GOLPE CONTRA A CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS: ACORDO BIANUAL, IMPOSTO PELA CUT-CTB EM 2016, GARANTE TRÉGUA
PARA A QUADRILHA DE TEMER RETIRAR DIREITOS E OS BANQUEIROS DEMITIREM EM MASSA!
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HYRLANDA MOREIRA, DE PUNHO ERGUIDO NA GREVE GERAL |
A burocracia da CONTRAF-CUT e da CTB sempre traiu a greve
dos bancários, mas em 2016, ela se superou e, após 31 dias de greve, inaugurou
um novo modelo de acordo, ultra rebaixado e com validade de 2 anos, isto é, até
2018. Por essa Convenção, o reajuste de 2017, previamente definido, foi
inflação pelo INPC mais 1%, isto é, apenas 2,75%. Uma miséria! Na ocasião, os
bancários do Movimento de Oposição Bancária (MOB), ligado à TRS, contrários a
esse acordo, intervieram nas assembleias alertando e denunciando a manobra dos
pelegos para minar a disposição de luta da categoria. Pela primeira vez em mais
de 20 anos, a categoria bancária que protagonizou greves históricas de
enfrentamento com os banqueiros, era referência nacional para unificar sua luta
com outras categorias, está completamente engessada pela política de
conciliação das direções sindicais. O acordo bianual foi apenas um pretexto
para que a burocracia sabotasse a disposição de luta dos trabalhadores e
conferisse um ambiente de “tranquilidade” para o governo golpista de Temer
avançar na reestruturação e privatização dos bancos públicos, além dos
banqueiros continuarem a demitir em massa, apesar da enorme lucratividade do
sistema financeiro. Lucros recordes graças às altas taxas de juros, demissões,
PDV´s, assédio moral, terceirização, aumento de correspondentes bancários,
extrapolação da jornada de trabalho, privatizações, cobrança de altas tarifas
contra a população, etc. No entanto, esta não é uma política isolada da
burocracia sindical. As diversas lutas em outras categorias são
sistematicamente sabotadas e isoladas como foi a greve dos trabalhadores dos
Correios. A unidade, baseada numa política de independência de classe, tão
necessária e fundamental à luta dos trabalhadores, está na contramão dos interesses
das direções sindicais. Enquanto a quadrilha do governo golpista de Temer ataca às
nossas conquistas com as reformas da previdência e a trabalhista, precariza as
relações de trabalho, criminaliza os movimentos sociais, o movimento operário e
popular encontra-se completamente paralisado, sem reação, porque a única
preocupação de suas direções é “moralizar” as instituições do Estado e garantir
a estabilidade do regime para as eleições de 2018, envolto numa profunda crise
política e escândalos de corrupção. É preciso romper o caráter defensivo e
disperso das lutas, unificando-as e centralizando-as rumo a construção de um
amplo movimento que culmine em uma Greve Geral, capaz de derrotar a ofensiva
neoliberal do Temer e do parlamento de corruptos. Denunciar a capitulação
política das direções conciliadoras e intervir na crise com fisionomia própria,
através de um programa operário e independente é forjar uma alternativa
classista dos trabalhadores, tarefa que o MOB coloca todas suas energias
militantes.
MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO BANCÁRIA (MOB)