domingo, 15 de outubro de 2017

GOLPE CONTRA A CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS: ACORDO BIANUAL, IMPOSTO PELA CUT-CTB EM 2016, GARANTE TRÉGUA PARA A QUADRILHA DE TEMER RETIRAR DIREITOS E OS BANQUEIROS DEMITIREM EM MASSA!

HYRLANDA MOREIRA, DE PUNHO ERGUIDO NA GREVE GERAL
A burocracia da CONTRAF-CUT e da CTB sempre traiu a greve dos bancários, mas em 2016, ela se superou e, após 31 dias de greve, inaugurou um novo modelo de acordo, ultra rebaixado e com validade de 2 anos, isto é, até 2018. Por essa Convenção, o reajuste de 2017, previamente definido, foi inflação pelo INPC mais 1%, isto é, apenas 2,75%. Uma miséria! Na ocasião, os bancários do Movimento de Oposição Bancária (MOB), ligado à TRS, contrários a esse acordo, intervieram nas assembleias alertando e denunciando a manobra dos pelegos para minar a disposição de luta da categoria. Pela primeira vez em mais de 20 anos, a categoria bancária que protagonizou greves históricas de enfrentamento com os banqueiros, era referência nacional para unificar sua luta com outras categorias, está completamente engessada pela política de conciliação das direções sindicais. O acordo bianual foi apenas um pretexto para que a burocracia sabotasse a disposição de luta dos trabalhadores e conferisse um ambiente de “tranquilidade” para o governo golpista de Temer avançar na reestruturação e privatização dos bancos públicos, além dos banqueiros continuarem a demitir em massa, apesar da enorme lucratividade do sistema financeiro. Lucros recordes graças às altas taxas de juros, demissões, PDV´s, assédio moral, terceirização, aumento de correspondentes bancários, extrapolação da jornada de trabalho, privatizações, cobrança de altas tarifas contra a população, etc. No entanto, esta não é uma política isolada da burocracia sindical. As diversas lutas em outras categorias são sistematicamente sabotadas e isoladas como foi a greve dos trabalhadores dos Correios. A unidade, baseada numa política de independência de classe, tão necessária e fundamental à luta dos trabalhadores, está na contramão dos interesses das direções sindicais. Enquanto a quadrilha do governo golpista de Temer ataca às nossas conquistas com as reformas da previdência e a trabalhista, precariza as relações de trabalho, criminaliza os movimentos sociais, o movimento operário e popular encontra-se completamente paralisado, sem reação, porque a única preocupação de suas direções é “moralizar” as instituições do Estado e garantir a estabilidade do regime para as eleições de 2018, envolto numa profunda crise política e escândalos de corrupção. É preciso romper o caráter defensivo e disperso das lutas, unificando-as e centralizando-as rumo a construção de um amplo movimento que culmine em uma Greve Geral, capaz de derrotar a ofensiva neoliberal do Temer e do parlamento de corruptos. Denunciar a capitulação política das direções conciliadoras e intervir na crise com fisionomia própria, através de um programa operário e independente é forjar uma alternativa classista dos trabalhadores, tarefa que o MOB coloca todas suas energias militantes.
MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA (MOB)