quarta-feira, 25 de outubro de 2017

COM DOZE VOTOS A MENOS, TEMER SEGUE "SANGRANDO" ATÉ AS ELEIÇÕES DE 2018, COMO PRETENDE O PT, PCdoB E PSOL SEM A CONVOCAÇÃO DA GREVE GERAL


Como já era previsto o golpista Temer conseguiu barrar hoje na Câmara dos Deputados a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, com doze votos a menos em relação a primeira denúncia ainda na gestão de Rodrigo Janot. Com a pressão somente no marco parlamentar conduzida pela Frente Popular , ocorreu justamente o previsível, a continuidade do processo de "sangramento" do agonizante governo Temer na medida em que a própria burguesia nacional ainda não se decidiu por produzir um "factóide" midiático que finalizasse a interinidade do golpista. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, até que esperou uma inclinação da burguesia a seu favor, anunciando que teria condições de tocar a plataforma neoliberal "emperrada"  no Congresso Nacional, porém até o momento o Demista parece ser mais útil ao "mercado" ocupando o comando do parlamento. Em plena caravana eleitoral por Minas Gerais, Lula parece imbatível na disputa do Planalto em 2018, o que deixa o PT e seus apêndices políticos absolutamente seguros de que a senda eleitoral deve ser a única opção do seu "cardápio". Porém setores da oligarquia dominante já percebem que para dar prosseguimento ao processo golpista de desorganização entreguista da economia nacional é necessário alçar o "justiceiro" Moro ao posto de "gerente geral" de seus negócios, para além das medidas draconianas da "Lava Jato". O movimento operário está desgraçadamente atado a paralisia de suas direções burocráticas sindicais, que apenas "sonham" com o retorno de Lula ao governo, mas enquanto o "paraíso" não chega avança a ofensiva patronal contra as condições de vida da população e suas conquistas históricas. No terreno político da Frente de Esquerda, o roteiro programático é o mesmo do PT, o PSOL e seus satélites tentam convencer o lulista Boulos a aceitar uma "missão" presidencial para 2018, diante da prévia renúncia da tarefa eleitoral por parte do deputado Chico Alencar. Com a plataforma reformista do "VAMOS", PSOL e PT vão trabalhando uma aliança "informal" para juntos estabilizarem o regime político e possivelmente até coabitarem um futuro governo nacional. Com a rejeição desta segunda denúncia contra Temer, a burguesia encerra as possíveis variantes do golpe (novas denúncias e depurações no campo neoliberal) e abre a corrida eleitoral, cujo protagonista principal ainda é Lula. A estratégia da vanguarda classista para esta etapa de profundo retrocesso de sua organização independente, deve ser radicalmente oposta a da Frente Popular, ou seja ruptura das ilusões institucionais e foco central na ação direta no sentido da construção de uma alternativa de poder revolucionário.