DA LÍBIA, PASSANDO PELA SÍRIA E CHEGANDO HOJE A VENEZUELA: A
CONLUTAS COMPROVA EM SEU CONGRESSO QUE FAZ O JOGO DO IMPERIALISMO
O Congresso da Conlutas acaba de aprovar uma resolução
internacional escandalosa em apoio a ofensiva imperialista contra o governo
Maduro na Venezuela. Em nome de combater a “ditadura chavista” o PSTU-LIT e a
CST-UIT, com o apoio dos reformistas do MES, deliberaram uma política criminosa em defesa da derrubada do governo nacionalista burguês do
PSUV sem que haja no país neste momento uma alternativa de massas à esquerda, revolucionária, ao Chavismo. Cinicamente esses revisionistas do Trotskysmo usam como pretexto para alia-se a direita “a luta pelo Socialismo” como podemos
ver no cartaz acima. Essa orientação vergonhosa, oposta ao internacionalismo
proletário e ao legado de Lenin e Trotsky, dever ser rechaçada firmemente pela
vanguarda comunista revolucionária, só podendo ser aplaudida entusiasticamente pela
Casa Branca, Trump e seus aliados capachos no continente latino-americano, como
Temer, Santos e Macri, ávidos por controlarem diretamente o petróleo venezuelano. A militância da LBI, que rompeu com esta central servil
ao imperialismo em 2012 denunciando publicamente sua direção por estabelecer já naquele momento uma frente
única com a OTAN e seus “rebeldes” primeiro na Líbia e depois na Síria em nome
da “Revolução Árabe”, não é tomada da menor surpresa diante da resolução
aprovada no dia de hoje. Ao contrário, a CSP-Conlutas comprova hoje em seu III
Congresso, 11 anos após sua fundação, a “evolução” de ser um aparato sindical da burocracia que faz o jogo
da reação burguesa e do imperialismo. Em nome de combater governos nacionalistas burgueses,
reformistas e frente populistas alia-se a direita reacionária, como vimos
também no Brasil recentemente diante do golpe parlamentar! Da mesma forma que na Líbia chamou a derrubada
de Kadaffi, aplaudindo seu assassinato pelos “rebeldes” da OTAN em terra e na
Síria pediu que Obama fornecesse armas e munições aos “guerreiros da liberdade”
do ELS, agora apoia as manifestações do MUD de Capriles e Lopes na Venezuela contra Maduro, patrocinadas em parceria com a CIA e grupos paramilitares fascistas. A LBI fundou
a Conlutas em 2005 e rompeu com esta central justamente porque caracterizou que
sua direção havia se passado de "malas e bagagens" para o campo do imperialismo.
Neste momento fazemos um chamado a todos os ativistas classistas, organizações políticas e coletivos sindicais combativos que
se reivindicam anti-imperialistas a denunciar vigorosamente esta central amarela, combatendo no
movimento de massas e nas lutas essa política de direita que em nada representa o
autêntico Bolchevismo, ao contrário, macula o legado de nossos mestres justamente quando a Revolução de Outubro completa 100 anos!