando uma aliança "informal" para
juntos estabilizarem o regime político e possivelmente até coabitarem um futuro
governo nacional. Com a rejeição desta segunda denúncia contra Temer, a
burguesia encerra as possíveis variantes do golpe (novas denúncias e depurações
no campo neoliberal) e abre a corrida eleitoral, cujo protagonista principal
ainda é Lula. A estratégia da vanguarda classista para esta etapa de profundo
retrocesso de sua organização independente, deve ser radicalmente oposta a da
Frente Popular, ou seja ruptura das ilusões institucionais e foco central na
ação direta no sentido da construção de uma alternativa de poder
revolucionário.